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É uma história típica de Halloween (pelo título, percebe-se). Começa quando os CSI's, vão a um estranho e assustador casarão, atender uma investigação de assassinato. O mais vcs só saberão lendo.
Devo dizer que os personagens de CSI não me pertencem.
Não é um romance, portanto, não tem shiper, o que não impede de Sara e Grissom, trocarem significativos olhares, e terem seus corações batendo mais forte, à proximidade do outro.
Divirtam-se e BOM HALLOWEEN! a toda s!
Parte I -Introdução
Chovia torrencialmente em Vegas. A metereologia falava em chuva, mas não dizia que vinha o dilúvio. Na sua SUV, mesmo com os pára-brisas funcionando a toda, Grissom tinha dificuldade em enxergar.
No carro de trás, Nick enfrentava a mesma dificuldade. Levava na sua SUV, Warrick e Greg. Ele franzia os olhos e limpava frenético com a mão esquerda, uma parte da janela.
Warrick tirou o pano de sua mão e pôs-se ele mesmo, a limpar o vidro.
- Deixe que eu faço isto. Abra os olhos e concentre-se na estrada.
- Estou tentando, mas não está fácil - disse Nick franzindo os olhos de novo. – Mal enxergo o carro de Grissom. A estrada é muito escura e, para piorar, essa chuvarada! Não podia ser uma ocorrência na Strip; tinha de ser nesse fim de mundo? E com esse tempo?
Warrick olhava atônito, para o companheiro; não era próprio dele reclamar.
- Nick o que há com você, cara! Vamos aonde nos chamam...
No carro da frente, Grissom se aborrecia com as duas, que não paravam de tagarelar, um segundo. Falavam sobre médicos, roupas, fofocas de artista, e outras coisas... Fato é, que ele ficava de fora da conversa, pois não dominava nenhum desses assuntos mundanos.
A um determinado momento, parou: tinham chegado. O carro de trás parou também.
- Estão de brincadeira comigo? Parece a casa do Drácula! Tem mesmo certeza de que é aqui?
- Só tem essa casa na rua: tem que ser ela, não Greg? ´- Perguntou Warrick.
- Não, necessariamente! Grissom pode ter se enganado de rua!
- Com esse tempo, não é impossível! – Ajuntou Nick.
Greg fez uma careta de "eu não disse", para Warrick, e antes dele responder, ouviram um estrondo. Era um relâmpago que ao cair sobre a casa, pelo visto, causara algum dano na parte elétrica. Deduziam isso, pois se apagaram na mesma hora, as luzes que, tetricamente, se refletiam nas janelas.
- Sinistro! – Disse Greg.
No carro da frente, Catherine benzia-se.
- Santa Bárbara! Esse foi grande e perto!
- Não sabia que era supersticiosa, Cath?
- Não se trata de superstição, Gil! Um raio é uma coisa bem real!
Grissom pegou sua lanterna e deu uma corrida, até o alpendre da casa. As mulheres acompanharam-no a seguir. Os ocupantes do carro de trás, também deram uma corrida, indo se abrigar no alpendre de madeira, grande o suficiente para proteger os CSI's, daquela chuva incessante.
Greg resmungava por ter se molhado um pouco.
- Que você tem hoje, parece feito de açúcar! - Disse Warrick, para o mais novo.
Greg olhou feio, para o companheiro. No seu entender, tudo havia dado errado, naquela noite: desde aquele tempo miserável, até aquele horrível casarão, que parecia mesmo a casa do Drácula. Parecendo pensar o mesmo, Nick com sua lanterna, observava o exterior deplorável do casarão.
- Esta casa não terá servido de locação a algum filme de terror? _ Nick perguntou ao chefe.
Recebeu um olhar enviesado de Grissom, como resposta. A roupa molhada, já o deixava com frio, e esse desconforto traduzia-se em mais mau- humor. Virou-se para a porta e, lembrou-se de que na falta de energia a campainha era inútil.
Bateu à porta. Uma... Duas... Três vezes... Nada! Silêncio absoluto. Catherine antes que Grissom pudesse impedi-la, pôs a mão na maçaneta e girou. Para sua surpresa a porta se abriu, rangendo como uma velha resmunguenta.
