Disclaimer: Esta obra é totalmente ficcional, sem fins lucrativos. Os direitos da obra Supernatural são todos de Eric Kripke. Se Jared Padalecki e Jensen Ackles são ou não amantes, namorados, gays, bissexuais ou heterossexuais, não é a questão aqui, pois se trata de um texto ficcional sem fins lucrativos. Se não gosta, não leia!

Gêneros:Lemon, Universo Alternativo, Romance, Angst, Drama, Tragédia.

Avisos: Nudez, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Sexo.

Sinopse: Um homem atormentado pelo passado encontra o amor do lado de outro homem.

Beta:Eu mesma...

*****J2*****

Capítulo 1 – O Começo

Era sempre a mesma coisa...

Jared via o fogo se alastrar pela casa no andar de cima e tentava correr rápido, mas parecia estar em câmera lenta. Era desesperador e ele sentia seu corpo arder, ser queimado, sem conseguir avançar pelas escadas. A fumaça aumentava cada vez mais, penetrando em seus pulmões, sufocando-o.

De repente, ouvia gritos e tentava acelerar os passos, mas parecia travado, parecia que suas pernas pesavam mais de uma tonelada cada uma e por mais que ele tentasse, seus movimentos eram lentamente desesperadores.

E então, os gritos cessavam, o levando à loucura.

Jared sentia alguma coisa cair sobre seu corpo e gritava, chorando, desesperado, sufocado...

"NÃO!" Jared acordou de mais um pesadelo e ainda conseguia sentir o cheiro de fumaça, tão real tinha sido o sonho ruim. Estava molhado de suor e ofegante. Sua perna doía muito e ele massageou seu joelho e sua coxa. "Merda!"

Se sentou na cama, passou a mão pelos cabelos molhados e suspirou. A casa estava totalmente escura e o silêncio era mortal ali. Ele estava sozinho.

Com as mãos trêmulas pegou o copo em cima do criado mudo e bebeu dois grandes goles de água. Depois abriu a gaveta e retirou um vidro, tirando dois comprimidos e bebeu o restante do líquido para engolir o remédio. Sua cabeça latejava e seu corpo estava todo dolorido, talvez da tensão do pesadelo e ele já não sabia mais o que fazer para se livrar desses sonhos terríveis.

Olhou para o relógio ao lado da cama e viu que ainda eram somente 2:00h da manhã.

Jared se recostou nos travesseiros, tentando se acalmar. Não agüentava mais esses pesadelos que o perseguiam todas as noites. Já era tão difícil viver do jeito que ele vivia, que não precisava disso para atormentá-lo mais ainda.

Os fantasmas que todas as noites vinham atormentá-lo eram os mesmos que ele não conseguira salvar.

Quando descobriu como ficaria sua aparência depois de tudo que havia acontecido, decidiu se isolar e não teve nada que o fizesse mudar de idéia. Seus amigos aos poucos se afastaram dele e Jared decidiu se mudar para algum lugar distante, onde tivesse uma casa longe de tudo e todos. Ele não tinha a mínima vontade de ver ninguém e não queria que ninguém o visse também.

Decidiu se mudar para uma pequena Aldeia da Irlanda chamada Roundwood, que levava o título de aldeia mais alta do país, pois se localizava a 238 metros acima do nível do mar e tinha menos de 800 habitantes. Mas o mais importante para Jared não era isso. O mais importante era que ali estaria seguro, longe de todas as pessoas que o olhavam com nojo e medo.

Já morava ali há mais de cinco anos e tinha escolhido aquela aldeia porque achava que quanto mais longe estivesse das pessoas, seria melhor. Ele sabia que todos na cidade, que era um pouco longe dali, tinham medo dele e que o achavam esquisito, estranho, mau.

Mas Jared não era mau. Apenas sua aparência não era das mais agradáveis e ele entendia que as pessoas não gostassem de olhar para ele, que não quisessem fazer amizade, ou mesmo que se aproximassem dele.

Aos poucos o remédio ingerido começou a fazer efeito e ele conseguiu relaxar. Mas como sabia que não voltaria a dormir tão cedo, resolveu se levantar e foi até a cozinha.

Abriu o armário e tirou uma garrafa de conhaque, encheu metade do copo e sentou na cadeira para beber e pensar. Tinha consciência que não devia beber depois de tomar o remédio, mas estava se lixando para esse tipo de coisa. Se ele morresse seria bem melhor, mas isso parecia que nunca ia acontecer.

