Título: Savin' Me

Classificação: T podendo vir a mudar para M

Advertências: Não é minha culpa se você se sentir ofendido com alguma coisa, não há nada aqui que ninguém já não tenha visto nas novelas de qualquer emissora.

Resumo: Universo Alternativo Havia algo de muito estranho naquela história, mas o jovem Leon Oswald não conseguia descobrir o que era. Perdera a memória e não tinha a menor idéia de como descobrir a verdade sobre sua própria vida, a única coisa de que tinha certeza era que Sora Naegino era sua namorada... ou estaria enganado?

Disclaimer: Kaleido Star e personagens não me pertencem, se fossem meus Leon e Sora teriam se beijado pelo menos... muitas vezes hahahahahahaha. Don't sue!

Nota da Autora: Essa fic é baseada no final do episódio 42 e fora isso é completamente Alternativa. Não estranhem se Leon parecer muito "fora do caráter", lembrem-se que ele não sabe quem é. Espero que gostem


-Prólogo-


"Os portões da prisão não abrirão para mim
Com essas mãos e joelhos estou rastejando
Oh, Eu alcanço você
Bem, estou aterrorizado com essas quatro paredes
Essas barras de metal não podem prender a minha alma..."

Sora não conseguia dormir, por mais que tentasse, por mais que estivesse esgotada, simplesmente não conseguia, toda vez que fechava os olhos via a mesma cena, Leon tentando alcança-la e caindo, depois vinham os gritos de horror e surpresa e a escuridão. Rolou na cama durante mais alguns minutos, até que finalmente desistiu, mais uma noite perdida como quase todas estavam sendo desde o terrível acidente que tinha acontecido há duas semanas. Levantou e foi lentamente até a janela, era tão estranho não ver as luzes do Kaleido Stage acesas, ainda não podia acreditar que ficariam fechados por um mês, tudo por sua culpa. Aquele sentimento estava consumindo-a, não conseguia parar de pensar que era a responsável por tudo o que tinha acontecido. Fechou os olhos desanimada, a imagem do acidente de Leon surgiu novamente com toda força, piscou assustada e olhou na direção da cama, estava começando a achar que nunca mais conseguiria dormir...


O primeiro pensamento consciente de Leon foi de que cada pedacinho de seu corpo parecia dormente e ao mesmo tempo dolorido, podia escutar um som parecido com um apito e vozes abafadas, um homem e uma mulher. Entreabriu lentamente os olhos, mas logo voltou a fecha-los soltando uma exclamação de dor por causa da luz. Escutou uma pequena agitação, o homem falou novamente e depois passos e o barulho de uma porta abrindo e fechando.

-Senhor Oswald está me ouvindo?-- A voz do homem estava mais clara agora, Leon podia sentir sua presença, ele devia estar parado ao seu lado.

Voltou a abrir os olhos lentamente, mas dessa vez não foi 'atacado' pela luz, alguém tinha puxado a cortina, deixando o quarto semi-iluminado pela luz do corredor que entrava no quarto através das janelas de vidro. Olhou desconfiado para o rosto jovem do homem parado ao seu lado, não fazia a menor idéia de quem ele podia ser.

-É ótimo vê-lo consciente. Senhor Oswald? Entende o que estou dizendo?

"Senhor Oswald? Quem é esse tal?" perguntou-se Leon. Seria ele próprio? Em algum ponto de suas lembranças nebulosas viu o rosto sorridente de uma garota ruiva com lindos olhos castanhos, ela tinha um nome, mas qual era mesmo?

-Senhor Oswald --O homem parecia preocupado. - Você entende o que estou dizendo?

-Entendo resmungou, esperando que o deixassem logo em paz, para sua surpresa sua voz soou lenta e estranha a seus próprios ouvidos, soube no mesmo momento que não teria paz coisa nenhuma.

-Muito bem, eu sou o doutor Wolfe e tenho sido seu médico desde o dia da sua internação, essa é a primeira vez que você recupera totalmente a consciência, vamos ter que fazer alguns exames de praxe, alguns enfermeiros estão vindo, vão leva-lo para tirar algumas radiografias e...

