A Caveira de Cristal

Sinopse: Uma profecia tão velha quanto o mundo está por concretizar-se. Já não é possível parar as rodas do destino. HP/DM evil!Dumb

Disclaimer:

As personagens de Harry Potter não me pertencem e sim a J.K. Rowling.

Vampire Knight pertence a Matsuri Hino.

A história está inspirada na obra "A Caveira de Cristal" de Manda Scott.

Os Altos Elfos correspondem às Tribos do Gelo e do Fogo da novela chinesa "Ice Fantasy" que foi adaptada à televisão, cujos direitos de autor são propriedade de Guo Jingming.

Notas:

O casal principal é Harry/Draco, os outros ainda estão por ver-se.

evil!Dumbledore e evil!Weasleys (não todos, ainda estou a pensar quais, provavelmente Molly e Ginny).

Quero agradecer a Biaa Black Potter por ter aceite betar este fanfic.


Prólogo

5 de Junho de 1981

Desta vez tinham ido longe demais. Agora estavam para além do perdão.

Narcisa estava em pleno trabalho de parto, mas era muito cedo, apenas cumpria os sete meses. Não havia forma de assegurar que a criança se salvasse, não podiam sequer garantir que a mãe o conseguisse.

Lucius entrou de repente, cego pela fúria e viu sangue por todos os lados. Na cama, nas tolhas, nas vestes da parteira e da enfermeira. Ele próprio estava coberto do sangue da sua amada esposa. Tinham sido emboscados pelos membros da tão afamada Ordem da Fénix, os "supostos heróis". Grandes heróis, que, ainda sem provas, invadiram o jardim da Lady Malfoy. Pois, segundo estes, tinham recebido informação fidedigna de que ali se estava a levar a cabo uma reunião de Death Eaters. Ao chegarem e sem razão alguma, puseram-se a jogar maldições a torto e a direito sem medir as consequências.

O resultado era aquele que se podia ver, Narcisa prostrada numa cama pálida e sem forças, e a sofrer de uma hemorragia interna severa que poderia matá-la caso não encontrassem a origem. E como se isso não fosse suficiente, o seu próprio corpo tentava traí-la, querendo expulsar o intruso que consumia a sua magia e impedia que se curasse mais rapidamente.

Lucius cruzou, quase a correr, a distância que o separava da sua esposa e filho, e segurou fortemente a mão de Narcisa encorajando-a a seguir em frente, enquanto lhe cedia parte da sua magia.

― Tu consegues, amor ― disse Lucius, tentando animar a sua esposa que apenas conseguia manter-se consciente. ― Só mais um pouco e teremos o nosso Dragão connosco, não desistas, Cissy.

― Cui… ― Tomou fôlego. ― Cuida dele e fala-lhe de mim. Amo-vos muito aos dois. Ainda mesmo que tenhas tomado decisões com as quais não concordo.

― Não digas isso, Cissy. Vais estar aqui. Vais poder cuidá-lo tu mesma. Poderás educá-lo como quiseres. Já não me importa se pensas que a ideias do meu pai são loucas…

― Ainda penso isso e não vou mudar de opinião ― interrompeu Narcisa. ― Só não enchas a cabeça do meu pequeno com essas palermices e ficará tudo bem.

― Será como tu quiseres, querida, mas não te atrevas a pensar que me podes abandonar.

― Acaso estás a ameaçar-me…?

Narcisa começava a respirar cada vez com a mais dificuldade.

― N-nin… ninguém me ameaça… nem mesmo tu, Lucy…

E foi então que Narcisa Malfoy deixou para sempre os seus dois amores.

― Cissy! Cissy! Cissy, fala comigo ― gritava Lucius presa do desespero.

― Lamento muito a sua perda, Lord Malfoy, mas agora mesmo devemos focar-nos em salvar a criança ― disse a parteira com todo o tato que lhe foi possível reunir. ― Não podemos esperar ou poderão haver sérias complicações. Tenho a sua permissão para iniciar uma cesariana de emergência?

― Uma ce-quê?

― É uma explicação longa e não temos tempo a perder com isso. Quer que esta criança nasça ou não? Caso assim seja, só diga que sim e espere lá fora.

― Mas como se atreve a falar assim comigo? ― exclamou Lucius furibundo ― Foi por sua culpa e da sua incompetência que perdi a minha Cissy…

― Caroline, acompanha o Lord Malfoy à porta por favor ― interrompeu a parteira.

― Lord Malfoy, por favor siga-me. Garanto-lhe que a Medibruxa Andrews está a fazer todo o possível e imaginável para que tenha o seu filho nos seus braços.

oOo

No lado de fora do quarto, era possível ver Lucius Malfoy caminhar de um lado para o outro, parar algumas vezes e bater o pé de impaciência, só para depois retomar a sua volta pelo corredor.

― Lucius, para de uma vez! Vais deixar-me tonto ― disse Severus Snape de mau humor.

― Não entendes! Chamei-te para que ajudasses essa incompetente e não para me fazeres companhia.

― Não há nada que eu possa fazer. Caso não te recordes sou Mestre de Poções, não parteiro. E essa mulher é uma das melhores na sua área.

― Claro! – respondeu Lucius com sarcasmo ― Por isso disse que ia fazer uma ce-ce-cesa, uma ce-qualquer coisa.

― Cesariana. É uma técnica que os muggles criaram para realizar partos complicados.

― Muggle. Muggle. Essa, essa… mulher ― cuspiu as palavras com desprezo ― ousa tentar algo assim na mi…

Lucius viu-se interrompido pela saída da parteira.

― A criança nasceu com algumas complicações, mas vai sobreviver ― disse a parteira, parecendo confusa.

― Passa-se algo? ― perguntou Severus.

― Quando tirei o bebé do ventre da mãe estava em paragem cardio respiratória. Não sei como é possível. Mas conseguiu voltar a respirar sozinho, ainda quando nenhum feitiço de reanimação funcionou. Gostaria de fazer alguns exames. Isto é algo inédito. Poderia supor uma grande descoberta para o campo da medimag…

Obliviate!

Apenas a voz de Severus ressoou no corredor.

― Vai ver o teu filho, Lucius. Eu trato da enfermeira. Não sei o que passou, mas a tua família já sofreu muito. A última coisa que precisas é destas melgas a rondar-te. Depois pensarei numa forma de averiguar sobre o que aconteceu.

Lucius assentiu e entrou no quarto seguido de perto pelo seu melhor amigo.

― Oh! Lord Malfoy, o senhor tem um menino muito forte. Foi a primeira vez que me deparei com algo ass…

Obliviate!

Mais uma vez, apenas foi possível escutar a voz de Severus.