Escolhas
Dean observou o anjo de longe.
O moreno estava com uma calça jeans rasgada e uma camisa branca, os pés descalços deixavam o anjo com um ar desleixado, mas Dean não se importava, o achava bonito de todas as formas.
Viu ele sentar com as pernas encolhidas no sofá preto, as mãos brancas buscaram o controle e logo o som da televisão encheu o cômodo. Castiel mantinha a face serena, prestando atenção em tudo que aquele homem vestido de abelha falava.
Sorriu baixinho pensando que seria maluquice imaginar aquilo alguns anos atrás, quando conheceu o anjo.
Tão sério e rabugento que era, riu alto com esse pensamento e chamou a atenção do outro.
_Oh, Dean. – e sorriu pequeninamente. – Por que não se senta aqui comigo? – perguntou e o caçador não pode recusar.
Sentou ao lado do anjo e sorriu, vendo o modo infantil como ele mantinha os olhos arregalados em máxima concentração na tela.
_Ele vai ser picado. – comentou baixinho. – Ele não deveria mexer com as abelhas, elas não gostam.
_Bem, ele tem uma roupa especial, Cas, – retrucou. – e também, tem bastante pessoas ali com ele, alguém com certeza vai saber o que fazer se ele for picado.
_É, tem razão Dean. – disse o anjo, olhando de relance para ele e então voltando para a TV.
Dean não tinha notado a mão de Castiel segurando a sua, percebeu apenas quando os dedos magros e brancos começaram a desenhar círculos imaginários na palma de sua mão, causando uma sensação gostosa.
Era fascinante ver o anjo assim, tão humano.
_Cas... – chamou, olhando em seu rosto.
_O que foi Dean? – e sorriu para o caçador.
_Você não sente falta de... – e as palavras morreram, tinha medo de machucá-lo tocando naquele assunto.
_De ser anjo, Dean? – terminou a perguntou vendo o loiro apenas concordar. – Não, se eu continuasse ia ter que ir para o céu, não poderia mais ver você e o Sam, isso seria muito pior.
_Foi por isso que escolheu a Terra? Pra ficar perto da gente?
Castiel sorriu, Dean era tão ingênuo para algumas coisas.
_Eu escolhi a Terra para ficar perto de você Dean. – e sorriu, completando baixinho enquanto apertava de leve a mão do caçador. – Só de você.
