Disclaimer: Saint Seiya The lost canvas não pertece a mim. Eu apenas peguei emprestados!:D
Aviso: Conteúdo YAOI (sim, até os queridinhos de LC não escaparam da onda 8D~)
Gente, não to crendo que fiz isso oO'
mal publiquei minha 1ª fic yaoi (MiloxCamus) e acá
estou, arriscando uma fic de Dégel e Kardia o_o'
kkkkkkkkkkkkkk¹²³.
Bom, espero que satisfaça os fãs de yaoi LC.
E lembrem-se, fãs de Poison&Ice: Kardia e Dégel ñ possuiem, de forma
alguma, o comportamento igual de Camus e Milo. Muito pelo contrário!
Se fosse descrevê-los, os comparando com algum personagem da série clássica,
estes seriam Dégel: Shun corajoso e nerd (kkkk¹²³) / Kardia: MDM mais sádico e sangüinário que nunca!x)
Boa leitura a todos! E lembrem-se: Reviews são BEM-VINDOS!*-*
A Cura
Após mais uma incansável jornada diária, o imponente astro rei se retira, preguiçosamente. Se perdendo no infinito. Seus últimos raios coloriam o céu em tons alaranjados e rosados.
Observar o pôr-do-sol era uma das atividades favoritas dele. Desejava profundamente um dia conseguir encontrar um oponente tão majestoso e imponente quanto o Sol. Aquilo tinha se tornado sua meta desde que vestira pela primeira vez a armadura de escorpião.
Soltou um longo suspiro, deixando os olhos se fecharem levemente.
Passos ritmados adentravam sua morada, indicavam que alguém se aproximava. Ele sabia quem era, conhecia bem a aura gelada do invasor.
Esboçou um sorriso fraco, abaixando levemente a cabeça até o queixo encostar-se ao peitoral rijo, enquanto mãos suaves e macias desciam de seu ombro até seu toráx, o tocando delicadamente. Após ser envolvido por braços alvos e firmes, voltou a abrir os olhos. Suspirando longamente.
- Chegou cedo hoje, Dégel... - Virou o rosto pro lado, sentindo o nariz roçar no rosto do aquariano invasor. Este sorriu amigavelmente, acomodando o rosto no ombro do amigo.
- Senti vontade de vir aqui mais cedo. Incomodo? – Perguntou o aquariano, receoso de que o cavaleiro que envolvia nos braços não estivesse afim de companhia.
- De modo algum, sabes que é meu único amigo, nesse santuário... Nessa vida... nesse mundo – expirou o ar longamente, refletindo sobre oque havia dito.
- E como anda seu coração hoje, Kardia? – Ainda permanecendo com o amigo envolvido nos braços, aquário leva sua mão direita até o lado esquerdo do peitoral de Kardia, logo acima do pulsante coração escorpiano.
- Muito bem, pra ser sincero, desde que o Grande mestre Sage lhe incumbiu de 'cuidar de mim' – frisou as últimas palavras, rindo levemente – eu tenho me sentido bem, aliviado...
- Fico feliz em poder ajudá-lo, meu amigo... Não faz idéia do quanto. – Aquário fechou seus belos olhos cor de safira, suspirando longamente. Fazendo com que o escorpiano estremecesse ao sentir a respiração quente do amigo em seu pescoço.
Tempos atrás, o motivo da misteriosa febre que o cavaleiro de escorpião sofria fora enfim descoberto por Sage, o respeitado mestre do santuário. Este constatou por fim que tal febre vinha diretamente do coração do escorpiano. Ao descobrir a gravidade do problema, Sage usou de sua sabedoria e descobriu uma forma de retardar a intensidade da enfermidade de escorpião. O 'abençoou' com uma contra-ténica, a qual ao menos iria servir para controlar os efeitos da doença, a retardando ao máximo. Tal benção, porém, precisava da ajuda efetiva do protetor da décima primeira casa zodiacal, o único mais próximo de escorpião, Dégel de aquário. Kardia sabia que não lhes restava muito tempo de vida, talvez alguns míseros anos, porém concordou em receber a ajuda de aquário.
Desde quando não passavam de meras crianças, aspirantes a cavaleiro, ambos haviam simpatizado de imediato. Dégel sempre tímido demais para se aproximar dos outros aprendizes, enquanto ele, Kardia, tinha um humor sádico que botava medo nos demais. Jamais alguém ousaria apostar que ambos, tão opostos, viriam a ser os bons amigos que atualmente haviam se tornado.
Ao saber da enfermidade do amigo, Dégel sentiu como uma pontada em seu coração. Desesperou-se, porém fora informado logo em seguida que ele seria uma espécie de cura para manter a chama da vida de escorpião ainda acessa. Pelo menos por um tempo...
