Ino Yamanaka cantarolava a última sílaba de uma canção ro mântica quando a campainha soou, estridente, silenciando-a. Desligou o rádio, abanou a mão por sobre as unhas dos pés, que acabara de pintar, e encaminhou-se para a porta de entrada. "Céus, será que eu estava cantando alto demais?" Ao girar a maçaneta, a expressão quase horrorizada de Konohamaru Sarutobi foi a clara resposta para seu breve questionamento. Ele a escutara!
Definitivamente, a vida não era justa. Deus, que a havia aben çoado com tantos talentos, como inteligência, amor pela música, o dom de criar irresistíveis jingles publicitários, decidira lhe con ceder cordas vocais capazes de irritar um monge budista.
Um sorriso muito sem graça se estampou em seu rosto ao cum primentar o garoto de entregas da Hinata's Sweets.
— Olá, Konohamaru.
— Mais chocolates para a senhorita. Conseguiu outra conta grande, Srta. Yamanaka?
— Ino, por favor. — Recolheu a caixa que o rapaz lhe es tendia. — E sim, a conta da Fraldas Mamãe e Bebê é oficialmente minha.
Adorava chocolates. Naquele exato instante, podia até mesmo sentir o suave derreter quente e sensual de sua riqueza de sabores. E amava seu patrão quase tanto quanto, por não permitir que ela ficasse um segundo sequer sem a fina iguaria. Quem precisava de mais alguma outra coisa no mundo, já que chocolate existia?
— Hinata sempre diz que a senhorita parece mais uma adoles cente, e não uma profissional de propaganda gabaritada e reco nhecida.
Acostumada a tais observações e, na verdade, muito farta delas, Ino meneou a cabeça em concordância, engolindo em seco o comentário malcriado que lhe ocorreu. Além do mais, a chocolataria de Hinata era uma filial do Paraíso, e ficava bem na esquina de seu quarteirão.
Resistindo à urgência de rasgar o bem-acabado laço de cetim dourado e o celofane âmbar que revestiam a caixa para provar uma ou duas trufas perfumadas, falou, muito senhora de si:
— Um momento, Konohamaru. — E se virou, caminhando sobre os calcanhares, pois não queria correr o risco de estragar o esmalte. A bolsa com a carteira se encontrava na mesinha lateral do sofá. — Que pena, desta vez só tenho uma nota de cinqüenta... Usei todos os meus trocados.
— Não faz mal, senhorita. Hinata sempre me faz carregar di nheiro miúdo para alguma necessidade. Tenho troco, caso queira.
— Muito bem. Tire cinco para você. — De novo à porta, rece beu o troco e despediu-se do rapazinho.
Deixando as notas sobre a mesinha de café, abençoou em si lêncio o patrão, ao estender as mãos para a linda caixa. No entanto, algo escrito na cédula de vinte dólares que acabara de receber desviou a atenção de seu alvo.
— "Diversão? Ligue para Gaara" — leu em voz alta. Intrigada, observou que o número do telefone indicado tinha o mesmo código de sua área.
— Hum! Que maneira estranha de se fazer propaganda!
A caligrafia era bastante floreada. Seria a de Gaara? Auto propaganda ou quem sabe uma vingança maldosa? Talvez devesse ligar para Gaara e dizer-lhe que alguém estava fazendo circular seu nome e telefone em cédulas de dinheiro.
Avaliando a situação, rasgou o papel celofane, abriu a caixa e deliciou-se com a explosão de sabor que invadiu seus sentidos.
Fitava a nota, pensativa. O mínimo que deveria fazer era tornar aquela mulher ciente, fosse quem fosse, de que alguém bastante inescrupuloso resolvera brincar com seu nome e sua privacidade. Correto? Poderia estar prestando um favor. Um favor dos grandes! Com isso em mente, dirigiu-se ao aparelho telefônico e digitou os números. Ao segundo toque, reconsiderou. Talvez devesse sim plesmente...
