UA - Inu-Yasha e Kagome se conhecem por telefone, mas acabam se conhecendo pessoalmente sem saber quem são. Eles vão descobrindo seus sentimentos aos poucos junto com os problemas de todos os adolescentes. Agora têm que lidar com escola, amigos, família e uma nova ameaça que cresce a cada instante.
Capítulo 1Ela pôs a mão na maçaneta e esperou. Uma sensação de terror tomava conta de sua alma. Ela parou e respirou fundo. Seu corpo inteiro estava temendo. O sangue estava sendo bombeado para suas veias com todo a força, como se quisesse escapar de lá.
Mas não era isso mesmo que ele queria? Que seu sangue escapasse inteiro de seu corpo, escorrendo por suas garras consumidas por ódio e vingança. Mas o que ela tinha feito para merecer esse terrível destino? Com certeza ela não sairia com vida dali.
"Não, pensamento positivo é a chave. É só pensar positivo que nada de ruim acontece." E esse foi o seu último pensamento positivo.
Ela respirou fundo e prendeu a respiração. Tentou ouvir por detrás da porta que se encontrava na sua frente. O único ruído que conseguia captar era seu coração querendo sair de seu peito.
Ela girou a maçaneta pensando que sairia dali o mais rápido possível.
Não foi o que aconteceu...
- AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!
- SOUTA!!! PÁRA DE BERRAR!
- Mas mana...
Ele agarrou no braço da irmã e fez que ia começar a chorar.
- Já é a quarta vez que você grita só nessa página!
Kagome fechou o livro com força e olhou brava para seu irmão.
- Souta, cama já!
- Mas mana...
- Nem mais nem menos. Eu prometi pra mamãe que você estaria na cama às 8, e são quase 10!
- Tá bom... - disse ele emburrado. Levantou da cama da irmã a saiu arrastando Buyo. Saiu do quarto batendo a porta.
Kagome suspirou. Olhou para a maçaneta do quarto e se lembrou da história que estava lendo: "Ela girou a maçaneta pensando que sairia dali o mais rápido possível. Não foi o que aconteceu..."
Então a maçaneta começou a girar. Kagome olhou apavorada para a porta e calculou a altura da janela de seu quarto até o chão.
Ela agarrou o travesseiro pronta para jogar em quem quer que fosse quando Souta entrou pela porta do quarto.
- Posso dormir aqui, mana?
Kagome tentou prender a respiração, tentou contar até dez, até vinte, contou mentalmente até trinta, mas não conseguiu evitar um grito:
- PRO SEU QUARTO AGORA!!!!!
Souta saiu arrastando os pés.
Em algum lugar, não muito perto nem muito longe dali, alguém também brigava com seu irmão mais novo...
- INU-YASHA!! SEU IRRESPONSÁVEL!!!!
- Calma Sesshy, a Rin te dá outro desse!
- Ela não vai me dar outro! E não me chame de Sesshy! Ninguém pode me chamar assim!
- A não ser a Rin, que te chama do que quiser. E eu já disse que ela te dá outro!
- Escuta aqui, seu pirralhinho metido e ignorante, - disse Sesshou-Maru segurando na gola da camiseta de seu irmão mais novo - aquilo que você quebrou tinha um valor sentimental pra mim. Pena que você nunca vai saber o que isso significa, Inu-Yasha - disse ele entre dentes. - E eu não gostaria de perder mais coisas minhas por falta de inteligência por parte do meu irmãozinho.
- Eu não sou seu irmãozinho - disse Inu-Yasha entre os dentes, sem nenhum esforço de esconder o ódio. - E solta a minha camiseta, é a que eu mais gosto.
Sesshou-Maru abriu um sorriso gelado e estreitou os olhos. Para o espanto de Inu-Yasha, ele largou a camiseta e ficou parado.
- Sabe o que eu deveria fazer com essa droga dessa camiseta? - disse ele com uma voz calma. - Eu devia jogar essa %#&! DESSA CAMISETA NO LIXO!
- NÃO GRITE COMIGO! E não use esse vocabulário perto de mim! Você que vá falar isso perto da Rin!
- Oh, desculpe. Não devia ter baixado tanto o nível para me igualar a você. E NÃO METE A RIN NO MEIO, SEU IDIOTA!!!
- Tadinho do Sesshy. Vai ficar bravinho se falar da sua namoradinha.
- Vai pro seu quarto, seu estúpido!
- VOCÊ NÃO MANDA EM MIM, SEU HUMANO!
Sesshou-Maru fechou o punho e tentou se controlar. Essa foi baixa. Até um meio youkai se sente insultado se chamado assim. Ele ia partir para cima de seu irmão, quando o interfone tocando salva Inu-Yasha no último instante.
