TWD NÃO ME PERTENCE. Um fanfiction TWD diferente CARYL para comemorar o aniversario da minha amiga Andressa. E de Melissa Mcbride! Congratulations! IMPORTANTE: Fanfic para +18. Personagens fora de caráter original. Obviamente...
Citações que envolvem violência, estupro, palavrões, alusões a lesbianismo, sangue e sexo. Música "AfterDark" do Tito &Tarantula, do filme Um Drink No Inferno. Obvias alusões à True Blood. Godric é o criado de Eric Northman. Entrevista com Vampiro, Lestat, Drácula de Bram Stoker, Underworld e etc. Nada me pertence, é só um conglomerado de coisas que eu gosto + Carol Peletier, que eu amo. Fanfic escrito por pura diversão sem fins lucrativos.
"Carolina"
By Chibis.
Parte 1
...Quatrocentos anos...
Ela viveu os primeiros séculos de sua existência intoxicada pelo odor de sangue. Viciada pela emoção da caça, pelo êxtase da refeição.
Pelo momento delicioso em que seus dentes pontudos perfuravam a pele, e o sangue quente rico e vermelho escorreria garganta abaixo...
Sugar, lamber, mordiscar, finalmente cravar os enormes caninos na artéria até jorrar a saborosa fonte de vida que pulsava dentro dos humanos.
Muito excitante...Muito apetitoso...
Mas depois de quatrocentos anos fazendo a mesma coisa, noite após noite. De novo e de novo... Até o que lhe trazia prazer já tinha se tornado monótono e sem emoção.
E essa fome já não comandava mais sua existência.
Ela precisava de algo novo, ou então...
Quando Carolina herdou as obrigações burocráticas dentro da hierarquia vampiresca, desejou sumir do planeta, sumir do mapa. Com a morte de seu criador, um vampiro ancião que caminhou pela terra por mais de mil anos, Carol herdou o posto, agora ela era uma anciã.
A fêmea mais importante dentro do Conselho norte americano. Já que os poucos vampiros mais velhos tinham debandando para Europa e Ásia, em uma crise de "identidade". Saudades do velho mundo.
Carol não queria voltar para a França, seu país de origem. Muitas lembranças e cicatrizes que provavelmente não fechariam nunca, mesmo com 400 anos de terapia. A morte a míngua de sua filha Sophia Peletier, violentada pelo próprio pai...E Todos os abusos e torturas que ela mesma sofreu na mão de seu cruel marido, Edward Peletier. Que a surrava diariamente, e a acorrentava no pé da cama. Alimentando-a com pão e água...de vez em quando...
Carolina foi "salva" pelo seu criador, o poderoso Godric, que tinha quase 2 mil anos.
No estado em que se encontrava, Carol clamou pela morte, quando achou que Godric era o anjo da morte que a levaria para junto de Sophia. Godric drenou todo o seu sangue de corpo, mas resolveu mudar de ideia, e acabou transformando-a em vampira. Para que, segundo Godric, pudesse se vingar.
Pela morte de Sophia...
Por todos os abusos...
Pelos ossos quebrados... Feridas abertas...
400 anos...
E ainda não era tempo suficiente para esquecer.
E em algum lugar dentro de Carol, os anos vividos como humana estavam armazenados no fundinho de sua mente. E serviram de lição para o que viria a seguir.
Depois de se libertar, matando Ed com golpes de picareta, Carol não sentiu mais tanto ódio da raça humana. Ao longo do tempo sua raiva foi enfraquecendo. A humanidade na Idade Media, com sua higiene nula, era digna de pena. E náuseas.
A vampira Carolina não enxergava mais os humanos como inimigos, ou como ameaça, eles eram apenas animais. Essenciais, pois possuíam a fonte da vida eterna. O sangue. O alimento. A renovação. E ela sugou pescoço atrás de pescoço até se saciar, e os humanos nunca tiveram uma chance.
Vampiros e clãs sim. Eram seus próprios inimigos. Durante os quatrocentos anos ao lado de seu criador, Carolina aprendeu a lutar, luta corporal, espadas, armas, metralhadoras, tudo. Foi o júri, a juíza e a executora. Sem sentir remorso a respeito, arrancou muitos caninos, decepou muitas cabeças.
Na Europa, lutou ao lado de Godric para manter os vampiros sob controle em uma sociedade mais ou menos organizada. Viu o "Conselho" ser criado. Defendeu os anciões de outra ameaça, o clã de lobisomens. A batalha no submundo era cruel, e deixava Ares, o deus da guerra, orgulhoso.
Até o fim da guerra no submundo, Carolina banhou-se de sangue.
