Título: Componentes de um beijo por Dr. Rodney McKay, Astrofísico.
Autor: Le Mousquetaire

Tradutor: Ana Granger Potter

Beta: Amanda Saitou

Fandom : SGA – Stargate Atlantis
Pairing : John Sheppard/Rodney McKay
Rating : PG-13
Disclaimer: Nada disso pertence a nós, só nos divertimos com os personagens sem lucro nenhum.

Summary: Em algum lugar de Atlantis, nas primeiras horas do dia...

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Indecisão desajeitada dos primeiros segundos. Fricção, apenas acariciando a sensível pele dos lábios, choque de narizes, hálito quente escapando em suspiros interrompidos, agitados.

Isto é como morrer e chegar ao céu – pensa Rodney – e Einstein estar te esperando com os braços abertos, você podendo dizer na cara dele que sua teoria da Relatividade cheira mal. Rodney se aventura e abre a boca, e mentalmente se dá palmadas nas costas quando sente a língua de Sheppard percorrê-la lentamente, deixando correr o tempo, mordiscando seu lábio inferior, que não cessou de tremer desde que seu espaço pessoal foi invadido para dar início ao momento mais estremecedor da sua vida.

É uma conseqüência lógica que suas mãos reajam apesar de seu cérebro estar derretendo conforme Sheppard vai aprofundando o beijo, deixando quase inexistente o espaço entre seus corpos. Os dedos de Rodney encontram às cegas o caminho até o pescoço e a nuca de Sheppard, surpreendendo-se com a textura e as sensações que suas carícias provocam em ambos. Sente calor dentro dos ossos quando percebe o pulsar de seu sangue embaixo da ponta dos dedos. Oh… deve ser assim que corre seu sangue quando rasga o ar, desafiando a velocidade e sua sorte, pensa, e não pode evitar sentir-se lisonjeado quando se dá conta de que é ele, que são seus lábios e suas mãos que estão provocando esse rush de adrenalina.

-Uhm… - falando de adrenalina. Ou de loucura temporal, ou uma baixa catastrófica de açúcar em seu sangue. Isto é algo para o qual não estava preparado. Pode escutar os gemidos, o barulho da roupa – aí onde os dedos de Sheppard tentam encontrar um pouco de pele para acariciar, tornando mais caóticas as sensações que estão deixando o corpo de Rodney feito uma massa de calor, e loucas terminações nervosas – o som de seus beijos, quando a língua de um encontra a do outro e tem que render-se, porque não há nada mais decadente e obsceno que sentir a língua de Sheppard em sua garganta e o eco de seus gemidos no paladar.

Rodney está seguro de que é impossível – a menos que seu sistema nervoso central esteja mal constituído – que esse ponto debaixo de sua orelha esquerda esteja conectado com seu membro. Não pode ser natural que algo comece a palpitar abaixo da sua cintura e que sua calça do uniforme se sinta tão estreita, quando os dedos de Sheppard apenas tocam sua pele. Procura apoio na parede quando a perna dele abre espaço entre as suas e a coxa dele está perigosamente perto do Ponto Zero do pequeno universo que é seu corpo nesse momento.

- Rodney… - ao menos seus ouvidos podem entender o significado dos sons que conseguem atravessar o irregular pulsar de sangue em seu cérebro.

- Uhmm? – Não pode dizer o mesmo de sua garganta ou do resto do equipamento necessário para articular palavras que, agora que não está sendo devorado pelos lábios de Sheppard, parece ter esquecido para que foi criado.

- Deixa de pensar por um momento, certo? – Os lábios de Sheppard recorrem o queixo de Rodney e ameaçam avançar e cegar a esse ponto de ebulição em seu pescoço. - Seu cérebro está me distraindo… - Meu o que? Que? Rodney tenta entender como alguém pode afirmar um disparate como esse, mas finalmente seu cérebro toma a decisão de se desconectar quando a língua de Sheppard alcança sem querer esse ponto embaixo da sua orelha esquerda.