Todavia o sábio Grande mestre decidiu que quem contaria os detalhes sobre a intervenção da aura congelante de aquário na cura da enfermidade de Kardia, seria o próprio escorpião.
Desde então, Degél aparecia diariamente na oitava casa zodiacal, após o pôr-do-sol. Concentrava seu cosmo poderoso de forma carinhosa, e assim envolvia o amigo.
Costumavam trocar olhares silenciosos, cúmplices, quando se encontravam naquela condição. Kardia podia jurar que o amigo lhe ocultava algo desde que seu tratamento havia começado, porém não achava certo pressionar o aquariano.
- Dégel... – Sussurrou enquanto sentia a aura congelante envolver ambos os corpos ali unidos pelo abraço do aquariano. Já era comum aquele tipo de atitude acontecer. Na verdade aquário sempre fora muito carinhoso consigo. E ele, por sua vez, tinha verdadeira adoração por sentir seu corpo tão próximo do amigo. Sentia-se protegido, querido... Amado.
Amado? Será que toda aquela demonstração de carinho e a mudança misteriosa de Dégel...
...
Não, não era prudente fazer aquelas suposições, ainda mais na situação que se encontrava. Concluira que a enfermidade havia lhe deixado carente. Porém jamais tomara o alvedrio de supôr uma coisa daquelas.
Amava sim, e muito, o aquariano, porém o tinha como um amigo fiél, um irmão, por assim dizer. Tinha plena certeza que o aquariano o via da mesma forma.
- Sim? – Respondeu o aquariano com um resmungo. Oque fez Kardia rir, levando uma das mãos até o rosto do amigo, afagando-lhes a face alva e bonita.
- Não está dormindo ai escorado em mim, não?- Divertiu-se Kardia, trazendo um distraído Dégel a realidade.
- Ahh, não eu... Bem eu estava só concentrado em meus pensamentos. Pensava em um livro que andei lendo sobre a mitologia de Poseidon... Só isso... – Respondeu o aquariano, abaixando o rosto, um tanto sem-graça. Sentiu as faces ficarem avermelhas. Buscou disfarçar o máximo cobrindo o rosto com os cabelos lisos e esverdeados.
- Pensamentos literários? Sei! Estaria meu amigo intelectual apaixonado? – Riu Kardia mais uma vez. Dégel estremeceu, sentindo uma fina gota de suor descer por seu rosto alvo. – Hey...que foi Dégel? Esta meio trêmulo... Eu disse algo que não devia?
Kardia se arrependeu do comentário, sabia o quanto Dégel era fechado nesse sentido e temia que o amigo o deixasse sozinho.
Virou o rosto, procurando encarar aquário e ver qual expressão se encontrava estampada em sua face. Para sua surpresa, o aquariano o fitava com o olhar receoso. O rosto, ainda levemente corado, dava-lhes uma beleza estonteante. Já era normalmente lindo. Kardia sabia o quanto o amigo era desejado, não só pelas amazonas do local, como também pelos próprios cavaleiros. E isso o incomodava, internamente, não ia expôr aquilo, mesmo porque era absurdo ter tamanha possessividade pelo amigo, por mais que o considerasse como um irmão.
Dégel fitava os belos olhos azulados do escorpiano. Tomado cada vez mais pela sensação indescritível do hálito quente do amigo batendo em seu rosto. O olhar penetrante, confuso, e não era pra menos. Aquele silêncio entre os dois estava de fato se tornando constrangedor. Por mais que gostassem de se encarar, jamais estiveram com o rosto em uma proximidade tão grande. Muito menos com os pensamentos tão conturbados.
No interior do misterioso Dégel de aquário, um sentimento forte que nutria pelo amigo escorpiano crescia cada vez mais. Desde que começaram a passar mais tempo juntos, o aquariano se via encantado com tamanha força de vontade e garra que o amigo possuía. Logo acabou por sentir uma vontade inexplicável de tocá-lo. Foi assim que tal proximidade havia se dado entre eles. Sempre usando a desculpa de que quanto mais próximos os corpos estivessem, mais efetivo seria o poder congelante de aquário no coração febril de escorpião.
Mais tarde, Dégel se pegou admirando não só as qualidades peculiares do amigo, como também seu físico, seu belo rosto. Seu calor, seu cheiro. Semanas atrás havia então concluído que estava apaixonado por Kardia. Porém temia que se revelasse tal sentimento, o escorpiano iria expulsá-lo de vez de sua vida. E isso o aquariano não poderia suportar.
Procurou então desviar suas atenções para a leitura que tanto apreciava, como bom intelectual. Dégel era sem dúvidas o cavaleiro mais inteligente entre os demais. Sempre pronto para ajudar até mesmo o grande mestre e Atena com sua mente sagaz.