Sesshou-Maru vai batendo os pés até a cozinha e atende o interfone.
- Alô! - diz ele em uma voz que fez o porteiro de arrepender amargamente de ter ligado.
- Sinto incomodar Senhor, mas tem uma garota aqui que disse que quer vê-lo. Ela disse que se chama Rin.
- Ah, diga pra ela que já estou descendo - disse ele suavizando a voz.
Bateu o telefone e se virou para seu irmão.
- E não pense que eu esqueci do que você fez! Você fica no seu quarto até eu voltar, ouviu bem?
- Só por causa de uma droga de uma bola de futebol que bateu no seu presente você vai me por de castigo?! - Inu-Yasha tentou prender a atenção de seu irmão que já estava saindo. - Quem você pensa que é? Meu pai?!
Sesshou-Maru se virou, e, se Inu-Yasha estivesse prestando atenção, teria visto, por um segundo, um olhar triste em seu rosto.
- Não fale do nosso pai perto de mim. Passar bem - e saiu batendo a porta atrás de si.
Inu-Yasha suspirou. "Aquele idiota! Acha que pode tudo só porque é mais velho! Qualquer dia desses eu acabo com ele!"
Inu-Yasha, sem perceber, foi andando até seu quarto. Quando se deu conta já estava lá dentro.
"Droga! Não acredito que obedeci aquele irmão estúpido que eu tenho e vim para o meu quarto!!"
Ele pensou em algo para fazer. Estava sem fome, sem sono, sem vontade de fazer nada.
"Quem sabe eu ligo pra algum amigo e chamo pra vir aqui." então ele se dá conta. "Quem eu estou querendo enganar? Eu não tenho amigo nenhum!"
Inu-Yasha se pegou pensando em como seria se ele fosse Sesshou-Maru. Popular na ex-escola, garotas ao redor, com cara de estrela de cinema... Bem diferente de seu irmão, na escola ele era conhecido como "o excluído" ou "o irmão daquele gatinho, sabe? Aquele namorado da Rin!", as garotas nem pensariam em chegar perto dele, sendo "o excluído"..., e a última coisa que podia se dizer dele é que ele é bonito. Se alguém chegar perto e falar que ele é bonito, ele pergunta se está com febre.
Cabelos brancos longos não eram o melhor padrão de beleza na sua opinião. Mas fazer o que? Ele não tinha paciência pra pentear, escovar, passar creme, escovar, escovar e escovar. Isso era pro Sesshou-Maru.
Inu-Yasha olha para sua cama e vê jogado ali em cima um pedaço de papel com uma anotação. Não era bem uma anotação, era um bilhetinho que tinham passado pra ele na aula de Matemática. Ele pegou o papel amassado e releu o bilhete.
"I-Y, a gente pode cancelar o programa d hj?
Valeu, cara! Vc ñ sabe o quanto me ajudou! Sabe aquela gata do 1ºB? Eu consegui convencer ela a sair comigo!
Hj no cinema, torce por mim!
Valeu d novo!
M
P.S.: Ñ me liga, vou estar no cinema!"
"Aquele idiota... Sempre atrás de garotas. Mas ele é divertido."
Inu-Yasha resolveu ligar só pra encher. Pegou o telefone celular e apertou o número 1 da discagem automática.
Três toques depois atenderam.
- Alô?
- Miroku!! Há quanto tempo cara!
- Inu-Yasha, seu idiota! Eu mandei você não me ligar!
- Miroku, seu tapado! Eu mandei você desligar a droga do celular!
- Tá, eu esqueci! Agora desliga logo que a Sango já vai voltar com a pipoca!
- Eu não! Desliga você!
- Você!!
- Não foi você que inventou essa brincadeira?
- Não, foi você Inu-Yasha. Agora cresce e para de me encher. Por que você não procura uma namorada pra você e vai se divertir?
- Claro! Vou sair do meu quarto e vou atrás de uma namorada. O mundo inteiro não está obcecado com as mulheres que nem você!
Depois de um curto silêncio na linha, Miroku respondeu:
- Na verdade, todo o mundo masculino menos você e os gays. Agora me deixa em paz! - e desligou o telefone.
Inu-Yasha xingou seu amigo mentalmente e se jogou na cama, quase esmagando o telefone.
Poucos segundos depois, o telefone começou a tocar.
Inu-Yasha atendeu e começou a falar sem saber quem era.
- Olha, Miroku, foi você quem disse pra te deixar em paz! Me deixa em paz também!