— Alô? — Uma voz masculina, um tanto áspera, atendeu ao chamado.
Ino titubeou um pouco antes de indagar:
— Por favor, a Gaara está?
— Quem fala?
Como responder àquela questão? "Sou uma intrometida execu tiva da área publicitária que está morrendo de vontade de saber quem é o responsável pela criação da campanha de Gaara?"
— Meu nome é Ino. Tenho algumas perguntas para ela, e agradeceria muito, caso...
— Ela? Isso é algum tipo de brincadeira?
Sentou-se. Não havia lhe ocorrido que talvez Gaara não fosse uma mulher. Lógico! Gaara poderia ser o apelido de um homem. Olhou mais uma vez para a cédula de vinte dólares e começou a rir. E o riso se transformou em gargalhada.
— O que há de tão engraçado?!
Ino levou a mão à boca, tentando se conter.
— Deixe-me adivinhar... Você é Gaara.
— Olhe aqui, moça, eu vou desligar.
— Não, por favor! Garanto que vai se interessar pelo que tenho a dizer.
Silêncio.
— Devo entender qúe Gaara é você, não é? Porque só vou falar o que pretendo para Gaara.
Uma pausa, e então um suspiro desanimado.
— Sim, eu sou Gaara. Foi Temari quem lhe deu meu número?
— Quem é Temari?
— Minha irmã.
— Bem, creio que não. Não tenho certeza, porém. Sua irmã tem o hábito de fazer brincadeiras com você?
— Às vezes, sim — afirmou com um quê de divertimento, como se tivesse aberto um sorriso do outro lado da linha. — Ouça, senhorita...
— Ino. Apenas Ino.
— Ouça, Ino, sou uma pessoa muito, muito ocupada. Terei diversas reuniões amanhã por todo o dia, e necessito me preparar para esses encontros de negócios. Se você pudesse ser um pouco mais objetiva quanto ao que deseja, eu ficaria muitíssimo grato.
— Certo, serei breve.
— Ótimo.
— Bem, recebi uma entrega agora à noite e não tinha trocado para a gorjeta. Assim, paguei com uma nota de cinqüenta, de modo que o rapaz da loja teve de me dar o troco. A cédula de vinte que me foi entregue trazia algo escrito: "Ligue para Gaara". E seu número de telefone.
— O quê?!
Ino afastou um pouco o fone do ouvido ao ouvir o grito, e aguardou que ele se acalmasse.
— Quer dizer que acha que pode ter sido Temari?
— Não. Mas imagino quem seja o autor. E é bem maldoso, por sinal. Rasgue a nota.
— Como disse?
— Disse para rasgar essa besteira.
— É uma nota de vinte dólares!
— Que traz meu nome e telefone escritos! Rasgue-a agora!
— Procure entender, Gaara, vinte dólares podem não significar muito para você, mas eu consigo comer uma semana inteira com esse valor.
Gaara praguejou.
— Dê-me seu endereço e mandarei alguém substituir a nota.
— Não pretendo ofendê-lo, mas não o conheço, e neste mundo em que vivemos acredito não ser prudente revelar onde moro a um desconhecido. — Delicada, pegou mais um bombom. — E além do mais atrevo-me a perguntar: alguém já lhe disse que tem um palavreado horrível?
— Ora, o que esperava?! Moça, eu quero essa cédula destruída!
— De onde você está falando?
— Great Falls. Por quê?
— Tenho uma sugestão. Eu planejava jantar comida chinesa. Por que não nos encontramos no Shopping McLean em... diga mos... vinte minutos? Poderemos nos falar e fazer a troca.
— Não tenho tempo para isso. Estou muito ocupado. Ino acabou por concluir que Gaara era um sujeito mal-edu cado e muito pretensioso.
— Entenda uma coisa, cavalheiro. Para mim, não faz diferença alguma que esta cédula volte a circular. Eu pretendi lhe fazer um favor, caso não tenha notado. É isso. Adeus.
