Doc Magoo's

Capítulo 1

Aprendendo a ser paciente

Mais uma vez Kagome estava fazendo a ronda diurna. Como no campus aonde estudava medicina era difícil encontrar um par de pernas bem torneadas valsando nos corredores, poderia se dar ao luxo de dizer que Kagome tinha essas pernas, e que eram as mais bem dotadas de lá.

Talvez fosse simplesmente porque nenhuma mulher era ao mesmo tempo bonita e esperta, pelo menos eram o que os homens antifeministas diziam a respeito. Principalmente naquela universidade.

Era a mais desejada de toda Paris, e a estaria esse ano ainda concorrendo a ser a melhor no mundo. Talvez porque suas mentes brilhantes fossem mais um mero fruto de criação dos professores que davam mais trabalhos e afazeres do que realmente necessitavam. Palavras da doce Kagome. Que talvez, não fosse esse tipo de doce...

Pelos Deuses! – Gritou ela pela quinta vez naquele mesmo corredor. Os 'novatos' igualmente ela dizia, não estavam se dando muito bem com os instrumentos nos cadáveres. Para a teoria eram os melhores, toda vez que abriam a boca, algo novo sobre a medicina era dita. Mas na prática, aqueles lá não passavam de meros 'imbecis' – Será que um dia vocês conseguirão colocar um cateter de linha central em alguém, sendo que nem mesmo em um morto conseguem? – Indagou ela a outro estudante, que aparentemente nunca havia ficado tão chocado em sua vida.

Pardon – Disse o moço em sotaque carregado de francês, mas ao mesmo tempo sua voz saiu mais tremida do que imaginava – Gostaria que você me mostrasse como se faz, como sabe sou bem na teoria...

Mas na prática é uma droga! – Disse Kagome mais uma vez quase esmurrando o pobre coitado. Viu a face da pequena criatura coberta de medo. Tudo bem que estava no penúltimo ano daquela universidade, que diziam ser a melhor, mas nem por isso teria que agüentar um bando de bebezinhos falando palavras difíceis, sem nem ao menos eles conseguissem fazer essas palavras difíceis funcionarem.

Respirou fundo e pegou mais uma vez um cateter, como bem dizia era o quinto no mesmo corredor, e estava ficando cansada de praticar essas coisas em defuntos, sem ao menos sentir a adrenalina correndo em suas veias.

Após um tempo, já estava na cafeteria. Não conhecia nenhuma mulher naquele campus gigante, nem ao menos uma alma viva feminina.

Estava realmente cansada de ser considerada o centro das atenções, e se não fosse dizer muito, o centro de muitas outras coisas. Os rapazes de lá sempre se apaixonavam por ela, ou melhor, diziam estar apaixonados. Detestava estilhaçar corações, mas sempre fora assim. É claro que como sendo a única mulher ainda dava alguma gratificação. Quando queria algo, era só fazer um beicinho ou uma carinha pidona, e quando o caso era algo superior, desatava em usar saias curtas e camisetas decotadas. Claro, qualquer mulher estaria honrada de ter um corpo definido e curvilíneo igual o dela, principalmente em ter uma mente brilhante, com um QI acima da média que se considerava para mulheres naquele campus, o qual não aceitava qualquer uma que quisesse prestar medicina.

Colocou outro calmante na boca. Sabia quando precisava de algum, e essa era a hora de um! Estava realmente cansada de monitorar os mesmos caras chatos e sem ao menos uma conversa interessante.

O que chateia minha futura esposa? – Indagou alguém sentando-se na mesma mesa em que ela estava. Sorriu quando reconheceu a voz, e ao mesmo tempo uma pontada de dor. Sabia que uma hora ou outra estilhaçaria o coração de seu amigo.

Nada em especial, Kouga – Disse ela lançando-lhe um sorriso maravilhoso, deixando-o de boca aberta, principalmente porque os raios de sol batiam em sua pele um pouco pálida, fazendo-na cada vez mais... Única. Essa era a palavra que ele a definiria.