O resto da manhã correu do mesmo jeito, toda vez que achava que seria deixado em paz, aparecia alguma enfermeira para tirar uma amostra de sangue, alguém para checar sua pressão, e o médico novamente falando sem parar, qualquer coisa sobre terem avisado a um tal de Carlos sobre a sua melhora. Estava novamente sozinho em seu quarto, as cortinas totalmente fechadas por causa da luz e os aparelhos barulhentos tinham sido levados, suspirou aliviado e se recostou confortavelmente nos travesseiros, havia vários arranjos de flores ali, seus olhos pararam em um especial, nele as flores eram rosas, "Do mesmo tom dos cabelos dela" pensou.

-Sora - Finalmente tinha conseguido lembrar do nome.

-Sim, ela trouxe todas elas. Sua namorada é muito dedicada, ela vem aqui todos os dias e fica durante todo o horário de visita...

Leon olhou espantado para o médico, estava tão concentrado olhando para as flores que não tinha escutado-o entrar.

-Estou com os resultados dos exames aqui e como eu esperava todos deram normais. Mas eu... Gostaria de fazer alguma perguntas, não quero que você fique nervoso se não souber responde-las, não precisa ter pressa pode pensar o quanto quiser nas respostas.

-Certo...

-Primeiro, pode me dizer seu nome, seu nome todo? -- O jovem médico parecia um pouco ansioso.

-Claro, meu nome é... -- O quarto girou devagar enquanto Leon lutava contra um subto sentimento de pânico é...

"Senhor Oswald... senhor Oswald... Sora... Sua namorada... vem aqui todos os dias..." Ninguém tinha lhe chamado pelo primeiro nome, nada daquilo tinha sentido, eram só palavras na neblina, não fazia a menor idéia do próprio nome!

-Minha namorada, onde ela está?-- Não custava nada tentar ganhar tempo, tentou respirar normalmente, não podia deixar o médico perceber que estava nervoso. Num minuto iria se lembrar de sua identidade.

-A senhorita Naegino?

-Sim... Sora Naegino-- A imagem da garota ruiva apareceu novamente, mas dessa vez ela tinha lágrimas nos olhos, parecia muito magoada, seria com ele?-- Onde ela está?

-Não sei se ela já chegou, o horário de visita começa daqui a alguns minutos, ela já deve estar vindo. -- O médico informou, o olhar preocupado estava de volta.

Por alguma razão aquela informação o confortou. As coisas não estavam tão ruins, logo sua namorada estaria ali, talvez quando a visse, voltasse a se lembrar de tudo.

-O senhor ainda não respondeu a minha pergunta... -- Insistiu o médico.

Leon suspirou irritado. Ficou em silêncio. Os olhos vidrados na janela do corredor, precisava ver quando ela chegasse.

-Eu... Eu não lembro... Ninguém falou meu primeiro nome, imagino que Oswald seja meu sobrenome... Não é?

O médico fez que sim com a cabeça.

-Seu nome é Leon Oswald. Você disse que se lembra da sua namorada...

-Lembro, ela é pequena, menor do que eu, bem menor... Tem cabelos ruivos, na verdade ele é meio rosado e olhos castanhos.

Doutor Wolfe deu um pequeno sorriso.

-Sim, o senhor realmente sabe de quem está falando... É um bom começo. -- O médico baixou a grade lateral da cama, ergueu-lhe o braço e tocou-lhe a base do pulso. - Muito bem, vamos tentar algumas outras perguntas. Em que ano estamos?

-2007.

-Em que país o senhor nasceu?

-França.

-Em que país estamos?

-Estados Unidos.

Antes que o dr.Wolfe pudesse lhe fazer outras perguntas, Leon começou a falar uma série de fatos de conhecimento público que haviam acontecido no ano anterior e no começo daquele. Era estranho saber tanto e ao mesmo tempo não saber nada, continuava sem ter idéia de quem era.

O médico permaneceu ali por mais alguns minutos, verificou-lhe a visão e os reflexos e depois de mais algumas perguntas sorriu tranqüilizador.

-Você está com amnésia, senhor Oswald. Mas não se preocupe. Estou certo de que é apenas temporário, de fato casos assim são até comuns após um golpe na cabeça, mas confesso que esperava que isso não acontecesse... -- Ele olhou por cima do ombro e fez um sinal de espera para as pessoas que estavam ali, Leon seguiu seu gesto com os olhos e viu um homem alto, moreno e de óculos parado no corredor, acompanhado por duas mulheres, uma loira e... Sora, ao lado do tal homem ela parecia ainda menor do que ele lembrava, estava segurando um buquê de flores do campo e olhava interessada para dentro do quarto, por um segundo seus olhares se cruzaram, mas antes que Leon tivesse a oportunidade de fazer qualquer sinal de reconhecimento, ela desviou os olhos depressa, parecia envergonhada.

