Por que Choram os Homens?

N/A: Bem, primeiro eu espero que vocês se divirtam lendo essa fic (que eu tão arduamente escrevi -- ) e em segundo e terceiro e quarto e etc... eu peço para que vocês aceitem algumas várias alterações nas verdades dos fatos tanto do filme, quanto dos livros. Pq isso é uma fic e é feita da mistura do conteúdo dos dois trecos aí. È uma trágica D/G (trágica não por ser D/G, e sim por a estória ser trágica mesmo '), que não é o meu casal favorito, mas eu admito ficam muito bem juntos. E são ótimos para se escrever em fics, embora essa seja a minha primeira com eles e eu mal tenha começado. Bom é isso aí. Divirtam-se... ah e não deixem de comentar! o

Disclaimer: Se eu possuísse algum desses personagens que foram criados pela brilhante titia J.K. (ou até mesmo o filme em que a fic é baseada) eu não estaria aqui escrevendo fanfics e sim publicando livros (ou dirigindo filmes) e ganhando muito dinheiro. Obrigada : p

Prólogo

Um fogo fraco crepitava num velho fogão de ferro de uma casinha isolada numa vila remota. Lá, uma menininha ruiva comia silenciosa ao lado da avó. A neve caía do lado de fora e fazia muito frio. A casa estava toda fria, desde a partida de seu pai. Antes disso, havia homens reunidos em volta do fogo. Homens de todos os tipos com todos os tipos possíveis de sonhos. Homens bons, amigos de seu pai, homem estes que o levaram embora.

"Vá para a América" disseram eles, "Lá é a terra dos sonhos e da liberdade. Vá lá e traga uma vida melhor para sua velha mãe e sua filha". E foi o que ele fez. Fazia cinco meses já. E as coisas não estavam fáceis. Tivera que trabalhar em dobro agora que o pai não estava presente. Há muito não recebiam notícias, acredita-se e ele poderia mesmo estar morto. Mas não devia se perder a esperança.

"Vamos, coma logo! Antes que esfrie!" ralhou a avó. A menina pálida a olhou naqueles olhos escuros e de volta para o seu prato. "Não estou com fome."e não estava. Na verdade, não tinha vontade para mais nada. Já não brincava mais como as outras crianças, não comia e nem dormia direito. Seu pai é que costumava cantar para que ela pudesse adormecer tranqüilamente embalada na sua voz forte e protetora. "Coma! O inverno está sendo rigoroso e já estamos ficando sem comida, não a desperdice. E não vá ficar fraca e doente também. Não vou ter tempo nem disposição para tratar de você!"

"Vou me deitar." Anunciou levantando-se bruscamente e se retirou da mesa, rumo a um outro cômodo, não muito distante, separado por uma cortina.

Correu a deitar, com as roupas do dia mesmo, antes que fosse possível ver as lágrimas que enchiam seus olhos e começavam a derramar-se por todo o seu rosto.Chorou, chorou em silencio toda a saudade e solidão que sentia. Mesmo sendo ainda tão pequena, a dor era grande. Enquanto fingia dormir e chorava em silêncio, pôde ouvir a velha retirando os pratos da mesa e colocando-os na pia. Pôde ouvi-la abrir o pote de grãos e retirar do fundo algumas poucas moedas de prata e de cobre para contá-las.

A guerra avançava juntamente com o inverno, e logo chegaria ao povoado. Iriam levar tudo. Iriam matar todos.

Se realmente seu pai estava morto, ela não se importava de morrer também. Não tinha mais nenhum amigo desde quando ele partira e começaram a caçoar dela. Uma vez, sua raiva foi tanta, que algumas árvores a sua volta incendiaram-se inexplicavelmente.E, mesmo se tivesse algum amigo, os pais da criança a afastariam dela.

Bruxa foi como a chamaram daquele dia em diante. Bruxa...que piada... e seus pensamentos se desvaneciam a medida em que o cansaço apoderava-se de seu pequeno corpo.

Gritos, fogo. Muito barulho, homens berrando ordens, tiros. Vermelho, sangue, fogo. Uma agonia terrível.

A menina abre os olhos para se deparar com um pesadelo real. Fora da casa, na vila a invasão começara. Ela sabia que os soldados estavam perto, mas não a esse ponto. Sua avó adentrara o quarto, os olhos antes severos, com uma expressão desesperada. "Levanta!" disse rouca com um fio de voz. "Anda Ginevra, o tempo é curto" A menina se levantou assustada e seguiu a velha até a cozinha. Com as mãos tremulas sua avó virou o pote de grãos e deixou que se derramassem sobre a mesa, com os grãos, caíram as moedas. "Pega, guarda num lugar seguro" ela depositava as moedas no bolso que havia no vestido de Ginevra. "Vem!" Pegou a menina pela mão e guiou-a apressadamente para a porta dos fundos, onde uma carroça com mais duas pessoas encobertas por capuzes a aguardavam.

