POV Sarah
Desbloqueei meu celular para encontrar uma mensagem de Jessica.
"Confirmado nosso jantar para hoje à noite?"
Sorri, vi que ela ainda estava online e enviei um SIM em letras maiúsculas e alguns emojis de coração. Ela logo visualizou e enviou alguns emojs animados e, então, voltei a ler meu livro.
Ela havia convidado Jesse e eu para jantarmos e eu estava empolgada com isso, apesar dele não ter confirmado presença até agora. Ele estava em Nova Iorque (pelo que eu sabia) e ainda não sabia se chegaria a tempo.
Eu sentia falta de vê-lo todos os dias, minha dispensa em Grey's Anatomy foi algo que deixou um gosto amargo na minha boca, e principalmente pelo final da minha personagem. April merecia mais do que aquele final ridículo, ela deveria ter sido feliz com Jackson e Harriet, ter seu casamento com borboletas e a reconciliação com o amor da sua vida. Mas eu não comandava o show, e então fiz o que me foi mandado (muito a contragosto).
Jessica me ligou quando pegamos o script, e me disse claramente que eu deveria faltar as gravações do último episódio e que, palavras dela, o final de April era inaceitável. Ela literalmente gritava no meu ouvido, e isso me fez rir (mesmo que o que mais queria era chorar). Eu sou uma profissional, se Krista queria que o final de April fosse assim, eu daria à ela esse final, mesmo que fosse desrespeitoso e indigno, e não deixaria que ela difamasse meu personagem futuramente.
Os fãs de Japril não eram bobos, eles sabiam que Jesse e eu nem considerávamos aquele episódio um final. A legenda de Jesse na foto de nossa despedida "Japril vai durar para sempre por uma razão" dizia isso. Todos sabiam que April nunca teria voltado com Matthew, e agradeço mentalmente quando leio mensagens nas minhas redes sociais difamando o final dela e dizendo que consideram Japril The Sequel o final ideal para eles. Gostaria de dizer que penso o mesmo, mas isso seria muito antiprofissional, e isso eu não sou, mas o silêncio é a melhor forma dos fãs verem isso. Enquanto Ellen e Krista brigavam nas redes sociais e pediam "respeito", Jessica, Jesse e eu lhe enchíamos de amor e de agradecimento por todos esses anos e por terem feito de Japril, Arizona e Kepzona ícones amados da série.
E, bem, eles tiveram o que mereceram. Depois da minha demissão e de Jessica a audiência caiu, eles bagunçaram todas as histórias e a série foi obrigada pela ABC a dar um final na 16ª temporada com apenas 10 (ou foram 14 episódios?). Não consigo me lembrar, afinal já se passaram mais de 5 anos.
Mantive contato durante vários anos com Camilla, Caterina, Chandra, Kelly e Kevin. Mas algumas coisas não perduram, os únicos que ainda falo, praticamente, todos os dias são Kevin, Jessica e Jesse.
Kevin e eu voltamos a trabalhar juntos, dirigindo filmes e alguns curta-metragem.
Jessica e eu sempre saíamos (principalmente quando tive que enfrentar o divórcio depois de vinte anos de casamento). Chegamos a gravar uma segunda parte do meu antigo filme "Moms' Night Out" com ela sendo minha vizinha e foi extraordinário trabalhar com ela novamente. Sempre fomos amigas, mas a nossa demissão foi algo que nos uniu ainda mais e se tornou o que somos hoje.
Jesse e eu ainda éramos os mesmos de antes, mas a diferença é nem sempre conseguíamos nos ver, para ser sincera, a última vez foi um almoço de 15 minutos no Starbucks há mais de seis meses. Éramos pessoas ocupadas, e na maioria das vezes nossas agendas não se encaixavam. Mas eu sentia sua falta, ele era um bom amigo e fez um grande esforço para me apoiar também quando me separei.
As horas se passaram rapidamente, quando me dei conta já se passavam das 17:30 e eu estava ligeiramente atrasada para o jantar. Hannah e Micah estavam com Peter neste final de semana e o silêncio da casa me deixava um pouco perdida. Elas estavam se adaptando bem em passar os dias da semana comigo e os feriados e finais de semana com o pai, e isso me deixava feliz. O divórcio havia sido difícil para mim no começo, você se acostuma a viver uma vida à dois e de repente acordar todos os dias sozinha era um pouco assustador. Eu sempre me imaginei envelhecendo junto dele, levando nossos filhos para a faculdade junto, almoço aos domingos com eles e nossos futuros netos. Mas no fim, foi melhor assim. Nosso casamento esfriou e não foi uma surpresa quando ele pediu o divórcio alegando estar apaixonado por outra (aparentemente uma professora da universidade). Eu não briguei, não implorei, não discuti. Assinei os papeis tranquilamente (desmoronando nos braços da Jessica depois) e juntos explicamos para as crianças que agora seus pais viveriam em casas diferentes e que ambos teriam dois quartos, e que o papai indo embora não significava que ele deixaria de ser pai deles. Eles choraram, e demoraram alguns meses para se acostumarem, mas deu tudo certo.
