Olá!

Eis me aqui, novamente com fic de CCS. Eu disse a mim mesma que iria parar, dar atenção aos meus outros projetos, mas essa história já estava começada, aliás esse começo foi um sonho prá lá de maluco, adaptei para uma história de CCS, e acabei gostando do resultado.

Juro que tentei fazer uma história inocente sem bandidos ou troca de socos, mas acho que não vai dar. Na verdade ainda não sei se terá exatamente um vilão, vilãzinha eu sei que tem... ehehe... Essa guria é uma mistura dos tipos que andei encontrando pela vida... Ela, a vilãzinha, ainda não está completa, eu sei o que quero mas as coisas nunca são exatamente da maneira que imaginamos.

É claro que o Touya está presente, maravilhoso, acho que nunca mais vou conseguir escrever uma história com o Touya rabugento. Espero que vocês gostem da nova perspectiva que dei para ele, é diferente de SB e ao mesmo tempo parecido.

Sakura e Syaoran, eu tentei me lembrar da minha época adolescente, mas está tão longe... ahahah... O próprio nome da história já diz, Amor Inocente, quis fazer uma relação bem suave, espero ter conseguido.

Esta é minha primeira história escrita com adolescentes, e além disso Universo Alternativo, sem magia, que legal... Por isso se eu ultrapassar o real, me perdoem, pois se trata de ficção.

Agradeço à Bruninha (Yoru) por revisar, palpitar e me ajudar de montes. Agradeço à Marjarie e Carol, por estarem sempre presentes lendo as minhas histórias. Valeu meninas.

CCS e seus personagens não são meus, peço licença à CLAMP, para usá-los,

Divirtam-se!

AMOR INOCENTE

Por: Rosana

Revisora: Bruna (Yoru)

Capítulo 01

O jogo de vôlei estava bem disputado, o treinador dividira o time em duas equipes, e todas as garotas demonstravam garra, pois queriam ser titulares. Mas uma delas sempre se destacava mais.

Sakura era uma jogadora completa: atacava, defendia, fazia às vezes de levantadora e tinha um saque poderoso. Sua altura 1,75, apesar de ainda ser baixa para o voleibol, ajudava, ainda mais que ela tinha um bom impulso na rede, e o mais importante, sabia manter a calma em quadra e incentivar as companheiras. Em resumo, a capitã perfeita, pensava o técnico que ainda estava em dúvida se a escolheria ou... Olhando para o outro time, uma jogadora com quase todas as qualidades de Kinomoto, prendeu-lhe a atenção, ela só tinha um defeito, um gênio terrível, como a situação presente demonstrava.

- Você é uma tonta e ainda se diz levantadora. Você chama isso de levantar a bola? Sua estúpida. – gritava Mayu com outra garota que já estava a ponto de chorar.

- Ei, Mayu, não é para tanto. Isso é um treino. – disse Sakura do outro lado da rede.

- Não se meta, Kinomoto, cuide do seu lado. – retrucou Mayu olhando feio para Sakura.

Sakura passou por baixo da rede, aproximando-se da menina trêmula que levara a bronca, sem dar atenção para a cara feia de Mayu.

- Está tudo bem, Kori, você só precisa treinar mais um pouco. – disse Sakura animando-a

Mayu ficou possessa, aproximou-se de Sakura empurrando-a.

- Eu disse para não se meter. Quem a declarou líder?

- Eu. – pronunciou-se o técnico. – Sakura será a capitã do time esse ano.

As meninas gritaram em aprovação, e Mayu aproximou-se do treinador agora esbravejando com ele.

- Como assim? E eu? Eu jogo muito melhor, vou saber manter as meninas na linha...

- Essa sua demonstração de descontrole foi o que me fez decidir, Mayu, sugiro que tente se controlar.

Mayu ia continuar, mas engoliu a sua raiva, olhou com ódio para Sakura, que estava sendo congratulada pelas garotas.

- Continuem o jogo. – gritou o treinador.

Mas antes que elas começassem, ouviu-se um burburinho e logo ele descobriu a razão. Os meninos haviam chegado.

Era sempre assimQuando os garotos vinham ver o treino das meninas, elas ficavam mais acesas que as luzes do templo em época de festival.

- Olhem! Ele veio de novo. – falou Chiharu.

- Em quem será que ele está de olho? – perguntou baixinho Makiko.

- Eu o vi de papo com a Mayu. – disse uma das outras meninas.