-Chegaram... Bem senhor Oswald, preciso explicar a eles o que aconteceu, em algum minutos estaremos de volta...

-Posso falar com a Sora agora?

-Claro, num minuto, assim que eu terminar de explicar a situação mando-a entrar imediatamente. Não se preocupe, tenho certeza que eles vão entender.

Leon observou o médico deixar a sala e se aproximar dos três que estavam do lado de fora, depois de algumas palavras eles se afastaram um pouco pelo corredor.


-Amnésia?-- Repetiu Carlos.

-Sim, amnésia temporária. Todos os exames deram normais, o que chega a ser espantoso se levarmos em conta o tipo de acidente, poucas pessoas sobrevivem a uma queda tão grande.

Sora se remexeu incomodada, deu uma olhada na direção do quarto de Leon, ele olhava interessado na direção deles, não podia imaginar o desespero que devia ser acordar sem ter idéia de onde estava ou de seu próprio nome. A culpa que já estava sentindo só aumentou. Desviou o olhar e voltou a prestar atenção no que o médico dizia.

-Ele lembra de bastante coisa, praticamente tudo de conhecimento público, mas quase nada sobre ele mesmo. De fato a única coisa que ele se lembra é do país em que nasceu e da namorada... -- O médico deu um sorriso para Sora.

Carlos, Sara e Sora olharam espantados para o homem a sua frente. Ele não tinha dito namorada, tinha?

-Como é? -- Perguntou Carlos.

-Ele se lembra que nasceu na França e da namorada. -- dr Wolfe apontou para Sora e os três olharam chocados para ele.

-O que?

-Eu sou o que? -- Sora estava da cor de seus cabelos.

-Er... A senhorita não é namorada dele?


Leon estava ficando preocupado, não entendia o porque da demora. Podia ver que Sora e os outros dois visitantes pareciam bem agitados com a notícia que o doutor estava dando. Viu de relance a expressão aflita no rosto de Sora, não gostava de vê-la daquele jeito, mas tinha a estranha impressão de que já a vira assim muitas vezes. Aquilo deixou-o inquieto, sua dor de cabeça estava de volta e a sensação do vazio em suas recordações parecia ainda maior. A conversa não parecia estar indo nada bem, Sora estava olhando novamente na sua direção, mas agora a aflição parecia ter dado lugar a preocupação e alguma outra coisa que ele não conseguia identificar muito bem. Que choque devia ser saber que ele não se lembrava de nada! Devia ser tão terrível como era para ele.

A conversa parecia ter ficado ainda mais agitada por algum motivo e o grupo estava atraindo alguns olhares no corredor, o jovem médico virou-se na direção da janela e deu um sorriso nervoso enquanto fazia um gesto de espera, segundos depois ele e os outros três entraram em uma sala. Agora sim Leon estava oficialmente preocupado, nem se deu ao trabalho de disfarçar, sua respiração estava pesada e os pensamentos não paravam de tortura-lo, em nenhum minuto havia passado por sua cabeça a possibilidade da notícia não ser aceita. O que aconteceria se eles não quisessem ajuda-lo, se Sora não quisesse ajuda-lo? Ele teria que ficar no hospital até lembrar? Mas e se ele não lembrasse nunca mais?

Sua cabeça doía tanto que já não conseguia ficar de olhos abertos, afundou a cabeça no travesseiro e deu boas vindas a escuridão do sono.


O doutor Jonathan Wolfe estava tremendo de nervosismo. A situação era tão séria que nem mesmo conseguia fingir calma, sabia que de certa forma era responsável por aquela confusão e se a direção do hospital descobrisse seria o fim de sua carreira. Caminhou rapidamente até sua mesa e largou-se na cadeira soltando finalmente o ar que não tinha notado que estava prendendo. Olhou para frente e notou que os outros três continuavam de pé olhando-o interessados, vermelho de vergonha voltou a se levantar e indicou as cadeiras à sua frente para que eles se acomodassem.

-Desculpem, desculpem... Eu...