"Vamos! De pressa!" disse um capaz saltando da carroça com urgência. Levantou a menina e colocou-a na carroça, subiu e esta movimentou-se para longe da vila, longe dos gritos do fogo e do sangue. Mas acima de tudo, longe da sua infância e das memórias de seu pai.

"Muito bem, quanto você tem aí garotinha?" perguntou um homem de olhar severo. A pequena tremeu e se encolheu dentro da coberta que lhe entregaram. "Está tudo bem" disse o jovem que a colocara na carroça e explicou "precisamos saber se você tem o suficiente para comprar uma passagem para a América. Para encontrar o seu pai".E sorriu carinhoso, cheio de esperança no olhar. Ginevra então, retirou as moedas do bolso e entregou ao homem de olhar severo. "É, isso deve dar".Lançou um sorriso torto, afagando os cabelos da menina.

Havia muita confusão quando chegaram no porto. Muitas pessoas gritando e se empurrando. Todos fugiam da fome e dessa guerra maluca que surgira de repente. "Gin, pegue isso".O jovem que se chamava Dimitrie lhe entregara um pequeno pedaço de papel. "Essa é a sua passagem. Não à perca".A menina assentiu e guardou o bilhete no mesmo bolso onde, anteriormente tinha colocado as moedas.

Um som muito alto irrompeu de lugar nenhum. Uma buzina ensurdecedora e duas enormes portas de ferro se abriram, deixando uma luz ofuscante entra. Ao longe, via-se o contorno de grandes navios ancorados num mar gelado de cor azul muito escuro.

"Essa é a nossa chance!" Disse o homem de olhar severo, seu nome era Yuri. "Vamos Gin" Dimitrie a empurrava para a luz, e foi aí que toda a confusão começou.

Muitas pessoas, vindas de todas as direções correram para as portas abertas e Gin mal podia escutar Dimitrie às suas costas "Corre Gin! Antes que lotem o navio". E ela correu, correu em direção ao primeiro navio, aquele em que Yuri estava embarcando. Mas um monte de pessoas, vindas de lugar nenhum a empurraram de um lado para o outro e a desviaram do caminho. O desespero começava a tomar conta, quando tentava em vão enxergar entre as pessoas para ver se encontrava Dimitrie. Tarde de mais. Ela estava sozinha e sendo empurrada para dentro de um outro navio que embora fosse grande, não se comparava aquele no qual ela deveria embarcar.

Cobraram sua passagem, que ela relutantemente entregou. Estava em alto mar agora, sozinha, rumo ao desconhecido, com não mais do que seis anos de idade.

Desembarcaram em outro porto, mas a mesma luz ofuscante machucou seus olhos. Era uma manhã fria, mas não tão fria quanto seria se estivesse em sua terra natal.

Lá, Gin e mais um bando de outras crianças não muito maiores do que ela foram recolhidas e levadas para um lugar estranho, com portões de ferro na entrada e um grande pátio interno. Havia também, muitas mulheres, todas vestidas em negro, com véus cobrindo o cabelo. Freiras? Era assim que as chamavam?

E havia um homem, estava todo arrumado, de terno com os cabelos penteados com gel. Seu pai só se arrumava assim em ocasiões especiais.

Esse homem passava de criança em criança, lhes perguntava alguma coisa e quando elas não sabiam responder lhes entregava uma placa de madeira com algo escrito nelas. Ele havia chegado até Gin e sorria para ela com os dentes tortos. "E você garotinha? Qual o seu nome?" Ela apenas o encarou de volta. "Eu, Greg" gesticulava apontando para si mesmo "Você..." e apontou para ela, esperando uma resposta "Gin..." sussurrou fracamente. O homem, antes acocorado para ficar na altura dela, levantou-se e a encarou pensativo. "Gin...Deve ser apelido para Virgínia" sorriu novamente e lhe entregou uma placa com algo que Gin não sabia ler, escrito, mas que deduziu fosse seu nome. Virgínia.

Depois disso, as crianças foram levadas para uma sala vazia com um cheiro forte de pinho, onde Gin se deparou com vários adultos, alguns sozinhos, mas a maioria separada em casais. E logo, os que mais lhe chamaram a atenção tinham os cabelos vermelhos como os seus. A mulher chorava e o homem dava tapinhas leves em seu ombro, tentando consolá-la.

Quando olhou melhor para a mulher que chorava uma sensação de reconhecimento invadiu sua mente.

"Mãe?!"