Estou ligeiramente aliviado – Disse ele pegando a mão dela e deixando-na corar – Mas não a ponto de vê-la tomando três calmantes até agora. Principalmente porque acordou há três horas – Disse ele preocupado.

Não é nada, é que esses estudantes novatos, que suprem somente o desejo infindável pela teoria estão me matando, pois na prática não sabem se quer entubar... – Disse ela desmoronando sobre a mesa, de cansaço.

Aprenda a se acalmar, para depois ensina-los – Disse ele calmamente vendo-na revirar os olhos azuis acinzentados, que passaria horas observando se ela deixasse.

É isso o que estou fazendo, só que não estou aprendendo a ser calma, estou sendo um pouco sensata em não dizer o que aquelas míseras criaturas realmente deveriam ouvir – Disse Kagome mais bufando do que outra coisa.

Tanto faz, sei que não vai me ouvir mesmo... – Disse ele rindo da cara de ofendida que ela fizer – Vai me dizer que é mentira?

Devo admitir que não está mentindo... Mas saiba que também não está totalmente correto – Disse ela sorrindo – Vou me controlar e por meus nervos no lugar.

Thank God! – Disse ele carregando seu sotaque americano, que ás vezes deixava escapar uma ou outra palavra – Mas voltando a falar sério, o chefe pediu para lhe informar que outro aluno do penúltimo ano como você e eu, estará mudando para cá esse começo de ano.

Outro imbecil? – Perguntou ela tomando um gole de sua água e molhando a boca com a língua.

Er... Na realidade não... – Disse ele tentando voltar a realidade após algo tão, sedutor e ao mesmo tempo inocente que Kagome fizera – Ele é um hanyou, é meio-irmão do nosso chefinho, e ele perguntou se você poderia ficar encarregada de dar algumas orientações para ele agora no começo.

O que? EU? – Perguntou ela levantando-se da mesa e chamando mais olhares curiosos do que os que já estavam em sua mira.

Yeah, my dear! – Disse ele tentando acalmar a ferinha – Mas em compensação, você ficará livre daqueles imaturos por dois meses e meio. O que acha agora? – Indagou-a, fazendo-na ficar pensativa.

Talvez isso seja legal... Ele não deve ser tão burro assim, deve?

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AHHHH Como ele consegue ser TÃO burro assim? Indagou-a para si mesma pela décima vez naquele dia.

Me diga, como eu faço isso de novo? – Indagou ele ingenuamente, mas podendo ver o brilho raiva que faiscava naqueles olhos perfeitos.

Posso lhe perguntar algo para variar? – Disse ela querendo que a resposta fosse sim, mas sabia o quão ardiloso uma raposa, ou melhor, um meio cão poderia ser.

Não que ela fosse preconceituosa, mas várias pessoas diziam-na para tomar cuidado com youkais, principalmente com hanyous, não que eles fossem algo fora do comum, apesar de serem eram almas vivas do mesmo modo. Ela nunca teve essa preferência de raças ou divisão das mesmas, mas se todo o hanyou ou youkai fosse idiota do mesmo jeito que esse garoto estava sendo, talvez ela começaria a ter...

Já fez de qualquer jeito... – Disse ele banalmente vendo o brilho intensificar.

Pardon – Disse ela falando com seu próprio sotaque – Mas como você pode ser tão... Tão... – Ela sabia a palavra, e era imbecil, mas dizer isso na cara dura talvez seria algo muito ruim, até mesmo para ela.