Mas no ano de 2014 tudo estava diferente. Com o mundo moderno, fervilhando de tecnologia, computadores, celulares, e pessoas conectadas o tempo todo, os seres do submundo não estavam particularmente preocupados em pelear entre eles. Estavam distraídos com outras coisas, assim como os humanos.
"Imortalidade é uma boa idéia, até você perceber que vai passar por ela sozinho..." Lestat um dia declarou. E Carol percebeu.
...O mundo em que ninguém olha mais para ninguém, só para a tela de um aparelho... E uma chatice...
Carol era uma guerreira sem guerra.
Uma imortal sem um parceiro.
Vagando através dos dias sem nenhum interesse em particular.
Se ao menos o Conselho permitisse que ela decepasse algumas cabeças... Mas como as novas leis, e o tal tratado da Nova Ordem dos Vampiros, os vampiro que cometessem delitos e traições contra a própria raça passariam por um julgamento, com direito até de um advogado, vampiro, claro.
Já não se podia mais matar como antigamente... Definitivamente uma chatice. E ela mesma contribuiu para isso, defendendo o "Conselho" com unhas e dentes.
Uma tremenda ironia.
Agora o tempo vivendo em Nova Orleans havia chegado ao fim. Não que ela tivesse algo contra o lugar, mas após vinte anos vivendo ali, presa na mansão do Conselho, estava saturada. Aborrecida com o clima, a música, o cheiro da comida humana, o gosto das pessoas de lá.
Precisava mudar de ares e recuperar um pouco o brilho perdido. Ela gostaria de se transformar em um animal, talvez uma loba como nos contos de Bram Stoker.
Ou voar como nos livros de Anne Rice, mas não eram habilidades que ela possuía. A verdade é que assim como os humanos, Carol estava presa no plano físico, com suas leis, incluindo a gravidade.
Obviamente ela tinha força e agilidade de cinqüenta humanos, mas se depois de quatrocentos anos não tivesse ao menos isso, não havia muita vantagem nessa "existência". Já que era proibida de ver a luz do sol. No máximo, ela só podia sentir o cheiro da manhã, mas se quisesse continuar vivendo, nunca poderia levantar o rosto e sentir o calor dos raios ultravioleta.
Porém, Carolina tinha um poder muito útil. Seus os olhos eram capazes de encantar e hipnotizar qualquer humano. Obrigá-lo a fazer tudo que ela queria.
A alimentação ficou bem mais fácil quando percebeu e dominou esse poder. Carol era capaz de induzir o prazer quase sexual ao humano que "doava" seu sangue a ela. Anos e anos causando orgasmos em homens e mulheres, enquanto na verdade sugava suas energias vitais ao ponto de deixá-los entre a vida e a morte.
Carol nunca foi obcecada em matar humanos, pode-se chamar estratégia, mas se eles começassem a sumir, as autoridades começariam a aparecer. E os preferia vivos de todo jeito, ela precisava se alimentar, não é?...
Ela chupava o sangue até o limite.
Mas Carol era uma exceção, poucos vampiros pensavam assim. Sugavam todo o sangue, matavam os humanos e largavam o corpo lá...Esses não duravam quatrocentos anos.
Suas divagações foram interrompidas por uma voz familiar. Ela abriu os olhos e observou seu redor. O bar. Os copos de bebida em cima do balcão. Os risos. A animação das pessoas dançando na pequena pista de dança, embalados pela música country que a banda tocava.
"Hei...Carol! Eu já volto, ok? Tem uma coisinha interessante perto da jukebox." Com sua voz grossa, rouca e masculina, Tyreese sussurrou no pé de seu ouvido, um sorriso no canto dos lábios grossos. A pele negra reluzente com a iluminação dourada do bar.
Carol balançou a cabeça positivamente ao observar Ty caminhando de um jeito maneiro até a "coisinha interessante". Era engraçado ver um homem daquele tamanho seduzindo com sua personalidade sempre polida. A "vitima" era uma morena de cabelo comprido, shorts jeans bem curto, bota cowboy e um chapéu na cabeça. Nada mais interiorano que isso.
"Hei! Comporte-se Ty!" Seus seguidores, Tyreese e Tara, ainda conseguiam tirar um sorriso da sua boca.
Ao menos Tyreese e Tara ainda estavam na fase excitante de caça. Carolina não interferia, apenas orientava para que os dois não se metessem em encrencas.
Carol havia transformado Tyreese vampiro em 1863, no fim da escravidão americana. O pobre escravo tinha acabado de ser açoitado e deixado para morrer. Sangrando, feito um animal no matadouro, amarrado em uma árvore, com um formigueiro nos seus pés, e mel em suas pernas.