- Que tal? – Perguntou Warrick, rindo a Greg.
- Uhuhuhuhuhuh! – Fez Nick, por trás do ombro de Greg.
- Podem gozar à vontade, espertinhos. Quando acontecer algo estranho, quem vai rir sou eu! – Disse o rapaz, aborrecido.
- Vamos parar com isso e entrar, para resolvermos logo isso e irmos embora! - Grissom estava com cara de poucos amigos, ao dizer isso.
Foi entrando na casa, atrás de Catherine e seguido por Sara. Os rapazes resolveram entrar e Nick fechou a porta, que rangeu de novo. O CSI sorriu.
- Um óleo nas dobradiças, viria a calhar!
- Ó de casa! Alguém está me ouvindo? – Catherine repetiu algumas vezes, sem obter resposta.
-Que estranho! Parece não haver ninguém! – Observou Sara.
- Deve ter gente sim, pois a lareira está acesa!
Todos olharam para onde Grissom apontava sua lanterna. A sala de estar não estava muito melhor que o exterior da casa. Os sofás de Gobelin estavam rotos e desbotados. Os tapetes estavam bem estragados, a pintura das paredes descascando e os quadros bastante danificados. O pó que se acumulava na mobília, dizia que há muito tempo, um ser humano, não entrava ali. Contudo aquele fogo aceso, era a pulga atrás da orelha dos CSI's...
Catherine resolveu inspecionar o andar superior, Nick foi atrás, Warrick ficou no térreo mesmo, entrando num aposento, que parecia ser o escritório. Greg intrigado, perguntou a Grissom:
- Quem chamou a gente aqui?
- Vartann. Por quê? – Perguntou o forense levantando a sobrancelha.
- Ele não deveria estar aqui?
Era uma pergunta simples, óbvia, que Grissom lastimava-se por nem ter pensado nisso. Como tinha deixado passar algo tão óbvio? Não gostaria de admitir, mas a proximidade de Sara o distraía.
- Podemos ter nos desencontrado, Greg!
- Pode ser, mas que é esquisito é – afirmava Greg. – Não vi nenhum carro de polícia lá fora e, não vi nada na estrada também!
Grissom não tinha visto nada também, e mesmo naquela estrada escura, com aquele tempo horrendo, uma viatura policial, com todas aquelas luzes piscando, não passaria despercebida...
- Eles podem ainda estar presos no trânsito, lá no centro... – respondeu Grissom impaciente.
"Trânsito? A essa hora? Com esse tempo? Duvido muito...", pensava Greg, já se dirigindo à outra sala.
Grissom deu mais dois passos pra frente e sentiu uma dor na nuca, como se tivesse sido atingido por um bastão ou pedaço de pau. E uma dor lancinante nas costas, que tirou sua respiração, por instantes.
Cambaleou e foi ao chão. O grosso tapete amorteceu-lhe a queda. Para erguer-se, apoiou- se num joelho. Massageou a nuca dolorida. Sara que estava poucos passos a sua frente, agachou-se perto dele.
- Você está bem? O quê aconteceu?
Envergonhado, Grissom não quis contar a ela o que houve. Afinal, ela era uma CSI treinada, estava perto dele e nem vira, nem ouvira nada. Devia estar sendo vítima de sua imaginação. Inventou que tropeçou.
Sara ajudou-o a levantar-se. Trazia um semblante fechado. Aquela coisa de tropeçar, não a convencia. Seus olhares cruzaram-se e ambos sentiram um arrepio. Na mesma hora ouviram um grito. Greg e Warrick vieram correndo, para a sala, de arma em punho.
- Que foi isso gente? – Perguntou Warrick.
- Vem de lá de cima! – Informou Grissom, já completamente, de pé.
- Foi de Catherine! – Replicou Sara, engatilhando sua arma.
Subiram as escadas com cautela. Viram Catherine no chão, apoiando a cabeça, no colo de Nick. Ele estava agachado perto dela, apatetado sem saber o que fazer.
- Não sei o que aconteceu; ia entrar num dos quartos, quando ouvi o grito dela! Já a encontrei assim, desmaiada no chão.
