Bom, essa é minha primeira fic. Espero que gostem!

Ela foi baseada num filme que eu AMO, que é O Som do Coração, mas tem uns traços de twilight como vcs vão perceber.

Autora - Bruna Matheus

Shipper: Edward/Bella, e outros personagens da saga

Gênero: romance, universo alternativo, um pouco de drama e Lemon

Censura: NC-17/M

Sinopse: Bella acha que sua vida esta perdida quando se muda para a pequena cidade de Forks, mas o que ela não sabe é que sua vida ganharia outro sentido. Após o High School, vai estudar música na Juilliard - que é sua grande paixão, mas é lá que acontece o reencontro e sua vida ganha sentido

Sacrificios:

Hoje dia 20 de março de 2006, Isabella Marie Swan estava, literalmente, indo pra forca. Sei que parece meio dramático, mas é assim que eu encarei esse dia pacato do mês de Março que pareceu ser o mais longo da minha vida.

Meus pais – Charlie Swan e Renne Stevens - são separados desde que me entendo por gente. Eles se conheceram no High School de Forks, logo casaram, logo "engravidaram" e logo se separaram. Enfim, por conta disso não tenho uma boa visão sobre o amor e casamento, urgh...só de falar me arrepia. Minha mãe sempre me diz que mulher inteligente só casa depois de formada na faculdade, só tem filhos depois de zilhões de ano de casamento, só casa depois dos 30 e blá, blá, blá. A referência que eu tenho de casamento me faz pensar que eu nuca viverei essa experiência.

Há muito tempo vinha reparando que Renee estava triste, pois seu marido – minha mãe casou recentemente – Phil viajava bastante e por minha causa minha mãe não podia viajar com ele. Sentindo-me um peso, resolvi ir morar com Charlie, até Phil viajar pra Califórnia e tentar emprego em algum time como técnico, já que ele era ex-jogador de base, mas parou de jogar devido a uma contusão grave nas ligações do joelho esquerdo, desde esse dia nunca mais pode jogar e como baseball é sua vida, resolveu usar sua "fama" como jogador pra tentar um emprego de técnico, e um time da 2ª divisão da Califórnia o chamou pra alguns testes.

Depois de muitas – quando digo muitas, são muitas mesmo – conversas, discussões, choros e lamentações de Renne, ela concordou comigo que eu ficasse na casa de Charlie.

Iria me mudar pra cidade de Forks, no Estado de Washinton – a cidade mais chuvosa do país – onde meu pai, Charlie, morava e era o Chefe da polícia local. Ótimo, já não bastasse chamar atenção por entrar numa escola com 100 alunos, ia ser conhecida também como a filha do Chefe Swan. Pensando nisso já tinha até minhas economias pra comprar um carro – com ajuda de Phil e Renee é claro. Era só o q me faltava ir pra escola num carro de polícia.

Acordei às 6 da manhã e não consegui mais dormir. Rolei de um lado pro outro na cama tentando não pensar em nada, minha cabeça estava a mil. Estavamos no meio do semestre do último ano e eu ia ter q entrar em uma escola nova, ou seja, ser "a atenção" – considerando que Forks tem 3.000 habitantes - isso era o que mais me perturbava com minha ida pra Forks. A distância da minha mãe eu sabia que seria suprida com conversas via telefone, internet ou visitas esporádicas. Outra coisa me incomodava, Forks era a cidade mais chuvosa do nosso país e eu DETESTAVA chuva, neve e tudo que é molhado e vem do céu. Estava acostumada com o sol de Phoenix, com regatas, shorts, saias e sandálias, esse era basicamente todo meu guarda-roupa na casa da minha mãe. Por isso, minha mala de mudança pra casa do Charlie se resumiria a uma bagagem de mão, minha bolsa e minha mochila da escola com coisas pessoais.

Resolvi parar de pensar e me arrastar da cama, a casa estava silenciosa, o que significava – provavelmente – que minha mãe e Phil ainda estavam dormindo. Levantei, peguei uma muda básica de roupa – calça jeans, lingerie e uma regata cinza – e resolvi tomar um banho demorado pra afastar meus pensamentos. Escovei meus dentes e meus cabelos ainda úmidos e me olhei no espelho. Não estava com a melhor cara do mundo, mas era um esforço único que eu tentava fazer pra não deixar transparecer a minha mãe o sacrifício que eu estava fazendo.

