Título: Comprando um Namorado
Autora: Nah
Spoillers: 6, mas ainda assim é no cannon.
Sinopse: Dia dos namorados e Ginny não tem um namorado. Assim ela não vai ganhar presente. Mas e se ela resolvesse se dar um presente? Ou melhor, se ela comprasse o namorado que viu na vitrina? Shortfic D/G meia nonsense!
Beta: Gynny Malfoy
Disclaimer: Os personagens e lugares não me pertencem são todos da J.K. Rowling. Essa fanfic foi escrita sem fins lucrativos. Mas ela me pertence, então nada de plágio ou publicar em outro lugar sem a minha devida autorização.
14 de Fervereiro!
Happy Valentine´s day!
Não tão happy assim se você não tem um namorado.
Mas isso não era mais problema para ela, não depois de se deparar com algo inusitado na vitrine...
Há algumas horas atrás ela se encontrava em um estado deprimente no seu dormitório. Convenhamos que depois de você ter três namorados e que começam a considerar que você pegou Hogwarts inteira, o fato de agora estar sem nenhum era meio... humilhante? Talvez. Não para ela em si, mas caramba, ela era considerada a pegadora do pedaço! Estar solteira logo no bendito dia dos namorados não era algo lá muito divertido...
Ela queria, queria muito mesmo, na verdade precisava urgentemente de um namorado.
Tudo bem que esse seria o quarto. E se com três até de biscate ela era chamada, imagine mais um na lista...
Mas afinal de contas três não era um número tão grande assim.
Fala sério... Nem são todos os dedos de uma mão.
Eram apenas três.
E mais um se Merlin a ajudasse!
Mas sua vida amorosa do passado não interessava mais. O que importava era o agora. E agora ela estava sem ninguém. Nada de presentes... E isso a fez lembrar que tinha alguns trocados guardados em seu baú.
Chega de depressão por estar solteira no dia dos namorados! Ela podia muito bem comprar um. Só não tinha certeza se o dinheiro iria dar.
Pegou sua sacolinha com alguns sicles e poucos galeões, não poderia ser nada caro, mas teria que ser algo que servisse!
Um namorado para o Dia dos Namorados
Andando atenta as vitrines de Hogsmeade, e ignorando os casais felizes e saltitantes por todos os lados, ela se deparou com algo bastante curioso: um banquinho... relance de mechas platinadas... uma plaquinha com um preço... e uma cara bastante emburrada.
E um mundo de ponta cabeça também!
Mas era exatamente algo assim que ela procurava.
Aproximou-se ainda incrédula, tamanha a sua sorte. Desde quando se vendiam loiros, sonserinos maus em lojas?
Sabe, ela não fazia a linha que é chegada em sonserinos maus, mas não podia negar que aquele sonserino especificamente atiçava certos desejos. Chega de rixas familiares! Era o dias dos namorados. Um dia de amor. Quem se importava com sobrenomes?
Ginny deu dois passos para ficar colada ao vidro da vitrine, com o intuito de se certificar se era real.
E lá estava Draco Malfoy, com seu ar pomposo, seus olhos gelados, rosto pontudo, pela pálida e um ar de soberbo. E o melhor de tudo: uma plaquinha com seu preço.
E era exatamente a quantia que ela tinha em sua sacolinha.
Sem hesitar ou pensar, Ginny entrou na loja. Ela já sabia qual namorado queria. A loja estava vazia, com exceção do seu futuro namorado na vitrine e um simpático vendedor.
- Pois não? – o simpático vendedor se dirigiu a ela.
- Er... há uma coisa... quer dizer, uma pessoa na vitrine e... e eu gostaria de comprá-la, quer dizer, isso não está saindo muito legal, né? – ela olhou em dúvida para o vendedor, mas ele não pareceu perceber as segundas intenções nas palavras dela.
- Se refere ao Malfoy? – ele perguntou pomposo. – Um artigo de excelente qualidade, e raro também. Poucos adquirem algo assim. Versão em quatro idiomas: inglês, francês, espanhol e russo. Com pensamentos adoravelmente diabólicos, loiro legitimo, linhagem nobre, descende de uma antiqüíssima família bruxa, um pouco metido e esnobe, é verdade, mas suas outras qualidades como beleza, cavalheirismo, sarcasmo inteligente e bom cozinheiro compensam.
- Como é que é?
- Deve estar estranhando o preço, claro. Afinal ele é um artigo de luxo... Mas nós estamos em promoção nesse dias dos namorados.
- Diz a verdade, deve ter algo de errado com ele – ela colocou as mãos nos bolsos, pensando seriamente se comprar Malfoy seria um bom negocio. Com aquele preço não era lá tão confiável. E se fosse uma falsificação?
- Bom, certo... ele tem um pequeno defeito... nada sério... algo ínfimo se comparado a sua preciosidade. Sem contar que... segundo fontes seguras ele beija bem pra caramba! – murmurou para ela.
Ginny pareceu se interessar mais.
- Sério?
- Hum hum! – o vendedor afirmou alegre.
E ela já tinha se esquecido de que ele tinha um defeito.
- Ei, por que você não vai a loja ao lado? – Malfoy se pronunciou lá da vitrine. – Potter estar sendo vendido a preço de liquidação.
- Hum... é que eu já peguei ele – respondeu a ruiva.
Draco emburrou a cara mais ainda, resmungando algo em relação a ser comprado por uma Weasley.