Ele esperou a resposta do amigo e só ouviu uma risada. Parecia um riso infantil, como se estivesse se divertindo.
Em seguida desligou.
"Quem foi o idiota?"
Sem pensar, Inu-Yasha apertou a rediscagem automática e esperou na linha.
Alguns toques depois, atendeu uma voz feminina, que causou um arrepio desconfortável nele.
Kagome decidiu parar de estudar um pouco e comer alguma coisa.
Foi para a cozinha e trouxe para comer no quarto um sanduíche. Ela ia começar a comer o sanduíche quando tocou o telefone. Ela esticou o braço para o aparelho e atendeu:
- Alô?
- Anh...
Houve um silêncio. Kagome teve tempo para pensar quem era. Era voz de homem, talvez uns 20 anos ou mais. Ninguém que ela conhecia.
- Sim?
- Ah, é que acabaram de ligar pro meu celular. E foi daí.
Kagome estranhou.
- Daqui? Não ninguém daqui usou o telefone na última hora. A não ser que... Espera um segundinho!
Kagome tapou o bocal do telefone com a mão e gritou:
- SOUTA!!! VOCÊ ANDOU BRINCANDO COM O TELEFONE DE NOVO?!?
Inu-Yasha afastou rápido o telefone da orelha. "Aquela menina sabe mesmo gritar! Imagina se ligar uma sirene com aquela potência na orelha do Sesshou-Maru!"
Depois de um tempo de gritaria na outra linha, a garota voltou ao telefone:
- Sinto muito, foi meu irmão chato que fez isso! Ele não me deixa em paz! Irmãos não deveriam existir!
- Ahn, você acredita em mim se eu disser que te entendo?
- Deixa eu adivinhar, você tem um irmão.
- É, um chato, metido, e lindo de morrer!
- Lindo de morrer? Por que você não me apresenta...?
- Você não gostaria de conhecê-lo, e ele já tem namorada...
- Era brincadeira. Você gosta da namorada do seu irmão?
- Eu?!?! Eu não!
- É que deu a impressão, do jeito que você falou...
Ela riu, o que causou um chiado do outro lado da linha.
- E seu irmão é mais velho que você...? - continuou ela.
- É... E acha que por causa disso pode mandar em mim.
- Ah, o meu é mais novo... Ele apronta e eu levo a culpa. Não sei o que é pior, ser irmão mais novo ou mais velho.
Houve um silêncio dos dois lados da linha. Inu-Yasha se sentiu na obrigação de dizer algo. Então disse:
- Os dois! - disseram eles ao mesmo tempo.
A garota na outra linha deu uma risada gostosa. Inu-Yasha se sentiu contagiado pela risada e começou a rir também.
Quando pararam Inu-Yasha não pode deixar de comentar:
- Sabe que faz um bom tempo que eu não dou uma risada dessas?
A garota pareceu surpresa.
- Sério? - perguntou ela sem esperar resposta. - Nossa! Sua vida deve ser meio chata para você não rir.
- Pode falar o que quiser, minha vida não presta.
Kagome achou o garoto do outro lado da linha um pouco melancólico de mais. Ela se achou na obrigação de tentar animar seu novo amigo.
"Ah, essa foi boa! Meu novo amigo! Minha única amiga é a Sango, que me furou o sorvete por causa de um garoto... Por que eles têm que existir?!"
Sem perceber, Kagome tinha deixado o outro falando sozinho.
- ... e o que você acha?
- Ah, desculpe, não estava prestando atenção, o que você disse mesmo?
- Eu sei, não disse nada de útil. Só pra você sair dos pensamentos.
- Vou tentar usar essa técnica com a minha amiga. Ultimamente ela anda no mundo da Lua...
- É, o meu amigo também. Obcecado por mais uma garota...
- Ele é muito paquerador?
- Não, só é o cara mais galinha da escola inteira.
- Minha amiga não, sempre gostou de um cara só. E quando ele foi pedir para sair com ela, ela ficou nervosa e deu um fora nele. Sorte dela que o cara convidou mais umas trinta vezes.
- É? Com meu amigo foi a mesma coisa.
No cinema, o filme já estava começando e as luzes estavam terminando de se apagar.
Miroku, sem perder tempo, já ia avançar pra cima de Sango. Ele fingiu estar bocejando e pôs um braço atrás da cadeira dela.
Sango já esperava aquilo. Ela conhecia bem a fama dele. Esticou o braço mais próximo da mão dele e tirou a mão dele de lá.
Ela ia colocar a mão de Miroku no devido lugar, no colo dele, mas quando tocou a mão dele, foi como se um calor se espalhasse por todo seu corpo e não deixassem-na soltar de lá.