Resolvi descer e encontrei Renne na cozinha preparando o café da manhã.

- Bom Dia mãe – Falei dando um beijo em sua bochecha.

- Bom Dia Querida – Minha mãe falou retribuindo o beijo.

Ajudei Renne a preparar o café em silêncio. Fizemos panquecas, suco de laranja e os Wafles que Phil adorava. Estava nervosa, ansiosa e não queria falar, pois sabia que minha mãe perceberia meus sentimentos apenas com algumas palavras. Renee era uma super mãe, me criou sozinha praticamente a minha vida toda, se sacrificou por mim, às vezes até me privando de sua presença materna, para ter que trabalhar fora. Nunca julguei Renne, pelo contrário sou eternamente grata a TUDO que fez por mim até hoje. Tantas privações, provações e agora eu estava retribuindo, deixando minha mãe – que é uma eterna criança – ser feliz com suas próprias pernas. Renne se intitulava "sensitiva" comigo, era incrível a nossa conexão, sempre sabíamos o que passava com a outra, bastavam olharem ou poucas palavras.

Minha mãe sempre esperou que eu não gostasse do meu pai, apesar deles se darem bem hoje em dia, quando se separaram foi meio turbulento, meu pai ficou anos sem me ver direito – aproximadamente 4 anos – e com isso minha mãe achava que eu tinha todos os motivos do mundo pra odiar Charlie, mas não era bem assim, eu amo meu pai e o que ele passou com minha mãe não influencia no meu relacionamento com ele e também não sou de guardar mágoas.

Minha mãe também costuma me dizer que pareço uma velha, que as vezes penso como uma e tenho q concordar que as vezes até eu acho que sou uma, até pelo fato de não gostar muito de sair de casa, mas sei que ela fala isso porque me acha "madura" pra minha idade, 18 anos.

Phil desceu após tomar banho e sentamos os três na pequena mesa de jantar de nossa casa. Foi quando o silêncio foi quebrado.

- Esta tudo pronto Bella? Não queremos que você perca seu vôo! – Phil me disse com cautela.

- Quase tudo Phil. Falta pegar algumas coisas de higiene pessoal – Menti. Não havia arrumado minha mala ainda, estava adiando o máximo possível, mas como eram poucas coisas em minutos arrumaria tudo.

O resto do Café da manhã ficamos em silêncio. Phil tinha um olhar preocupado pra minha mãe e ela o fitava com tristeza.

Foi quando Phil se levantou, dando uma desculpa qualquer – sabia que ele queria nos deixar a sós - que minha mãe resolveu falar.

- Querida, você sabe que não precisa fazer isso não sabe? – Ela falou chorosa.

- Mãe, por favor! Já conversamos isso um milhão de vezes! – expliquei

- Bella, só quero que você saiba que você não é um peso pra nós. Phil adora você e não sei se consigo ficar longe de você por muito tempo, nunca nos separamos. – Ela falou enquanto as lágrimas já caiam em seu rosto.

Eu não podia chorar na frente dela, tinha que mostrar que eu estava decidida, que era o melhor o que eu estava fazendo.

- Dona Renne – Ela odiava ser chamada assim, ela deu um risinho – Já conversamos sobre isso mãe! Vou pra Forks, se eu não gostar ou não me adaptar eu volto, ok? – falei dando um sorriso que foi retribuído por ela.

- Ok! Mas promete que vamos nos falar todos os dias? E que qualquer coisa você volta pra casa? Quando comprarmos uma casa na Califórnia o seu quarto estará te esperando lá também!

- Ok Renne! Eu prometo! – Prometi a ela, segurando algumas lágrimas que teimavam em se acumular nos meus olhos.

Pra que ela não me visse chorar, me levantei e fui até a cozinha começando a lavar a pequena louça que deixamos lá. Renne também se levantou e me ajudou retirando a mesa e colocando mais louça na pia.

Quando acabamos de limpar a cozinha, olhei para o relógio, já marcava 9 e meia da manhã, meu vôo era as 3 da tarde, considerando que não tenho nada arrumado e tenho que chegar uma hora antes do vôo, sai da cozinha rumo ao meu quarto para me organizar, mas fui parada pela voz de Renne.