-Tudo bem doutor, nós entendemos que o senhor deve estar tão nervoso quanto estamos.-- Tranqüilizou-o Sara, ela era a única que já havia se recuperado do choque da notícia.

Os quatro permaneceram em silêncio durante alguns segundos. O médico não conseguia parar de pensar nos problemas que aquele erro lhe trariam, Carlos tentava raciocinar algum meio de resolver a questão, Sora se sentia mais culpada a cada segundo, a expressão de desamparo no rosto de Leon lhe assombrando e Sara sorrindo e totalmente alheia as preocupações de seus companheiros formava em sua mente um plano genial.

-Então doutor, o jovem Leon realmente pensa que a Sora é namorada dele? -- Perguntou interessada.

-Pe-pensa, e eu tenho que dizer que a culpa é toda minha.

-Sua?--Perguntou Carlos.

-Sim, veja bem... Eu via a senhorita Naegino vindo visitá-lo todos os dias e pensei que os dois...

-Não! -- O rosto de Sora estava novamente vermelho de vergonha.

-Então você disse isso pra ele?-- Carlos tentava entender a situação.

-Bem... sim e não. -- O rosto do médico estava tão vermelho quanto o de Sora.- Ele se lembrou dela sozinho, mas parecia confuso, estava olhando para as flores... Então eu comentei que ele tinha uma... Uma namorada dedicada... --Falou a última frase quase num sussurro, por algum motivo o olhar inquisidor do homem a sua frente fazia com que se sentisse de volta a escola sendo interrogado pelo diretor ou algum professor.

-Namorada dedicada? Oh meu Deus! --Sara começou a rir, aquela história era boa demais para ser verdade, praticamente caso de novela ou filme. Olhou sorridente para Sora e no mesmo instante ficou séria, podia ver que a amiga não estava achando nada daquilo engraçado.

-Ele aceitou o que você disse sem questionar? --Carlos resolveu ignorar o bom humor da cantora.

-Bem, temos que entender a situação dele. Se o senhor acordasse sem memória alguma não aceitaria ou se agarraria a qualquer informação que lhe dessem?

Sora se remexeu na cadeira, as palavras do médico trazendo de volta a culpa. Era por causa dela que Leon estava tendo que passar por aquilo.

-Você disse que ele lembrou de mim?

-Sim, ele descreveu a senhorita com precisão e parecia ansioso para vê-la... você tem certeza que não tinham nada?

-Claro que tenho! -- Respondeu rapidamente voltando a ficar com o rosto corado.

-Na verdade doutor, o jovem Leon nem mesmo parecia... gostar muito da Sora, entende?--Completou Sara.

-Entendo, por isso que vocês ficaram tão espantados quando falei... --Ele parecia ter finalmente compreendido. -Mas de qualquer forma temos um problema ainda maior em mãos agora, porque ele não se lembra de nada além do que eu já mencionei e agora terei de voltar lá e dizer a ele que essa informação não é correta.

A imagem de Leon confuso e sozinho no quarto passava pela cabeça de todos. Os olhos de Sora percorreram a sala em busca de algum sinal ou resposta, sua mente estava a mil, não podia abandona-lo naquela situação terrível, não pode evitar o acidente, mas de alguma forma iria ajuda-lo a se recuperar dele. Sentiu as mãos de Sara apertando as suas, olhou para o rosto sorridente e otimista da amiga e sua confiança se renovou.

-Com licença doutor, Carlos, antes de vocês decidirem o que fazer nós duas podemos ir até ali fora discutir um assunto? -- A ruiva perguntou olhando de um para o outro. Depois de receber o consentimento e a promessa de que esperariam por elas, saíram deixando dois homens curiosos do lado de dentro.


Antes que conseguisse abrir a boca para contar sua idéia a amiga, foi abraçada com força.

-Eu sabia que você tomaria a decisão certa querida.

-Você acha mesmo que é certo fazer isso Sara?

-Claro que sim, é a única âncora que o jovem Leon possui agora, Sora. Certo que vocês não são amigos e ele nunca foi uma pessoa simpática com você ou... Bem, ele nunca foi simpático com ninguém, mas quando precisam da nossa ajuda não podemos negar não é?

- É!-- Fez que sim com a cabeça. Era bom saber que teria o apoio dos amigos, olhou para o final do corredor, podia ver o perfil de Leon, ele estava deitado de olhos fechados. Sentiu as bochechas corando novamente.

