Prólogo.
Era inverno de 1941 quando ele a vira pela primeira vez na festa do magnata e empreendedor Alvo Dumbledore, representante sênior da Universidade de Cambridge. Ela estava amuada a um canto, sentada e facilmente despercebida por algum dos mais desatentos cavalheiros que gracejavam no grande salão de festas, dançando e exibindo seus cigarros cubanos e suas taças cheias do melhor champagne de toda a Inglaterra.
Estava com um vestido da cor de vinho de mangas e simples, porém elegante. Um colar discreto de pérolas, igual a tudo nela, adornava o seu pescoço com uma simplicidade até graciosa. Seus cabelos eram de um ruivo avermelhado e estavam soltos em cascatas por seu rosto, presos por uma pequena presilha de safira vermelha. Vez ou outra ela levava a taça aos lábios cheios e rosados, bebendo o liquido pouco a pouco, apreciando com lentidão seu gosto de destilado.
Harry ficara encantando com a beleza da mulher desconhecida do outro lado do salão. Ela parecia ser uma senhora distinta e bem educada, aparentando ter suas trinta e poucas primaveras. Enquanto a observava atentamente, viu uma aliança de brilhantes no dedo anelar da mão esquerda e aquilo o decepcionou um pouco. Tencionava ir ao seu encontro e conversar com ela um pouco. Mas sentiu-se totalmente sem esperanças depois disso.
Não poderia se dizer que ele apaixonara-se quase que instantaneamente por ela. Apenas prendera-se em sua beleza tão delicada e faceira. Ele obrigou-se a andar por todo o salão e parar de observá-la. Conversou com vários amigos, dançou com algumas levadas donzelas, por causa de seu charme, fumou um pouco, bebeu e foi encontrar-se com Alvo.
— Oras! — Exclamou ele quando Harry batera levemente em seu braço para chamar sua atenção, que conversava animadamente com uma roda grande de amigos. — Se não é o bom samaritano da noite.
— Oras digo eu. — Harry respondeu educadamente. — Talvez eu seja o bom, no entanto, samaritano, já não sei se sou.
— Não seja tão modesto meu caro. — Alvo disse, levando seu charuto a boca e depois soltando uma leve baforada. — No meio de toda essa guerra maluca qualquer um que não simpatize com esta, pode ser chamado assim. Não concorda?
— Talvez seja Percival! — Harry disse e ambos começaram a rir.
— Como vão os nervos com a formatura? — Perguntou, enquanto passava um braço por suas costas de maneira paternal e o guiava para longe.
— Não estão muito bons. — Admitiu frustradamente. — Jamais achei que este dia iria chegar.
— É, mas chegou. — Alvo parou e o encarou sorridente. — Devo apresentá-lo ao dono de uma das melhores editoras de toda a Londres. O Sr. Draco Malfoy.
— Nunca ouvi falar dele. — Harry respondeu com o cenho franzido. — Deve ser bem rico.
— Ah! Com certeza ele é. — Alvo passou o braço por suas costas mais uma vez. — Venha comigo. Ele estava perto da escadaria da última vez que o vi.
Enquanto aproximavam-se das escadarias. Ele apontou para um senhor de cabelo loiro, que de tão claro quase parecia branco, ele era alto e estava de braços dados com uma mulher, sua esposa. Harry assustou-se ao perceber que era a mesma senhora que ele observava mais cedo assim que chegara.
— Draco! — Alvo gritou em meio ao barulho das conversas, do piano e dos violinos. O homem alto virou-se para ver quem o estava chamando e seu rosto formou-se em um sorriso bem vindo. A mulher também se virou e Harry não conseguiu desviar os olhos dela ao vê-la tão mais de perto. Ela deu um sorriso encantador a ambos os homens, mas principalmente a Alvo.
— Ora Alvo. — Sr. Malfoy respondeu. — Somente você sabe como dar uma festa.
— Como sempre não é? — Ele respondeu e abraçou o homem, batendo com força em suas costas. — Ou não teria o sobrenome dos Dumbledores.
Os dois sorriram mais e apertaram as mãos. Logo em seguida ele dirigiu-se a mulher ao lado do Sr. Malfoy.
— Olá Gin! — Alvo cumprimentou-a galanteador e deu-lhe um beijo casto na mão, enquanto Harry os observava de longe, através das lentes dos óculos. — Está encantadora como sempre.
— Não seja tão galanteador Alvo. — Ela respondeu com elegância e um ar esnobe. — Nos conhecemos a muito para tais cortesias elegantes. — Dessa vez todos sorriram, Harry mais que todos.
— Tudo bem! Mas deixem que eu apresente o Sr. Harry Potter a vocês. — Alvo ergueu o braço e o puxou para mais perto. — Não se acanhe. Harry este é Draco Malfoy. — Os dois cumprimentaram-se com um sorriso e um aperto de mãos. — E esta é a amável e gentil Ginny Weasley. Ou deveria dizer apenas Sra. Malfoy.
Harry tomou-lhe a mão delicada na sua e beijou-a com devoção, depois encarando-a com intensidade, disse em tom educado e gentil.
— É um prazer conhece-la senhora. — Ginny sorriu.
— O prazer é todo meu Sr. Potter.
N/A: Vou postar apenas este pequeno prólogo. Até eu ter certeza de que alguém gostou da história, posto o primeiro capítulo.
Obrigada e Beijos!