- Eu vi a Mayu de papo com ele. – corrigiu Chiharu. - Vocês sabem, há uma pequena diferença. – completou.

As meninas riram. Sabiam o que a amiga queria dizer, quando Mayu começava a falar o outro não tinha chance de abrir a boca.

- Ei, pessoal, que tal deixarem a fofoca para depois? – gritou Sakura com a bola na mão pronta para sacar.

As meninas se posicionaram, e o treinador olhou agradecido para Sakura, ele apitou indicando o reinicio, e Sakura sacou A bola seguindo em direção ao fundo da quadra adversária, bem em cima de Mayu que distraída fitava um dos garotos na arquibancada Não deu outra pegou em cheio no rosto dela, que deu um grito de susto, fazendo com que as meninas rissem, e os rapazes acompanhassem.

Ela olhou para Sakura com farpas saindo dos olhos.

- Foi mal, Mayu, mas eu, se fosse você, prestaria atenção no jogo. – gritou Sakura dando risada.

Os meninos que acompanhavam o jogo fitaram Sakura pronta para o próximo saque, não teve um que não desse pelo menos um suspiro de prazer ao ver a bela garota na quadra, mas um deles não deixara de fitá-la desde que entrara no ginásio. Fazia dias que ele vinha assistir aos treinos, mas ela não dava muita abertura para papo, e ele não queria dar muita bandeira, ainda mais que Mayu não largava do seu pé.

Sakura sentiu-se observada e, enquanto uma das meninas ia buscar a bola lançou um olhar para os garotosDeu de cara com dois olhos castanhos encarando-a, sorriu e acenouEle acenou de volta.

Uma garota no outro lado da quadra viu a troca de sorrisos, e quase partiu para cima de Sakura.

Kinomoto não sabia com quem estava se metendo, tirar-lhe o posto de capitã, que era seu no ano passado, já tinha sido demais, mas ficar dando tchauzinho para o garoto em quem ela estava de olho não teria perdão.

Syaoran Li, era seu, e ninguém tinha o direito nem de olhar para ele.

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O jogo terminou e o treinador chamou as meninas para marcar novo horário e dia de treino. Sakura ainda ficou uns instantes tirando algumas dúvidas com ele e, quando foi para o vestiário viu que era a única que sobrara no ginásio, trocou de roupa, colocou os patins e dirigiu-se para a saída.

Estava na porta olhando de ambos os lados para ver se alguém a esperara quando sentiu ser empurrada para frenteCom o susto, perdeu o equilíbrio e esparramou-se no chão, caindo sobre os dois joelhos e, tentando evitar bater o rosto também, apoiou as duas mãos, ralando-as no cimento áspero. Meio de lado, virou-se para trás para ver quem a empurrara, mas não havia ninguém. Quem teria feito essa maldade? Pensou enquanto sentava-se no chão para ver os estragos.

Ouviu passos se aproximando correndo em sua direção, levantou os olhos e deu de cara com ele. Syaoran Li.

- Ei, Sakura, está tudo bem? – ele perguntou abaixando-se ao seu lado.

- Mais ou menos. – ela falou tentando parecer natural, mas ele era tão lindo.

- Perdeu o equilíbrio? – perguntou ao mesmo tempo em que a segurava pelo braço ajudando-a a se levantar.

- Não, eu fui empurrada.

- Empurrada? Não vejo ninguém.

- Também não vi, mas senti alguém me empurrar e depois ouvi passos rápidos se afastando. Mas talvez alguém tenha esbarrado em mim sem querer e ficou sem jeito. - ela tentou minimizar a situação, quando o viu franzir o cenho.

- Não saia daqui. Vou dar uma olhada.

- Não pre... – mas ele já se afastara. - ...cisa.

Sakura aproximou-se de um dos bebedouros que havia do lado de fora do ginásio para lavar as mãos, mas ardeu como o diabo, dos joelhos ralados escorria sangue, ela vasculhou a mochila atrás de algum lenço, mas não encontrou nenhum. Ouviu Syaoran aproximando-se de novo.

- Não encontrei ninguém. – ele disse

- Deixa pra lá.

Quando ele viu que ela tentava se limpar, fez com que ela se sentasse em uma mureta ali perto, e tirou a jaqueta e a camiseta que usava, molhou esta e começou a limpar os machucados do joelho.

- Ah, Syaoran, vai manchar toda a sua camiseta.