- A culpa não é sua, cara. Assim que ela acordar, contará o que aconteceu. – Disse Warrick, dando um tapinha no ombro do amigo.
Grissom pensava consigo mesmo, que a amiga era uma mulher forte, pouco dada a faniquitos e desmaios; isto para ele era incompreensível. Sara agachou-se ao lado dela, dando tapinhas leves em seu rosto chamando por seu nome.
- Cath! Cath! CATH!
Aos poucos, a cor foi voltando às faces pálidas da loira, e ela foi despertando.
- O que aconteceu Cath? Ficamos preocupados! – Disse Grissom ajudando-a a se levantar.
Warrick pôs uma cadeira a seu lado e Greg apareceu, com um copo d'água, não se sabe bem de onde. Catherine sentou-se e tomou um gole d'água. Percebeu os olhares curiosos de todos, sobre ela.
- Eu estou bem, não precisam se preocupar!
- Mas o que houve afinal, para você desmaiar? – Perguntou Grissom preocupado.
- Nem foi tão grave assim! Nem sei porque perdi os sentidos, por algo tão bobo!
- Bobo ou não, conte-nos: se fez você desmaiar...
- Acredite-me, Sara, já vi coisas piores!
- Conte-nos assim mesmo!- Insistiu Sara.
- Bem entrei nesse cômodo e julguei ver um corpo enforcado. – Começou Catherine. - De repente, o corpo pareceu se desmembrar e vir em minha direção. Eram dezenas de morcegos, que vinham pra cima de mim. Parecia que queriam me atacar! Quando senti, que eles estavam se embaraçando em meus cabelos, gritei desesperada. Aí devo ter desmaiado, porque não me lembro de mais nada... – concluiu ofegante.
- Eles não queriam te atacar; devem ter ficado mais assustados que você. – Falou Grissom, pensando como biólogo.
- Para onde eles foram? Não saíram pela janela, pois ela está fechada- falou Sara, apontando sua lanterna na direção da janela.
- Oh, não! Eu estava perto da porta, então devem ter descido...
- Creio que não Cath, viemos de lá de baixo e não vimos, nem ouvimos nada! E se eram tantos como você diz, nós os ouviríamos, não? - Rebateu Warrick.
- Vai ver que entraram num dos quartos então! – Falou a loira.
- Isso é altamente improvável, pois todas as portas estão fechadas! Falou Nick, iluminando o corredor com sua lanterna.
Catherine falava, abraçada por Grissom.
-Tenho certeza que eu vi, Gil! Não estou vendo coisas! Eu vi os morcegos!
Grissom tentava tranqüilizá-la, enquanto pensava que o que havia acontecido com eles era muito estranho. Ele podia jurar que havia sido atacado, mesmo porque a nuca estava dolorida, e ninguém tropeça para trás. Sara não vira, nem ouvira nada. Assim como Catherine e seus morcegos, que ninguém vira. "Que estranho! Que efeito essa casa, causa em nós?".
Greg perguntou o que faziam lá. Os demais faziam a mesma pergunta. Grissom respondeu, tentando sossegá-los.
- Bem, tinha uma ficha em minha mesa, com o endereço daqui e que o Vartann queria que investigássemos um 419 { Código usado pela polícia para informar a existência de um cadáver}, para ele.
- Só isso? Não tinha mais informações? – Indagou Warrick.
- E ele, onde está? – Perguntou Greg muito bravo.
Grissom limitou-se a mexer os ombros. Ele não tinha respostas, nem para suas próprias dúvidas.
-Bem, gente! Quanto mais cedo acharmos o corpo, mais cedo iremos embora! – Resmungou Warrick.
Nick falou que ficaria com os quartos; Greg na outra sala; Warrick no escritório; Sara na cozinha e Grissom acomodaria Catherine, na sala de estar e se terminasse logo, iria ajudar alguém que precisasse. Catherine lastimou-se:
- Ei, Gil! Estou bem! Posso trabalhar!
- Ok! Mas ficará bem embaixo do meu nariz, onde eu possa vê-la!
Catherine quis protestar, mas sabia que quando o amigo usava aquele tom de voz, era definitivo.
