Parte 1- A vingança.

Passaram-se algumas semanas após o confronto entre Athena e Hades e a Terra voltava a ter o mundo tão calmo e tranquilo,Saori estava de volta a sua mansão,em seus pensamentos só uma coisa: paz! Quero paz,somente isso...Além disso também pensava na desgastante batalha que foi para vencer Hades e o trancar novamente sob o selo dela mesmo,Athena.Além disso ainda havia Seiya que apesar dos pesares se sacrificou a tal ponto que ficou em coma profundo e estava em um hospital no Japão.Saori e seus amigos,cavaleiros de bronze estavam sempre junto do mesmo,queriam dar força para que ele se levantasse e voltasse a ser o Seiya tão alegre de antes,parecia ser difícil,mas seus amigos jamais iriam desistir de tentar.

Longe dali,mais abaixo da terra,nas profundezas mais terrenas,onde nenhum ser vivo ousaria entrar,exceto os cavaleiros de bronze e protetores de Athena que foram para salvar a mesma,onde era a morada dos mortos,dos que dessa vida passaram-se,havia uma mulher triste e insatisfeita,em um belo castelo,apesar de sua aparência tão sinistra.A jovem tinha longuíssimos cabelos cor púrpura,presos bem ao alto de sua cabeça,com uma linda presilha de um ouro negro e uma jóia,um diamante vermelho,seus lindos olhos azuis e tristes estavam pintados de uma forte maquiagem vermelha e seus carnudos lábios também.Estava vestida de preto,longuíssimo e belo era seu vestido e em seu escultural corpo que aspirava sensualidade por onde passava.Usava muitas jóias também e andava de um lado ao outro,parecia nervosa até que soca com tudo uma parede ali próxima e dizia algumas palavras,em uma voz vingativa:

Athena...ei-de me vingar...não pense que deixarei quieto...humf...maldita..tirou-me o que eu mais amava...agora pagará com tua própria vida...ahah..irei planejar cuidadosamente tua morte lenta...

Ditas estas palavras,com fervor a jovem adentrava seus aposentos,pegando algumas coisas dali,se tratava da Donzela Perséfone,Rainha de Hades,sua esposa amada que ficou no castelo após ele ser preso por aquela que era sua irmã, de fato,por parte de Zeus que era um conquistador barato e pegava tudo quanto é mulher apenas para seu bel-prazer.Cansada já daquela vidinha chata e sozinha,já carente de carinhos e afetos,Perséfone decidira ir até a Grécia,voltar para sua tão amada mãe que ficou por lá para ajudar os mortais com suas colheitas,ao contrário de Perséfone,sua mãe era tão doce e gentil que para Saori a deixar lá em seu Santuário não seria problema algum.

Passou-se mais um dia e que amanhecia suave e calmo.O sol brilhava radiante como se prevesse o que iria acontecer,a jovem Perséfone que a tempos não saíra dos reinos dos mortos encarou a luz do sol que quase a cegaram com um certo incômodo,porém logo sorria pois sentia-se aquecida com seu raios de luz.Planejava conquistar a confiança de sua irmã Athena e então colocaria enfim seus planos em prática.Fazia com que seu cosmo se tornasse doce e gentil,agora vestia um longo e belo vestido branco,ainda com os cabelos bem presos,porém agora usava ouro puro e uma pedra azul e bela.Seus olhos pintados de rosa e seus lindos lábios provocantes de um rosa bem delicado.Ia andando até chegar perto de sua mãe que conversava com alguns homens e parecia-lhes explicar sobre a impôrtancia das colheitas e que devem ser cuidadas,a deusa se aproxima de sua mãe e dizia-lhe em um tom calmo e doce de voz:

Mamãe...voltei...agora pra ficar...

Démeter ao ouvir essas palavras parecia não se conter em tamanha alegria e pulava nos braços da filha como se fosse o último abraço e como toda mãe que se preze ficava a perguntar tudo a filha,curiosa mas mesmo assim felísissima,ao que a jovem sorria com o carinho e quase caía ao chão por essa recepção tão calorosa,Démeter via como estava bela a filha mas mesmo vendo seu sorriso sentia um leve pesar na jovem:

Querida...que aconteceu...? Melhor..venha..venha comigo e me conte...

Perséfone sorria e era puxada pela mãe,mas em seu íntimo achava a mãe uma falsa,como ela pode perguntar algo desse tipo? Era óbvio minha tristeza...perdi meu esposo pra sempre...mas a rainha do inferno também sabia ser falsa e dizia:

Nada mãe..imagine impressão tua,estou ótima...

Hum...não me parece...algo a incomoda e...claro...talvez seja porque...Athena selou seu esposo...não seria isso?

Perséfone não queria transparecer que sentia-se péssima e ao ouvir a mãe falar no nome de Athena queria morrer e saciar seu desejo de vingança,mas também se continha e pensava que a vingança era um prato que se comia frio.Então ela apenas sorri e diz:

Não mãe imagine,já passou...nem me importo mais,se teve que ser assim,que seja não é mesmo?

Démeter sorri mais aliviada mas era mãe e como toda mãe conhece bem seu filho,sabia que Perséfone mentia,mas não queria a incomodar com mais perguntas,achava que estava machucando-a e mudava de assunto rapidamente,sem suspeitar das reais intenções dela querer permanecer no Santuário:

Perdão querida...não irei incomodá-la com mais perguntas e bem...agora que vai morar comigo é o que importa! Fique a vontade,seu quarto está da mesma forma que você deixou quando voltou ao submundo.

Mãe boba que era queria paparicar a filha de todas as formas possíveis o que não demorou pra entrar em seu belíssimo quarto,ainda decorado infatilmente com cores rosa e bonecas de pano feitas pela própria mãe e suspirava tristemente,queria ficar só apenas,sem incômodos,Démeter logo sorridente dizia que iria preparar chá e bolachas,achava que a filha sentia fome,mas Perséfone não queria incomodar a mãe,apenas queria ficar só.A imagem de seu belo esposo não saíra de sua mente,seus desejos presos,seu corpo que queria carinho,chorava agora sem conseguir se conter.A dor era demasiada e sem piedade,a saudade invadia seu peito sem pedir licença e o que a machucava mais e mais,queria matar Athena a todo custo para vingar-se,seu coração estava tingido de negro e seco por vingança.Enquanto perdida a pensamentos a mãe batia-lhe a porta para comer.A deusa nada queria,fingia dormir e sua mãe acreditava,deixando-a descansar e voltando a seus afazeres.Mesmo querendo,Perséfone não conseguia pregar o olho em profunda tristeza e rancor.