- Depois lava.

- Mas acho que sangue não sai.

- Eu compro outra. Fica tranqüila, Sakura, seus joelhos são mais importantes que uma camiseta. – ele falou sorrindo enquanto a olhava. – Está doendo?

- Nada que eu não consiga agüentar. – ela respondeu sorrindo, tocada pelo gesto dele.

- Eu a levo em casa. – ele falou, levantando-se enquanto vestia a jaqueta sem a camiseta mesmo.

- Não precisa.

- Duvido que você consiga andar direito. Vamos, eu te ajudo.

Ela levantou-se depois de ter tirado os patins, e só não gemeu de dor porque ele estava perto, apenas fez uma careta.

- Tudo bem se você chorar. – ele disse brincando.

- Ora, que imagem você teria de mim se eu chorasse por um joelho ralado? – ela entrou na brincadeira enquanto ele a amparava.

- De uma garota muito corajosa.

Ela sorriu para ele, e Syaoran sentiu o coração dar um pulo.

Já fazia um ano que notara Sakura, mas nunca tivera muitas oportunidades de conversar com elaOs dois estudaram no primeiro ano em salas separadas, bem que ele tentara uma aproximação, só que era sempre a mesma coisa, meninos de um lado, meninas de outro.

Entretanto esse ano ele prometera a si mesmo mudar essa situação. Ambos estavam no segundo ano do colegial e caíram na mesma classe, mas ainda não encontrara uma abertura para se aproximar dela Decidiu agir e esperá-la na saída do treino, embora nem soubesse o que dizer. Foi quando a viu caída no chão. Não era a aproximação que ensaiara, mas estava levando-a para casa.

- Então você é a nova capitã do time. – ele começou um assunto.

- Sou. Você viu o treino? As meninas melhoraram muito desde o ano passado.

- Vi um pouco. Você joga muito bem.

- Obrigada. Adoro praticar esportes. E o time de futebol? Você continuará capitão?

Ele a olhou um pouco surpreso, não sabia que ela acompanhava os jogos, nunca a vira e foi o que disse a ela.

- Realmente não vi muitos jogos, mas do pouco que vi, você é um excelente jogador, parece que o time ouve muito do que diz.

- Acho que sim, talvez por eu dar atenção a todos, ouço o que eles têm a dizer, as dúvidas, e tento resolver em campo.

- Você poderia me dar umas dicas. Esse é meu primeiro ano como capitã. – ao mesmo tempo em que disse isso, quase mordeu a língua, bem dizer se jogara para cima dele.

- Eu adoraria ajudá-la. Ano passado era a Mayu não é mesmo?

- Sim. – foi a resposta lacônica.

- Eu acho que ela é muito estourada para ser capitã, em quadra tem que ter cabeça fria.

Sakura sorriu, mas não comentou nada.

- O que foi? Eu disse algo errado? – ele perguntou notando o silêncio dela.

- Não, é que não quero fazer comentários sobre a Mayu, ela não viu com bons olhos a perda como líder.

- Hum, é, você está certa, do pouco que a conheço ela não deve ter gostado mesmo. – Syaoran comentou e ficou pensativo por alguns segundos. Mayu era bem capaz de ter empurrado Sakura por vingança, mas resolveu não levantar essa hipótese.

- Chegamos. – ele ouviu Sakura dizer.

Estavam em frente a um sobrado amarelo, Syaoran conhecia a casa de Sakura, mas nunca entrara, ele ajudou-a a subir os degraus e pegando a chave da mão dela abriu a porta, ajudou-a a entrar e acompanhou-a até o sofá.

- Onde você guarda o estojo de primeiros socorros. – ele perguntou.

- Não precisa Syaoran, você já me ajudou muito.

- Quietinha - ele falou pousando um dedo em seus lábios entreabertos de surpresa. – Só me diz onde está.

Sakura tentou dizer, mas nada saiu, tentou de novo e com voz fraca disse que estava no armário do banheiro.

Syaoran subiu as escadas correndo, enquanto Sakura tentava fazer com que a respiração voltasse ao normal.

Senhor, Syaoran Li na sua casa. Desde o ano passado quando mudara de colégio dera de cara com aquele garoto de cabelos rebeldes e lindos olhos castanhos, ficara encantada com ele, mas fizera o possível para se manter afastada, ele vivia rodeado por garotos, não tinha como não se cruzarem no colégio, mas ficaram na base do 'oi' apenas, conversaram algumas vezes, mas nunca travaram conhecimento. Ela nunca sonharia que aquele garoto lindo tivesse olhos para ela. Caia na real, Sakura, ele está apenas a ajudando.