Imbecil para ter conseguido uma bolsa de medicina num lugar como esse? – Indagou-a como se fosse a coisa mais obvia nesse mundo. Ela somente balançou a cabeça envergonhada. Nunca fora assim, e não queria ser, principalmente corar na frente de qualquer um... Talvez não qualquer um. Ele era o meio-irmão do chefe, o qual ela já teve muita intimidade, tinha medo de frizar isso na frente de várias pessoas, mas em sua mente era isso o que ela pensava agora. Mas eles pareciam que se davam tão mal... Aquele que estava na sua frente agora era um hanyou, de cabelos pratas e orelhas de cachorro, o qual ela definiu em primeiro lugar de gatinho, talvez fosse porque ele realmente é um gatinho... Riu marotamente com o pensamento. Voltou a prestar atenção quando ele emitiu o som de uma palavra.

Na realidade não sou estúpido, muito menos imbecil, acho que na sua cabeça meu nomezinho é idiota, mas pouco me importo o que pensa sobre mim – Disse ele vendo-na corar e ao mesmo tempo ter uma expressão de fracasso – Mas eu estava odiando vir para cá. Meu pai é dono dessa faculdade, mas quem realmente toma conta e administra é meu meio-irmãozinhoTalvez ele goste de falar em diminutivo às coisas que realmente odeia... Pensou Kagome após vê-lo quase ter um colapso há uma hora atrás quando disse que ele era irmão, e não meio-irmão – Estou cansado de tudo! Só entrei nesse lugar que falam que é maravilhoso, porque meu pai me obrigou. Tá, eu sei que tenho mais de 18 anos, mas você definitivamente não conhece o Senhor Inutaisho.

Pardon – Disse ela vendo-o ficar cansado de falar, talvez ele fosse daqueles caras que mão falassem muito, ou melhor não falassem muito com qualquer um(a). Nesse caso, ela era qualquer uma – Devo admitir que não sabia que essa sua situação fosse assim tão desfavorável para todos os lados. Mil desculpas, não somente por você me contar algo assim, mas por tê-lo chamado, na realidade não fui eu, mas de imbecil... – Disse ela corando assim que ele lançou um olhar um tanto quanto sedutor á ela.

Posso dar um jeito de lhe perdoar fácil, fácil... – Disse ele indo em direção a ela, a qual havia uma porta vai-e-vem bem atrás, ele empurrou com as duas mãos, fazendo-na ficar na direção de sua cabeça e os dois braços em volta dela. O que diabos ele está fazendo? E por que diabos estou tão corada? Indagou a si mesma, mas quando se deu conta estavam em uma maca estranhamente grande.

Ele estava cobrindo seu corpo e um sorriso malicioso saiu de seus lábios. Aqueles orbes dourados fitavam-na inteira, parecia estar nua na frente dele e ele observando-na cada centímetro.

O que diabos está fazendo, Inuyasha? – Perguntou uma voz já conhecida, bem demais para Kagome.

Feh! Nada demais, ela simplesmente queria meu perdão e estou aceitando. – Disse ele obviamente, mas não era tão obvio para ela.

O que? Eu não queria nada disso! Só pedi desculpas por tê-lo chamado de estúpido! Agora vejo que é realmente um! – Disse Kagome saindo de perto dele e indo em direção a Sesshoumaru.

Não se preocupe, ele é um imbecil! – Disse Sesshoumaru saindo da sala, mas sem antes deixar um aviso ao cara emburrada que lá estava – Se tentar mais alguma coisa, estará de suspensão, e ficará na biblioteca lendo livros da primeira a terceira edição de Patologia... E você mais do que ninguém sabe o quão pequeno esses livros são... – Disse Sesshoumaru saindo e deixando os dois sozinhos mais uma vez. Kagome nunca viu Sesshoumaru tão desafiador, e ela sabia o quão pequeno esses livros eram. Não imaginava Inuyasha lendo os três, muito menos o primeiro, e nem ao menos o imaginava sentado em uma biblioteca cheia de nerds e cdfs. Não falando mal sem dúvida, mas ele não pertencia a esse tipo de grupo.

Viu no que me meteu? – Indagou ele olhando-na com repugno.

Eu? – Disse ela inconformada saindo da sala um pouco antes dele.