Peter e eu continuamos amigos e sempre amaríamos uns aos outros, mas de uma forma diferente agora. 20 anos juntos não eram 20 dias, tínhamos uma história, uma vida juntos e eu estava feliz por vê-lo feliz agora. Ele merecia isso.
– Você está atrasada! – Jessica disse ao me ver entrar no restaurante. Olhei para o relógio e eram 19:15, 15 minutos de atraso não era considerado atraso.
– Cadê os seus 15 minutos de tolerância? – perguntei sorrindo e abri os braços para abraça-la – Estava com saudades! – murmurei, apertando-a.
– Eu também! – podia ver que ela estava sorrindo, seu tom de voz denunciava – Como você está?
– Estou bem e você? – nos afastamos e eu me sentei de frente à ela – E as crianças?
– Todos muito bem! – ela sorriu – Jose está crescendo tão rápido – ela revirou os olhos.
– Não pensa em fazer mais? – brinquei, rindo e o garçom se aproximou de nós – O que vai beber? Está dirigindo? – perguntei à ela.
– Não, Chris me deixou aqui, então podemos nos embebedar. – ela riu, esfregando as mãos uma na outra e pegando o cardápio – Que tal uma taça de Chateau Le Pin?
– Por mim tudo bem! – dei de ombros, Jessica sempre sabia qual o melhor vinho a se tomar.
– Duas taças então, por favor! – ela sorriu ao garçom que assentiu e se retirou – Ele ficou com vergonha de pedir autógrafos. – ela comentou rindo.
– Aposto que sim! – concordei, eu também havia reparado que ele ficou nos encarando e as mãos tremiam enquanto digitava no celular o pedido.
Continuamos conversando animadamente. Ela me contou que estava com planos de produzir um filme e que precisaria da minha ajuda, contei que podia contar comigo para o que precisasse. Depois de Grey's minha paixão por produzir e dirigir aumentou muito e era o que me aperfeiçoei nos últimos anos. Ainda atuava e amava fazer isso quando tinha a oportunidade, mas se pudesse escolher preferia estar por trás das câmeras.
Meu celular apitou e sorri ao ver uma mensagem de Jesse.
"Cheguei em Los Angeles, ainda estou convidado para o jantar?"
Mostrei o celular para Jessica e ela sorriu animada. Enviei um sim e uma carinha piscando, e enviei a localização.
Ele respondeu de volta com um "me esperem" e devolveu o emoji piscando.
– Qual o motivo dele não ter mandado a mensagem no nosso grupo? – Jessica perguntou e eu olhei para ela confusa. A desgraçada estava sorrindo, e um sorriso muito malicioso por sinal.
– Eu não sei – dei de ombros – E tira esse sorriso idiota da boca, não tem nada demais! – apontei o dedo para ela e tomei um gole do vinho, ouvindo ela gargalhar.
– Sabe, eu sempre pensei que vocês teriam alguma coisa depois que você se divorciou! – ela confessou e eu a encarei de olhos arregalados – Vocês são quentes juntos, sabia? – bebericou seu vinho, contando distraidamente.
– O que? – perguntei, ainda incrédula. De onde ela tirava aquelas coisas? – Nós... Nós somos amigos! – neguei veemente.
– Eu sei, não disse o contrário. – ela deu de ombros como se não tivesse jogado uma bomba em cima de mim – Só estou dizendo que a química era quente, sei lá, você nunca ficou excitada gravando com ele? – ela sussurrou, aproximando o rosto do meu para ninguém escutá-la e eu me afastei, completamente sem palavras.
– Jessica! – repreendi-a – Eu... – tentei pensar o mais rápido que podia, mas era meio impossível. Não podia confessar à ela algumas coisas que eu mesma tentei negar durante anos. Algumas coisas eu mantenho para mim mesma – Nós éramos profissionais! – foi a única coisa que me veio à mente e ela voltou com o sorriso malicioso – Era diferente, nós dávamos certos juntos e, além de tudo, somos amigos, então... – me calei, não respondendo a pergunta dela e ela sabia bem disso.
– Ele é quente! – ela comentou, ainda rindo e eu revirei os olhos, bebendo mais do vinho que já estava pela metade. Não ia admitir em voz alta que ele era realmente quente – Sério, gravei com a Sara durante anos e nunca me senti atraída, afinal, eu sou muito hetero, mas ele... – ela suspirou – É impossível não ver ele e pensar como ele é na cama!
– Puta que pariu, Jessica! – a repreendi, explodindo em risos – O álcool já está fazendo efeito. – meneei a cabeça – Você é casada, lembra-se?
– Eu sei que sou, eu amo o Chris, ele é a minha vida. – ela se defendeu – Mas eu sou mulher, e tenho olhos! – ela apontou as duas águas cristalinas que ela tinha no rosto.
– Meu Deus! – coloquei a mão na boca, tentando tampar o riso – Cala a boca!