- Bella!? – Ela me chamou baixinho.

Virei-me lentamente! Não chora! Não chora – falava mentalmente.

- Sim? – respondi tentando conter minhas lágrimas.

- Só não esqueça que eu te amo filha! – Me disse fungando.

Aproximei-me dela e a abracei com toda força que encontrei no meu corpo naquele momento.

- Mãe...eu nunca vou me esquecer disso, nunca! – falei me soltando do abraço e beijando sua bochecha. – Ah! Eu também te amo, viu! – sai da cozinha tentando me conter.

Quando cheguei ao meu quarto, fechei a porta e encostei-me a ela. Então toda a emoção que eu estava segurando durante o café veio à tona. Escorreguei me sentando no chão e levando as mãos no rosto. As lágrimas desciam do meu rosto junto com soluços incontroláveis.

Como eu iria me separar da minha mãe? Minha amiga? Estava me sentindo como se fosse deixar metade de mim no Estado do Arizona. Amo minha mãe incondicionalmente, mas estava na hora dela ter a vida dela, de ser feliz. Sei que longe de mim ela não seria completamente feliz – nem eu – mas tínhamos que tentar se não desse certo estaríamos juntas mais uma vez. Tudo daria certo. Certo? Eu tinha que acreditar nisso!

Foi esse pensamento que me acalmou, aos poucos as lágrimas secaram. Fui ao banheiro lavei meu rosto e peguei minhas coisas que estavam lá. Minha escova de dente, meu sabonete líquido, shampoo e condicionador – todos de morango, meus preferidos, meus cremes e hidratantes – que eu raramente usava, secador de cabelo e mais algumas outras coisas que estavam no banheiro. Coloquei em cima da cama e fui ao armário pegar minha mala. Peguei todas as roupas mais quentes e pesadas de frio e também coloquei em cima da cama. Algumas regatas, lingeries, meias e minha coleção de tênis. Eu faço mala assim, coloco tudo em cima da cama, confiro e depois guardo na mala, só assim tenho certeza que não esqueço nada e por incrível que pareça – meu nome é Bella Swan, ok! – sempre esqueço alguma coisa ou algo da errado. A lei de Murphy não coopera muito comigo, definitivamente Murphy me odeia.

Quando estava acabando de arrumar minha mala, olhei no relógio e já era meio dia. Coloquei minha mala e minha mochila no pé da cama e minha bolsa em cima da cama. Peguei a roupa que eu tinha separado pra ir com ela – calça jeans escura, tênis allstar preto e duas blusas de frio que levaria na bolsa, uma cinza mais fina e a outra era preta um pouco mais grossa, já que Charlie avisou que estava frio em Forks, mas pra sair do Arizona iria ficar com minha ribana vermelha. Foi quando ouvi batidas na porta.

- Querida, tudo pronto? – Renne me perguntou.

- Tudo mãe. Já vamos? – perguntei olhando a hora, quase uma da tarde.

- Sim, vamos comer alguma coisa no aeroporto mesmo. Vou chamar Phil pra pegar sua mala.

- Ok.

Virei-me pra dar uma última olhada em meu quarto. Pouca coisa havia mudado nele desde chegamos aqui. A cama de solteiro de madeira clara ainda era a mesma, as paredes pintadas num tom de amarelo bem suave, minhas cortinas de renda branca, com meus prendedores vermelhos. Minha estante, onde antes ficavam meus livros, e agora estava vazia. Senti uma dor no meu peito, dei um suspiro alto e sai fechando a porta atrás de mim.

Phil colocou as malas dentro do carro e em poucos minutos já estávamos no aeroporto Sky Harbor. Comemos em um restaurante de comida italiana, daqueles que você escolhe o que quer e eles fazem a massa na hora. Comi pouco, pois estava sem fome nenhuma. Renne achou ruim, mas também não me perturbou com isso.

Fui fazer o check-in no balcão da compania aérea, pegaria um vôo de Phoenix pra Seattle onde Charlie estaria me esperando e iríamos de carro até Forks – no carro de polícia é lógico.

Ficamos conversando o tempo inteiro enquanto aguardava a chamada do meu vôo. Renne estava triste, o que me deixava triste também.

