Ele enxergava branco, e eu transformava-o em arco-íris.

Ele enxergava branco no meio de tantas cores vibrando de maneiras diferentes, ele via simplicidade onde o mundo via explosões de sentimentos, ele via amor como palavras, enquanto eu sentia-o.

Malfoy tinha essa mania, como um poder, de não ver nada especial nas inúmeras sensações do mundo, ele não se atrevia a viajar numa música ou brincar com o vento, não pulava feliz num rio ou sorria para alguém.

Ele era como a cor dos seus cabelos, um branco monótono e vazio, uma tela pronta para a pintura, mas que, por algum motivo, não ganhou vida nenhuma. Até agora, porquê eu seria capaz de tornar os dias entediantes mais alegres se ele permitisse minha companhia. Eu seria capaz de transformar-lo em arco-íris e tirá-lo do meio de todo o branco.