— Espere! Espere!
Ino gostou muito de ter conseguido colocá-lo em seu devido lugar.
— Sim?
— Desculpe-me, de verdade. Você me pegou em má hora. Ou ça, vamos nos encontrar. Eu lhe darei uma recompensa.
— Não é preciso, obrigada. Agi de acordo com minha cons ciência, nada mais.
Aquele homem devia ser desses que crêem que não existe no mundo gente que faça algo sem segundas intenções.
De qualquer modo, Ino iria mesmo ao shopping. Ficava no McLean o melhor restaurante de comida chinesa de Washington.
— Vinte minutos? — ele indagou.
— Sim.
— Como poderei reconhecê-la?
Ino soprou uma mecha de cabelos que teimava em cair sobre seus olhos.
— Basta encontrar uma mulher de trinta com rostinho de quinze.
— Como?
— Estarei usando uma camiseta da campanha do câncer de mama.
Gaara estacionou seu Mercedes na primeira vaga que encon trou. Estava furioso. Sabia muito bem quem era a autora daquela brincadeira irresponsável. E se o simples fato de vê-la não lhe causasse tanto mal, até lhe faria uma visitinha. Quem sabe surgisse uma boa chance de torcer-lhe o belo pescoço?
Quantas dessas notas estariam espalhadas? Quantos telefone mas mais receberia?
Devia ser grato a Ino, mas não conseguia. Era óbvio que ela se divertia a sua custa.
Olhou em torno, ao sair do veículo. Ninguém com trinta anos e rostinho de quinze, ninguém de camiseta com emblema contra o câncer de mama. Checou o relógio antes de dirigir-se ao andar dos restaurantes.
— Olá, Gaara! — alguém a sua esquerda o chamou.
Ele se virou. E ao primeiro olhar compreendeu a estranha des crição que Ino fizera de si mesma. De fato parecia uma garota. Os cabelos loiros eram incrivelmente longos, mesmo presos em um rabo-de-cavalo, chegavam até a metade das coxas. Seus traços eram delicados e bem-feitos, e caminhava muito à vontade, como uma adolescente.
Usava, como dissera, a camiseta da campanha contra o câncer de mama, jeans bem cortado e tênis brancos de cano alto. Também acenava-lhe com uma nota de dinheiro na mão.
À medida que se aproximava, Ino o examinava com atenção. Sem entender por que, Gaara sentiu-se pouco à vontade com isso, quase envergonhado do elegante terno que trajava. Não se impor tara em trocar de roupa ao sair do escritório.
Ino parou bem a sua frente. Um sorriso maroto lhe enfeitava o rosto bonito.
— Deixe a vida seguir seu rumo. Tempos alegres sempre vêem — saudou-o.
— Como sabia que era eu? — Desconfiado, encarou-a.
Os olhos de Ino eram de um azul como ele jamais vira, de um profundo tom de turquesa, contrastando com enormes cílios e os cabelos. Eram belíssimos. Hipnóticos. O único sinal de que já estaria pela casa dos vinte e tantos anos. Olhos brilhantes, inteli gentes, que já haviam vivido e aprendido. E que lhe tiraram o fôlego.
— Você era a única criatura visivelmente irritada a caminho da escada rolante, no momento, Gaara. Digamos que tenha sido uma dedução lógica.
— Não estaria rindo se descobrisse que seu nome e telefone andavam espalhados por aí.
— Ah, vamos lá! Por que não vê a coisa toda como um elogio?
— Elogio?! Uma maldição, isso sim! Esse é um número parti cular a que no máximo dez pessoas de minhas relações têm acesso.
— Onze, agora.
— E quem sabe quantas mais?
— Acredita que haja mais dessas cédulas soltas por aí?
— Não duvido, embora você tenha sido a primeira a ligar. Ela riu baixinho, o que o zangou ainda mais.
— Fico feliz ao ver que você toma tudo isso como uma bobagem qualquer.
