N/A: História sem fins lucrativos. Todos os personagens e o ambiente onde a história se passa pertencem a J.K. Rowling e Warner Bros.

Agradeço profundamente a Sandra Lily Longbottom que betou e leu esta história primeiro.

Agradeço a todos que deixaram reviews e adicionaram minha última história, isso me incentiva a escrever.


12 de setembro de 2017

Rosa tinha uma certa propensão a ficar doente. Sua mãe já tinha contado que ela não podia visitar qualquer lugar sem pegar um resfriado ou voltar vomitando pra casa. Era natural.

Desta vez tinha quebrado um recorde, foram duas semanas antes de aparecer na ala hospitalar de Hogwarts pela primeira vez, desde que entrara na Escola.

— Gripe de dragão, nada mais minha querida. — Disse Madame Clearwater, despedindo a garota sem cerimônia, depois de deixá-la plantada lá por quase uma hora.

A garota bufou, as orelhas ainda fumegando por baixo dos cabelos cheios e ruivos; resquícios da poção de cura que tinha perdido a primeira aula daquele dia — feitiços — tudo por causa da "gripe de dragão", e ela odeia perder aula.

Pegou suas coisas apressada e quase correu em direção ao terceiro andar onde, naquela hora, estava para começar a aula de Transfiguração. Entretanto, quando virou o último corredor, parou de repente ao avistar seu primo e melhor amigo, Alvo Potter, um pouco longe da sala de aula, conversando amigavelmente com um garotinho loiro e pálido que ela conhecia muito bem.

Sem querer se aproximar demais, Rosa levantou um pouco os braços, chamando a atenção de Alvo. Ele olhou para a prima confuso e, logo depois, o garoto loiro também olhou, fazendo um pequeno comentário que Rosa não escutou.

Ela voltou a chamar o primo com as mãos, evitando deliberadamente o olhar do outro menino. Alvo se aproximou da garota com cuidado.

— O que é isso? — Perguntou, apontando para a fumaça que continuava a sair da cabeça dela.

Rosa fez um gesto impaciente, desconsiderando a pergunta.

— O que você está fazendo?

Alvo olhou ainda mais confuso para a prima, decerto imaginando que a fumaça que saia das suas orelhas havia afetado seu cérebro.

— Estou esperando o Prof. Corner, da aula de Transfiguração.

— Não é isso, Al! — Retrucou impaciente — O que você está fazendo com ele? — Apontou para o garoto loiro que continuava ali, aparentemente esperando Alvo voltar.

— Ah! — Respondeu, entendendo finalmente a desconfiança e os maus modos de Rosa — O Prof. Flitwick dividiu a turma em duplas hoje, e eu acabei trabalhando com o Escórpio, já que você não pode ir.

— Sei. E porque você ainda está com ele? — Inquiriu severamente.

— Porque sim, Rosa. Qual o problema?

— Qual o problema, Al? — Respondeu cética — Qual o problema? Você sabe quem ele é?
Alvo levantou as mãos.

— Escórpio Malfoy...

— Isso! — Confirmou exultante. — Você sabe tudo sobre a família dele, então porque...

— Rosa, isso é ridículo. — Cortou ele — Você sabe quando eu detesto que alguém venha conversar comigo só porque eu sou filho do "Grande Harry Potter". Não tem nada a ver! Com Escórpio é a mesma coisa, ninguém quer conversar com ele...

— E devem ter um bom motivo pra isso. Você não vê?

Alvo deixou cair os ombros, derrotado.

— Não Rosa, eu não vejo. — E se virou, deixando a garota de queixo caído para trás.

Mais a frente, os alunos do primeiro ano entravam na classe de Transfiguração. Alvo chamou Escórpio e eles entraram logo atrás dos demais, mas Rosa correu para alcança-los e, em vivo desespero, viu o primo se sentar ao lado do garoto loiro.

— Você não vai sentar aqui, não é? — Cochichou no ouvido do primo.
Alvo suspirou.

— Você não precisa sentar aqui também, Rosa.

A garota olhou para o resto da sala medindo suas opções. Decidiu sentar lá mesmo, era só ignorar o Sonserino. E era só uma aula mesmo; depois do almoço convenceria Al de desistir dessa ideia maluca de ser gentil com um Malfoy.

Alvo sorriu francamente e, se virando para Escórpio, apresentou:

— Escórpio, essa é minha prima, Rosa Weasley. — Depois, virando-se para a prima continuou. — Rosa, Escórp...

— Eu já sei tudo que eu preciso sobre os Malfoys, obrigada. - Respondeu de forma rude.

Alvo balançou a cabeça, desanimado, mas Escórpio sorriu ironicamente.

— Quer dizer que você sabe tudo sobre a sala secreta dos Malfoys em Hogwarts?

Rosa e Alvo olharam com surpresa para o garoto, como se ele, de repente, tivesse dito que a Diretora da Escola era um Explosivin.

— Sala secreta? — Arguiu Rosa — Não existe nenhuma sala secreta.

— Você tem certeza?

Não, ela não tinha, por isso ficou calada.

Alvo continuava olhando boquiaberto, como se estivesse vendo Escórpio pela primeira vez.

— Fica perto da Câmara Secreta de Slytherin. Foi feita pelos meus antepassados há muitos séculos e só um Malfoy pode entrar lá.

— Sei, e você tem acesso a Câmara Secreta também, eu suponho. — Retorquiu Rosa, mal humorada. Nenhuma das mil páginas de Hogwarts: Uma História sugeria uma sala secreta da família Malfoy, pensava ela.

— Ah sim... — Respondeu — Porque, por um incrível acaso, eu também sou descendente de Salazar Slytherin, por parte da minha mãe.

As orelhas de Rosa coraram e Alvo deu um sorriso debochado para o Sonserino. Eles sabiam que era impossível ele ser descendente de Slytherin.

— E você vai mandar seu Basilisco matar os nascidos trouxas, suponho? — Retrucou Rosa com raiva. Aparentemente Alvo estava achando muita graça de tudo.

— Não! Pra que atacar nascidos trouxas? — Respondeu com sarcasmo. — Isso é coisa do passado. Eu resolvi que só vou mandá-lo sair de lá quando alguém me aborrecer demais. Principalmente se forem garotinhas ruivas com fumaça saindo das orelhas.

Alvo riu abertamente, mas Rosa fuzilou o garoto com o olhar, decidida que aquela seria a última vez que ia falar com Escórpio Malfoy.