Quando ele voltou com a caixa de primeiros socorros, Sakura já estava bem controlada.

Mas quando ele abaixou-se a sua frente ela teve uma vontade louca de correr os dedos por seus cabelos. Céus, o que estava acontecendo? Provavelmente sua libido de adolescente estava em ebulição. Suspirou fundo tentando se controlar.

- Doeu? – ele perguntou levantando os olhos para ela.

- Não. – foi a resposta baixa.

- Então porque está segurando a respiração?

Ah, era isso a sua falta de ar, esquecera-se de respirar, soltou-a ruidosamente.

- As mãos agora?

Sakura estendeu-as e soltou um grito puxando-as quando o machucado entrou em contato com o mercúrio. O machucado era mais feio do que imaginara, a pele estava toda lascada, quase em carne viva.

- Desculpa, Sakura. – Syaoran olhou-a de cenho franzido, preocupado. – Será que não é melhor irmos até o Pronto Socorro?

- Imagina, apenas não estava preparada, pode fazer o curativo você mesmo, prometo me controlar. – ela disse estendendo de novo a mão para ele.

Syaoran estava terminando quando a porta abriu-se.

- Olá! Cheguei. – era Touya chegando do trabalho.

Ele entrou na sala e deparou-se com Syaoran segurando as mãos de Sakura ajoelhado a sua frente.

- Espero que isso não seja o que estou pensando que seja. – ele disse em tom de brincadeira.

Sakura e Syaoran se entreolharam sem entender quando deram conta da posição que estavam, caíram na risada.

- Deixa de ser tonto, Touya, Syaoran está só me ajudando. – ela falou enquanto o garoto se colocava de pé ao lado do sofá.

- O que houve Sakura? – perguntou Touya só agora se dando conta dos machucados da irmã.

- Caí de patins.

- Estava correndo não é mesmo? Quantas vezes já disse para você não correr? Vai se matar um dia.

- Para falar a verdade eu estava parada.

Touya franziu a testa sem entender e olhou para Syaoran, esperando que ele lhe explicasse.

- Estava sim, alguém a empurrou.

- Empurrou? Quem faria isso com você, meu doce? – disse Touya abaixando-se ao lado da irmã para inspecionar os machucados.

- Nós não vimos ninguém, mas deixa isso pra lá, está tudo bem, o Syaoran me ajudou a vir para casa. – ela falou sorrindo para o garoto que sorriu de volta.

- Acho que agora que seu irmão chegou, já vou indo.

- Não quer jantar conosco? – ela perguntou. – Em agradecimento. - completou rápida, para não parecer muito oferecida.

- Fica para uma próxima vez. – ele respondeu, indo em direção à porta.

- Touya, acompanha o Syaoran. – Sakura falou para o irmão.

- Obrigado por ter trazido a Sakura para casa. – disse Touya.

- Não tem que agradecer, cuida dela, acho que ela não vai conseguir subir as escadas. – falou antes de encaminhar-se em direção à porta.

- Pode deixar. – falou Touya baixinho.

Ele voltou para dentro dando de cara com uma Sakura toda sorridente.

- Namorado novo?

- Como assim, namorado novo? Eu nunca namorei e você sabe disso.

- Realmente, e nem nunca deixou um garoto entrar em casa. Esse é diferente?

- É ele Touya. – ela falou com os olhinhos brilhantes.

- Ele quem?

- Syaoran Li, aquele garoto que você disse jogar bem naquela partida de futebol que fomos assistir.

- Ah 'Ele'! Aquele de quem você ficou falando durante todo o ano passado, suspirando pelos cantos da casa e babando naquela foto que saiu no jornal da escola.

- Eu não fiquei babando. – ela disse indignada.

- Claro que ficou, e agora está aí, com os olhinhos brilhando mais que duas esmeraldas.

- Será que ele percebeu? – ela perguntou temerosa.

- Claro que não, pois ele estava tão encantado por você, que não veria mais nada.

- Estava nada. - ela disse.

- Estava sim. - falou Touya enquanto pegava a irmã no colo para levá-la ao quarto.

- O que você está fazendo? – ela perguntou surpresa.

