Treze respirações antes do silêncio.
Uma enquanto os olhares se encontravam vagarosamente.
Duas quando as mãos se buscavam no vazio que ainda existia entre seus corpos.
Três porque os dedos demoravam a se entrelaçar, tentando fazer aquilo durar mais, se tornar mais gostoso.
A quarta vinha junto com o discreto fechar de olhos. Uma última olhada para se encantar com o sorriso e então só existia o tato.
Cinco era apenas um suspiro, para lembrar que estava tudo bem – mesmo que fosse apenas ali e naquele momento.
Seis quando os corpos perdiam o espaço vazio e se encontravam num choque que somava todas as sensações possíveis.
Sete eram as provocações dos dedos gelados dele correndo pela pele quente dela, traçando cada pedaço do corpo da garota, desenhando sua silhueta como se enxergasse apenas a sombra dela através dos olhos fechados.
Oito enquanto os quatro sentidos restantes se aguçavam.
Nove, que se misturava com o perfume caro dele e fazia ela se arrepiar por inteira.
Dez, os fios loiros se misturando com os ruivos, o corpo dele se misturando com o dela.
Onze enquanto a boca dela trilhava um caminho demorado até a dele.
Doze, as bocas já se tocavam, estavam ali, uma na outra e as duas juntas. E não importava mais nada.
Treze, era o número de respirações antes que o silêncio se instalasse no quarto, e eles soubessem que estava tudo bem.
N/A: Êee, tá totalmente fora de ordem mas eu gosto muito dessa drabble e achei que foi bom começar com ela. Foi escrita usando a palavra Treze no IX Challenge D/G do 6V!
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