É você! Foi você quem disse que queria meu perdão... – Disse ele como se sexo fosse um ato de perdão a Deus... Talvez isso fosse hilário em outra ocasião.

Não esse tipo de perdão – Disse ela ficando um pouco rubra lembrando da cena de pura tensão que houve um pouco tempo antes.

Hum... – Murmurou ele olhando-na predadoramente como animal na savana pronto para atacar sua presa – Mas você está corada... Então quer dizer que se apaixonou por esse Deus aqui? – Indagou ele prensando-na na parede.

O que? – Foram as únicas palavras que conseguiu sair de sua boca, ele estava chegando cada vez mais perto, com aquele mesmo sorriso malicioso que estava naquela boca tentadora outrora.

O que pensa que está fazendo com a minha Kagome? – Indagou alguém esmurrando Inuyasha de relance, o qual afundou um pouco a parede do quarto andar onde estavam.

Kouga! – Disse Kagome correndo em direção a ele e abraçando-no, deixando-o corado, mas não em transe como bem gostaria, estava prestando atenção em alguém muito idiota que tentou tirar vantagem, de sua Kagome.

Muito bonito tratando-na como se fosse um objeto – Disse Inuyasha levantando-se normalmente, como se nada houvesse acontecido naquele lugar – Se quer, pode pegar, vou em qualquer prostíbulo de Paris e encontro a mesma coisa que ela, talvez até mesmo um pouco melhor... – Disse ele passando reto sem nem se quer dar satisfação do que havia feito.

Como é pretensioso... – Disse Kouga pasmo com tamanha... Imbecilidade, talvez Sesshoumaru estivesse certo, ele poderia ser imbecil quando bem entendesse, mas sabia ser esperto o suficiente quando menos esperava.

Não se preocupe com ele Kouga – Disse Kagome sorrindo, quando ele perguntou se estava tudo bem – Estou bem sim!

Que bom... Agora vamos, queria só ver você antes de começar meu trabalho sobre bioestatística.

Já é a terceira vez que fala que vai começar esse trabalho, mas até agora não vi nada – Disse ela apressando o passo para continuar na mesma velocidade que Kouga, o qual percebeu e andou um pouco mais lento. Como todos sabiam, ele sempre foi o queridinho das professoras, se envolveu com várias, devo admitir que talvez até mesmo com todas, mas agora estava somente com olhos para ela. Ele é um youkai lobo, um príncipe em sua terra-natal, mas como rico, belo e adorável, ele teria que ter algum defeito. E tinha. Era ciumento demais, e tratava tudo como objeto.

Gimme a break chèrry... – Disse ele tentando imitar algum francês. Viu-a rir, e isso melhorou um pouco seu humor. O qual andava péssimo desde a vinda desse hanyou mal-educado e metido a besta.

Bom tenho que encontrar Inuyasha, preciso mostrar mais lugares para ele... – Disse ela, e quase morreu de uma taquicardia quando viu a cara de lobo abandonado que fizera. Riu com o mesmo e deu-lhe um estalado beijo na bochecha.

Andou um pouco apressada para os corredores um pouco tumultuados demais, e viu os olhares virarem extremamente maliciosos quando se encontravam com seus seios, nádegas e até mesmo pernas. O que não a agradou muito.

Vestia uma saia preta, mais basicamente parecida com de uma colegial, e uma camiseta de botões, a qual era aberta levemente na altura do colo e branca, deixando o sutiã quase transparente aparecer de leve. Seus cabelos estavam amarrados em um coque que estava quase caindo, parou sua caminhada frenética e retirou o palito japonês que os seguravam. Viu várias bocas abertas em torno de si, jogou seu cabelo para trás e observou alguém em especial.

Inuyasha a observava com o canto dos olhos. Apesar de estar compenetrado em sua beleza, tanto interior quanto exterior, tinha colocado em sua mente que gastar tempo com mulher era perda de tempo na certa. Namorara uma víbora, que parecia muito Kagome, exteriormente, é claro. Pois viu o quanto paciente e dedicada ela fora com ele, apesar de somente três dias que estava ali.