Quando Renee resolveu quebrar o silêncio, meu vôo foi chamado. Ela e Phil me levaram até o portão de embarque e nos despedimos mais uma vez.

- Mãe, não chora! Vai ser melhor assim, você vai ver e qualquer coisa eu vou voltar lembra? – falei a fitando com um olhar que tentava passar tranqüilidade.

- Promete que volta filha? Que qualquer coisa você volta? Que vamos nos falar todos os dias? Que não vai esquecer que eu te amo? Que você vai se alimentar direitinho? – Perguntou tudo de uma vez só.

- Wow...devagar Dona Renne – Impliquei – Eu prometo mãe! – falei chorosa.

Olhei para o Phil e ele estava com os olhos marejados.

- Cuida bem dela, ok? – disse dando um abraço nele, nesse momento já estava chorando, não conseguia mais esconder a tristeza nos meus olhos.

- Pode deixar Bells. Se cuida e manda um abraço pro Charlie. – Falou me abraçando.

Dei mais um abraço em minha mãe e murmuramos juntas um "eu te amo" e fui andando em direção ao portão.

O vôo até Seattle foi tranqüilo. Não consegui cochilar, mas me distrai com meu Ipod – que por sinal não vivo sem, sou movida a música.

Quando desembarquei e sai pelo portão logo vi Charlie com seu inconfundível bigode preto e sua barba por fazer, o mesmo de sempre. Fui andando até ele e ele veio até mim, me ajudando com minha mala.

- Bem vinda Bells! – ele disse sorridente me esmagando num abraço.

- Obrigada Cha...err...pai! – retribui o abraço, mas fiquei sem graça por quase ter chamado ele de Charlie. Ele simplesmente odiava quando o chamava de Charlie.

A viagem pra Forks foi curta e silenciosa. Charlie é muito parecido comigo, não gosta muito de falar e expor seus sentimentos.

Quando chegamos a Forks reparei que aquela cidade havia parado no tempo, era como se eu tivesse 12 anos – quando estive ali pela última vez – indo passar o natal com Charlie. Nada mudou esse povo não evolui, tudo no mesmo lugar. É...ia ser difícil minha estadia em Forks!

Quando entramos na familiar rua sem saída que Charlie morava eu avistei a casa de Charlie, a mesma onde minha mãe morou – assim como a cidade, a casa continuava a mesma. Entrei no meu quarto e no mesmo momento minha mente foi tomada por lembranças. O meu quarto era o mesmo desde quando eu nasci e desde a última vez que estive aqui. As mesmas cotinas de renda branca, as paredes num tom de lilás bem suave, só saiu o berço e foi substituído por uma cama de madeira escura – um pouco maior que de solteiro.

Charlie colocou minha mala no quarto e perguntou se eu queria alguma coisa, meneei negativamente com a cabeça e em seguida ele saiu me deixando sozinha com meus pensamentos.

Resolvi arrumar minhas coisas no banheiro e algumas no guarda-roupa, coloquei meus livros na mesa do computador que havia ali no quarto e notei que em cima da mesa tinha um notebook, bom, pelo menos não ia ficar isolada do mundo. Coloquei meu celular pra carregar e desci, encontrando Charlie na sala vendo um jogo qualquer.

- Vou arrumar alguma coisa pra comer. Você quer? – perguntei e no mesmo momento ele se virou pra mim.

- Bells, você sabe que não precisa fazer isso. Podemos comer na rua. – me respondeu com cautela.

- Pai, eu gosto de cozinhar, só não fazia porque Renne não deixava. – me expliquei – Tem alguma coisa na dispensa?

- Não sei! Não costumo comer em casa. Como muito no restaurante da Sue no centro. – me falou ficando corado e abaixando a cabeça. Acho que perdi alguma coisa no seu comentário, será que meu pai estava com Sue? Sue era esposa de um dos melhores amigos do meu pai, que faleceu há alguns anos, a deixando sozinha com seus filhos – Seth e Leah.

- Vou dar uma olhada! – respondi me virando e indo em direção a cozinha.

