Maternidade

O quarto estava quente, os pés e corpos de ambos bagunçavam os lençóis, esfarrapados e suados. Os fios loiros pregavam-se em suas testas, os quadris movendo-se em ritmo necessitado.

Foi ela quem gozou primeiro, clamando pelo nome do parceiro. E em mais algumas outras estocadas, este também chegou ao seu ápice, preenchendo-a com o seu líquido, para logo depois sucumbir em cima do corpo da moça, rolando para que ficassem lado a lado.

Encararam-se, olhos verdes do estoniano nos azuis da ucraniana. Ele então percebeu as lágrimas que se formavam e estavam a ponto de rolar pelas bochechas rosadas da mesma.

"O que houve? Eu te machuquei?" Questionou, ficando sentado e puxando a amada para um abraço. Ela negou com a cabeça, e começou a soluçar baixinho com a testa recostada no torso nu do báltico.

"Não é isso, Eduard, é que... No final, nós nunca vamos poder ser totalmente como os humanos, não é? Não importa quantas vezes a gente faça isso, nunca vamos conseguir o que eles conseguem..." Ele sabia do que ela estava falando, e já tinha pensado nisso por diversas vezes enquanto estavam sozinho, e sabia muito bem o jeito que ela se sentia.

Apertava o coração.

"Eu queria muito, Eduard, queria tanto... Mas nós nunca vamos poder ter um filho só nosso...Por que a vida de uma nação tem que ser tão injusta? Por que não podemos criar uma nova vida como humanos vivem criando? É pedir demais, Eduard?" Agora ela aumentara um pouco o choro, as lágrimas molhando o peito desnudo.

O estoniano também podia começar notar a visão ficando embaçada.

"Para nós, é... E eu detesto isso, de verdade." A voz começava a falhar. Quanto mais pensava no assunto, mas triste ele ficava. Por ele, e por ela, principalmente.

"Eu só queria ter um filho, Eduard. Só isso." Murmurou, agarrando-se com força no rapaz de olhos esverdeados, que neste momento acabou por sucumbir a suas próprias emoções.

"Eu sei." Acariciou os cabelos loiros da ucraniana, ao mesmo tempo em que chorava baixinho junto com ela. Queria, e muito, poder ter uma criança com ela. Mas, como países, já cuidavam de vidas demais.

Mas que mal faria, pensavam, em só ter mais uma, tão especial?

Porém, infelizmente, não era o que a natureza deixaria acontecer.

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Quem pediu uma EstUkr baseada em headcanons depressivos? -Q /ninguém

É, pra mim as nações são todas estéreis... E sinceramente eu acho que o nascimento delas é algo mais mágico e um tanto que independente de reprodução "normal", em si. Elas meio que surgem do nada, saca? SHAHSOAOSHAOHS Algo assim~ Adoro pensar nessas coisas~

Espero que tenha gostado! :3