É uma história típica de Halloween (pelo título, percebe-se). Começa quando os CSI's, vão a um estranho e assustador casarão, atender uma investigação de assassinato. O mais vcs só saberão lendo.
Devo dizer que os personagens de CSI não me pertencem.
Não é um romance, portanto, não tem shiper, o que não impede de Sara e Grissom, trocarem significativos olhares, e terem seus corações batendo mais forte, à proximidade do outro.
Divirtam-se e BOM HALLOWEEN! a toda s!
Parte I -Introdução
Chovia torrencialmente em Vegas. A metereologia falava em chuva, mas não dizia que vinha o dilúvio. Na sua SUV, mesmo com os pára-brisas funcionando a toda, Grissom tinha dificuldade em enxergar.
No carro de trás, Nick enfrentava a mesma dificuldade. Levava na sua SUV, Warrick e Greg. Ele franzia os olhos e limpava frenético com a mão esquerda, uma parte da janela.
Warrick tirou o pano de sua mão e pôs-se ele mesmo, a limpar o vidro.
- Deixe que eu faço isto. Abra os olhos e concentre-se na estrada.
- Estou tentando, mas não está fácil - disse Nick franzindo os olhos de novo. – Mal enxergo o carro de Grissom. A estrada é muito escura e, para piorar, essa chuvarada! Não podia ser uma ocorrência na Strip; tinha de ser nesse fim de mundo? E com esse tempo?
Warrick olhava atônito, para o companheiro; não era próprio dele reclamar.
- Nick o que há com você, cara! Vamos aonde nos chamam...
No carro da frente, Grissom se aborrecia com as duas, que não paravam de tagarelar, um segundo. Falavam sobre médicos, roupas, fofocas de artista, e outras coisas... Fato é, que ele ficava de fora da conversa, pois não dominava nenhum desses assuntos mundanos.
A um determinado momento, parou: tinham chegado. O carro de trás parou também.
- Estão de brincadeira comigo? Parece a casa do Drácula! Tem mesmo certeza de que é aqui?
- Só tem essa casa na rua: tem que ser ela, não Greg? ´- Perguntou Warrick.
- Não, necessariamente! Grissom pode ter se enganado de rua!
- Com esse tempo, não é impossível! – Ajuntou Nick.
Greg fez uma careta de "eu não disse", para Warrick, e antes dele responder, ouviram um estrondo. Era um relâmpago que ao cair sobre a casa, pelo visto, causara algum dano na parte elétrica. Deduziam isso, pois se apagaram na mesma hora, as luzes que, tetricamente, se refletiam nas janelas.
- Sinistro! – Disse Greg.
No carro da frente, Catherine benzia-se.
- Santa Bárbara! Esse foi grande e perto!
- Não sabia que era supersticiosa, Cath?
- Não se trata de superstição, Gil! Um raio é uma coisa bem real!
Grissom pegou sua lanterna e deu uma corrida, até o alpendre da casa. As mulheres acompanharam-no a seguir. Os ocupantes do carro de trás, também deram uma corrida, indo se abrigar no alpendre de madeira, grande o suficiente para proteger os CSI's, daquela chuva incessante.
Greg resmungava por ter se molhado um pouco.
- Que você tem hoje, parece feito de açúcar! - Disse Warrick, para o mais novo.
Greg olhou feio, para o companheiro. No seu entender, tudo havia dado errado, naquela noite: desde aquele tempo miserável, até aquele horrível casarão, que parecia mesmo a casa do Drácula. Parecendo pensar o mesmo, Nick com sua lanterna, observava o exterior deplorável, do casarão.
- Esta casa não terá servido de locação a algum filme de terror? _ Nick perguntou ao chefe.
Recebeu um olhar enviesado de Grissom, como resposta. A roupa molhada, já o deixava com frio, e esse desconforto traduzia-se em mais mau- humor. Virou-se para a porta e, lembrou-se de que na falta de energia, a campainha era inútil.
Bateu à porta. Uma... Duas... Três vezes... Nada! Silêncio absoluto. Catherine, antes que Grissom pudesse impedi-la, pôs a mão na maçaneta e girou. Para sua surpresa, a porta se abriu, rangendo, como uma velha resmunguenta.