Viu-a correr alegremente em sua direção. Ingenuidade e pureza eram o que não faltava nessa garota, apesar de nem garota realmente ser, e nem mesmo pura ela fosse. Mas não era isso o que contava.

Viu-a parar em sua frente e lançar-lhe um maravilhoso sorriso, me prenso a dizer estupendo, pois ele ainda não tinha visto um verdadeiro sorriso de Kagome Higurashi, o que pelo menos, era comentado em todo o campus.

Pardon chèrry... – Disse Inuyasha olhando-na nos olhos, e ficou extremamente satisfeito quando viu-a corar – Minha atitude fora um caos há pouco tempo atrás.

Que bom que recorda e sabe ser um cavalheiro... Às vezes... – Disse ela vendo a cara de indignação barata que ele fizera

Como pode dizer tal coisa de mim? Sinto-me ultrajado – Disse ele imitando Hamlet – Oh Deus... Ser ou Não ser... Eis a questão...

Obras de Shakespeare não me emocionam tão facilmente... – Disse ela rindo quando ele pousou sua mão em sua própria testa – Mas uma cena um tanto quanto gay chama muito minha atenção – Disse ela rindo quando viu a verdadeira indignação que ele lançara.

Só queria melhorar um pouco do ar pesado que deixei aqui... Feh, percebo que não gosta de coisas engraçadas – Disse ele cruzando os braços no tórax bem definido, mesmo pela camiseta mostrava-o livremente. Talvez fosse a natação que havia deixado-o desse jeito. Ela sorriu e agarrou seu braço direito, o qual percebeu olhares maléficos em sua direção.

Só estava brincando Inuzinho – Disse ela rindo da cara de nojento que ele fizera – Tudo bem, para o ar ficar um pouco melhor, que tal almoçarmos no Doc Magoo's? É uma lanchonete aqui perto, na realidade em frente ao campus, mas tenho que admitir que não estou inspirada a dirigir – Disse ela cansada esperando a resposta dele, o qual revirou os olhos.

Okay... Eu dirijo, mas a gasolina é por sua conta! – Disse ele indo ao seu quarto para pegar as chaves.

Nossa! Se fossemos gastar muito... – Disse ela parando na porta do quarto e sem querer observando dentro dele Um pouco arrumado demais para um homem... Pensou ela, quando nem ao menos uma revista de mulher pelada encontrou, mas sim um pacote de camisinhas jogado no sofá e uma calcinha perto da T.v. Homens... Todos iguais, não conseguem segurar o animal que está dentro de si... Se bem que isso virou uma metáfora para esse caso... Disse ela observando a calcinha de renda rosa e preta. Não viu ele vindo em sua direção e parando para ver o que ela tanto observava. Riu com a cena ridícula.

Nunca imaginei que estava precisando tanto de uma calcinha – Disse ele vendo-na ficar extremamente corada e rindo com isso.

Não é isso... Só estava pensando que os homens nunca mudam... – Disse ela seguindo ele lado a lado.

Muito menos as mulheres, que tiram a calcinha e arreganham a perna para nós... – Disse ele parecendo que as palavras fluíram de sua boca tão facilmente como o canto dos pássaros, mas essas palavras não foram muito bem vindo para Kagome.

Como você consegue tirar proveito disso? – Indagou Kagome parcialmente pasma.

Gozando, talvez... – Disse ele em seu ouvido, Kagome corou até as orelhas.

Como é imaturo... – Murmurou ela baixo, mas só escutou um eu ouvi por parte dele – Vamos passar no meu quarto para poder pegar minha bolsa – Disse Kagome mudando o curso do caminho.

Tanto faz, no final é sempre o homem que paga a conta mesmo – Disse ele seguindo-na, ela riu com o comentário. Mas simplesmente odiava quando um homem ou amiga pagava a conta para ela. Realmente não gostava.

