Tudo começa com um convite que Sara recebe para participar de uma reunião em Harvard. Ela vai com Grissom e lá encontra antigos colegas, e um ex-namorado, que vai acender os ciúmes de Grissom Ao lado disso um crime sacudirá os meios acadêmicos. Quem o terá cometido? Por que?
Disclaimer: Os personagens Sara Sidle e Gil Grissom, não me pertencem.
Shipper: GSR.
Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.
William Shakespeare
Capítulo 1
Sara estava sentada à mesa da cozinha saboreando sua xícara de café. Tinha sido uma excelente refeição. Sempre era, quando Grissom cozinhava. Entre outros atributos, ele cozinhava muito bem. Ele tinha chegado a uma semana e ficaria mais uma, até partir novamente.
Ela sabia que ninguém entendia aquele relacionamento maluco. Mas não importava; o que interessava mesmo é que eles eram felizes vivendo assim. Não lhes interessavam outras opiniões.
Ele saíra a fim de verificar a caixa de correspondência. Voltou pouco depois, com a mão esquerda segurando uma boa quantidade de papelada e a direita, chacoalhando um envelope.
- Carta para você! – Avisou eufórico. – De Boston!
- Pra mim? De BOSTON? – Nem imaginando de quem seria ela tinha a testa franzida. – De quem poderá ser?
Ela pegou o envelope das mãos de Grissom, ainda cismada. Antes de abri-lo, deu uma olhada no remetente. Seu semblante desanuviou-se e um sorriso abriu-se:
-Ah, é de Louise Stillman; uma colega de Harvard! Nossa! Faz tanto tempo... O que será que ela quer? – Ficou olhando pensativa para o envelope.
Grissom que já começava a ficar curioso sobre o conteúdo do envelope, arreliou com ela:
- Você não vai saber se ficar só olhando para ele.
- Tem razão; que estupidez a minha! – Disse rasgando afoitamente o envelope.
Começou a ler a carta e de vez em quando sorria. Essa atitude deixava o marido, cada vez mais curioso. Sara parecia deliciar-se com as notícias da amiga.
- Ela está me convidando para uma reunião de ex-alunos. Alguns professores estarão lá também. Acho que será divertido! Aqui está o convite. – Mostrou um cartão para Grissom.
- Você vai?
- Pretendia... Mas acho difícil Cath me liberar por uma semana...
- Talvez.. Você mesma disse que esta semana está calma.
- Esta semana, não posso dizer da próxima semana.
- E pra que você precisa de uma semana? É justamente o tempo que temos para ficar juntos. – Estava visivelmente chateado.
Ela levantou-se e foi abraçá-lo:
- Aborrecido, amor?
- Lógico! Já é tão difícil ficarmos juntos... Por outro lado, não gostaria de privá-la de encontrar seus amigos. E talvez não seja necessário...
- NÃO! – Ela arregalou os olhos sem entender.
Ele mostrou-lhe o convite.
- Aqui diz que você pode levar um acompanhante; que tal você me levar? Podia ser muito interessante..._
- Oh, você faria isso por mim, querido? As recordações de outras pessoas podem ser muito enfadonhas... – ela disse se atirando sorridente em seus braços.
-Pode ser muito divertido... Além do mais, é uma boa chance de conhecer você, naquela época!
- Acredite-me: eu não tinha nada de especial, naquela época...
- Deixe-me julgar isso! – Finalizou ele..
Dias depois, devidamente licenciada por Catherine, Sara voou para Boston, levando Grissom a tiracolo. No aeroporto, em Boston,uma loira empetecada, segurava uma tabuleta branca, escrita em azul "Sara Sidle".Sara reconheceu Louise, pois a amiga tinha mudado pouco nestes anos: tinha encorpado, e à custa de plásticas, o rosto continuava quase igual.
Sara acenou para ela, e imediatamente foi até lá. Tirando a efusão inicial dos cumprimentos, enquanto foram para o carro, ficaram em silêncio, as mulheres se estudando e se comparando, avaliou Grissom.
No carro voltou a tagarelice.
- Vocês ficam em minha casa. Nem se discute! – Falou Louise. – Casei, me divorciei, fiquei com a casa e o sobrenome: Louise Stillman Stalker; gostei ou me acostumei com o sobrenome, sei lá!- Concluiu sorridente.
- Você se divorciou há muito tempo?
- Coisa de cinco anos.
- E voltou a se casar?
Louise nessa hora teve pena de Sara. O marido apresentado por ela, além de velho era estúpido? Não tinha acabado de dizer, que continuara com o nome do marido? Grissom não estava pensando muito no que dizia, só queria se enturmar, com os antigos companheiros de Sara.
- NÃO! Acho que não tenho paciência para estar casada. – Riu Louise. – Prefiro namorar é mais divertido!
Grissom no banco detrás do carro, pensava que por trás daquela fachada risonha, devia se esconder uma pessoa triste e solitária. Recostou-se no banco e fechou os olhos. Pensou no casamento, como uma coisa ótima! Pudera! Ele estava levando propriamente vida de solteiro.
Sara sentiu um desconforto repentino: o sol refletiu em sua aliança. Instintivamente foi com o corpo para trás, cerrou momentaneamente, os olhos e pensou que de fato a paciência, era importantíssima, num casamento. Era preciso ter estofo para agüentar isso, sem pensar em divórcio.
Ela e Grissom estavam bem. Entendiam-se na cama como nunca... Quando longe, conversavam longamente pelo Skipe... Ele ainda cozinhava coisas gostosas... Mas...