- Que tal? – Perguntou Warrick, rindo a Greg.
- Uhuhuhuhuhuh! – Fez Nick, por trás do ombro de Greg.
- Podem gozar à vontade, espertinhos. Quando acontecer algo estranho, quem vai rir, sou eu! – Disse o rapaz, aborrecido.
- Vamos parar com isso e entrar, para resolvermos logo isso e irmos embora! - Grissom estava com cara de poucos amigos, ao dizer isso.
Foi entrando na casa, atrás de Catherine e seguido por Sara. Os rapazes, resolveram entrar e Nick fechou a porta, que rangeu de novo. O CSI sorriu.
- Um óleo nas dobradiças, viria a calhar!
- Ó de casa! Alguém está me ouvindo? – Catherine repetiu algumas vezes, sem obter resposta.
-Que estranho! Parece não haver ninguém! – Observou Sara.
- Deve ter gente sim, pois a lareira está acesa!
Todos olharam para onde Grissom apontava sua lanterna. A sala de estar não estava muito melhor que o exterior da casa. Os sofás de Gobelin estavam rotos e desbotados. Os tapetes estavam bem estragados, a pintura das paredes descascando e os quadros bastante danificados. O pó que se acumulava na mobília, dizia que há muito tempo, um ser humano, não entrava ali. Contudo aquele fogo aceso, era a pulga atrás da orelha dos CSI's...
Catherine resolveu inspecionar o andar superior, Nick foi atrás, Warrick ficou no térreo mesmo, entrando num aposento, que parecia ser o escritório. Greg, intrigado, perguntou a Grissom:
- Quem chamou a gente aqui?
- Vartann. Por quê? – Perguntou o forense levantando a sobrancelha.
- Ele não deveria estar aqui?
Era uma pergunta simples, óbvia, que Grissom lastimava-se por nem ter pensado nisso. Como tinha deixado passar algo tão óbvio? Não gostaria de admitir, mas a proximidade de Sara o distraía.
- Podemos ter nos desencontrado, Greg!
- Pode ser, mas que é esquisito é – afirmava Greg. – Não vi nenhum carro de polícia lá fora e, não vi nada na estrada também!
Grissom não tinha visto nada também, e mesmo naquela estrada escura, com aquele tempo horrendo, uma viatura policial, com todas aquelas luzes piscando, não passaria despercebida...
- Eles podem ainda estar presos no trânsito, lá no centro... – respondeu Grissom impaciente.
"Trânsito? A essa hora? Com esse tempo? Duvido muito...", pensava Greg, já se dirigindo à outra sala.
Grissom deu mais dois passos pra frente e sentiu uma dor na nuca, como se tivesse sido atingido por um bastão ou pedaço de pau. E uma dor lancinante nas costas, que tirou sua respiração, por instantes.
Cambaleou e foi ao chão. O grosso tapete amorteceu-lhe a queda. Para erguer-se, apoiou- se num joelho. Massageou a nuca dolorida. Sara que estava poucos passos a sua frente, agachou-se perto dele.
- Você está bem? O quê aconteceu?
Envergonhado, Grissom não quis contar a ela o que houve. Afinal, ela era uma CSI treinada, estava perto dele e nem vira, nem ouvira nada. Devia estar sendo vítima de sua imaginação. Inventou que tropeçou.
Sara ajudou-o a levantar-se. Trazia um semblante fechado. Aquela coisa de tropeçar, não a convencia. Seus olhares cruzaram-se e ambos sentiram um arrepio. Na mesma hora ouviram um grito. Greg e Warrick vieram correndo, para a sala, de arma em punho.
- Que foi isso gente? – Perguntou Warrick.
- Vem de lá de cima! – Informou Grissom, já completamente, de pé.
- Foi de Catherine! – Replicou Sara, engatilhando sua arma.
Subiram as escadas com cautela. Viram Catherine no chão, apoiando a cabeça, no colo de Nick. Ele estava agachado perto dela, apatetado, sem saber o que fazer.
- Não sei o que aconteceu; ia entrar num dos quartos, quando ouvi o grito dela! Já a encontrei assim, desmaiada no chão.
