Freakshow
Titulo: Freakshow
Shipper: Edward/Bella
Gênero: Romance, Drama, Mistério, Lemons, UA.
Censura: + 18
Sinopse: Disposta a livrar-se de seu ex-noivo, a jovem Isabella Swan, recorre ao enigmático e encantador francês Edward Cullen, que a fará repensar seus conceitos sobre o que é certo e o que é errado.
Disclaimer: Os personagens de Twilight não me pertencem, mas aqui nessa fanfic, eles fazem o que eu quero, como eu quero e quando eu quero.
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Prólogo
Paris. Ah… Paris. A cidade luz, onde há a torre mais romântica e iluminada do mundo. Cidade dos amantes, onde dezenas de casais apaixonados se beijam nos pontos turísticos mais cobiçados. Paris… local onde os pedidos de casamento mais românticos são feitos em frente àquela mesma torre iluminada... a torre Eiffel, se lembra? Cidade da moda, onde novos estilistas buscam seu espaço, e os antigos inovam mantendo-se no lugar de costume. Delirante Paris… cidade dos pintores, onde os quadros mais lindos do mundo estão guardados. Doce Paris… cidade perfeita. Pronto de aspiração de muitos turistas. O lugar mais romântico do mundo para se passar a primeira, segunda, terceira, ou quantas luas-de-mel você quiser ter. Extraordinária Paris… a cidade onde se encontra um café em cada esquina, onde pode-se comer os mais deliciosos macarons do mundo… onde o simples fato de estar acompanhado andando na rua, é motivo para se pensar em romance.
Oh… Paris… cidade onde abriga a burguesia mais hipócrita e machista do mundo. Onde não há mulheres fortes e decididas, e se há alguma, são reprimidas pela sociedade. Lugar onde a mulher é vista apenas como um glorioso troféu na estante de seu marido, de seu dono. Lugar para se manter uma boa imagem frente à elite. Elite esta, que vive o futuro e herdeiro da família Newton.
Michael Russeau Newton. Ou apenas Mike. Mike Newton.
Mike cursava o último ano de economia na maior e mais renomada universidade da França, o Institut d'Études Politiques de Paris, mais conhecido como Sciences Po. Membro de uma tradicional família francesa e filho de Richard Russeau Newton – dono de uma notória e multimilionária empresa, que fabricava diversas peças automobilísticas – e Charlotte Russeau Newton – participante do clube do livro mais requisitado de toda Paris e uma conhecida socialite –, o herdeiro já começava a pensar em seu futuro. Estava noivo a exatos dois anos da única filha de Renée – presidente do clube do livro e maior socialite da França – e do primeiro ministro Charlie Swan, Isabella Marie Swan, ou minha jóia como a gostava de chamá-la carinhosamente.
– Mon bijou, diga-me o que lhe aflige? – indagou o loiro, usando o apelido que dera a sua noiva quando ainda eram amigos.
– Não é nada, Mike – replicou a morena, erguendo lentamente sua xícara de porcelana até os lábios e bebericando um pouco do café que havia ali.
– Eu lhe conheço muito bem, ma chérie. E sei que ago lhe aflige.
– Não é nada, está bem? Agora eu preciso ir. Marquei de encontrar-me com Rosalie antes de irmos a faculdade.
– Tudo bem, Mon bijou. Não quer que eu a leve?
– Não. Um dos motoristas do meu pai está me aguardando.
O loiro concordou e Isabella inclinou-se para dar-lhe um beijo de despedida, o que não demorou muito, pois Mike afastou-se logo.
– Mon bijou, estamos em público – alertou o Newton. – Não pegaria bem para você, ser vista dando beijos em público, sim?
Isabella segurou um rolar de olhos. Eles estavam em um café localizado próximo a torre Eiffel, um dos cafés mais chiques de Paris, e não podiam dar um simples beijo sem que Mike começasse com toda essa baboseira.
Ela odiava todo esse machismo presente em seu convívio social. Odiava ser tratada como um troféu. Odiava que todos ignorassem que ela possuía um cérebro e queria usá-lo. Odiava tudo isso. Odiava todas as regras de como uma dama da elite francesa deve porta-se em público.
Colocou o pequeno guardanapo de seda azul claro em cima da mesa, e deu mais um gole em seu café, levantando em seguida. Passou a mão pela saia de tecido fino que usava e pegou sua bolsa preta da Chanel e retirou-se com passos firmes do café.
Seus Louboutins laranjas batiam conta o piso da calçada francesa, e, logo pode avistar o carro que a esperava. Como de costume, Philipe, um homem de aparência cansada e cabelos grisalhos, que trabalhava para a família Swan desde os 6 anos de Bella, abriu a porta e ela agradeceu, dando-lhe um sorriso tímido e pedindo que ele fosse até a champs elysee, onde sua amiga a esperava.
Iriam comprar algum vestido para um baile que ocorreria para a inauguração do novo campo de golfe. Todos os homens daquela maldita burguesia estavam animados, usariam o que fosse possível para promoverem-se na noite que iria seguir e as mulheres animadas por poderem desfilar ao lado dos maridos com vestidos caros. Já Bella… iria por puro tédio e obrigação.