Abriu a porta, e por ela saiu um leve perfume de sakuras e magnólias misturadas no ar como uma essência perfeita. Ele sabia que ela tinha esse cheiro, e nunca sentiu mulher alguma cheirar tão bem quanto ela. Viu entrar um pouco apressada.

Pode entrar se quiser, mas não repare a bagunça, dormi vendo T.v. ontem a noite – Disse ela indo em direção ao quarto. Pois no campus, eles poderiam alugar quartos, ou melhor, como eles eram os mais inteligentes, eles cediam os melhores quartos.

O de Kagome não era de se jogar fora. Tinha um tom rosa claro bem peculiar, diria, e também cortinas lilases transparentes. Um toque bem feminino.

Inuyasha adentrou no cômodo e fechou a porta. Seguindo reto teria a sala de T.v., que como ela bem dissera, algumas poucas roupas estavam jogadas no chão. Poucas roupas mesmo. Pensou Inuyasha enquanto fitava a camisola dela, que mais parecia uma camisetinha. Agora entendo porque os homens daqui só falam nela. Devem ter pelo menos ousado em entrar no quarto dela, ou melhor, bater na porta do quarto a noite... Pensava ele enquanto caminhava em direção ao quarto dela. O qual não fora chamado para entrar, mas como já estava ali, não tinha nada a perder.

Passou por um banheiro, e lá um cheiro forte e um aroma inigualável chamou sua atenção. Sim, era o cheiro único dela. Se houvesse se quer um youkai ou hanyou naquele campus, o mesmo já teria sentido esse aroma forte de mulher sensual nos corredores, mas tinha quase certeza que ninguém pode sentir tão próximo assim... Exceto aquele idiota! Kouga, sim ele já havia sentido esse cheiro várias, e várias vezes, mas assim como sentiu, não pôde fazer absolutamente nada, ele era somente um grande amigo dela.

Entrou no quarto e viu algumas peças de roupa jogada no chão. Na realidade eram somente calcinhas, e poderia dizer as menores que já havia visto. Uma com renda, duas com lacinho do lado e mais algumas que lá tinham. Acho que essa mulher quer me enlouquecer. Pensou ele enquanto viu ela dar um sorriso para ele quando fechou o closet.

Vamos? – Indagou ela ainda sorrindo.

Feh! Demorou demais para o meu gosto – Disse ele querendo manter o tom de ranzinza ainda na voz, o que realmente não adiantou nas próximas palavras que ela proferiu.

Acho que para o meu gosto homens não devem nem ao menos encarar calcinhas pensando em alguma mulher dentro. Ou fora, como preferir.

Essa fora a gota d'água. Ela realmente queria deixa-lo louco, ou pelo menos tentar. Engasgou quando ouviu essas palavras. Ainda mais quando eles foram ao carro sem dizer uma palavra. Mas observando-na atentamente com os dois olhos, talvez estivesse possessivo demais com algo que nem mesmo era dele... Mas acabara de dizer que somente aquele lobo tratava ela como uma coisa... Teve a leve impressão que ele também, não só ele, mas qualquer homem daquele lugar.

Posso ligar o som? – Indagou ela segurando alguns cabelos que teimavam em voar em seu rosto com aquele vento, um pouco forte demais, de verão. Ele estava estático. Como ela poderia ser tão bela em qualquer situação? Ninguém saberia responder, mas será mesmo que ela poderia ser tão esperta como o irmão dele dissera? Ele não sabia responder. Se meu irmão, corrigindo, meio-irmão está zoando com a minha cara e querendo que eu vire um nerd de primeira, ainda quebro a cara dele. Principalmente porque a única mulher que realmente gostei era uma cascavel do caramba. E esperta era o que ela não era! Pensou Inuyasha depois de fazer um sim com a cabeça.

Chegaram ao seu destino em dez minutos. O campus era um lugar grande suficiente para se perder, Kagome que o diga, já havia se perdido lá várias vezes no primeiro ano.