A cena embrulhou seu estomago... Alguns humanos... Piores que muitos seres sobrenaturais, esses não mereciam misericórdia. Nem quando gritavam a pleno pulmões; "Piedade, piedade!"
A vampira se compadeceu. "Posso te libertar da dor, e te dar uma morte rápida agora... Ou posso te dar a vida, mas aprisionando-te na noite eterna... Não há muito tempo... Escolha seu caminho agora pobre escravo..." Carolina sussurrou no ouvido do escravo moribundo.
"Eu escolho a noite eterna. Eu escolho viver e acabar com cada um deles..." e por fim o transformou e permitiu que Tyreese se vingasse de seus algozes, um por um. A morte de um dos capatazes, o mais cruel de todos, que açoitava sentindo tesão em fazer isso, aquele que torturava e estuprava por puro prazer, foi uma das coisas mais chocantes que Carol presenciou nos seus quatrocentos anos. Uma mistura de poesia, sangue, vísceras, marteladas na caixa craniana, e membros separados do corpo. Ty não economizou na vingança.
Após Tyreese, Carol nunca mais enxergou um martelo da mesma forma. Ela o fez recordar de sua própria historias, e dos golpes de picareta que desferiu na cabeça do seu marido, Ed.
Depois daquela noite Tyreese nunca mais teve um acesso violento. Era um vampiro gentil e educado com suas vitimas, quase carinhoso. Aprendeu a seduzir, com flores, abraços e palavras. Tyreese era um gentleman e, assim como Carol, raramente matava suas vitimas, apesar de nunca dispensar sexo com elas, mas bebia somente o suficiente para se alimentar.
Tara era outra historia. Jovem, impulsiva e com a libido nas alturas. Foi transformada vampira na plenitude de seus vinte anos, após uma tentativa impensada e louca de suicídio. A jovem se arrependeu na última hora, mas por causa da overdose, sua vida humana não podia mais ser salva. "Eu não quero morrer...Não desse jeito...Eu só tenho vinte anos..." Ela disse antes de perder a consciência. Godric a transformou no limite, salvando-a por um triz do dano cerebral eterno. Ela era uma rebelde, hostilizada e mal tratada desde a puberdade por ser lésbica.
Uma vampira criada há apenas seis meses, como um presente de despedida. Antes que a ironia máxima acontecesse, e seu Criador cometesse suicídio. Diferente de Tara que tinha apenas vinte anos, Godric tinha muito mais que mil.
Ele sabia que de alguma forma precisava ocupar o vão que deixaria na vida de Carol.
"Tara..."Carol balançou a cabeça. Sabe-se lá onde estaria. Provavelmente já havia arranjado uma refeição qualquer...Que ela não traga nenhuma caipira para a família...A vampira caçula simplesmente não sabia escolher. E também não sabia quando parar, já tinha matado três humanos por ter bebido sangue demais. "Foi sem querer" Ela disse, encolhendo os ombros.
Carol dirigiu-se ao balcão. Seus quadris mexendo de um lado para o outro, com ondas no mar calmo. Vestida para matar, com um perfume delicioso e excitante, seu interior era o oposto, ela não poderia se sentir mais monótona e sem excitação. Sentou-se em um dos bancos, levantando a sobrancelha para o pote com amendoins... Coragem é comer amendoim desse pote. Sabe-se lá onde as outras mãos passaram...
A vampira não podia mais culpar seu criador por ter optado pela "saída de emergência", não quando ela mesma começava a pensar nessa opção. Encontrar o Sol e acabar com tudo.
New York pelo menos parecia uma opção interessante nesse meio tempo... A cidade pelo menos era rica de cultura, de variedade e de vida noturna fervilhante. Quem sabe traria um pouco de sabe arranjaria um amante, vampiro ou humano. Alguém que tivesse uma rotina sexual diferente. Alguma perversão que ela não tivesse experimentado ainda.
O trio de vampiros estava rumando em direção a Grande Maça. Dormindo durante o dia nos Móteis beira de estrada, debaixo das camas, já que não podia viajar com seus caixões, e eram vulneráveis a luz do Sol. E caçando e se movendo durante a noite.
Mas como viajavam de carro, Carol quis passar pelas cidadezinhas na periferia de Atlanta para ver se algo interessante acontecia.
"Whisky. Duas doses. Puro!" Direta como sempre pediu ao bartender. Álcool não intoxicava um vampiro como um humano, mas pelo menos era um gosto diferente do de sangue, e ela conseguia digerir.