Olhou para a janela da cozinha e a estrada que passava perto de sua casa estava deserta e naquela noite fazia muito frio, mas para ele estava sempre calor. Jared sentia um calor fora do normal e isso às vezes o atrapalhava. Em seu antigo trabalho, o pessoal sempre fazia brincadeiras com ele por causa disso.

Ele não percebeu, mas um pequeno sorriso apareceu em seu rosto quando se lembrou de sua vida, de seus amigos, de sua família, do emprego que amava tanto... Ele era feliz naquela época e agora...

Precisava recomeçar sua vida, mas não sabia como. Precisava superar aquilo tudo, mas não via uma luz no fim do túnel. Por mais que não quisesse, precisava viver, já que era covarde demais para dar um tiro na própria boca e acabar com aquele sofrimento todo.

Resolveu que o melhor seria voltar para sua cama e esperar que o sono viesse. Bebeu o último gole e ouviu um estrondo muito alto.

Se levantou sentindo a fisgada na coxa e olhou pela janela da cozinha, onde viu o farol de um carro que tinha acabado de bater numa árvore perto de sua casa.

Sem pensar em mais nada, Jared pegou uma lanterna e saiu pela noite para ver se o motorista estava bem, mas antes colocou um casaco com capuz, pois ninguém merecia olhar para seu rosto.

Jensen segurava a pequena lanterna com a boca e olhava para o mapa aberto em cima do volante, alternando os olhos entre o mapa e a estrada.

"Mas que droga! Eu jurava que era por aqui!" Jensen falou muito irritado. Estava perdido!

O loiro parou o carro no acostamento e a sua volta só tinha escuridão. Se arrependeu violentamente de não ter parado naquele Alberg que havia passado há duas horas atrás.

"Por que você tem sempre que achar que é o fodão, hein Jensen?" Perguntou para si mesmo e suspirou. Olhou novamente para o mapa e viu que faltava pouco para chegar naquela maldita cidade que ele tinha escolhido para descansar depois de quase cinco anos sem férias.

Na verdade, Jensen simplesmente jogou no Google o nome do país que queria conhecer, que era a Irlanda, e dentre todas as cidades e aldeias que apareceram, o loiro gostou de Roundwood. As fotos que viu foram suficientes para que ele a escolhesse como rota em sua viagem. A vista devia ser linda e Jensen precisava mesmo de ar puro. Depois de seu rompimento com Welling, o loiro tinha ficado deprimido demais e queria conhecer gente nova. Mas sinceramente, o loiro tinha dúvidas que conheceria alguém interessante ali, mas depois de tudo que tinha passado, resolveu arriscar uma coisa diferente.

Quem sabe não encontraria o amor de sua vida?

"Até parece que nesse fim de mundo eu vou encontrar alguém! Só você mesmo pra pensar numa coisa dessas!" Jensen falou olhando seu reflexo no retrovisor e sorriu.

Jensen olhou o mapa pela milésima vez, depois o jogou no banco do carona e ligou o carro, saindo do acostamento.

Os dois lados da estrada estavam escuros demais e Jensen aumentou só um pouco os faróis, pois tinha medo de vir algum carro na direção contrária e não conseguir vê-lo ou de um animal atravessar a pista e ele não vê-lo.

Ligou o rádio e nenhuma estação pegava ali.

"Que maravilha!" Jensen falou rindo.

Quando ia colocar um CD, ouviu um estouro e levou um susto. O carro perdeu a direção e Jensen notou pelo barulho que o estouro tinha sido do pneu.

Jensen não conseguiu controlar o carro por mais que tentasse, pois a pista estava muito escorregadia e quando se chocou com uma árvore, bateu a cabeça com força no volante e desmaiou.

Jared se aproximava do carro devagar, notando que havia muita fumaça e inspirou profundamente para ver se sentia cheiro de gasolina. Colocou a luz da lanterna na direção do vidro e viu um homem com a cabeça no volante. Imediatamente bateu no vidro, mas o homem não se mexeu.

Jared forçou a porta, mas estava emperrada. Colocou a lanterna no chão e com as duas mãos puxou a porta com mais força, conseguindo abri-la em seguida.

Tocou no ombro do homem, mas ele parecia desmaiado.

"Ei... moço... tudo bem aí?" Jared perguntou, mas não obteve resposta.

