Finalmente (?).

Será que estava ficando louca? Como havia deixado isso acontecer? Um dia estava tudo bem com eles, e agora não sabia pra onde ir...

Gina com certeza não estava em um dos seus melhores dias. Estava tão mal, que se encontrasse o diário de Ridlle, iria falar com ele, mesmo que ele pudesse usá-la novamente (o que seria meio impossível, já que não havia mais a cobra).

"Calma", dizia para se mesma, "Vai dar tudo certo, eu só necessito de um tempo para pensar nas coisas... Cadê as minhas amigas quando eu as necessito? Sempre somem". E com isso, se pos rapidamente de pé e saiu do quarto.

Como era de se esperar, os grifinorinos estavam todos amontoados ao lado da lareira para se esquentar, já que estavam em pleno dezembro. Ela somente passou reto da muvuca e do barulho e saiu para os corredores do castelo.

Quando chegou ao sétimo andar, somente desejou que tivesse uns livros e um lugar calmo onde pudesse desabafar tudo que desejava...

Abrindo a porta, encontrou um espelho e toneladas de livros, que não havia na biblioteca, e uma cama e uma poltrona em frente à lareira. Sentou-se na poltrona e aproveitou para se aconchegar e se aquecer. Ao se aconchegar, pensou em todas as pessoas na sala comunal, todos amontoadas e riu-se. Fechou os olhos e sentiu um conforto enorme, finalmente as coisas pareciam estar se encaixando, quando ouviu um estrondo na porta e se levantou com o susto.

O barulho ficava mais alto a cada segundo que permanecia estática olhando para a porta, logo ela se abriu e entrou um menino alto e moreno. Quando voltou a si, viu que ele estava a alguns passos dela assustado. Então de repente, sem planejar nada, ela desabou no chão e começou a chorar loucamente. O menino ficou mais assustado ainda, mas apesar de ser quem era, não sabia se a ignorava, ou sai correndo dali e deixar a "louca" sozinha. Mas algo mais forte do que ele, como se houvesse um fantasma o empurrando, ele se abaixou e a abraçou.

Assim que ele a abraçou ela o afastou e saiu correndo para os jardins, deixando ele sozinho no chão sem saber o que fazer. Como se algo tivesse tomado o seu corpo ele a seguiu.

Encontrou a embaixo de uma arvore, deixando as lágrimas rolarem e sentido o chão de gelo sendo perfurado pelas lágrimas.

Ele se sentou ao seu lado. "O que aconteceu?".

"Aconteceu, que eu não consigo mais...". disse chorosa e soluçando ao mesmo tempo.

"Não consegue mais o que?". Disse chegando mais perto para escutar sua voz.

"Aconteceu que eu não posso mais ficar assim, sabe? Claro que não...". E riu de sua própria piada e entre um soluço e outro continuou falando. "Eu não consigo mais ficar com ele, ele ta me deixando louca. Sabe quando o mundo esta desmoronando e parece que você é a última a perceber? Eu não agüento mais ele saindo o tempo todo e, além disso, as minhas amigas pararam de falar comigo de uma hora pra outra e ficam com aquele joguinho do tipo 'você sabe muito bom o que você fez.', pó, eu não sou vidente. O que eu mais queria era ter um namorado e amigas, mas é impossível". Desabafando tudo o que havia guardado para ela por mais de um mês, e não ligava se ele era um estranho, ou se era um amigo de infância, queria é alguém que se importava, e ele estava lá, na hora certa e no lugar perfeito.

"Desculpa, mas eu ainda não sei seu nome".Disse já muito mais calma.

"Zambini Blas. Você deve ser a Ginevra Weasley. Acertei?".

"Acertou".Rindo, se perguntou se era certo conversar com ele, porque apesar de tudo, ele era um sonserino.

Mas quem se importava àquela hora? Estava tão divertido conversar com ele. Finalmente alguém pra conversar e que queria realmente conversar – pensou. Ele não perguntou mais nada sobre o que ela havia dito, e ela ficou mais aliviada assim. Ao invés, começaram a conversar sobre coisas banais, e fazendo a rir muito.

Quando viram, o toque de recolher já havia soado, então entraram e cada um foi para o seu lado. Ao chegar à sala comunal, percebeu-se mais cansada do que o normal, e já que não haveria ninguém com quem conversar lá, ela subiu direto para o seu quarto.

Despiu-se e colocou o pijama, fechou a cortina e se deitou. Finalmente um dia que havia se sentindo leve e feliz. Logo adormeceu com um sorriso no rosto.

O que ela não sabia era que havia uma trama contra ela, 2 pessoas estavam neste exato momento juntas conversando sobre ela.