– Não, sério... – ela coçou o queijo, toda pensativa, e eu me preparei para a próxima bomba – Uma vez me peguei pensando em vocês estrelando a trilogia de 50 tons – tossi e cuspi o vinho que bebericava, olhando para ela e tentando conter a merda do riso. Ela estava ficando animada com uma taça de vinho.
– Para com isso... – disse, depois de me recompor e tentando parecer o mais séria possível.
– Os produtores teriam encomendados outros filmes de tanto dinheiro que vocês teriam arrecadado nas bilheterias. – ela gargalhou, chamando um pouco a atenção das pessoas ao redor e eu chutei sua perna por baixo da mesa.
– Jessica Capshaw! – a repreendi novamente, e não me vinha nada na cabeça que a fizesse parar de falar. Eu queria muito poder contradizer, mas era um pouco impossível.
– Sarah... – revirou os olhos, ainda rindo – Eu sei que ele não gosta de ser usado como objeto sexual, e ele realmente é muito mais do que isso, é inteligente, talentoso, mas... Ele cheira à sexo! – se abanou, com as bochechas vermelhas de tanto rir.
– Quem cheira a sexo? – fomos surpreendidas pela voz de Jesse que chegou ao nosso lado vindo sabe-se Deus de onde. Ambas arregalamos os olhos, e ela tossiu indicando que eu teria que salvá-la dessa cilada.
– Papos de mulheres! – sorri e ele revirou os olhos estendendo a mão para que me levantasse e o cumprimentasse – Oi!
Aceitei sua mão, estendendo a minha e ele me puxou para abraçá-lo.
E enquanto Jesse rodeava a minha cintura com os braços e me abraçava forte, as ideias de Jessica não saíam da minha cabeça. Me permiti sentir o cheiro dele, e obviamente ele tinha ido em casa antes de vir pra cá. Seu perfume era sedutor e muito másculo, a barba rala roçava meu rosto fazendo cócegas (ou me arrepiando?), fiquei nas pontas dos pés e podia sentir o quadril dele contra o meu e... Puta merda! Aquele atrito não era o que eu precisava no momento. Eu não me lembrava de sentir aquela coisa toda antes, e queria realmente matar a Jessica naquele momento por colocar coisas na minha cabeça.
Quando gravávamos cenas de April e Jackson eu era casada, e ele nunca me desrespeitou, sempre foi cavalheiro e profissional, mas... Ok, aquelas coisas que Jessica disse já haviam passado na minha cabeça antes. Sempre fui uma pessoa, além de profissional, muito religiosa. Peter havia esperado até a noite de núpcias para poder termos a nossa primeira vez e ele, literalmente, havia sido o único homem até então. Já gravei cenas com outros caras, cenas quentes também, mas como ela havia dito, Jesse Williams é um homem quente! Era impossível não me deixar sentir algumas coisas enquanto gravávamos. Às vezes, no calor do momento, você precisa fazer uma cena quente parecer quente e... Acontecia! Eu sou uma mulher, e juro que na maioria das vezes fazia o possível para não me sentir atraída por ele, mas algumas vezes não dava certo. Como na cena da briga de April e Jackson no episódio Japril The Movie, ou na cena de sexo de Japril The Sequel. Só não sei se com ele acontecia também. Como disse, ele sempre foi um cavalheiro, nunca conversaríamos sobre algo assim.
Separei-me dele ao ver que já estávamos há algum tempo abraçados, e quando olhei para Jessica ela o abraçava carinhosamente e olhava com uma cara de "eu te disse". Revirei os olhos sem que ele pudesse ver e nos sentamos.
– Nos acompanha no vinho? – eu perguntei, mostrando-lhe a taça vazia.
– Ainda estão na primeira taça? – Jesse questionou, rindo.
– Sarah é fraca para bebidas. – Jessica disse, e eu a encarei meneando a cabeça.
– Jessica já está na segunda. – comentei e ela assentiu, chamando o garçom com a mão.
– Vai querer vinho, Jesse? – ela perguntou à ele, que assentiu – Três taças, por favor!
O garçom saiu e voltou rapidamente com as taças, desta vez ele conseguiu coragem e pediu uma foto conosco e autógrafos também. Aparentemente ele acompanhou nossa trajetória em Grey's Anatomy e disse que parou de assistir no momento em que April e Arizona saíram. Ele ainda disse que April e Jackson deveriam ter ficado juntos no final, Jesse e eu rimos e demos de ombro. Não gostávamos de comentar sobre aquele final idiota.
Depois da minha segunda taça de vinho e da terceira de Jessica, decidimos pedir o jantar. Nós duas pedimos salada de frango, e Jesse optou por algum filé de carne.
– Pensei que você não viria ao jantar. – comentei para Jesse – Como foi em Nova Iorque?
– Eu realmente não sabia se conseguiria terminar as coisas à tempo, mas deu certo e tinha um voo que saía às 11:00 pra cá! – ele respondeu, olhando diretamente para mim e aqueles olhos... Ah que merda! Eu tinha que tirar essas coisas da minha cabeça.