Animado com o decote, que acordava a fantasia até do mais puritano, o rapaz providenciou prontamente. Talvez imaginando que poderia se dar bem com a coroa sensual. "É pra já docinho."
"Docinho?"Ela levantou uma sobrancelha e sorriu, quase que diabolicamente. Mas logo mudou de ideia. Jovem demais...Conhecido demais...Não havia outro funcionário para substituí-lo... Até o jovem se recuperar da perda de sangue, criaria suspeitas se sumisse de repente.
"Hei. Se você quiser um tour pela cidade, estou a disposição! É uma cidade pequena, mas pode ser bem divertida...Meu nome é Jimmy! Você é...?" O bartender magricelo falava e falava, mas Carol não deu muita atenção. Ela procurava algo mais...
...hoje estou no clima mais rústico...Quem sabe um redneck com uma pegada bruta. Sexo bem duro, selvagem, com uma mão bem pesada, que deixe marcas vermelhas no meu traseiro! Alguém com sangue abundante pra que eu possa beber até sobrar só um fio...Nada contra magrinhos, mas esse Jimmy não preenche os requisitos...
"Carolina..." Carol deixou que seu nome rolasse pela língua como um ronronar de um gato. O pobre homem engoliu seco.
"Achei você!"Uma voz feminina e conhecida chamou sua atenção.
"Tara?" A moça sentou ao seu lado, toda contente. Sorrindo satisfeita, limpando os lábios com a língua. Tara estava corada, e ela imediatamente soube o motivo. A caçula tinha acabado de se alimentar.
"Espero que não tenha simplesmente empurrado o lixo para debaixo do tapete... Como você tem mania de fazer!" Carol estreitou os olhos, ela simplesmente não precisava falar mais nada, Tara entendeu.
"Claro que não. Eu já aprendi. Tenho a melhor das instrutoras!" Tara sorriu sensualmente e se inclinou na direção de Carol. Alcançando os lábios da bela mulher de cabelos prateados com sua própria boca.
O bartender que fazia manobras malabaristas com as garrafas de bebidas, para impressionar a forasteira sensual, quase deixou tudo cair, ao ver as duas mulheres trocando um beijo extremamente quente, cheio de línguas e chupões. A moça mais nova começou a gemer, e se jogar para cima da mulher de cabelos prateados, e Jimmy soou frio.
"Madre de Deus!" Ele disse quando as duas se separaram.
"Hmmm...Ao menos você sabe escolher. O gosto é bom!" Carol sentiu o resquício de sangue que ainda persistia na boca de Tara. Seja lá quem fosse a vitima, tinha sido uma boa refeição.
"Carol...Mais...por favor!" Tara não se contentou com aquele beijo, ela implorava quase sussurrando. Carol tinha feito coisas com Tara na noite anterior que ela simplesmente não conseguia esquecer. Ela estava ansiosa em aprender e mal podia se segurar.
"Filhote! Paciência é uma virtude!" Carol passou a mão carinhosamente no cabelo de Tara, que imediatamente fez um beicinho. O bartender estava vermelho, balançando desconfortavelmente atrás do balcão, provavelmente escondendo uma ereção não programada em pleno horário de serviço. Carol piscou para ele de um jeito sexy e riu, pois teve certeza de que o homem batizou as próprias calças.
"Vá agora Tara...Eu também preciso me alimentar!"Um sorriso escapou, apenas o canto de sua boca ao ver a excitação da jovem vampira que estava louca para testemunhar Carol se alimentando."Não, Tara, vai ser uma sessão privada!".
"Hunf" Tara fez bico e partiu em direção a jukebox, já que a banda tinha acabado com a música ao vivo.
Ao se levantar, Carol ajeitou a barra do vestido vermelho, que de tão agarrado ao corpo não deixava nenhuma curva passar despercebida. O decote avantajado fez com que praticamente todas as cabeças do bar virassem na sua direção.
Carol olhou para o relógio do bar 15 minutos para a meia noite, sabia que deveria parar de enrolar e escolher logo alguém, ou ficaria com fome por mais um dia. Uma desvantagem em ser vampiro, a noite às vezes passava rápido demais.
Tara tinha escolhido uma música perfeita no jukebox. Carol gargalhou quando começou a tocar "AfterDark" do Tito &Tarantula, justo o tema de um Drink no Inferno. Ao lado do jukebox, ela viu Tara se mexendo sensualmente de um lado para o outro, dançando a música perfeita pra qualquer vampiro que se preze, sensual e erótica."Olhando-a;
Passeando pela noite;
Tão branca;
Me pergunto por que;
Só depois que escurece?"