— Perdão. — Ino ficou séria.
— Certo. Bem... — Gaara pegou a carteira do bolso e retirou uma nota de vinte.
— Não aceitaria mesmo uma recompensa?
— Não, obrigada.
Assim que trocaram as notas, Gaara meneou a cabeça. Reco nheceria aquela caligrafia em qualquer parte do mundo. Uma li geira vontade de se vingar lhe ocorreu. Mas não, Matsuri não valia o esforço.
— Sabe quem fez isso?
Naquele momento, o aroma dos cabelos dela invadiu seus sen tidos. Gaara conhecia aquele perfume. Era inconfundível.
— Irresistível — ele murmurou.
— É isso mesmo! Esse é o nome do xampu. Como sabe?
— Uma moça que conheci costumava usá-lo — preferiu dizer.
— Mesmo? E ela gostava?
— Com certeza.
— O que ela mais apreciava nesse produto? Gaara estranhou aquilo.
— Nem imagino. Por quê?
— Trabalho em publicidade. Terei um encontro importante amanhã com o diretor da empresa que fabrica o Irresistível.
Aquelas palavras o atingiram como um raio. Não podia ser. O destino, pelo visto, resolvera fazê-lo vítima de suas piadas. Aquela garota era Ino Yamanaka, a jovem e bem-sucedida executiva de propaganda e marketing que tinha uma reunião agendada em sua empresa no dia seguinte.
Talvez, se ainda lhe restasse algum resquício de bom-humor, viesse a achar graça do inusitado da situação. Infelizmente, perdera o seu havia anos.
— O que você gosta nesse xampu?
Ino alisou com a mão fios da franja longa que escapavam do charmoso rabo-de-cavalo, o cotovelo quase a resvalar no tórax de Gaara.
— Cá entre nós, para mim ele é indiferente. Não acrescenta muito ao mercado de cosméticos. Meu xampu predileto trata bem os fios, e só preciso lavar os cabelos dia sim, dia não. Já com este aqui é uma trabalheira diária. E tem mais: quem em sã consciência poderia chamar de Irresistível um xampu à base de ovos? Quanta falta de imaginação! — Ino meneou a cabeça. — Decidi usá-lo porque tenho como regra experimentar tudo o que me seja desti nado para uma campanha publicitária.
Pelo visto, a reunião do dia seguinte seria interessantíssima. Gaara começava a ficar quase ansioso. O que estragava tudo era a expectativa de ter de suportar a alegria quase irritante daquela mulher durante toda uma apresentação da abordagem publicitária.
Bem, talvez com um pouquinho de sorte ela ficasse constran gida ao revê-lo e se contivesse.
— Deve ser difícil criar propagandas para produtos dos quais não se gosta.
Ela sorriu.
— Meu discurso pode ser muito persuasivo quando quero.
— Entendo o que quer dizer.
Ino o encarou por um segundo ou dois.
— Você não ri muito, não é, Gaara?
— Evito o máximo que posso.
— Sim, eu percebi. — Fitou a nota de vinte em sua mão, e depois o rosto fechado dele. — Continuo curiosa de saber o que pretendia a moça que escreveu seus dados nessa cédula.
— Ah, isso é fácil! Atormentar minha vida.
— Gaara No Sabaku tem uma inteligência aguçada e experiên cia de sobra. É bastante famoso por sua brilhante ironia, Ino.
— Esta é a vigésima vez que me diz a mesma coisa — ela disse ao patrão, Asuma Sarutobi, enquanto checava a seqüência de apre sentação de alguns papéis em sua pasta executiva.
Asuma havia se sentado em uma das três cadeiras de aço escovado na moderna sala de sua funcionária e observava-a com interesse. Ali estava uma excelente profissional a quem sempre respeitaria.
— No Sabaku gosta de se envolver e tomar parte de todos os aspectos do negócio. Portanto, caso ele venha com alguma idéia própria de como conduzir a campanha, sorria e deixe-o à vontade.
