Sobre Conversas com o Cupido
Dean não gostou nem um pouco de ter conhecido aquele gordinho pelado que tinha flechas, tinha deixado isso bem claro e depois de finalmente conseguirem se livrar da Fome, suspirou aliviado.
Estava sozinho no quarto mexendo na mochila quando aquele projeto de anjo encorpado apareceu na sua frente.
_Ah, Dean. – e se achegou mais perto passando a mão rechonchuda em seu rosto.
_O que você quer aqui? – perguntou, incomodado pelo modo como o cupido alisava seu rosto.
_Eu só queria me desculpar por ter falado aquilo dos seus pais, ele não se odiavam tanto assim, quero dizer... Não muito, sabe... – e se enrolou mais nas palavras fazendo o loiro girar os olhos.
_Minha vida inteira eu pensei que eles tinham se amado desde o primeiro momento e então descubro que um anjo qualquer foi lá e espetou o traseiro deles com uma varinha mágica.
_Nós não usamos varinhas, Dean. – retrucou, franzindo o cenho. – Mas, se te deixa mais feliz, quero dizer que você e o meu irmão não se apaixonaram por causa de um de nós.
_O que?! – e engasgou.
_Calma! – e bateu de leve nas costas do caçador. – Só estou dizendo que não tivemos nada a ver com o fato de um estar caindo de amores pelo outro, mesmo que eu ache estranho vocês não falarem sobre isso porque o amor é tudo de bom, eu amo o amor e todo mundo devia ama-lo também porque ele é incrível... Transforma tudo, mas é claro que você já sabe disso.
_Do que você tá falando, anjinho estranho? – disse depois de finalmente poder encontrar as palavras para fazê-lo parar.
_Bobinho, de você e do Cas, é lógico.
_Quer dizer que nós... – e enrubesceu.
_Ah, tudo bem, não fica com vergonha não, meu irmão é mesmo adorável e bem... Ele te salvou e te ouve e faz tudo por você... E bem, você também o corresponde, mesmo que de uma maneira mais... Moderada.
_Olha... Isso... Isso... – e se calou, devia mesmo discutir com um cupido?
_Tá tudo bem, vocês ainda não conversaram sobre isso, eu entendo. Só senti necessidade de esclarecer que entre vocês o amor simplesmente aconteceu, sem a ajuda de qualquer flecha, isso é muito raro, e eu só vi acontecer uma vez, foi o amor mais lindo que presenciei.
_É sé-rio?
_É, é o mais humano. – disse e então olhou para cima. – Eu tenho que ir, mais algum casal precisa se apaixonar. – e sumiu.
Demorou alguns minutos para Dean finalmente voltar ao que estava fazendo.
_Que horas nós vamos sair? – a voz de Sam chegou aos seus ouvidos no mesmo instante em que o moreno entrou no cômodo.
_Daqui a pouco. – respondeu simplesmente.
_Sam, você acha que talvez, sei lá, Deus, queira que a gente fique com alguém em especifico?
Sammuel levantou uma das sobrancelhas e encarou o irmão.
_Eu não sei Dean, você ficou sabendo de alguma coisa?
_Não, não. – disse, e sorriu minimamente. – Só perguntei por perguntar. – e deu de ombros.
_Bem, na hora em que encontramos o cupido achei esquisito ele não flechar você e o Cas. – disse rindo.
Dean não retrucou apenas disse baixinho:
_Não precisamos de flecha, tem alguma outra coisa que me prende a ele. – e sorriu.
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