Não que ela odiasse ter dinheiro e ir a festas. Ela só odiava a hipocrisia que a cercava. Philipe anunciou que haviam chegado e Isabella pediu que ele ficasse por perto, pois somente faria algumas compras e não pretendia demorar, já que iria para a faculdade em seguida.
– Estarei a sua espera, senhora.
A morena assentiu e desceu do carro. Não precisou muito para achar as madeixas loiras e esvoaçantes da amiga. Bella foi até Rosalie e a abraçou cuidadosamente, saudando-a.
Rosalie Lilian Hale, filha de Odette e Joseph Hale, uma loira de 21 anos, um metro e setenta e três centímetros, de corpo extremamente sexy e escultural, trajava um vestido mulberry nude que mal chegava ao meio de suas longas pernas, torneadas e brancas. Um pequeno e delicado cinto, do mesmo pano do vestido, prendia-se a cintura da loira, modelando o corpo escultural da mesma. Como de praxe, em seus pés maravilhosos Louboutins. A maquiagem marcada por um batom coral Chanel e uma sombra nude YSL. (Look da Rose)
– Petite – disse Rosalie, contente por ver a amiga. –, você está divina!
Isabella sorriu, agradecendo e sentaram-se para conversar.
Rosalie definitivamente estava certa. Bella estava divina. Na verdade, a jovem Swan, também de 21 anos, era uma jovem-mulher que causava inveja. Dona de maravilhosos olhos castanhos, cabelos longos e, por vezes, ondulados num tom extremamente escuro – praticamente preto –, lábios com um traço fino, porém sem deixar a desejar, a pele da jovem era branca como porcelana e algumas sardas, mesmo que claras, podiam ser notadas no corpo da morena, concentrando-se principalmente na região das bochechas. Isabella não chegava a ser alta, media apenas um metro e sessenta e cinco, mas tinha um corpo esplêndido.
– Vai querer comer algo antes? – a loira indagou.
– Não – Isabella suspirou em pesar.
– O que há de errado? – franziu a testa. – Você parece estranha…
– Não é nada que se deva preocupar – sorriu. – Vamos logo? Vi um Dolce & Gabbana de renda roxo maravilhoso em uma vitrine.
E assim elas foram. Fizeram compras por quase uma hora e meia, quando já estavam um pouco atrasadas para a faculdade. Ambas cursavam o penúltimo ano de ciência política na Sciences Po, o que não era comum entre as mulheres daquela sociedade. Mulheres se interessando por política? Era praticamente considerado como um adultério. Mas Rosalie e, principalmente, Bella, não ligavam para isso.
O dia na faculdade seguiu-se de forma cansativa para Bella, mas ela não podia reclamar, estava fechando o semestre e precisava tirar notas boas. Agora ela encontrava-se em seu maravilhoso apartamento.
Morava com seus pais no bairro da torre Eiffel, o 7ème arrondissement – talvez o bairro mais burguês e elitista de toda Paris –, em uma maravilhosa propriedade com 765,00 m², oito quartos, sendo quatro deles suítes, 4 banheiros públicos, duas maravilhosas salas de jantar, mais de 10 salas de estar, 2 escritórios, uma mini biblioteca, um extenso jardim completamente gramado, uma piscina e ainda uma pequena quadra de tênis. Todo o apartamento com uma decoração clássica, as paredes, em sua maioria, forradas com madeira sucupira, assim como o chão de todas as salas. Outras paredes cobertas de mármore… Muitas janelas enormes deixavam o ambiente claro e luxuoso.
Saiu de sua enorme banheira de mármore branco e secou-se lentamente. Hidratou seu corpo com seu creme hidratante favorito e foi até seu closet, onde pegou um conjunto preto de lingerie e o vestiu. Colocou um roupão felpudo rosa e voltou para seu banheiro, onde começou a maquiar-se. Passou uma sombra escura e esfumaçada nos olhos, marcando-os de forma tentadora. Deu uma pincelada de blush em suas bochechas e então passou um batom escuro em seus lábios.
Prendeu suas madeixas em um coque frouxo e colocou um par de brincos de ouro branco. Voltou para o quarto e pegou seu vestido de renda roxo Dolce & Gabbana, vestindo-o rapidamente. Calçou seu par de Louboutins preto e, mais uma vez, retornou ao banheiro, onde pode observar-se no enorme espelho que havia ali. (Look da Bella)
Bella via a si mesma de uma forma diferente. Em seu anelar direito um desejado anel de ouro branco com um enorme diamante vermelho cravado em seu centro. A magnífica jóia havia custado 61 mil dólares, o jovem Newton havia encomendado direto de NY, e estava ali, lembrando Isabella Swan, de que um dia ela deixaria sua família e se tornaria uma deles. Tornar-se-ia uma Newton. Pensar nisso fazia-a estremecer. Ela não queria ser apenas mais um troféu na estante de seu marido.