Jared não viu outra alternativa senão tentar tirar o homem de dentro do carro e levá-lo até a sua casa.

"Era só o que me faltava!" Jared esbravejou quando teve que carregar o homem aos trancos e barrancos até a sala. Sua perna doía desesperadamente e nem parecia que ele tinha tomado dois comprimidos.

Pensou na possibilidade de chamar a polícia, ou até uma ambulância, mas só de pensar que se fizesse isso, poderia ser chamado para depor, o moreno mudou de idéia.

Colocou o homem no sofá e viu que o sangue escorria por sua testa, mas com sua experiência, agradeceu por não ser nada sério.

Mas ele podia estar com alguma hemorragia interna ou alguma fratura, mas Jared não ia ligar para ninguém. Ele mesmo cuidaria daquele loiro para que ele pudesse ir embora o mais rápido possível. Não poderia deixá-lo ali na estrada.

Jared ferveu água, limpou os ferimentos do homem com cuidado e fez curativos, tirou a camisa ensangüentada dele e colocou uma sua para que ele não pegasse friagem.

Voltou para o lado de fora e pegou sua caminhonete. Amarrou-a no carro do loiro e o puxou até a garagem. O que Jared menos queria era que alguém passasse por ali e visse um carro batido perto de sua casa. Depois que baixou a porta da garagem, com a bagagem do homem nas mãos, voltou para dentro de casa, sentou na poltrona ao lado do sofá, tirou o casaco, pois estava suado com o esforço que havia feito e acabou adormecendo.

Jared acordou com o corpo dolorido e notou que o loiro ainda estava desacordado. Se levantou devagar da poltrona e teve que esperar um pouco antes de ir até a cozinha, pois sua perna latejava. Depois que se acostumou com a dor, andou lentamente até o fogão e colocou água no fogo para fazer um café.

Voltou para a sala com uma caneca nas mãos e olhou para o homem deitado em seu sofá, analisando-o agora que estava claro.

Ele era loiro, tinha um rosto muito bonito, era forte, e quando Jared se aproximou mais um pouco, notou que ele tinha sardas no rosto inteiro, sua pele era muito branca e os cílios longos pareciam até de uma mulher e não de um homem daquele tamanho.

Se sentindo aliviado, Jared sorriu ao ver que o loiro se mexia, acordando. Mas essa sensação durou pouco. Imediatamente vestiu seu casaco, colocando o capuz, que cobria seu rosto parcialmente.

"Ai minha cabeça!" Jensen reclamou colocando a mão na testa, percebendo que tinha um curativo.

Abriu os olhos e notou que estava deitado num local que não conhecia. Tentou se levantar e alguém segurou seus ombros.

"Calma, moço. O senhor bateu com seu carro aqui perto da minha casa e eu o tirei de lá." Jared falou fazendo com que o loiro se deitasse novamente. "Mas precisa descansar agora. Está com fome?"

Jensen ainda não tinha conseguido ver o rosto do seu salvador, somente aquela voz grossa e que parecia preocupada. Se virou lentamente para ver um homem muito alto com um casaco que tinha um capuz que cobria seu rosto.

"Pôxa, muito obrigado!" Jensen agradeceu sorrindo e se sentou no sofá devagar. "Eu não sei como te agradecer... Obrigado mesmo. Onde está o meu carro?"

"Está lá na minha garagem." Jared respondeu e foi até a cozinha buscar uma caneca de café para seu hóspede. "Vou consertá-lo pra você e ele vai ficar novinho em folha."

Jensen analisou o homem e viu que ele era muito alto, era forte, mas mancava sutilmente da perna direita e cobria o rosto a todo o momento com aquele capuz do casaco. Ele voltou da cozinha com uma xícara de café e colocou na mesa em frente ao sofá, evitando se aproximar de Jensen.

"Obrigado." Jensen pegou o café e sorriu para Jared. "Meu nome é Jensen. E o seu?"

Jared não sabia o que dizer. Fazia tanto tempo que não interagia com ninguém, que não sabia o que responder. Ele só queria saber seu nome, mais nada.

"Você quer comer alguma coisa?" Jared perguntou, se encaminhando novamente para a cozinha, fugindo da pergunta do loiro.

Jensen achou estranha a atitude daquele homem e tomou um pouco de café, que por sinal estava muito gostoso.