Ino levou as mãos à cintura. Um brilho de insulto surgiu em suas pupilas.
— Então, por que está me mandando como representante de criação da agência? Pelo que pude constatar até agora de tudo o que há no mercado, a propaganda das empresas Sunagakure vai radicalmente na direção contrária de minha maneira de ver e pensar a mulher contemporânea. São machistas, apelativas e cansativas.
— Seria bom você não mencionar esse fato. Gaara No Sabaku foi o mentor do conceito condutor da última campanha da empresa.
— Já estou vendo que vou adorá-lo de imediato.
— Seja você mesma, competente, capacitada... Ela bateu de leve no ombro do chefe.
— Deixe tudo por minha conta.
A caminho dos escritórios da Sunagakure no distrito de Reston, Ino se esforçava em se concentrar na revisão de sua abertura e condução da reunião. No entanto, seus pensamentos, teimosos, prendiam-se à noite anterior. Aquele Gaara era mesmo único. Deus! Jamais conhecera alguém tão vazio, tão inexpressivo. A impressão dela era de que só existia azedume dentro dele.
Em nem um único momento a simples sombra de um sorriso surgiu em seu semblante. Evidente que aquele homem possuía a personalidade e os sentimentos de uma rocha bruta.
O que era horrível, ainda mais se considerasse o fato de ele ser muitíssimo bonito e atraente. Um metro e noventa, ombros largos e quadris estreitos. Deveria estar no meio dos seus bem preserva dos e tratados trinta anos, já que as expressões faciais nunca mu davam o suficiente para produzir marcas na pele.
Os cabelos eram espessos e vermelhos como fogo, os olhos verdes-mar, o queixo quadrado e as soberbas maçãs do rosto, talhadas como que pelo cinzel de um artista plástico. Poderia muito bem ser um dos modelos de seus anúncios.
Ino buscou uma das barras de chocolate que guardava no porta-luvas do automóvel e rasgou o invólucro com os dentes branquíssimos.
Ino não conseguia achar uma razão plausível para aquele homem ocupar seus pensamentos desde que se despediram à saída do restaurante. Talvez fosse o fato de que tinha autêntica atração por animais feridos, e não acreditava na probabilidade da existên cia de um ser desprovido de todo e qualquer tipo de emoção sem que houvesse sido atingido por um sofrimento atroz, que o hou vesse feito erguer uma fortaleza a sua volta.
Dois minutos depois, chegava à Sunagakure, e ficou impressio nada ao observar a sede, um edifício de cinco andares de escritórios.
— Gostei do lugar. Parece que eles têm condições de pagar nosso preço — comentou consigo mesma.
Estacionou e dirigiu-se ao saguão de entrada, onde o segurança checou seu nome e suas credenciais, antes de encaminhá-la através de portas trancadas e elevadores exclusivos.
Ino balançava a cabeça em desaprovação. Estaria Gaara No Sabaku preocupado que alguém viesse a roubar a receita de seu banho de espuma?
Ainda passou por mais duas checagens de segurança a caminho do elevador da presidência, de modo que, pouco antes de ser con duzida enfim à sala de reuniões, seu estado de espírito não era dos melhores, dado o absurdo senso de importância que aquele ho mem, pelo visto, se dava.
Parou um instante à soleira e alisou a jaqueta e os cabelos, antes de colocar um sorriso amistoso nos lábios. Respirou fundo e meneou a cabeça para a secretária, em claro sinal de que estava pronta para entrar. A porta lhe foi aberta com tal cerimônia que por um segundo lhe ocorreu estar entrando em uma audiência com o Papa.
Ao pisar na sala, dois foram seus focos de interesse. Primeiro, o extremo bom gosto da decoração, em rosado e cinza. Segundo: o executivo arrogante e autoritário que a encarava pela segunda vez em menos de vinte e quatro horas.
Gaara No Sabaku, sentado em seu trono na distante cabeceira da mesa de conferências... sorria!