– Fico feliz! – devolvi o sorriso, e abaixei para pegar um pouco da minha salada, olhando discretamente para Jessica que, claramente, se divertia com a situação. Ela me conhecia bem.
Continuamos falando sobre os últimos meses, ele contou que estava muito focado em seus projetos ativistas e com as palestras, e Jessica disse que estava feliz com a nova fase de sua carreira. Eu também estava, pedimos uma garrafa de champanhe para brindar o reencontro, e, claro, tiramos muitas fotos e postamos nas redes sociais. As curtidas e compartilhamentos foram imediatos, e sorri diante ao impacto que ainda tínhamos para as pessoas.
Rimos e contamos histórias, relembramos tantas coisas e foi uma noite incrível. Jessica foi a primeira a ir embora, por volta das 22:30.
– Podemos ir, se você quiser! – Jesse disse à mim, depois que Jessica saiu. Obviamente ele não permitiu que ela pagasse nada na conta. Dei de ombros, bebendo o restante do vinho – As crianças estão com você?
– Não, Peter está com elas nesse fim de semana, só chegam amanhã à noite. – comentei – Você vai pegar as suas?
– Combinei de sair com elas amanhã, cheguei tarde hoje, não daria tempo de vê-las. – assenti e ficamos em silêncio por um momento.
Nós estávamos sentados lado a lado e eu não queria ter que me despedir dele ainda, não gostava de ficar em casa sozinha sem as crianças, mas também não queria convidá-lo para ir até lá. Nunca saímos juntos solteiros, a última vez eu estava recém divorciada e foi um simples e rápido almoço. Agora, eu estava tão tensa e só podia culpar a Jessica por isso.
– Sabe... Acho que é melhor eu ir pra casa! – afastei a cadeira, e me levantei. Jesse fez o mesmo, pairando ao meu lado.
– Tudo bem... Você está de carro? – ele perguntou e eu meneei a cabeça, pegando minha bolsa – Posso te levar?
– Por mim, tudo bem! – sorri, tentando não transparecer o nervosismo.
Ele só havia bebido uma taça de vinho, então eu confiava nele para dirigir só tínhamos que contar com a sorte de não ser parados pela polícia. Uma manchete dessa não seria nada agradável.
Tentei pagar a conta, mas Jesse não permitiu. Fizemos uma pequena cena na frente da moça do caixa, que ria discretamente.
– Meu carro está logo ali. – ele indicou o jaguar preto estacionado na esquina do restaurante, seguimos até lá. Jesse colocou as mãos nas minhas costas, destravando o carro e abrindo a porta para que eu entrasse. Puta merda, puta merda. Respira, Sarah. Respira.
– Obrigada! – sorri, me sentando e pensando numa forma de fazer o frio na barriga me deixar. Qual era o meu problema? Eu devia estar acostumada com essa sensação de tê-lo tão perto de mim.
– O que foi? – ele perguntou me encarando e eu nem percebi que ele já havia entrado no carro.
– Nada, tudo bem. Tudo ótimo! – sorri, coloquei o cinto e ele riu, ligando o carro e saindo.
Continuamos em silêncio, não constrangedor, enquanto ele escolhia uma música na rádio, começava Bones de Josh Record, e o sorriso em nossos lábios foi imediato.
– Essa música sempre vai me lembrar Jackson e April! – eu comentei, olhando pra ele.
– À mim também! – ele concordou, parando no semáforo – Porque não vamos beber alguma coisa? – perguntou – Não nos vemos há tanto tempo e...
– Pode ser. – eu o interrompi – Só não acho que um bar seria ideal para isso, sabe... – dei de ombros.
– Se você não se importar podemos ir para minha casa. – ele deu de ombros também, prestando atenção no trânsito.
– Concordo!
Eu lhe dei um sorriso confiante e ele sorriu de volta. Rapidamente voltei meu olhar para a janela. Eu havia concordado em ir beber com ele? Na casa dele?
Isso não era uma boa ideia.
Uma garrafa e meia de vinho depois e eu tinha a certeza de que não era uma boa ideia.
Jesse e eu estávamos sentados no chão da sala dele. Eu ria de alguma piada que ele havia contado, que me faltava oxigênio. Meu rosto estava vermelho e eu sentia meus olhos molhados. Já havíamos tirado os sapatos a muito tempo, e meu vestido estava enrolado nas minhas pernas para não mostrar mais do que devia.
– Eu preciso ir ao banheiro. – me levantei com dificuldades, usando o sofá como apoio – Não sai daí, viu?! – sorri, e eu sentia que havia sido um sorriso muito bêbado – Volto rapidinho!
– Vou ficar aqui! – ele disse, também sorrindo, e eu me perguntava se era a única bêbada ali.
Fiz minha necessidade e quando voltei, Jesse mexia no som. Peguei minha taça de vinho e a enchi, bebendo um generoso gole. Eu nem conseguia me lembrar a última vez que bebi mais do que duas taças de vinho ou champanhe.
A sensação de se sentir livre e solta era boa naquele momento.
Fiquei observando-o de pé, ele estava tão sexy naquela calça jeans e as mangas da camisa levantadas, me dando uma boa visão dos seus braços musculosos.