Posso te fazer uma pergunta? – Disse ela segurando sua saia para não voar, mas sem querer dera uma brecha livre a Inuyasha, que como qualquer homem, não se segurou e observou educadamente, se isso pelo menos existisse.

Pode – Disse ele limpando a garganta. Pois havia ficado sem falas. Ela nem ao menos tinha uma estria ou algo do tipo. Ela era bem nova para ficar enfurnada em um campus cheio de cdfs, gostaria muito de perguntar a idade dela, e quem sabe, se ela fosse um pouco desbocada, saberia mais coisas, que nem mesmo Kouga saberia.

Você não conversa muito a meu ver... Posso te perguntar o por que? – Indagou ela enquanto entraram na lanchonete, que naquele horário estava visivelmente vazia.

Já perguntou de qualquer jeito. Mas como você bem disse, para eu ser um pouco mais educado, vou responder. É que como sou um hanyou, sou muitas vezes excluído geral da sociedade, principalmente por ser da família Inu no Taisho. Pois são raros os youkais cachorros, e sem querer, nossa família já foi muito mais rica do que é hoje, mas apesar disso, as pessoas só vangloriam meu pai e meu meio-irmão. Como hanyou sou excluído facilmente, e pelo jeito ninguém realmente se importa comigo.

Eu me importo! – Disse Kagome um tanto brava, pois queria dizer umas poucas e boas para essas pessoas – Desculpa, mas eu realmente me importo. Para mim qualquer ser vivo que eu conheça e é legal comigo já é praticamente meu amigo. Pode ser que esteja falando besteira, mas realmente gostei de você... Não estou vendo se é hanyou, youkai ou um humano, mas estou vendo como meu amigo... – Disse ela sorrindo amavelmente para ele, o qual ficou corado e ao mesmo tempo abobalhado. Nunca pensou que uma garota fosse realmente gostar dele, mesmo que fosse só por amizade.

Thank's – Disse ele com um sotaque carregado de americano, sua voz estava fina diante da situação. Após um tempo sem dizer nada e só olhando os menus, Inuyasha não se segurou – Desculpa, mas queria muito saber quantos anos você tem... É que me parece um pouco nova demais para estar aqui.

E sou – Disse ela rindo da cara dele – Vai se assustar quando disser minha idade, mas passei de ano muito rápido, quando era adolescente, era horrível. A ovelha negra da família. Mas em compensação era esperta demais – Disse ela rindo vendo a cara dele de prossiga garota! – Acho que não quer ouvir minha historia... Tenho vinte e dois anos – Disse ela vendo a cara dele ficar realmente espantada.

Nossa! Supunha que era nova, mas não tanto assim... – Disse ele fechando a boca de surpresa – Deve ser por isso que as curvas estão realmente ótimas para um lugar como esse.

Ei! – Disse ela ultrajada – Tudo bem ser nova, mas não gosto que repare muito em mim... Apesar de ser a única alma viva feminina nessa universidade.

Então dá para reparar em você por aqui... – Disse ele rindo – Se algum marmanjo quer te comer, e você não quer, ele terá que ir para algum prostíbulo, ou alugar um motel e levar alguma prostituta lá. – Disse ele O pior de tudo, o que ele fala é a mais pura verdade pensou Kagome consigo mesma.

Ta, tá! Tanto faz... Não vai mudar muita coisa a gente discutir isso agora. Bom o que vai querer? – Indagou ela voltando a tenção ao menu.

Será que ela é sempre sensual assim, mesmo não querendo? Indagou Inuyasha enquanto prestava atenção ao seios da garota indo e voltando com o ar que exalava. Se segurou.

Ah! Já sei! Vou pedir um cachorro quente... Faz tempo que não como um. – Disse ela pedindo a mesma coisa ao atendente.

Agora sim, eu sei que ela quer me enlouquecer! Imagine só, ela comendo cachorro quente na minha frente... Eu ainda morro! Pensou ele querendo voltar a atenção ao menu, o que não estava adiantando muito.

