A fic é narrado pelo Matt. NÃO É YAOI! Bem, pelo menos não foi minha intenção ser o-o

É uma fic meio... doentia (?)


Sabe, eu nunca tive realmente uma meta na vida. Por mim, eu ficaria sempre ali, ajudando Mello em suas loucuras. Talvez essa fosse minha meta. Ajudar Mello em suas loucuras, e não fazer parte delas. Mas no final, acho que eu que era o louco.

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Branco, branco e branco. Mello odiaria esse lugar, assim como eu estou odiando.

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Eu nunca esperei nada em troca pela minha lealdade. Desde que Mello estivesse bem, e continuasse como meu melhor amigo, eu estaria feliz.

Se quer saber, eu não estou nem um pouco feliz.

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As algemas machucam. Não sei por que tenho que ficar com elas, não sou nenhum criminoso, apesar do que eles acham. Do que Near acha. Ah, Mello... Agora entendo seu ódio descomunal por esse filho da mãe.

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Por mais que eu tente, não tenho lembranças concretas daquele dia. Aquele maldito dia! Só me lembro de uma coisa: Você estava caindo...

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Durante meus anos na Wammy's House, li alguns livros que nos eram recomendados. Eu não costumava lê-los, mas você, Mello, e Near, faziam isso o tempo todo.

Porém, me lembro, de certa forma, de um livro, em que o principal falava sobre apanhar as pessoas que caiam no abismo. Não dei atenção, para dizer a verdade.

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Mas entendi. Você estava caindo, Mello. Então, como seu protetor, eu te salvei. Mais uma vez. E, em troca, recebi a solidão. E a loucura. Sempre a loucura.

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"Sr. Mail Jeevas, tem noção de seus atos?", um velho me perguntou. Seu jaleco branco denunciava sua profissão.

Não respondi, e ele resolveu ele mesmo responder.

" Você matou Mihal Keehl."

" Não, eu nunca o matei. Apenas o tirei do precipício.", defendi-me. Aquele cretino não me entende!

" E isso implicou na morte dele? Não seja estúpido."

Concordo que era meio estúpido, pois eu tinha mesmo matado-o. Mas, saindo da boca daquele almofadinha, parecia que eu tinha feito algo inescrupuloso.

Mas eu só salvei-o do precipício. Ele iria cair, ah, iria. Mas eu o salvei. Como sempre.

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Ele me encara, Mello. Seu rival, seu maldito rival.

"Por quê?", perguntou-me.

'Por quê?', uma pergunta simples. Mas não conseguia responder. Nada parecia bom o suficiente para ser uma resposta. Eu saberia explicar, mas não justificar.

Ele repetiu a pergunta, com a voz alterada.

"Está bravinho? Oh, o grande detetive 'L' ficou nervosinho." Debochei. " Mas e você? Por que se importa?"

Não esperava por isso, mas Near reagiu. Pela primeira vez, vi ele reagir. Mello daria tudo para estar no meu lugar. Disso tenho certeza. Mas Mello agora está morto, e eu o matei.

Near me socou. Soco, dor, sangue e loucura. Ah, doce mistura...

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" Sim. Matei Mello. Mas apenas o matei por que o amo. Não é errado matar alguém que você ama"

E, então, vi os olhares assustados do júri, e de todo o tribunal. Ouvi murmúrios, e então, meu advogado alegando que eu tinha doenças mentais.

Não. Eu não tenho doença alguma. Só salvei alguém que eu amava.

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Eu o salvei. Eu o salvei. Eu o salvei. Eu o salvei... Eu o salvei... Eu...

O matei.


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