- Então, vai levá-lo?
- Vou sim – tirou a sacolinha de moedas do bolso e entregou ao vendedor. – Aqui está o dinheiro, certinho!
Ele pareceu contente, abriu a sacolinha entusiasmado e contou as moedas.
- Perfeito. Quer que embrulhe?
Ginny arregalou os olhos e Draco soltou um muxoxo irritado.
- Não, não precisa!
O vendedor andou até a vitrine e tirou Draco, trazendo-o pela mão e o entregando a Ginny.
- Já pode levá-lo. Não esqueça de alimentá-lo. Ele é alérgico a suco de tomate, aspargo, jiló e peixe. Quando ele estiver de mau humor é só dar alguns doces, ele melhora rapidamente, mas não o deixe exagerar, enjoa com muita facilidade, sabe.
Ela prestou atenção em todas as instruções em como cuidar do seu namorado.
- Não aceitamos devoluções – o vendedor disse rapidamente enquanto se apressava em empurrar Ginny e Draco para fora da loja. – Volte sempre!
Eles estavam de mãos dadas, mas nenhum dos dois pareceu perceber isso. Havia coisas mais importantes passando por suas cabeças. Ela amanhecera deprimida, resolvera comprar um namorado e se deparava com Malfoy em uma vitrine. Por que não comprá-lo?
- Então quer dizer que agora você é meu namorado?
- Então quer dizer que com tanto namorados por ai, justamente a mim você resolveu comprar?
- Foi o primeiro que eu achei! – ela deu de ombros sem se importar.
- Você nunca ouviu falar que um bom consumidor deve pesquisar antes?
Ginny sorriu marota.
- O que você tem dentro dessa cabeça, Weasley!
- O cara da loja disse que você era cavalheiro – o encarou, deixando ele ligeiramente desconcertado.
- Só que ele esqueceu de mencionar que eu só demonstro as minhas qualidades com quem é do meu interesse.
Ela piscou rapidamente os olhos.
- Hum... certo! Quando você vai começar a agir como um namorado de verdade?
- Jogou suas economias de uma vida inteira fora, Weasley.
- Já percebi! – respondeu sem se abalar. – Mas se quer saber, até que você foi bem barato. Ainda mais para uma versão em quatro idiomas – e para surpresa dele ela bagunçou o seu cabelo. – Você está de mau humor? Venha, vamos comer alguns doces.
Ela começou a andar trazendo Draco consigo. Ele soltou alguns resmungos, ignorando os olhares de todos sobre ele e a Weasley – sua mais nova namorada – de mãos dadas.
O casal mais absurdo e encrenqueiro.
O casal mais fofo também.
- Sabe, até que eu sou um bom investimento – ele murmurou depois de vários doces, bastante glicose em seu sangue e um humor bem mais agradável.
- Então faça meu investimento valer nesse dia dos namorados.
- Como? – arqueou as sobrancelhas, incerto se tinha realmente escutado aquilo.
- Um dos seus defeitos é a lentidão e a falta de atitude?
- ...
- Ok, então! – ela se aproximou, um sorriso maroto passando pelos lábios. – O cara da loja disse que você beija bem – se aproximou mais, sem tirar os olhos dele. – Prove! – ordenou.
E como um bom namorado obediente ele a obedeceu!
Juntou seus lábios, deslizando a mão pela cintura dela. Provando que de beijo ele entendia muito bem.
Ginny se espreguiçou, olhos ainda fechados e um leve sorriso. Havia comprado Malfoy, soltado leves provocações e o beijo... Ele era seu namorado e...
Ela abriu os olhos.
Havia sonhado!
Droga!
Um daqueles sonhos sem pé nem cabeça. Mais um dos malditos sonhos em que Draco Malfoy era seu namorado.
Jogou as cobertas no chão e levantou bocejando, levemente decepcionada por ter sido apenas um sonho. Mas Malfoy beijava tão bem no sonho e...
- Ei, eu estou com frio.
Ginny estacou sem se virar para ver o dono da voz.
- Eu sei que eu sou o namorado mais fofo que você já teve e que sou eu quem deveria fazer isso, mas será que dá pra você me cobrir? – ele pediu com um preguiçoso ronronar. Ginny se virou e olhou para sua cama, onde um Draco Malfoy sonolento acabava de abrir os olhos.
- O que...?
- Olha se você me cobrir e parar de me olhar com essa cara de assustada eu prometo que passo o resto do dia te beijando – e fechou os olhos.
Ainda sem entender nada, Ginny pegou os cobertores do chão e o cobriu.
- Melhor assim... – ele soltou um bocejo, seus cabelos platinados, desalinhados.
- Espera ai, eu ainda estou sonhando?
- Hum... não sei! Não esqueça de comprar meus doces.
Ela devia estar sonhando mesmo.
Afinal, Malfoys não estavam a venda em vitrines a preços modestos.
Muito menos namoravam Weasleys.
Quer saber, isso não tinha a menor importância. O importante era que ela ia exibir um loiro lindo e maravilhoso por toda Hogwarts!
E na versão quatro idiomas!
N.A: Desconsideram o fato de que garotos não podem entrar no dormitório feminino de Hogwarts. Desconsiderem também a minha idéia sem pé nem cabeça.
Dedicado a Rafinha M. Potter e Gynny Malfoy (minha beta fofa! Fico devendo a descrição dos olhos dessa vez).
