TÍTULO: Fight Fire with Fire

AUTOR: Deany RS

BETA: Sou integrante do MSB (Movimento dos Sem-Beta)

FANDOM: Supernatural

CASAL: Dean e Sam

CLASSIFICAÇÃO: M

GÊNERO: Wincest / AU / Romance / Drama

DIREITOS AUTORAIS: Infelizmente Supernatural, Jensen ou Jared, Dean e Sam, não me pertencem. Na verdade eu só quero o Jensen, os demais podem seguir suas vidas.

Eu, viciada que sou em SPN, gosto de me apropriar temporariamente e criar algumas historinhas para me divertir e, quem sabe, divertir mais alguém...

RESUMO: Esta fic é uma brincadeira com o que poderia ter acontecido se o Yellow Eyed Demon não tivesse amaldiçoado a família Winchester: Sam poderia ser advogado, Dean poderia ser bombeiro e eu poria fogo na minha casa para ser resgatada por esse loiro! Minha primeira Wincest/AU, talvez com cenas lemon (não decidi ainda). E por ser a primeira wincest, preciso da ajuda dos leitores com sugestões e críticas, certo? Portanto, muitos reviews!

Essa ideia me persegue há cinco anos. De fazer com que o Dean pudesse realizar o sonho que confessou no episódio Devil's trap, último da primeira temporada de Supernatural. Para quem não lembra, tem uma cena em que Sam aciona o alarme de incêndio do prédio em que papai John está preso para que pudesse resgatá-lo com a ajuda do irmão. Disfarçados de bombeiros eles entram facilmente. No caminho, Dean confessa:

- Eu sempre quis ser bombeiro quando crescesse.

Aqui vou realizar este sonho do bonitão. Só que de uma maneira mais apimentada, em homenagem a uma pessoa que começou como minha leitora e está se tornando uma amiga especial: Ivys J2. Atendendo aos seus pedidos, querida "prima", que gosta tanto de wincest... espero que goste! Escrevo de coração. Beijos!

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CAPÍTULO UM

Dean sempre quis ser bombeiro, desde criança. Queria poder ajudar as pessoas, fazer diferença na vida delas, ter importância no mundo de alguém. Assim que completou os estudos regulares o primogênito da família Winchester inscreveu-se na academia que o formaria bombeiro dois anos e meio depois. Seu pai, John, estava feliz por ver que o jovem havia realizado seu sonho. E ao mesmo tempo frustrado por saber que nenhum de seus filhos iria seguir seus passos e ser mecânico para que ele tivesse a quem ensinar o que sabia, já que o caçula, Samuel, estava na faculdade de Direito de Stanford, na Califórnia.

Sam pretendia ser advogado criminalista. Como o mais velho, queria ajudar as pessoas e fazer justiça. John sentia um certo receio de que, assim que começasse a atuar, o rapaz tivesse uma grande decepção, já que justiça é algo que nem sempre está ao alcance das mãos, por mais que se batalhe por ela. Mesmo assim, apoiava seus garotos e os incentivava a buscar seus sonhos, pois o que importava é que ambos fossem felizes. E honestos.

Dean havia herdado da mãe não apenas o loiro dos cabelos e o verde dos olhos. Ele era caridoso e determinado como Mary, amava o que fazia. Gostava da ação, da emoção, da adrenalina que corria por seu corpo cada vez que o alarme disparava no quartel, durante o percurso até a ocorrência, no combate ao fogo e resgate das vítimas. Nos seus cinco anos de carreira Dean resgatou pessoas em situações das quais seus colegas, inclusive seu superior, haviam desistido e o mandado recuar. Com isso acabou recebendo diversas homenagens de ONGs, familiares e até mesmo da Prefeitura. Sentia-se feliz, pois sabia que o salvamento não dependia apenas do seu esforço, embora desse o melhor de si; o sucesso de cada trabalho dependia também das circunstâncias do caso.

No entanto ninguém sabia que, no fundo, sua felicidade não era completa. Dean era jovem, saudável, bem-sucedido, bonito; atraía todas as mulheres da cidade, ia para a cama com aquela que escolhesse; mas muitas vezes, sentia-se sozinho. Embora não confessasse a ninguém, queria um relacionamento fixo, alguém para amar e em troca, amado ser, mas o amor não chegava. Ele não encontrava em nenhuma das mulheres com quem se relacionava alguém em quem valesse à pena investir. E isso o entristecia.