Ele escolheu Doubt de Mary J. Blige, e eu sorri quando ele se virou pra mim.
– Essa é golpe baixo! – comentei, rindo.
– Eu sei, me desculpe! – ele fechou um olho, também rindo e estendeu a mão para mim – Vamos dançar!
– Não sei se sou uma boa parceira de dança no momento! – aceitei e ele me puxou pela cintura.
– Eu também não sou! – ele murmurou, me apertando contra ele. Tentei controlar o suspiro que saiu dos meus lábios, mas foi meio impossível.
Acho que ficamos mais parados abraçados na sala, do que verdadeiramente dançando. Ele tinha o rosto enfiado entre os meus cabelos e a curva do meu pescoço, eu coloquei o meu no seu ombro.
Aquilo estava ficando fora de controle.
– Essa música me lembra a última cena de sexo que fizemos juntos. – ele murmurou e eu fiquei rígida, sentindo o coração bater tão forte que jurava que ele podia ouvir – Eles cortaram a metade da tela porque havia ficado quente demais.
– Nós éramos bons... – eu sussurrei, e não sabia se aquele era o momento ideal de lembrar que naquele beijo ele colocou a língua e eu não sabia se queria mata-lo ou aproveitar. Naquela época lembro que optei pela segunda opção.
– Nunca comentamos sobre aquela cena... – ele se afastou para olhar em meus olhos e eu engoli em seco sabendo exatamente o que ele queria dizer.
– Não tinha o que comentar. – dei de ombros, dando um sorriso tão falso.
– Sarah... – ele fechou os olhos e encostou sua testa na minha – Aquele beijo não foi só um beijo de April e Jackson...
– Eu sei... – murmurei de volta, dessa vez não sabendo onde ele queria chegar com essa conversa.
A música acabou, e o heavy metal que começou a tocar nos assustou e nos separamos. Jesse se virou para abaixar o volume e eu me aproximei do sofá, coloquei meu casaco e peguei minhas sandálias e minha bolsa.
Era melhor eu ir embora.
– O que você está fazendo? – ele perguntou.
– É melhor eu ir embora... – disse sem olhar para ele. Peguei o celular na bolsa e procurei o aplicativo para chamar um táxi.
– Sarah... – ele se aproximou de mim, invadindo meu espaço pessoal e tomou o celular das minhas mãos.
– Jesse – o encarei e o modo que ele me olhava me arrepiou toda – Eu preciso ir. – estendi a mão para que ele me entregasse o celular.
Ele continuou me encarando e eu insisti com a mão, Jesse suspirou fundo e me entregou o aparelho.
– Obrigada! – digitei ferozmente, olhando para a mesinha do telefone para saber o endereço e informar ao taxista. Ele chegaria em 5 minutos, eu poderia muito bem esperar na porta. – Eu... Eu tenho que ir! – disse alto para que ele escutasse. Jesse estava colocando as taças na cozinha e me encarou com descrença. Ele assentiu, e me acompanhou até a porta. Destrancou-a com vagareza e quando sai pude ver que o táxi havia chegado mais rápido do que esperei.
– Boa noite, Sarah! – ele murmurou, dando um pequeno sorriso e acenando.
– Boa noite, Jesse!
Devolvi o sorriso e me virei para ir até o carro, escutando a porta ser fechada atrás de mim.
Eu não queria ir embora. Mas se ficasse as coisas sairiam totalmente de controle, e eu não era uma pessoa assim.
Será que eu podia me permitir ser uma pessoa assim por ao menos uma noite?
– Para onde vamos, srta? – ouvi a voz do taxista dizer e só assim percebi que já estava sentada no banco do carro. Eu tinha mesmo que ir? Ele também me queria, naquele momento em que tentamos dançar percebi que não era a única ali que tinha atração por ele, eu era correspondida. – Srta? – o taxista insistiu. Eu não iria embora. Eu ia ficar. Eu ia me permitir ter uma noite louca com ele, mesmo que fosse a única. Nós queríamos isso, e não tinha nada para nos impedir.
– Me desculpe. – sorri, retirei uma nota de 50 dólares da bolsa e joguei para ele – Eu vou ficar!
O taxista me olhou confuso e deu de ombros, fechei a porta do carro e corri em direção à casa dele. Toquei a campainha e aguardei impaciente que Jesse viesse abrir.
– O que você está... – ele tentou dizer ao abrir a porta, mas eu não esperei que ele terminasse. Me joguei em cima dele e o empurrei para dentro.
Colei minha boca na dele e senti que ele não retribuiu de imediato, mas não demorou para que sua língua se encontrasse com a minha e incendiasse meu corpo. Jesse fechou a porta e ouvi o tilintar da chaves, ele havia trancado.
Ele ajudou a retirar meu casaco, ainda beijando minha boca. Jesse me puxou pelas pernas, fazendo com que eu rodeasse sua cintura e senti ele me pressionando contra a porta fechada.