"Olha, não precisa se preocupar. Eu vou embora daqui a pouco." Jensen falou meio sem graça. "Por acaso você tem algum telefone?"

"Tenho sim, mas acho que não está funcionando." Jared respondeu da cozinha.

Jensen achou aquela resposta mais estranha ainda e colocou a mão no bolso, notando que seu celular estava quebrado. Viu também que estava com uma camisa diferente, que não conhecia.

Jared percebeu quando Jensen tocou na camisa que estava usando, parecendo meio confuso.

"Desculpe, mas eu tive que tirar sua camisa. Estava com muito sangue e suja." Jared falou em pé, de longe. "Mas ela está dobrada ali no braço do sofá. Não precisa devolver essa que eu te emprestei. E sua bagagem está ali do lado do sofá também"

"Você foi muito legal comigo. Queria saber pelo menos o seu nome." Jensen falou e tentou se levantar do sofá, mas se sentiu tonto. Jared se aproximou o mais rápido que conseguiu e o segurou pelo braço.

"Acho que você ainda não se recuperou. Precisa descansar mais um pouco." Jared falou e ajudou o loiro a se sentar. "Eu tenho um quarto vazio e se você quiser ficar, eu não me importo."

"Obrigado. Acho que vou aceitar a comida que você me ofereceu e também o quarto." Jensen falou. A curiosidade estava latejando dentro da cabeça do loiro. Afinal, quem era aquele homem?

"Tudo bem. Vou preparar o quarto. Se você quiser, pode tomar um banho enquanto eu vejo alguma coisa pra você comer." Jared falou e foi até seu quarto. Voltou com duas toalhas limpas nas mãos e um sabonete novo.

"Fique à vontade." Jared falou e deixou as toalhas e o sabonete no braço do sofá. "Precisa de alguma ajuda?"

"Não, obrigado. Acho que dá pra eu me virar sozinho." Jensen se levantou um pouco tonto, pegou uma muda de roupa dentro de sua bolsa, as coisas que o homem tinha pego para ele e foi por onde o moreno indicava com uma das mãos.

Jensen fechou a porta do banheiro e uma das coisas que achou estranho foi que não havia espelho em lugar nenhum. No lugar onde deveria estar o espelho, só havia um armário embutido, como se alguém tivesse arrancado a parte da frente.

Jensen tirou a roupa toda e ligou o chuveiro, que notou só ter água fria.

"Merda! Odeio banho frio!" Jensen falou bufando, mas o que podia esperar daquele fim de mundo onde estava?

Durante o banho, ficou pensando naquele homem esquisito que o tinha salvado. Ele não parecia ser má pessoa, mas era bastante arredio. Jensen notou que ele não tinha se aproximado nenhuma vez, a não ser quando ele havia ficado tonto ou quando tinha tentado se levantar assim que acordou.

E aquele capuz estranho que ele usava para cobrir o rosto? O que era aquilo? E por que não queria dizer o próprio nome? Será que ele era algum tipo de maluco que vivia isolado do mundo?

As dúvidas surgiam na cabeça de Jensen e cada vez ele ficava mais curioso.

Jared abria os armários da cozinha procurando por alguma coisa decente para fazer, mas não tinha quase nada. O rapaz da mercearia só viria no dia seguinte e ele teve que improvisar.

Ficou pensando em Jensen tomando banho e lembrou que não tinha água quente naquele banheiro. Como sentia muito calor, não achou necessário ter água quente em todos os banheiros. Mas só lembrou desse detalhe agora e o loiro já devia estar no chuveiro.

Ao mesmo tempo que queria que Jensen fosse embora, não queria. Depois de tanto tempo sozinho, era bom ter uma companhia, alguém que não sentia medo dele, que não achava que ele era algum tipo de assassino, que não fugia dele.

Mas lembrou que Jensen ainda não tinha visto como ele era e quando visse, sairia correndo na mesma hora.

Não estava agüentando de calor e tirou o casaco, prestando a máxima atenção ao barulho do chuveiro. Assim que ele desligasse, Jared colocaria o casaco novamente.

Jensen saiu do banheiro sentindo um pouco de frio ainda pelo banho gelado que havia tomado. A manhã estava agradável e Jensen notou que o moreno não tinha visto que ele entrara na cozinha.

Pela primeira vez o viu sem o capuz.