Nesses momentos de solidão a primeira pessoa que surgia em sua mente era seu irmão. Sam, seu sorriso espontâneo, sua risada gostosa, suas covinhas, seu olhar de cachorrinho largado, seu cabelo desgrenhado. O coração de Dean se enchia de alegria ao lembrar-se do caçula e transbordava quando o rapaz passava o final de semana na casa dos pais. O que significava encontro da família e aconchego. E, claro, estar próximo do irmão que amava mais do que tudo.

~~~D&S~~~

Sam entrou em férias na faculdade e resolveu passar as doze semanas na casa dos pais, em Lawrence. Dean ficou entusiasmado, não via o irmão há pelo menos quatro meses e estava com saudades. Às vezes ele mesmo achava estranho sentir tanta falta do moreno, mas pensava, "é meu irmão, não há nada de errado em amá-lo".

O loiro estava de folga no dia em que Sam chegou, o que permitiu que ele fosse esperar o caçula na casa dos pais.

- Hei, cara, quanto tempo! – cumprimentou, dando um abraço apertado no mais alto, embora mais novo, dos irmãos.

- Oi, Dean. Como vão as coisas? Salvando muitos gatinhos de árvores? – respondeu Sam, entre risos.

- Eu não escolho a vida a ser salva! Salvo todas! E você? Já sabe como processar maridos infiéis?

- Rá-rá! Eu, maninho, diferente de você, vou escolher! Só vou pegar casos grandes, processar indústrias farmacêuticas que matam bebês com seus remédios cancerígenos!

Ambos caíram na risada e passaram o resto da tarde jogando conversa fora e bebendo cerveja na varanda da linda casa branca de dois andares localizada em um bairro sossegado de Lawrence, o legítimo sonho americano, inclusive com cercas brancas. Só faltava mesmo o cachorro para completar o quadro.

Quando escureceu cada irmão foi até seu quarto – mantido com carinho pela mãe -, se preparar para o jantar. Dean sentia-se orgulhoso. O irmão estava feliz, mais confiante, até mais bonito naquelas roupas que o mais velho achava de "mauricinho". Mas em Sam eram diferentes. Talvez porque ele conhecia o que havia por trás da fachada de bom moço comportado e profissional: um cara alegre, extrovertido e confiável. Dean não se deu conta de que estava sorrindo sozinho quando saiu do quarto.

- O que foi, filho? – perguntou John. Em resposta ele recebeu um olhar interrogativo.

- Por que, pai?

- Você está sorrindo à toa... Me conte, está apaixonado? Finalmente encontrou uma moça para formar uma família e encher sua mãe de netos?

- Não, pai – respondeu Dean, revirando os olhos. – Só estou feliz por Sammy. Ele merece ser feliz, sabe?

- Sei, Dean, você também merece. Agora vamos descer e jantar antes que sua mãe fique aflita.

Durante o jantar Sam tomou a palavra.

- Bem, eu quero aproveitar que estamos todos aqui para contar uma novidade.

- Quê? Vai finalmente assumir que é gay, Sammy?

- Dean! – repreendeu Mary, sem sucesso, pois tinha um sorriso nos lábios.

- Que posso fazer, mãe? Ele leva jeito, ainda mais assim, todo arrumadinho...

Dean não chegou a completar a frase. Levou um chute por baixo da mesa e começou a rir.

- É sério, Dean – resmungou Sam.

- Tá bom, tá bom – rendeu-se Dean, com as mãos para o alto, sob os olhares divertidos de seus pais.

- O que há, filho? Que novidade é essa afinal? – perguntou Mary.

- Bem – começou Sam, levemente corado. – É que eu tive a maior nota no trabalho de conclusão do semestre e, como prêmio, vou passar os três meses de férias fazendo um estágio em promotoria pública.

- Ah, filho! Que coisa boa! Fico tão orgulhosa de você! – comemorou Mary, com lágrimas nos olhos.

- Eu também, Sam – acrescentou Dean. John, com um sorriso aberto, apenas levantou-se, deu a volta na mesa e abraçou com força o caçula que havia se levantado para ir ao encontro do pai.

- E tem mais... – continuou Sam, ligeiramente encabulado. – Eu pude escolher a comarca, isto é, pude escolher a cidade. E resolvi unir o útil ao agradável, escolhi Lawrence... Assim vou poder ficar perto de vocês e já ir conhecendo o ambiente onde vou trabalhar depois de formado.