Miroku entrelaçou seus dedos nos dela. Sango esqueceu o que tinha planejado dizer caso acontecesse algo assim e só conseguiu se ajeitar como pode no ombro dele.
Aquele calor momentâneo passou a ser permanente no corpo dos dois, e não quiseram se soltar mais.
Assistiram o filme de terror como se fosse um romance que acabava com uma linda cena romântica entre o herói e a garota, que acabou por terminar com uma linda cena romântica entre o cara da cadeira G-36 e a garota do G-35, respectivamente Miroku e Sango.
Já faziam umas boas 2 horas que Inu-Yasha e Kagome conversavam sem saber quem eram.
- Posso fazer uma pergunta? - começou ele, sem esperar resposta. - Eu já sei sua vida inteira, falta só o seu nome.
- Ih, é mesmo né? Eu me chamo Higurashi, Higurashi Kagome. Kagome pra quem eu gosto.
- E isso significa...?
- Como assim?
- Que eu posso te chamar do que?
- Kagome. E eu posso te chamar do que?
- Inu-Yasha. Nada de me chamar de Inu. Ninguém me chama assim.
Kagome e Inu-Yasha iriam continuar a falar por mais uma boa hora, quando um barulho na porta da casa de Inu-Yasha chamou sua atenção.
"Sesshou-Maru estúpido!! Chegando em casa cedo! Geralmente ele chega em casa às 3!" foi quando Inu-Yasha bate o olho no relógio de cabeceira e vê que já estava no telefone há mais de duas horas. "Droga! Agora que eu estava gostando de falar com alguém!!"
- Ahn... Bem, acho que tenho que desligar... - começou ele, sem muita convicção.
O desgosto foi perceptível da outra linha.
- Ah... Agora que eu estava gostando de falar com alguém...
Inu-Yasha se espantou. "Essa garota lê pensamentos!"
- Olha, uhn... - ele tentou dizer alguma coisa para consertar. - Já sei, te ligo amanhã, lá pelas... Que horas você sai do colégio?
- Há 1.
- Bom, eu também. Te ligo às 2, pode ser?
- Claro, tudo bem!
- Então tchau!
- Tchau, um beijo.
Inu-Yasha não esperava por essa. Um beijo? Quando foi a última vez que ele ouvira aquela palavra? E para piorar a cabeça dele, nesse instante Sesshou-Maru entra em seu quarto com Rin atrás.
- Outro - falou ele no tom mais normal possível. - Tchau - e desligou o telefone.
Sesshou-Maru se sentou na cadeira do computador dele e Rin ficou parada na porta.
- Sesshou-Maru, quem disse que você pode entrar no meu quarto sem bater? - perguntou Inu-Yasha enquanto colocava o telefone para carregar a bateria, que realmente precisava.
- Nós batemos, - argumentou ele - mas você parecia ocupado demais para ouvir. Com quem que você estava falando para mandar um beijo de despedida? Com o Miroku é que não foi. Ou foi?
- Não, seu idiota! Não foi com ninguém que você conheça.
- "timo, seu mal humorado. Só pra avisar que a Rin vai dormir aqui hoje.
Inu-Yasha se virou para Rin com uma cara espantada.
- Rin... Pensei que você fosse namorada dele - disse ele apontando para seu irmão. - Não sabia que você gostava de mim desse jeito.
- Seu idiota! - disse Sesshou-Maru socando a cabeça do irmão. - Eu quis dizer que ela vai dormir aqui em casa, não aqui no seu quarto.
Rin deu uma risada, o que fez Inu-Yasha se lembrar de Kagome.
- Rin... - disse ele se dirigindo para ela de novo. - Não sabia que você e o Sesshy já... Bom, você sabe.
Sesshou-Maru bateu de novo na cabeça do irmão e levou Rin para o quarto de hóspedes murmurando algo sobre detetizarem a casa dela...
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Yura: Bom, deu para perceber que é uma fic Universo Alternativo, eu sou Yura de Cabelos Invertidos (a pessoa que escreve a nota do autor, mail: Yuradecabelosinvertidoshotmail.com) e tem também o Naraku que escreve todos os capítulos (créditos só para ele). A nota do autor vai ser mais agitada isso eu tenho certeza, é que hoje é o primeiro dia não tá tão agitada. Chega de tagarelar!
Beijos
Yura
Naraku
Naraku: Como você tem coragem de assinar: "beijos Yura/Naraku"? Quem disse que eu mando beijos? É só um "tchau e não esqueçam das rewiews"! Nada de beijos da próxima vez!
Yura: Tá bom...
Ja ne
Yura
Naraku