Queria ficar com a boca colada na dele, mas eu precisava respirar. Nos separamos por um momento e ficamos nos encarando ofegantes, ele tinha as mãos na minha bunda por baixo do vestido e senti que só com aquele beijo eu estava molhada.
Jessica tinha razão. Ele cheirava a sexo.
Ele continuou me encarando, parecendo pedir permissão para continuar, eu pressionei as pernas contra sua cintura e ele gemeu, descendo os lábios para o meu pescoço. Ele apertava com força a minha bunda e eu gemia mordendo os lábios e forçando seu quadril para mim. Enquanto ele se deliciava no meu colo, subi as mãos para desabotoar sua camisa, e eu tentei abrir os botões, até me cansar e puxar o tecido e vê-los caírem soltos no chão e ele se afastou de mim, com um sorriso sexy nos lábios. E assim tive a visão do paraíso.
Minha nossa!
Aquele peitoral.
Aqueles braços.
Aquela barriga.
Puta que pariu.
Eu estava perdida.
Ele não havia parado com os exercícios, e ele estava melhor do que quando o vi assim pela última vez. E agora eu podia admirar aquilo tudo sem me sentir culpada.
– Está admirando? – ele perguntou, com a voz rouca.
– Puta que pariu... – me permiti passar as mãos pelo seu corpo, arranhando-o levemente com as unhas e ele grunhiu, jogando a cabeça para trás – Você está ainda mais gostoso. – murmurei, olhando em seus olhos. Ele mordeu os lábios, me desencostando da porta e me levando até o sofá.
– Eu quero dizer o mesmo de você, então permita-me tirar esse vestido. – ele murmurou e me colocou de pé. Assenti, e me virei de costas para ele, joguei meu cabelo para frente e indiquei o zíper que ficava na parte de trás do vestido.
Jesse colou seu quadril no meu antes disso, beijando minha nuca e pressionando seu pau, já duro, em mim.
– Meu Deus. – suspirei, me segurando no sofá.
– O que foi? – ele perguntou com a boca na minha orelha, e passando as mãos pelas minhas pernas – Você gosta disso? – murmurou, pressionando o quadril contra minha bunda mais uma vez.
– Sim – gemi, sentindo as mãos grandes dele nos meus seios por cima do vestido – Tira o vestido. – pedi, tentando virar o rosto para ele. Jesse beijou meu pescoço, passando a língua e os dentes pela região descoberta.
– Vou tirar.
Ele se afastou de mim, levando as duas mãos até o feche do vestido, descendo-o. Depois que ele abriu, Jesse retirou a peça do meu corpo, me deixando apenas com uma lingerie de renda preta. Ele me puxou do sofá, colando minhas costas na frente do corpo másculo dele. Gemi ao sentir que ele levou uma das mãos aos meus cabelos, prendendo-o na mão, enquanto a outra passeava pelos meus seios e barriga.
– Você está ainda mais gostosa do que eu me lembrava. – ele murmurou em meu ouvido, enfiando a mão na minha calcinha.
– Meu Deus... – gemi, levando uma mão para trás e me agarrando nas costas dele – Jesse... – foi impossível não gemer seu nome enquanto ele acariciava minhas dobras.
– Você está tão receptiva. – ele murmurou, beijando meu pescoço e enfiando dois dedos em mim – E tão apertada.
– Continua. – eu pedi, tentando abrir o cinto e sua calça.
– Você quer pegar no meu pau, querida? – ele perguntou enquanto me penetrava com os dois dedos e gemi alto. Ele era um cara sacana durante o sexo. Eu não sabia que gostava disso até então. Sempre pensei que aquele momento era onde deveríamos profetizar o amor ao parceiro e idolatrar seus corpos mas... Merda! Eu gostava do modo sujo como estávamos fazendo as coisas.
– Sim, por favor. – implorei.
Jesse grunhiu, dando uma mordida um pouco mais forte no meu ombro que, com certeza, deixaria uma marca depois.
Ele era um dominador na cama, e eu já devia ter percebido isso há tempos.
– Eu preciso sentir o seu gosto... – ele murmurou, tirando suas mãos das minhas pernas. Aproveitei o momento e me virei para ficar frente a frente com ele, mordi os lábios ao ver que ele levava os dois dedos que estavam dentro de mim até a boca. Jesse passava a língua entre os dedos enquanto sorria, e aquilo era excitante pra caramba. Fiquei na ponta dos pés e puxei sua boca na minha, sentindo o meu gosto e o dele enquanto o beijava.
Ele me afastou quando o beijo foi ficando mais tranquilo, e voltou a me colocar de costas e segurando na borda do sofá. Ele abriu meu sutiã, jogando a peça para longe e senti seus lábios descerem por toda as minhas costas, dando mordidas e chupões. E naquele momento eu nem me importava com as marcas que ficariam ali. Ele retirou minha calcinha, e levou meus pés para que ela saísse completamente do meu corpo.
Olhei para baixo e vi que ele estava de joelhos, com o rosto na altura da minha cintura. Com as mãos ele me posicionou, deixando que minha bunda ficasse exposta para ele. Ele mordeu as duas nádegas, apertando-a e beijando-a em seguida. Gemi com o contato, eu precisava que Jesse chegasse no ponto que latejava e implorava pelo toque dele.
