Ulqui-chan

Disclaimer:

Todo o universo Bleach é da autoria de Tite Kubo que, em conjunto com a Shonen Jump, retêm todos os direitos, eu bem que queria ficar com o Ulquiorra, mas infelizmente eles também possuem (não sejam mal pensados) todos os direitos das personagens. Eu apenas estou a dar asas à minha imaginação e a dar o destaque que o morceguinho merece.

Notas:

As personagens deste fanfic vão sofrer mudanças de personalidade (algumas bem radicais) para poderem encaixar na história.

Por último, quero agradecer às minhas betas, 2Dobbys e mischieffuckinmanaged, por toda a ajuda que me prestaram neste projeto.


Publicado no Nyah! e no Spirit.


Prólogo

Era um dia tranquilo em Las Noches, quando uma súbita explosão, seguida por uma chocante onda de gritos e insultos, foi escutada desde o laboratório da problemática Octava Espada.

Momentos antes…

Szayel Aporro Granz estava no meio da sua mais recente experiência; media com muito cuidado as quantidades exatas que deveria colocar de um suspeito líquido azul fluorescente, numa solução de uma igualmente suspeita tonalidade rosa fluorescente, quando uma visita inesperada e altamente indesejada entrou pela porta que, ainda momentos antes, estivera devidamente trancada e que se encontrava agora espatifada no imaculado piso da sua paixão, o seu muito amado laboratório, que tantos meses de súplica e sofrimento lhe haviam custado para obter.

Nnoitra Gilga entrara como quem entra na sua própria casa, Dono e Senhor de Tudo.

Foi nesse preciso instante que o Cuatro Espada, atraído pela barulheira, entrou na divisão, sendo surpreendido pela fumaça que surgiu do colapso criado entre as duas matérias altamente instáveis.

O nevoeiro avermelhado começou a dispersar-se lentamente, deixando visível o espaço onde outrora estivera Ulquiorra e onde se podia ver agora um pequeno bebé com as roupas do desaparecido Espada, que se arrastavam pelo chão com cada movimento do menino.

oOo

― Estás a querer dizer-me que mataste o meu melhor Espada, Octava? ― questionou Aizen enraivecido.

― Não, Aizen-sama. Ulquiorra Cifer não está morto, só está…

― Está o quê? ― cortou Aizen ― Se o Cuatro está bem, exijo que o tragas perante mim imediatamente.

― Sim, Aizen-sama.

Granz ergueu-se com todo o orgulho que ainda lhe restava e saiu, regressando com um bebé ao colo que dormitava, alheio à confusão que a ele se devia.

― O que é isso, Octava? ― Aizen ergueu uma sobrancelha com descrença.

― Ulquiorra Cifer, tal como pediu, Senhor.

Aizen levantou-se do seu trono e avançou até às duas figuras que se encontravam à sua frente, passando a mão pelo rosto do pequeno que ainda dormia.

― Realmente esperas que eu acredite nessa palermice?

― É a absoluta verdade, eu nunca lhe mentiria, Aizen-sama.

Para comprovar as suas palavras, Szayel abanou suavemente a criança que abriu os olhos revelando duas belíssimas gemas de um impressionante tom verde esmeralda.

Aizen encurvou-se ligeiramente até atingir a altura do rosto da criança.

― Como te chamas, pequeno?

― Ulqui… e tu? ― murmurou o infante, piscando os olhos e esticando o pescoço para tentar averiguar onde estava.

― Hmm… Vejo que estavas a dizer a verdade ― concluiu Aizen.

― Como já tinha dito e volto a salientar, eu nunca lhe mentiria, Aizen-sama.

Aizen esboçou um sorriso paternal.

― Olá, Ulquiorra, sabes quem sou? ― questionou o Rei de Las Noches, ao que o pequerrucho negou com a sua cabecinha ― O meu nome é Sosuke Aizen.

― Aizen ― sussurrou o pequeno ― Onde está a mamã?

― Mamã? ― Aizen olhou para o Octava em busca de uma explicação que não lhe foi dada, apenas recebendo um encolher de ombros como resposta.

― A tua mamã teve de sair numa viagem e pediu-me que cuidasse de ti. Não queres ficar aqui comigo?

O pequeno olhou ao seu redor com desconfiança e voltou a perguntar, mas desta vez pelo seu papá.

― O teu papá teve de ir com a tua mamã. Enquanto isso, todos em Las Noches irão cuidar de ti ― disse Aizen com uma clara advertência no seu olhar dirigido a Granz.

Aizen estendeu os braços e pegou o bebé ao colo, para que Szayel colocasse os demais habitantes do palácio a par da nova situação.

― Se és amigo da mamã, posso chamar-te tio?

Aizen pensou por um momento e sorriu.

― Eu preferia que me chamasses papá! O que é que pensas disso?

― Mas… eu já tenho um papá! ― respondeu Ulquiorra com uma fofa expressão de pura confusão, inclinando a cabeça para o lado e pestanejando suavemente, levando o dedo indicador ao canto da boca, revelando um brilho de inocência na sua doce mirada.

― Mas tendo dois papás, podes receber o dobro dos presentes habituais. Não gostarias de ganhar mais doces?

Os olhinhos do bebé reluziram pela expectativa da promessa feita pelo adulto.

― Está bem, papá Ai.

Aizen sorriu, não um sorriso falso como havia dado tantas vezes antes a Hinamori, ou a frieza que transmitira aos seus Espadas, mas sim um sorriso sincero e cálido… único e exclusivo, apenas para o pequeno Ulquiorra.