- Mas, filho, achei que você fosse tentar a vida em uma cidade grande – surpreendeu-se John.

- É, mas, eu tenho percebido que pequenas cidades precisam ainda mais de promotores competentes, pois é nelas que ocorrem os grandes erros, as grandes injustiças...

A família Winchester comemorou durante o restante do jantar. Os filhos estariam sempre juntos dos pais e trabalhariam em prol da sua comunidade. John, particularmente, era o mais orgulhoso. E Dean, bem lá no fundo, o mais feliz, embora não admitisse.

Sam estava feliz com a oportunidade de realizar o estágio na Promotoria de Lawrence. Iria poder colocar em prática o que vinha aprendendo na faculdade e incrementar o currículo. Ele sempre foi o intelectual da dupla de irmãos; esforçado e estudioso, dedicava horas à leitura e aperfeiçoamento, diferente de Dean que sempre foi mais prático, de ação. Por tudo isso, na manhã daquela segunda-feira, Sam foi um dos primeiros a chegar ao Fórum.

Na hora do almoço encontrou o irmão em uma lanchonete próxima ao quartel onde Dean trabalhava.

- Hei – disse Dean, aos risos – você fica bem de pinguim, Sam. Mas eu achei que o estágio fosse como assistente de promotoria, não de garçom!

- Dean, sempre tão engraçado!

- Então, Sam, como está sendo o seu primeiro dia?

- Assustador. Eu não sei se vou conseguir, Dean.

O jeito desanimado de Sam pegou Dean de surpresa. Ele sempre fora determinado, esforçado, inteligente. Mas o mais velho lembrou-se dos seus primeiros dias de treinamento, depois de seus primeiros dias como bombeiro formado e de todo o nervosismo que a inexperiência normalmente traz.

- Sam, eu sei o que você está passando e, posso garantir, é normal.

- Como pode saber, Dean?

- Porque eu também já fui novato, Sammy. Todo mundo fica nervoso nos primeiros dias, independente da profissão, porque não sabe o que fazer e mesmo aquele pouco que sabe parece incerto. A gente quer impressionar, fazer tudo direitinho e por estar nervoso começa a deixar tudo cair, faz um monte de merda. Acha que todo mundo está olhando, avaliando, rindo da cara...

- Dean, você não está ajudando...

- O que eu quero dizer, Sammy, é que tudo isso não passa de impressão sua. Todo mundo começou um dia, todo o mundo sabe que se fica nervoso. E, principalmente, que se está ali para aprender. Ninguém vai exigir de você um conhecimento que você não tem. Então, relaxa e aproveite o aprendizado, pois como diz o ditado, ninguém nasce sabendo.

Sam olhava incrédulo para o irmão mais velho, sempre piadista, brincalhão, que não levava nada a sério. Dean estava ali, dando conselhos para deixá-lo mais tranquilo! Não era o irmão Dean, era o bombeiro Dean. O moreno sabia que no trabalho o loiro se transformava, mas nunca tinha visto isso pessoalmente.

- Que foi, Sam? Não acredita que palavras tão maduras tenham saído da boca de seu irmão mais velho irresponsável e baderneiro? - perguntou Dean, sorrindo.

- Não é isso, Dean. Quer dizer, eu sempre soube que você tem um lado maduro, adulto, só não tinha visto ainda.

- Pois aproveite bem. Não vai ter essa chance tão cedo – provocou o mais velho, entre risos.

Ao ver o caçula rir também, Dean sentiu-se aquecido por dentro, com uma sensação de dever cumprido. Sam era seu irmão, ele o amava e faria tudo o que estivesse ao seu alcance para mantê-lo feliz e a salvo. Esta tarefa havia sido fácil. Mas o que Dean não sabia é que nem sempre a vida seria simples assim.

Notas finais:

That's all, folks! For now. Ainda não teve nenhuma ação, mas é que resolvi começar de leve esta fic, diferente de Picking Up que foi puro drama. Se bem que, na capa, dá para se ter uma ideia do que vem por aí, considerem como um spoiler amigo.

Aguardo reviews com sugestões, críticas e, se eu merecer, algum elogio também. Faz bem pra pele... ;)