Autora: Gabriela Dias

Disclaimer: Bella e Edward não me pertence. Apenas peguei os personagens e criei uma nova história :)

Em breve terá uma capa fic. Postarei o link no meu perfil.

Com vocês, o prólogo.


Prólogo.

Eu sempre pensei que certas coisas que lemos em livros ou vemos em filmes, permanecem ali. Nunca consegui imaginar como certas coisas podem virar realidade. Como estupro. Eu tinha apenas 10 anos quando meu tio tentou abusar de mim. Me perdi nas memórias daquele terrível dia.

~Flashback~

- Bella, vou no supermercado fazer umas compras. Você quer ir comigo, ou ficar aqui na casa do seu tio brincando?

- Eu fico aqui. Eu gosto de ficar com o tio. – eu disse olhando para o meu tio e sorrindo.

- Não vai incomodar, Harry?

- Você sabe que não. Ela nunca incomoda – meu tio disse bagunçando meu cabelo e sorrindo.

- Ok. Então daqui a pouco passo aqui para te pegar. – ela me deu um beijo na testa, entrou no carro em foi embora.

- Tio, eu posso brincar com o seu wii?

- Claro, vamos lá para dentro.

Nós entramos na grande e bastante equipada casa dele, e fomos direto para a sala dele. Eu liguei o wii, e coloquei o jogo do Mario Kart, que eu sabia que ambos gostávamos.

Nós jogamos e fizemos piadas durante 30 minutos. Tinha acabado mais uma partida, e eu deitei no sofá.

- Você é bem bonitinha. – ele disse passando a mão pela minha barriga por cima da blusa.

- Tio, o que você está fazendo? – eu disse assustada e começando a suar frio.

- Xiu, relaxa. – ele disse com uma voz calma.

Ele colocou a mão por debaixo da minha blusa, e ficou acariciando minha barriga. Ele deitou em cima de mim, com sua mão ainda em contato com meu corpo.

- Você é mesmo uma puta. Estou fazendo isso e você não está reagindo contra. Não que eu me oponha contra isso, claro. – ele disse dando um sorriso.

Eu engoli em seco. O que ele pensa que está fazendo?

Ele continuou passando a mão pela minha barriga, e depois foi subindo. As mãos deles passaram pelo meu peito, e o apertaram. Eu não aguentei mais, e dei um chute na parte intima dele.

Ele levantou, começou a pular tentando aliviar a dor e xingando.

- Você vai pagar por isso, sua puta. – ele disse vindo correndo para mim, e eu sai correndo.

Por que a casa tinha que ser tão grande? Por causa disso agora estou muito longe da porta da rua. Eu continuei correndo, e tropecei em um sapato que estava no meio do caminho.

- Você vai ver o que acontece quando as pessoas não fazem o que eu quero – ele disse me puxando pelo cabelo, me levantando e cuspindo na minha cara.

Ele me levou a força para o sofá, e não consegui me desvencilhar dele.

Quando estava quase chegando no sofá, no auge do meu desespero, consegui pegar um vaso de flores vazio, e joguei na cabeça dele. Ele caiu no chão, e me olhou, com os olhos cheio de fúria.

Antes que ele pudesse se levantar eu chutei muito rápido a cara dele dobrando seu pescoço, dei um chute em sua virilha e sai correndo. Graças ao fato de meu pai ser policial, sei muito bem como me defender.

Consegui sair da casa dele. Andei em direção a praia, que ficava perto da casa dele. Fiquei andando durante uns 10 minutos, pensando no que tinha acabado de acontecer. Lembrei que tinha dinheiro no bolso, e como minha casa não ficava perto de onde eu estava, peguei um taxi e fui para casa.

~Fim do flashback.~

Essa foi a primeira vez que ele tentou. Tentava não ficar mais sozinha com ele depois disso, mas tinha vezes que não tinha jeito. E em todas as vezes ele tentava algo comigo. Minha mãe sempre achava estranho eu evitar ficar com sozinha com o meu tio, que por um acaso é irmão dela, mas eu sempre conseguia dar uma desculpa ou desviar o assunto.

Depois do primeiro dia que meu tio tentou abusar de mim, só aconteceu desgraça. Três anos depois disso meus pais se separaram. Não era grande surpresa, já que meu pai sempre bebia, minha mãe já não aguentava mais isso e eles só brigavam. Eu e meu pai éramos muito ligados, e ele se afastou de mim depois da separação. Isso me magoou muito. Durante o ano seguinte que eles se separaram, nós ainda tivemos bastante contato. Mas nos próximos anos ele simplesmente não falou mais comigo. Ele não estava afim de falar comigo. Parou de retornar minhas ligações, então depois de tanto insistir, eu desisti de tentar manter contato.

Minha mãe, Renée, se casou de novo, com Phill. Ele é realmente um cara legal, e é muito simpático comigo. Ele é como um pai pra mim.

Esses fatos tornaram o que eu sou hoje, aos 17 anos. Acabei criando uma rocha invisível para me proteger. Estou cansada de sofrer. É punhalada atrás de punhalada. Eu simplesmente.. não ligo para mais nada. É muito mais simples. Você sofre muito menos. O amor? Isso não existe. É apenas o contato físico. São pessoas usando as outras. Meu tio me fez acreditar nisso.


Bom, essa história já estava na minha cabeça a um tempo.. foi um alivio passar ela pro 'papel'. Espero que gostem e, por favor, quem ler deixe review!