O loiro teve que colocar a mão na boca para não gritar. O moreno estava mexendo uma panela e tinha tirado o casaco, ficando somente com uma camiseta preta colada no corpo. O rosto do lado esquerdo tinha uma cicatriz imensa que parecia ser de uma queimadura horrível, que distorcia suas feições e a queimadura continuava pelo pescoço, ombro e ia até a metade do braço. Os cabelos dele eram longos, até a altura dos ombros, mais ou menos e caíam sobre seus olhos.

Jared levou um susto quando percebeu que tinha ficado tão absorto em seus pensamentos que não notou quando o loiro desligara o chuveiro e agora ele o olhava com aquela expressão que o moreno conhecia muito bem. Se amaldiçoou por dentro por ter tirado o casaco e na mesma hora que viu a expressão de pavor no rosto do loiro e se virou de costas.

Ainda deu tempo de Jensen notar que o olho esquerdo dele era esbranquiçado, opaco e que ele devia ser provavelmente cego daquele olho.

"Desculpe... eu..." Jensen falou sem graça, desviando o olhar das costas dele que também era coberta de cicatrizes.

Jared vestiu o casaco novamente, colocando o capuz.

"Já está quase pronto." O moreno falou fingindo que não tinha notado que o loiro estava assustado com a aparência dele. "Já vou servir."

Jensen sentou no sofá tentando absorver a cena que tinha visto. Sentiu pena daquele homem que parecia tão gentil e prestativo. Tentou imaginar o que havia acontecido com ele.

Jared colocou a comida no prato, rezando internamente para que estivesse boa e olhou para Jensen, que ainda estava sentado no sofá.

"Pode vir comer. Vou para o meu quarto." Jared falou. Não queria causar nojo em ninguém, principalmente na hora da refeição.

"Por favor, me faça companhia." Jensen segurou no braço de Jared quando o moreno tentou passar por ele.

"Acho melhor não. Eu não sou uma boa companhia, principalmente na hora da comida." Jared falou e Jensen notou a tristeza em sua voz.

"Eu gosto da sua companhia." Jensen arriscou falar e viu que Jared sorriu. Notou que ele tinha uma covinha que aparecia do lado direito de seu rosto, do lado que ele podia ver, a parte que não estava coberta pelo capuz.

"Tem certeza?" Jared perguntou. Não esperava por isso e estava sem saber o que fazer.

"Absoluta! Senta comigo enquanto eu como." Jensen falou e sentou, vendo Jared se aproximar devagar, sentando na cadeira mais longe da dele.

"Espero que goste de carne ensopada. O rapaz da mercearia só vem amanhã e eu tive que improvisar." Jared falou colocando suas mãos sobre a mesa e ficou de cabeça baixa. Não queria que Jensen visse seu rosto mais uma vez.

"Está uma delícia. Obrigado." Jensen falou de boca cheia e ficou olhando para o moreno que não o encarava. "Olha, me desculpe por entrar assim na cozinha naquela hora... eu não pretendia..."

"Tudo bem, Jensen. Eu já estou acostumado com isso." Jared sorriu triste. "Não tem problema."

"O que aconteceu com você?" Jensen perguntou e se arrependeu no mesmo instante.

"É uma história muito longa. Não é uma coisa muito agradável de falar enquanto você come." Jared falou, cortando aquele assunto e Jensen continuou comendo até que limpou o prato. Não ia insistir se o moreno não quisesse falar.

"Nossa! Acho que comi demais!" Jensen falou colocando a mão na barriga e pode ver novamente o sorriso daquele homem misterioso. Era um sorriso encantador do lado que podia ver. "Seu sorriso é tão bonito..." Jensen falou sem pensar e quase mordeu a língua se arrependendo.

Jared quase engasgou ao ouvir Jensen falar aquilo e se levantou da mesa.

"Agora que você comeu, pode descansar se quiser. Me chame se precisar de alguma coisa." Jared falou secamente e saiu da mesa devagar, mancando e entrou no que parecia ser uma biblioteca, fechando a porta em seguida.

"Falei merda pra variar." Jensen falou para si mesmo e olhou mais uma vez para a porta que o moreno tinha entrado, pensando se deveria bater e se desculpar. "Porra, nem o nome dele eu sei!"

Continua...

n/a: DEvido a falta de respeito do site Nyah!, vou postar todas as minhas histórias aqui agora. Me desculpem pelo transtorno, mas existem coisas que são inevitáveis. Espero que continuem acompanhando Save Me...

Beijundas!*-*