- A culpa não é sua, cara. Assim que ela acordar, contará o que aconteceu. – Disse Warrick, dando um tapinha no ombro do amigo.
Grissom pensava consigo mesmo, que a amiga era uma mulher forte, pouco dada a faniquitos e desmaios; isto para ele era incompreensível. Sara agachou-se ao lado dela, dando tapinhas leves em seu rosto chamando por seu nome.
- Cath! Cath! CATH!
Aos poucos, a cor foi voltando às faces pálidas da loira, e ela foi despertando.
- O que aconteceu Cath? Ficamos preocupados! – Disse Grissom ajudando-a a se levantar.
Warrick pôs uma cadeira a seu lado e Greg apareceu, com um copo d'água, não se sabe bem de onde. Catherine sentou-se e tomou um gole d'água. Percebeu os olhares curiosos de todos, sobre ela.
- Eu estou bem, não precisam se preocupar!
- Mas o que houve afinal, para você desmaiar? – Perguntou Grissom preocupado.
- Nem foi tão grave assim! Nem sei porque perdi os sentidos, por algo tão bobo!
- Bobo ou não, conte-nos: se fez você desmaiar...
- Acredite-me, Sara, já vi coisas piores!
- Conte-nos assim mesmo!- Insistiu Sara.
- Bem entrei nesse cômodo e julguei ver um corpo enforcado. – Começou Catherine. - De repente, o corpo pareceu se desmembrar e vir em minha direção. Eram dezenas de morcegos, que vinham pra cima de mim. Parecia que queriam me atacar! Quando senti, que eles estavam se embaraçando em meus cabelos, gritei desesperada. Aí devo ter desmaiado, porque não me lembro de mais nada... – concluiu ofegante.
- Eles não queriam te atacar; devem ter ficado mais assustados que você. – Falou Grissom, pensando como biólogo.
- Para onde eles foram? Não saíram pela janela, pois ela está fechada- falou Sara, apontando sua lanterna na direção da janela.
- Oh, não! Eu estava perto da porta, então devem ter descido...
- Creio que não Cath, viemos de lá de baixo e não vimos, nem ouvimos nada! E se eram tantos como você diz, nós os ouviríamos, não? - Rebateu Warrick.
- Vai ver que entraram num dos quartos então! – Falou a loira.
- Isso é altamente improvável, pois todas as portas estão fechadas! Falou Nick, iluminando o corredor, com sua lanterna.
Catherine falava, abraçada por Grissom.
-Tenho certeza que eu vi, Gil! Não estou vendo coisas! Eu vi os morcegos!
Grissom tentava tranqüilizá-la, enquanto pensava, que o que havia acontecido com eles era muito estranho. Ele podia jurar que havia sido atacado, mesmo porque, a nuca estava dolorida, e ninguém tropeça para trás. Sara não vira, nem ouvira nada. Assim como Catherine e seus morcegos, que ninguém vira. "Que estranho! Que efeito essa casa, causa em nós?".
Greg perguntou o que faziam lá. Os demais faziam a mesma pergunta. Grissom respondeu, tentando sossegá-los.
- Bem, tinha uma ficha em minha mesa, com o endereço daqui e que o Vartann queria que investigássemos um 419 { Código usado pela polícia para informar a existência de um cadáver}, para ele.
- Só isso? Não tinha mais informações? – Indagou Warrick.
- E ele, onde está? – Perguntou Greg muito bravo.
Grissom limitou-se a mexer os ombros. Ele não tinha respostas, nem para suas próprias dúvidas.
-Bem, gente! Quanto mais cedo acharmos o corpo, mais cedo iremos embora! – Resmungou Warrick.
Nick falou que ficaria com os quartos; Greg na outra sala; Warrick no escritório; Sara na cozinha e Grissom acomodaria Catherine, na sala de estar e se terminasse logo, iria ajudar alguém que precisasse. Catherine lastimou-se:
- Ei, Gil! Estou bem! Posso trabalhar!
- Ok! Mas ficará bem embaixo do meu nariz, onde eu possa vê-la!
Catherine quis protestar, mas sabia que quando o amigo usava aquele tom de voz, era definitivo.