- Ordens do seu novo namorado, ele disse para ajudá-la a subir as escadas.

- Disse nada. – ela falou sorrindo.

- Disse sim.

Os dois ficaram brincando até chegarem ao quarto da garota. Touya adorava ver a irmã toda faceira, nem que o motivo fosse um garoto, depois do que eles passaram há um ano, com a perda do pai, era ótimo vê-la sorrindo de novo.

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Na manhã seguinte Sakura acordou meio dura, os joelhos latejavam e as palmas das mãos estavam inchadas. Touya queria que ela ficasse em casa, mas ela tinha uma prova de história, não queria deixar para segunda chamada. O irmão lhe deu carona, já que seria impossível ir de patins, e caminhar estava fora de questão.

- Liga no celular se você perceber que não vai conseguir agüentar o dia inteiro.

- Está tudo bem, Touya. Pode ficar tranqüilo. – ela assegurou.

Touya afastou-se olhando pelo retrovisor a irmã caminhando lentamente em direção ao colégio. Ficar tranqüilo! Isso ia ser difícil.

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- Sakura! O que houve com você? – perguntou Tomoyo assim que ela entrou na sala.

- Eu caí ontem. – ela ia começar a explicar quando algumas das meninas do time se aproximaram também querendo saber o que houve.

Aproveitou e contou para todas sobre o tombo do dia anterior.

Mayu, sentada um pouco afastada, sorria malévola, nesse momento Syaoran entrou na sala, e viu Sakura rodeada por garotas, tudo parecia bem, seguiu para seu lugar e ao aproximar-se de Mayu viu seu estranho sorriso em direção a Sakura. O pensamento que teve na tarde anterior voltou com força total, não se contendo, parou ao lado da carteira da garota.

Ela olhou assustada para cima, dando um sorriso quando viu que era Syaoran.

- Você parece satisfeita com o acidente de Sakura. – ele disse, não lhe dando tempo ao menos para um cumprimento.

- Eu? – ela tentou parecer inocente. – Imagina Syaoran. Posso não ser uma grande amiga de Kinomoto, mas não lhe desejo mal.

Se com isso ela quis parecer simpática, falhou miseravelmente.

- Você por acaso não viu quem a empurrou. – ele comentou como quem não quer nada.

Mayu olhou-o perguntando-se qual era a intenção dele. E como ele sabia o que tinha acontecido? Aí tinha coisa.

- Não. Nem vi Kinomoto depois do treino. Ela disse que foi empurrada? Kinomoto é meio medrosa, cheia de imaginação, não pode ouvir uma historinha de assombração que já treme toda. Eu não acreditaria em tudo que ela diz. É mais certo que ela não conseguiu se equilibrar sobre os patins. – ironizou Mayu.

Syaoran olhou-a agora tendo certeza que tinha dedo de Mayu na queda de Sakura.

- Ela se machucando você tem mais chances de voltar a ser capitã do time.

- Isso é verdade. – ela falou tentando não parecer muito contente.

- Bom para você. – e com isso ia se afastando, mas de repente voltou-se para ela. – Ah, Mayu, eu não disse que Sakura estava de patins. – completou seguindo em direção à Sakura.

Mayu olhou-o, receosa do fora que dera. O que ele quis dizer? Ele a tinha visto? E onde ele estava? Não, não havia ninguém por perto, ela se prevenira disso, talvez ele só estivesse jogando verde.

Ela olhou-o enquanto ele se aproximava de Sakura, o sorriso que ela deu para ele, fez Mayu trincar os dentes de raiva. Os dois começaram a conversar e as outras meninas se afastaram.

Syaoran abaixou-se ao lado de Sakura e ela virou-se para ele. Mayu viu quando ele tocou um dos joelhos da menina, a raiva subindo até sua garganta em uma vontade louca de gritar. O que tinha acontecido ontem para esses dois estarem conversando tão íntimos?

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- Você está bem? – ele perguntou ao tocar levemente um de seus joelhos.

- Estou meio dura, mas tudo bem.

- Como você veio para o colégio?

- Touya me trouxe.

Ele ia dizer mais alguma coisa, quando o professor entrou na sala.

Syaoran se levantou dizendo a ela que depois se falariam, e foi em direção a sua carteira, do outro lado da sala, na mesma direção que a carteira de Sakura.

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Sakura tentava ignorar a dor que sentia na mão direita, mas estava difícil. A palma da mão apoiada no caderno era uma tortura.