– Jesse... – gemi, fechando os olhos e apertando com força o sofá.
– O que? – ele murmurou, lambendo agora minhas coxas.
– Por favor. – pedi, tão baixo que eu nem sabia se ele havia escutado.
– Não estou te ouvindo.
– Por favor, me chupa. – voltei a murmurar, um pouco mais alto dessa vez.
– Repete. – ele pediu, passando a língua devagar na minha umidade, me fazendo gemer alto.
– Eu preciso que chupe a minha boceta. – implorei, falando um palavrão e ele ouvir ele gemer antes de voltar a me lamber.
Meus dedos já estavam brancos de tanta força que eu colocava para segurar meu corpo. Jesse me lambia ferozmente, e eu sentia que não podia ficar mais molhada, estava tão perto de ter um orgasmo que com pouco esforço dele chegaria lá.
Jesse continuou brincando com meus lábios, entrando e saindo de mim com a língua e dedos. Quando desci uma mão para me aliviar, ele a tirou de lá rapidamente.
– Não precisa se preocupar, eu vou fazer isso. – ele murmurou, passando a língua devagar pelo meu clitóris.
– Por favor... – pedi – Preciso gozar.
Ele, vendo o meu desespero, me virou fazendo com que eu ficasse de frente pra ele agora. Sorriu safado pra mim, e levou a língua ao meu clitóris.
– Ai, meu Deus... I-Isso. – gemi, levando uma as mãos até sua cabeça e forçando que ele ficasse lá ate que eu gozasse. Foi uma surpresa sentir os dedos dele me penetrando novamente enquanto ele lambia o meu feche de prazer – Continua... Não p-para, p-por favor. Estou q-quase lá. – já conseguia sentir o orgasmo se aproximando de mim – J-Jesse... – gemi alto, e tentei afastar a cabeça dele das minhas pernas enquanto me derretia na boca dele, mas ele ficou. Lambeu cada gota do meu orgasmo, e deixei meus braços cair no sofá, tentando me segurar.
Quando me acalmei, senti os lábios dele passarem pela minha barriga, chegando até meus seios. Jesse os segurou, enquanto sugava os bicos já rígidos e eu voltei a me excitar.
Ele sabia o que fazer para deixar uma mulher maluca por ele.
– Minha vez. – eu murmurei, subindo a cabeça dele para beijá-lo, enquanto descia as mãos até sua calça, desabotoei a peça e deixei que ele a tirasse.
Passei as mãos por cima de sua cueca boxer, vendo o quão excitado ele estava e confirmando que ele era realmente grande.
– Gostando da vista? – ele perguntou ao ver que eu encarava sua ereção descaradamente.
– Vou gostar mais quando colocá-lo na minha boca. – respondi, mordendo os lábios, não sabendo de onde estava saindo toda essa confiança.
Ele me puxou até o sofá, onde ele se sentou e me colocou sentada em cima dele. Ele beijava minha boca e pescoço, e brincava com os meus seios.
Comecei a beijá-lo no pescoço, peito e ombros, suguei uma porção de pele de seu ombro esquerdo, marcando-o, como ele fez comigo anteriormente.
Ele tinha uma mão prendendo os meus cabelos, e eu desci ainda mais o corpo ficando de joelhos no chão.
Levei as mãos até sua cueca para, finalmente, liberar seu pau.
Eu não tinha visto muitos na minha vida (apenas um pessoalmente e vários em filmes pornôs) e aquilo era uma verdadeira obra de arte.
Era grande, grosso e tinha veias saltando.
Lambi os lábios e o encarei, ele mordia o lábio inferior e eu podia sentir sua respiração ofegante. Ainda olhando em seus olhos, coloquei uma mão na base e levei meus lábios até o ápice, lambendo o líquido pré-ejaculatório.
Ouvi ele gemer e apertar a mão que estava na minha cabeça. Aquilo era um sinal claro para que eu o colocasse na boca e assim o fiz, levei para dentro o máximo que pude, engolindo e chupando avidamente.
– Sarah... – ele gemeu – Puta que pariu, que delícia. – sorri, vendo que ele jogava a cabeça para trás enquanto gemia – Não para. – pediu.
Levei a mão desocupada até suas bolas, massageando-a devagar e sorri satisfeita ao ouvi-lo grunhir alto. Continuei sugando-o com a boca, enquanto o masturbava. Era excitante ver o quão duro ele estava, e eu queria realmente senti-lo dentro de mim.
– Meu Deus... – ele continuou gemendo – Você precisa parar – choramingou – Não vou aguentar muito tempo e eu preciso te foder.
Aquele palavreado sujo me excitou, dei uma ultima sugada em seu pau e passei a língua por toda a extensão antes de subir e sentar em seu colo.
– Pega uma camisinha na minha carteira. – ele murmurou, enquanto o beijava no pescoço. Mas eu não queria preservativo, com aquela merda eu não ia conseguir senti-lo dentro de mim da forma que queria.