Seguindo o ritmo da música, Carol caminhou vagarosamente pelo bar com seu vestido vermelho e salto alto, e maquiagem perfeita. Ela chamava atenção, todos os pescoços virando na sua direção. A mulher prateada destoava totalmente das pessoas da região.
"Nos seus olhos;
Uma chama distante;
Queimando, brilhante;
Me pergunto por que;
Só depois que escurece?"
Ela sorriu sensualmente...Todos os olhares de cobiça, e as bocas abertas, seu lado narcisista agradecia imensamente.
"Eu me encontro em seu quarto;
Sinto o calor da minha desgraça;
Caindo, caindo;
Pelo chão;
Estou batendo na porta do Diabo."
Suspiros e risadas ela podia ouvir, mesmo que as bocas não tivessem se movendo. O ar denso. Corações humanos, e suas batidas aceleradas. Sangue, delicioso, pulsando firme, espesso, vermelho em todas aquelas veias. Se quisesse, drenaria sangue de cada um deles. E os infelizes nem perceberiam o que lhes atingiu. Mas ela não precisa de todos, só de um.
"Na madrugada;
Eu levanto para ver;
Ela se foi;
E um bilhete diz:
Só depois que escurece?"
Por mais que ela dissesse que estava aborrecida com essa vida, nesse momento Carol se sentia como uma loba. Um animal feroz e faminto, caçando. Mirando e hipnotizando todos os pobres que estavam naquele bar na beira da estrada. Escolhendo um. Apenas um.
"Queimando, queimando;
Nas chamas;
Agora eu a conheço;
Seu nome secreto;
Você pode rasgar todo seu templo;
Mas ela voltará;
E reinará de novo."
Carol balançou o corpo, dominando perfeitamente as agulhas que eram os saltos altos do sapato vermelho verniz. Espalhando seu perfume feminino, trazendo todos os olhares consigo. Ela percebeu alguns caminhoneiros começando a se animar, certos que se dariam bem naquela noite.
"No meu coração;
Uma escuridão profunda;
E uma parte solitária;
A quer e;
Espera até escurecer."
A música acabou quando ela chegou à mesa de sinuca. Carol organizou as pesadas bolas para a próxima jogada. Debruçando seu corpo, depois agarrou um dos tacos e o balançou provocativamente. A voz era uma seda. "Alguém disposto a aceitar um desafio?"
Os olhos azuis acinzentados percorreram todo o bar. Pacientemente esperando algum desafortunado aceitar o seu convite. "OPA! " Ela escutou um caminhoneiro, e outro piloto de Harley Davidson.
...Hmmm, muito comum. Estão cheirando como gambas...Minha quota de bêbados fedorentos acabou na Idade Media... Ela pensou, eliminando os dois.
Carol percebeu no pequeno palco, o guitarrista da banda, que mesmo após o termino do show da banda country ainda tirava a guitarra do pescoço. 'Humm!" Ela esboçou um sorriso, interessada.
O homem estava tenso, como se nunca tivesse visto uma mulher na frente. Provavelmente discutindo mentalmente se vinha ou não até ela, provavelmente discutindo se uma mulher daquele calibre estava ao seu alcance ou não. Ela sorriu sedutoramente e lançou seu olhar hipnótico sobre ele...Ahh, um caipira que não é de se jogar fora...
"Então...?" Carol levantou um dos tacos. "Uma partida?" oferecendo para ele que ainda estava em cima do palco, embasbacado com a deusa prateada.
Ele deu um passo para frente, balançou de um lado para outro. Outro caipira parou ao lado de Daryl. Esse bem ogro, espalhafatoso e mal educado. Bateu nas costas dele e disse no ouvido. "Uma mulher dessas... Olha o jeito como ela se move! O olhar dela ! Essa mulher tá pronta, procurando uma foda de verdade. Ela tá queimando. Eu tô sentindo daqui...Deixa de ser viadinho e vai lá e acaba com ela. Se você não for, eu vou Baby Brother!"
"Cala boca Merle!" O guitarrista disse contrariado. Seu irmão sempre se metia, sempre falava demais. Com cara de poucos amigos, Daryl continuou a observar a mulher misteriosa, que assim como uma Sucubus, parecia lhe seduzir. Sem estar fazendo nada de especial. Mesmo assim já despertava sua energia sexual apenas com o brilho do olhos azuis, e um sorriso misterioso no canto dos lábios vermelhos sangue, e um perfume sensual que mesmo daquela distancia, chegava até suas narinas. Daryl engoliu seco. ...Cala a boca Merle... E ele se arrepiou.
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Continua hehehehehe...sim. Fanfic Caryl.
Obrigada por ler, reviews são sempre bem vindos.