As aulas da manhã passaram lentamente, no intervalo ela nem saíra da sala, queria evitar caminhar, Tomoyo ficou fazendo-lhe companhia e Syaoran apenas acenou-lhe de longe.

Finalmente chegou a aula em que teria a prova e depois, poderia ir para casa, estava no meio de uma resposta quando sentiu o sangue manchando a folha, olhou para a mão e viu o curativo sujo. Levantou os olhos para o professor, e ergueu o braço esquerdo tentando chamar-lhe a atenção.

- Terminou Kinomoto? – ele perguntou.

Todas as atenções dirigiram-se para ela.

- Não senhor. Hã, por favor, professor, o senhor poderia vir aqui?

O professor estranhou aquele pedido, mas se aproximou. Quando viu o sangue manchando a folha de prova, pegou a mão da garota tirando o curativo, nisso a sala toda estava de pescoço esticado para ver o que acontecia. Vendo o estado das mãos da menina, o professor ajudou-a a erguer-se da cadeira percebendo também os joelhos machucados.

- Você consegue ir sozinha até a enfermaria? – perguntou preocupado.

- Acho que sim.

Mas nisso ouviu-se o arrastar de uma cadeira, e ambos olharam na direção de Syaoran se aproximando.

- Eu já terminei a prova, posso acompanhar a Sakura.

O professor pegou a prova dele e viu que ele tinha terminado realmente.

- Muito bem Li, leve Kinomoto até a enfermaria.

Os dois saíram sob os olhares curiosos dos outros alunos, mas um deles se pudesse, teria fulminado o casal ali nesse momento.

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- Por que você não disse que estava tão ruim Sakura? – Syaoran perguntou preocupado, o ferimento não era nenhum arranhão leve e sim mais sério a cada momento que ele olhava.

- Eu queria terminar a prova, infelizmente foi na última aula. – Sakura tentava não chorar, mas a dor estava ficando insuportável.

Os dois entraram na enfermaria e Sakura sentou-se em uma cama hospitalar pensando em quanto doeria fazer novo curativo na mão.

- Isso está realmente feio, Sakura, deveria ter me procurado antes. – falava a enfermeira.

- Achei que pudesse agüentar.

- Vou receitar um antibiótico para você, em caso de febre, e um antiinflamatório, está bem?

- Sem injeções, não é? – Sakura perguntou numa careta, fazendo os outros dois darem risada. Ela riu também e completou: - Não sou muito fã de ser espetada.

- Está feito. – a enfermeira disse terminando o curativo. - Agora sugiro que você vá para casa e descanse. Nada de usar essa mão, está bem?

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Syaoran levou Sakura até a frente do colégio e sentou-a num dos bancos.

- Espere aqui que vou buscar nosso material.

- Obrigada, estou te dando muito trabalho.

- Eu faço por prazer.

Ela sorriu para ele ao ouvir aquilo. Nesse momento chegou Tomoyo com o material escolar dos dois.

- Tudo bem? – perguntou Tomoyo.

- Está sim.

- Você quer uma carona, Sakura?

- Não precisa, Tomoyo, o Touya já deve estar chegando.

- Então, espero com você.

- Não, tudo bem, ele... - mas não terminou

- Pode ir, Tomoyo, eu espero com a Sakura. – Syaoran a interrompeu.

- Então está bem, eu te ligo à noite para saber se você melhorou.

Os dois ficaram ali durante algum tempo conversando banalidades, mas Sakura já estava impaciente com a demora do irmão.

- Syaoran, você poderia ligar para o Touya vir me buscar? O número está no celular, se bem que acho que ele já deve estar por aí.

Mas a previsão de Sakura mostrou-se incorreta. Touya estava mesmo indo buscá-la, mas o carro dera problemas, ele perguntou à irmã se ela não conseguiria carona com um dos professores, mas no tempo que eles ficaram na enfermaria e esperando o próprio Touya, as aulas já tinham acabado e não havia mais nenhum professor ali.

- Acho que o jeito é ir andando. – disse Sakura num suspiro levantando-se.

- Sobe. – disse Syaoran apontando para suas costas.

- O quê? – ela perguntou espantada.

- Sobe nas minhas costas, levo você.

- Ah não, de jeito nenhum. – ela falou sorrindo.

- Por que não? Deixa de ser boba, sobe logo.