– Você... – me afastei, para encará-lo – Você tem alguma doença? – ele franziu a testa, confuso e negou – Eu... Eu também não. E eu sou operada, sabe? – vi um pequeno sorriso se formar em seus lábios – Eu realmente quero sentar em você sem nenhuma porcaria de látex no meio.
– Meu Deus, gata... – ele murmurou, afundando a cabeça no meu pescoço – Você vai me deixar completamente maluco!
Dei de ombros, sorrindo e me ajeitei para sentar em seu pau. Desci devagar, sentindo que ele me abria completamente.
E quando ele entrou o máximo que cabia, eu gemia alto. Completamente entregue.
– Puta que pariu... – ele grunhiu, apertando a minha cintura – Cavalga em mim. – ele pediu, e eu assenti, começando os movimentos.
Jesse me ajudava, puxando minha cintura e me fazendo subir e descer com rapidez.
Eu mantinha minhas mãos em seus ombros, e nós dois olhávamos para nossos corpos se encaixando.
– Meu Deus... – gemi alto, levando uma das mãos para acariciar meus seios.
– Você é muito gostosa... – ele grunhiu, levando o rosto para frente e prendendo um bico entre os dentes – Puta que pariu, Sarah...
– Jesse... – gemi, já não sentindo as minhas pernas e diminuindo a velocidade dos movimentos. Ele percebeu e se levantou do sofá, nós dois ainda conectados, beijava meus lábios e abriu uma porta, que eu só percebi ser o quarto dele quando ele me deitou na cama.
Ele não se deitou comigo, pelo contrário, deixou meu corpo deitado da cintura pra cima e empurrou meus joelhos para cima me deixando totalmente exposta para ele.
– Eu vou te foder com tanta força... – ele prometeu – Se doer você pede pra parar. – ele informou com a voz carinhosa.
Mas eu não ia pedir. Eu queria que ele fizesse exatamente aquilo.
E ele fez.
Naquela posição era possível sentir ele ainda mais fundo.
– Isso... – pedi – Jesse... – fechei os olhos, me segurando no edredom. O suor escorria pelo meu corpo, e quando o encarei pude ver que nele também – Me fode...
A facilidade que aquelas palavras saíram dos meus lábios me assustou completamente. Eu nunca havia sido tão explícita no sexo com alguém, e tudo era o efeito que ele causava em mim.
Ele respondeu ao meu pedido, forçando-se ainda mais contra mim. Jesse levou as mãos ao meu clitóris, acariciando-me e dando o segundo orgasmo da noite.
Eu literalmente gritei seu nome quando os espasmos se acumulam no meu corpo, e pude sentir-se esvaziar dentro de mim.
Jesse afastou nossos corpos, e caiu ao meu lado na cama, eu puxando contra ele. Deixa a sua mãe pousar em sua barriga, enquanto nos acalmávamos.
- Foi começou.
- Maravilhoso. - eu completei.
- Mais do que maravilhoso! - ele me corrigiu e eu sorri, deixando as minhas pernas se enroscar no meio dele.
Ficamos em silêncio durante um tempo, enquanto acariciamos as costas e eu encaro seu corpo se recompor.
- Quer tomar um banho? - ele murmurou um bom tempo depois. Eu estava quase dormindo.
- Quero! - sorri eo encarei.
Ele me puxou da cama, com um sorriso maravilhoso, e me levou para o banheiro.
Fiquei esperando enquanto ligava a água e ajeitava a temperatura. E quando deu o primeiro puxo para baixo e começou tudo de novo.
Mas dessa vez foi diferente, ele foi pressionado contra o azulejo da parede e entrou com a suavidade, sem o avalista de antes.
Acordei na manhã seguinte confusa, abri os olhos e Jesse tinha um movimento na minha cintura, me prendendo na cama.
Sorri ao me dar conta da noite passada. Olhei para ele e dormi tranquilamente, afastei seu braço de mim e sai da cama de passos curtos, não querendo acordá-lo. Não estava bêbado na noite anterior, pelo menos não muito, eu sabia o que a mesma criança fazendo, mas encará-lo agora não era uma boa opção.
Fui para sala onde encontro minhas roupas e como vestibular, pedi um táxi que demoraria vinte minutos e tentei parecer o mais normal possível enquanto me ajeitava no espelho.
Meu corpo todo doía, e eu tinha marcas por todo lado.
Tinha sido muito tempo de uma vez vez.
Volte ao quarto e vi que ele foi mudado de posição, mas não parecia perto de acordar. Me aproximei do criado-mudo e vi uma caneta e um bloco post it azul.
Pense por alguns minutos para saber o que escrever.
Ouvir o barulho de uma buzina e o primeiro cabo já chegou mais cedo do que combinado. Deixe o papel em cima do travesseiro que dormi e dei um sorriso em sua direção antes da saída do quarto.
Obrigada pela noite de ontem.
Você foi incrível.
Ainda somos críticos juntos;)
Com Amor,
Sarah S2