Fora criado em Bluegaard, na Sibéria, local onde todas as maiores preciosidades literárias se encontravam. Perdeu a conta das vezes que se infiltrava junto de seu melhor amigo de infância, Unity, dentro da grande biblioteca do local. Alimentando sua sede por conhecimento gradativamente. Bons tempos aqueles. Mas nada se comparados com o presente.
- Novamente perdido em seus devaneios? – Kardia interrompia a concentração de Dégel, o trazendo de volta a realidade pela segunda vez. Ambos riram, voltando a se fitar.
Apesar da situação já estar se tornando desconcertante, nenhum dos dois ousava se afastar. Precisavam de tal proximidade? Talvez...
Receoso, Dégel resolveu abaixar o rosto, sendo surpreendido pela mão de escorpião em seu queixo delicado, trazendo seu rosto novamente para a altura anterior. Instantâneamente, Aquário sente o rosto corar novamente. Ao se ver fitando aquele belo par de olhos mais uma vez, aquário sente os batimentos cardíacos acelerarem. Buscou se controlar ao máximo, porém todo seus esforços foram inúteis.
Ao perceber o estado que o amigo se encontrava, Kardia, levou uma das mãos até o rosto do mesmo. Afagando-lhes a face novamente, percorreu com o indicador cada detalhes do rosto de aquário. Percebeu o quanto os lábios deste eram rosados... Convidativos...
Fechou os olhos, buscando tirar a imagem tentadora de sua mente.
Aquilo era absurdo. Como podia desejar os lábios de seu amigo?
Sem pensar em mais nada, assim que viu escorpião fechar os olhos, Aquário sentiu como se o amigo o convidasse para o beijo.
Fechou seus olhos, pousando os lábios rosados nos de Kardia. Sentiu a textura macia destes, buscando, timidamente, aprofundar o beijo.
Kardia, por sua vez, se encontrava completamente confuso. Aturdido. Por mais que, vez ou outra, coagitasse a possibilidade de, no seu mais íntimo, desejar o amigo querido como algo acima de qualquer amor fraternal, achava aquilo sofrimento demais. Sabia muito bem que sua vida não iria durar muito. Sabia que se envolver com alguém, especialmente Dégel, era crueldade demais. Não queria que o aquariano sofresse com sua morte certa. Não queria criar no outro expectativas de um futuro que não iria existir.
A mera possibilidade de ver Dégel sofrendo o apavorava.
No entanto, ao se ver sendo tão carinhosamente beijado por aquele ser tão querido e precioso para si, não conseguiu evitar os próprios impulsos. E aquilo que a tanto jazia escondido em seu interior mais íntimo parecia clamar por liberdade, vigorosamente.
Dégel era o único que conseguia ver o lado humano de escorpião. O único que podia tocá-lo sem receio. Chamá-lo de amigo e confiar nele. Também fora o único que tivera o prazer de vislumbrar um sorriso sincero, sem a ironia predominante. Talvez por isso o intelectual aquariano havia se deixado apaixonar pelo sádico escorpião. O conhecia tão bem quanto a si mesmo. E o amava incondicionalmente desde então.
O beijo repentino e inocente parecia ganhar mais ímpeto gradativamente. Logo, as mãos frias de Dégel começavam a acariciar cuidadosamente a região onde o coração doente do amigo ficava, sentindo que este agora pulsava disparado.
Teve medo. Fez menção de resetar o rosto, porém, uma mão possessiva segurou-lhes a face, impedindo o cessar do beijo.
Línguas, gostos, toques, sensações indescritíveis eram trocadas durante o ato. Kardia contornava os lábios do amigo com os seus próprios, os roçando de forma carinhosa. Dégel, sem poder conter-se, passava a língua levemente nos lábios de escorpião. Em resposta, teve seu lábio inferior tomado em um leve chupão. As línguas passeavam, cheias de ardor, explorando as bocas. As mãos acariciavam mutuamente os corpos dos recém descobertos amantes.
Após alguns minutos de cumplicidade, o beijo se findou. Ambos os amigos se fitavam receosos.
Por mais que aquela situação fosse até previsível, no interior de cada um, vivenciá-la era algo surreal demais.
Novamente um silêncio constrangedor tomou conta do local...
N/A: Bom, deixei a entender que possíveis capítulos poderão vir a existir,
porém, deixo claro que fiz essa fic de forma 'experimental', ou seja, não esta
muito definido se o povo realmente vai gostar de ver esse tipo de comportamento
em Poison&Ice, muitos ainda relutam achando erroneamente que Dégel = Camus
e Kardia = Milo.
Enfim, tomara que tenham gostado!Juro que me esforcei pra estudar direitinho sobre a
doença de Kardia. hehehe
Mandem reviews! Quem sabe eles não me 'animam' para continuar essa fic?;)
-