E você?

Eu o que? – Disse ele mais perdido do que outra coisa.

E o que você vai pedir? – Indagou ela como se estivesse falando com uma criança, o qual não gostou muito.

Ah... Eu não sei... Acho que um lanche natural – Disse ele pedindo ao atendente também.

Ela olhou para ele e sorriu, querendo pelo menos ter uma conversa. Observou-o atentamente É, ele é um hanyou, mas e daí? Ele tem umas orelhas muito fofas... Será que ele me deixa pegar? Acho que não... Ai... Eu adorei a cor do cabelo dele... Prata, que dera eu ter a cor desse cabelo, é mais claro do que a do Sesshy... Ops, eu tenho que parar com esse apelido... Pensava ela enquanto olhava curiosa para ele.

Tem alguma coisa errada na minha cara? – perguntou ele fazendo-na sair de seus devaneios.

O que? – Disse ela não ouvindo muito bem o que ele dissera.

É que você estava me olhando tanto... – Disse ele banalmente olhando para fora, fingindo que ela nem estava ali.

Ah, desculpa, fui rude. Mas é que eu... Eu... – Disse ela tentando ao máximo se segurar para não fazer uma pergunta inapropriada.

Eu o que? É gaga? Acho que não, até agora falou normal – Disse ele olhando mais observador do que nunca para a janela. E deixando-o estranhamente sedutor.

Ai, desculpa. Mas tenho que fazer isso! – Disse ela pulando e ficando meio que em cima da mesa. E agarrando com velocidade as orelhas dele. Fez um carinho bem devagar nelas.

O que pensa que está fazendo? – Indagou ele depois de um tempo naquela posição. É claro, ele estava adorando. Sem querer a camiseta havia se aberto mais, e mostrado os seios fartos dela, juntamente com o sutiã de renda prata. Ele não imaginou que fosse grande o suficiente para aquele corpo, que se tocado talvez se definhasse.

Desculpa – Disse ela se recompondo em seu lugar – É que eu achei tão adorável as suas orelhas que não resisti – Disse ela meigamente, pegando uma mecha de seu cabelo e brincando com ela, com tanta inocência, que foi ele que quase não resistiu.

God, o que eu fiz de tão mau a você para me julgar assim. Ela é perfeita! Se desculpa por tudo. E você deveria estar de muito bom humor quando fez ela. Bom humor e ótimas mãos.

Aqui está! – Disse o garçom colocando os lanches em cima da mesa.

Desculpa, mas tem maionese? – Indagou ela. É AGORA QUE ELA REALMENTE QUER ME MATAR DE LOUCURA!

Tem. Esta no balcão. Espera um pouco que já trago. – Disse ele um pouco maravilhado demais com a beleza dela.

Obrigada – Disse ela docemente

Você se importaria se eu fosse no banheiro? – Perguntou ele segurando-se ao máximo. Só de pensar nela comendo cachorro quente, talvez ele explodiria de tamanho tesão.

Claro que não. Pode ir, mas posso ir comendo enquanto isso? – Perguntou ela.

Qualquer coisa... – Disse ele, e mais do que correndo já estava no banheiro.

Depois de um tempo ele sai, extremamente aliviado. Mas não imaginava que ela estaria comendo. Deu mais uma mordida e limpou com o dedo indicador, suavemente um pouco de maionese que havia ficado em sua boca.

Será que eu agüento? Perguntou ele olhando para os céus.


Konban wa minna

Sei que querem me matar, mas não estou conseguindo escrever uma linha boa para o "Making Songs".

Eu tento, já tentei acho que umas cinco ou seis vezes, mas sempre apago e tento escrever algo novo... Devo admitir que está enjoante.

Bom é só e espero que gostem dessa fic, ainda tem muita coisa para rolar

HuHuHu... talvez eu coloque em M, mas até agora vai ficar em T.

Kissus