Nota da Autora: Bom, essa é a primeira fic que eu faço e posto aqui...ai que vergonha! Tava tentando fazer isso já fazia algum tempo...mas como eu leio muitas outras fics, eu tenho...por que não dizer receio ou medo...de que ela não fique aos pés das demais ficwriters...

Samael Ele continuava olhando a linda figura deitada nua na cama, coberta apenas em algumas partes pelo lençol branco. Já era de manhã e o sol ameaçava entrar através da cortina clara.

Engraçado, esse quarto fica outro com luz! –Ele sorriu assim que terminou de falar, lembrando da noite passada...

Voltou a prestar atenção naquela intrigante criatura. Aproximou-se novamente da cama e inspirou o perfume o doce aroma daquele corpo submerso no mundo dos sonhos.

Será que devo ficar? –Ele sussurrou no ouvido dela, não esperando qualquer resposta...Queria apenas um motivo para beijá-la novamente, ainda que fosse na sua bochecha. –Será que você vai me querer aqui quando acordar, meu bem?

Shun... –Ela se virou na cama, ficando de costas para o colchão. Por um momento ele pensou que ela estivesse acordada.

Acho que é melhor que vá... só queria ver a sua expressão quando se der conta das coisas que nós quebramos ontem... –Ele se permitiu rir, mesmo quando sua vontade era chorar. –Ia ter um treco!

Ele se levantou, juntando as roupas dela do chão, enquanto caminhava de encontro à escrivaninha. Queria escrever um bilhete, mas não tinha idéia de como fazê-lo. Seus olhos ardiam com as lágrimas não-derramadas, mas assim que ele conseguiu se controlar, as palavras pareciam fluir... Selou-o com um beijo quando julgou pronto.

Depois de juntar todas as suas coisas e se vestir, dirigiu-se ao quarto mais uma vez, com o coração apertado e o bilhete na mão.Depositou um doce beijo nos lábios daquela maravilhosa mulher de cabelos longos e deixou o bilhete no travesseiro ao lado.

Aproximou-se do rosto dela uma última vez, decorando cada detalhe do mesmo.Exalou o perfume de jasmin com sofreguidão, tendo absoluta certeza de que jamais se esqueceria. Levou consigo as roupas, as chaves do carro e as lembranças daquela que foi a noite mais espetacular de toda sua vida.

Doía-lhe fundo na alma deixar aquele prédio, aquele apartamento, aquele quarto... mas mais que tudo doía-lhe deixar aquela mulher, estivesse onde estivesse, se fosse ela ao seu lado, estava feliz...Aquela mulher que não era sua nem de ninguém , mas que tinha a todos na palma das mãos...

Mesmo honrado por tê-la beijado; mesmo extasiado, por poder tomá-la; mesmo enojado consigo, por ter sido usado; sabia que jamais a esqueceria, muito menos odiá-la ia. Saia que sonharia com ela...

Depois de entrar no carro, em frente à edificação, passou a mão pela face, como se estivesse... desapontado... é, não tinha melhor palavra... estava desapontado consigo mesmo pela falta de coragem em permanecer ao lado dela...

Ligou o carro, dando mais uma olhada ao apartamento dela, e partiu. Foi andando sem sequer olhar para trás. Logo tinha que estar no serviço. Sorriu ao lembrar o por que de estar atrasado, ao mesmo tempo em que uma gota salgada escorreu pela face clara, morrendo na boca bem-feita...