- Está preocupada com a questão do namoro?-- Sara olhava para a mesma direção que ela.

- É, ele acha que... Não sei porque ele foi achar logo isso...

-Não se preocupe, tenho certeza que você vai conseguir contornar esse assunto, e depois talvez isso seja um bom sinal, pode ser que quando isso tudo acabar e ele voltar a lembrar das coisas, vocês se tornem bons amigos... Afinal, nem mesmo o jovem Leon seria tão insensível e mal agradecido não é?

-É... -- Sora estava novamente perdida em pensamentos.

- Você tem certeza que quer fazer isso Sora? --Carlos estava surpreso com a idéia das duas.

-Tenho, foi por minha causa que ele ficou nesse estado, se não ajuda-lo agora vou sentir como se estivesse abandonando-o.

-O que o senhor acha disso doutor? --As duas pareciam decididas, sua única esperança era que o médico pensasse como ele.

-Bem, estou em um dilema aqui senhor, afinal fui, de certa forma, o responsável por essa confusão... Mas não posso ignorar que a idéia delas é boa. O sr.Oswald se agarrou a memória da única pessoa que ele acha que conhece, se chegássemos lá agora e negássemos tudo poderíamos estar botando em risco sua recuperação. Tenho certeza que ele logo recuperará a memória.

-Quando?

-Não acho que deve demorar. Desconfio que seja um caso de amnésia seletiva. Apesar da gravidade do acidente seus ferimentos foram razoavelmente leves, a memória confusa deve ter sido causada por algum conflito emocional.

-Então o senhor aprova essa idéia maluca?

-Não posso dizer que aprovo ou não, mas com toda certeza, não vejo nada contra...

Carlos suspirou irritado, podia ver que aquela discussão estava perdida.


Sora entrou no quarto devagar, tinha visto pela janela que Leon ainda parecia estar dormindo, não queria incomoda-lo. Ficou algum tempo olhando-o dormir, era incrível que um homem tão forte e intocável, parecesse tão frágil dormindo, os longos cabelos espalhados pelo travesseiro, a respiração calma e compassada, facilmente seria confundido com um anjo.

Caminhou cuidadosa até a mesa onde estavam os outros arranjos, pegou um vaso onde as flores já estavam secas e trocou pelo buquê que tinha trazido naquele dia. De repente sentiu a atmosfera do quarto mudar, foi como se uma pequena corrente elétrica tivesse passado por seu corpo, começou a respirar pesado e sentiu o sangue ficar quente, tinha certeza que ele estava acordado, podia sentir seu olhar queimando sua nuca. Suas mãos começaram a tremer involuntariamente, precisava se acalmar antes de conseguir forças de se virar e encarar aqueles olhos. Com um pouco de sorte talvez ele tivesse se lembrado de tudo durante o sono e ela não precisasse seguir com o planejado, o pensamento renovou suas forças, respirou fundo e depois de contar até cinco virou-se com seu melhor sorriso estampado no rosto.

-Bonne nuit mon amour.­ A voz dele estava rouca e profunda, mas o sorriso e os olhos não escondiam a felicidade em vê-la.

A ruiva podia sentir as pernas fraquejando, de todas as reações que podia esperar aquela não tinha passado nem perto de sua mente. Se antes tinha alguma dúvida sobre o plano no momento que escutou aquela voz e encontrou aquele olhar, teve certeza que estava totalmente perdida.

Continua...


Notas da Autora:

Essa é a primeira fic de Kaleido Star que escrevo, resolvi publicar porque achei um absurdo que tenham tão poucas sobre esse anime tão querido.

Pensei bastante em onde devia largar a âncora para o próximo capítulo e acabei deixando aqui mesmo.

Não estou escrevendo em busca de reviews, mas claro que se receber algum irei responder.

Para os leitores que não gostam de comentar eu digo uma coisa...

ESCREVAM FICS!!!!!

E que pelo menos uma seja de Kaleido Star. XD

A parte em itálico no começo do capítulo é a tradução da música Savin'me do Nickelback, pode-se dizer que essa é a música tema da história. Em cada cptlo vai haver um trecho dela.

Traduções:

O que Leon disse?

-Boa noite meu amor.

Em francês \o/ (língua mais romântica do mundooooooooooooo)