Dei uma olhada na geladeira e não tinha quase nada lá. Havia leite, suco de laranja, cerveja é lógico, alguns embrulhos de papel pardo que cheirava a peixe, mel, leite, ovos e um pote de geléia. Na dispensa tinha tanto quanto a geladeira – ou seja – quase nada. Felizmente achei uma farinha e resolvi fazer umas panquecas.

Chamei Charlie pra comer e disse a ele que amanhã teríamos que ir a um mercado comprar algumas coisas, já que eu ia ficar ali iria fazer Charlie comer bem, antes que ele tivesse um enfarte antes dos 40 anos. Charlie se levantou e voltou pra sala, me levantei ajeitei a cozinha e ouvi batidas na porta. Charlie a abriu e o ouvi conversando com mais duas pessoas. Coloquei o pano de prato do suporte e segui pra sala, pra encontrar Charlie cumprimentando um homem e um garoto. O homem eu reconheci imediatamente como Billy Black – um amigo de Charlie de longa data – sua pele avermelhada, seus cabelos negros, lisos até a metade das costas e sua cadeira de rodas...não tinha como confundir Billy. O garoto eu imaginei que seria Jacob – filho do Billy – ele era lindo, sua pele tinha o mesmo tom avermelhado de seu pai, um marrom puxado para mogno, seus cabelos negros extremamente lisos estavam presos em um rabo de cavalo discreto e seus olhos negros brilhavam numa intensidade que chegou a me incomodar. Jacob e eu costumávamos brincar quando eu vinha passar as férias e as datas comemorativas com Charlie, mas ele havia mudado tanto, apesar de ter apenas 16 anos – Jake sempre foi 2 anos mais novo que eu.

- Bells, lembra do Billy e do Jacob? – Charlie perguntou me fitando.

- Claro, pai! – exclamei – Billy...Jacob! – cumprimentei os dois.

Charlie foi levando Billy para sala dizendo que eles iam assistir a uma partida dos Seattle Marines x Red Sox. Olhei para Jacob e segui em direção a cozinha, para guarda as cervejas e o peixe frito que Billy trouxe, alguns hábitos nunca mudam. Coloquei os peixes em um prato e peguei duas cervejas e levei até a sala.

O resto do tempo fiquei conversando com Jacob. Sua companhia era muito agradável, ele é o tipo de pessoa que quando esta do seu lado você não consegue ficar pra baixo, por isso sempre gostei dele – apesar de ter visto ele pela última vez há 6 anos. Ficamos lembrando das nossas "artes" de quando éramos crianças, ele me contou que tirou a carteira recentemente e que construiu um carro. Falou-me que também estudava na escola de Forks, mas estava um ano atrás de mim, o que era uma pena, pois seria ótimo se ele ficasse na mesma sala que eu.

- Bella, como você vai fazer pra ir pra escola? – me perguntou meio sem graça.

- Realmente não sei Jake. Estou pensando em comprar um carro, eu e minha mãe fizemos umas economias, só não quero ter q ir com Charlie. – falei dando um muxoxo.

- Bom...er...você pode ir comigo!

- Ah Jake, não precisa, você terá que desviar do caminho por minha causa. – lembrei a ele.

- Que isso Bells, amigos são pra essas coisas e não vou demorar nem 5 minutos vindo aqui te pegar. É melhor do que ir com Charlie! – me lembrou dando meio sorriso.

- Isso é verdade! – sorri – Não vai te atrapalhar? – perguntei.

- Claro que não! Vamos eu você, Seth e Leah. Eles também estudando em Forks. Te pego as sete? – Foi uma pergunta meio exclamação.

- Tá bom...as sete! – respondi animada.

Ouvi Billy chamar Jacob dizendo que estavam de saída. Nos despedimos e confirmamos minha carona amanhã as sete. Despedi-me de Billy e avisei Charlie que iria subir para meu quarto.

Estava exausta, meu quarto estava uma bagunça – assim como a casa de Charlie – mas iria deixar isso pra depois. Troquei de roupa, colocando um moleto cinza de andar em casa, escovei meus dentes e olhei no relógio, eram quase nove da noite. Arrumei minha mochila pra amanhã e fui até o pé da escada avisar a Charlie que estava indo dormir, ele me deu boa noite e desmaiei na minha cama – que por sinal era super confortável – e cai na inconsciência num sono cheio de sonhos desconexos.