- Pára com isso, eu não vou subir, todo mundo vai olhar e... Eu não vou subir. – falou já se afastando.

Deu apenas alguns passos quando sentiu ser erguida do chão para os braços fortes do garoto.

- Se você não quer ir de cavalinho, eu a levo no colo.

- Syaoran, eu sou pesada, além de ser alta. Você vai ficar com dor nas costas.

- Eu sou maior que você e muito forte. Que imagem você faz de mim? - ele perguntou sorrindo para ela.

Meu Deus, era melhor ela olhar para outro lado, aquele sorriso, tão pertinho de seu rosto, era uma tentação.

- Vai Sakura, aproveita, passa os braços em volta do meu pescoço, garanto que muitas meninas dariam tudo para estar no seu lugar. – ele a provocou.

- Oras, mas como somos convencidos não? – ela entrou na brincadeira passando os braços pelo pescoço dele.

Syaoran sentiu as mãos em sua nuca e arrepiou-se inteiro, há tempos ansiava por um contato mais próximo com aquela garota, e mau continha a felicidade por tê-la nos braços, ainda não da maneira que queria, era certo, mas ela estava ali, somente dele.

Se os dois soubessem, que estavam, sendo vigiados a uma pequena distância e que pela mente da observadora passavam as mais terríveis torturas teriam ficado seriamente preocupados.

Continua...

N.A.:

E aí pessoal? Vocês acham que essa história tem futuro? Vai ser bem leve, OK? Nada de troca de tiros, eu acho... ehehehe...

Eu pretendia terminar a minha fic de Harry Potter antes de começar a postar esta aqui, mas Destinos Entrelaçados, está mais do que enroscada, então para aliviar o stress, nada melhor do que uma história leve.

A Mayu vai ser uma pedra no sapato, mas... Ah eu não posso falar... Bom, vamos ver se vocês concordam com o que vou fazer... Eu acho que vai ficar interessante. Se bem que eu mudo de idéia a todo o momento.

Vocês acham que as coisas aconteceram meio rápido? Revisando o texto, eu achei, mas acredito que eu não estava a fim de enrolar...eheh..

Espero fazer uma história não muito longa... Vamos ver como a coisa toda procede...

Beijocas e espero que vocês tenham se divertido. Eu tô adorando escrever essa história.

Yoru (aparecendo do meio do nada) Nyaaaa! Kawaii desuuuuu!! (de forma manhosa) Tão fofo, tão bonitinho! Eu também quero ser carregada no colo pelo Syao-kun!! Ó eu aqui, Syao-syao!!…

Syaoran: (com veia na testa) "Syao-syao? Grrrrrr...".

Yoru: (continuando como se não tivesse sido interrompida) Ele é tãããããããooooo gato!!!! Aiai... (fazendo careta de raiva) E a Mayu é tãããããããããoooooooo venenosa!! Eu vou pedir pra A.J. passar por cima dela com a Fumacenta!!! huahuahauhuahu...

Sakura: (estrala os dedos com cara de mal) "Não se esqueça de matar e cortar em pedaços antes…" [p.s. - se não estão entendo do que eu estou falando leiam UMA LUZ NA MINHA VIDA, fic de FMA da grande Rô!!! Vale muito a pena!!

Yoru: (fazendo cara de mal) Sim! Sim! Esse é o espírito... huhauauhauhuah… (recuperando a compostura) Bem, não é nenhuma surpresa o fato de que essa história deixa muita expectativa e certa ansiedade, afinal é mais uma fic maravilhosa da fofa da Rô! Eu acredito que as coisas não ocorreram rápido demais, mas isso pode ter relação com os fatos e informações a respeito desses dois que serão "liberados" no futuro... (olhando desafiadoramente para os leitores) Vocês não vão querer perder nem um detalhe desse maravilhoso romance colegial, vão? Então deixem seus reviews para a Rô, dizendo o quanto anseiam a vinda do próximo e já tão esperado segundo capítulo e como estão gostando dessa história, porque eu sei que vocês estão!!! Eu sei! Eu sei!!! Não adianta disfarçarem!!! É contagiante!! É maravilhoso!!

Por enquanto é só o que tenho a dizer, mas vocês não imaginam o que vem pela frente!! Não quero perder isso por nada! Ah!! Eu não agüento a emoção! Eu queroooo maaaaaaiiiiiiiis!! Motto, motto!...

Kisus! Bai bai!

Yoru. (desaparece misteriosamente)