Humanos são loiros e vampiros são ruivos...
... Mel é doce, mas não é tão doce quanto você.
Declaração: Saint Seiya não é meu... Se fosse, Orpheu teria conhecido Alberich.
Descrição: O loiro trabalha numa floricultura. O ruivo, bem... Acredite ou não, é um meio-vampiro bilionário! A vida(?) desses dois irão dar mil voltas quando os dentes de um cravar no punho do outro... Yaoi.
ApresentaçãoxEncontro
Colocou o volumoso vaso, contendo formosas Violetas gigantes, exposto na vitrine da loja. Após isso se virou, indo pegar algumas ferramentas, para assim tratar de algumas rosas que tinham crescido rapidamente, para alegria do patrão, porque essas flores românticas estavam entre as mais cobiçadas na época. O jovem, porém habilidoso, loiro de apenas dezoito anos tinha se mostrado copetente até agora, coisa realmente rara de se ver nos dias de hoje. E ele também era um prodígio da música! Poderia estar se apresentando na rádio, num programa de TV, mas ao invés disso, preferiu trabalhar numa pequena e velha floricultura.
Os seus amigos nunca compreenderam essa escolha dele. Nem sua tia, que sonhava em ver o garoto ficar famoso e dar uma vida ainda mais luxuosa para a mesma. Eles não o entendiam. Apesar de amar ficar colado ao seu violão, nas horas vagas, seu amor para ver a vida se desenvolver era maior. Além disso, o chefe lhe pagava consideravelmente bem, para quem tinha começado em poucas semanas. Às vezes também atendia o balcão, para a alegria das garotas, que passavam ali somente para ver o loiro trabalhando. Algumas compravam sementes, aconselhadas pelo 'alvo', outras apenas olhavam a loja e espreitavam-no por alguns minutos.
Além disso, o rapaz sempre ouvia conselhos de sua tia. Ela não cansava de falar; toda vez que ele ia para a cozinha preparar algo, começava:
" Meu sobrinho, você já não pensou em ser ator? Sabe, com um pouco de esforço, você logo seria contratado e apareceria numa dessas novelas, isso num piscar de olhos! E quando os abrisse, estaria rico!
Sinceramente, não deseja se apresentar? Eu tenho um amigo que trabalha na rádio e eu posso pedir uma ajudinha a ele...
E então? Como vai o garanhão? Já conquistou alguma mocinha rica, ou só as pobres te olham? Não querido, não me leve a mal... Mas é que naquele 'beco' acho difícil alguma menina de boa família entrar. Ah, mas se alguma aparecer a trate muito bem! Quem sabe vocês acabem se casando e vamos morar numa daquelas mansões? Já pensou nisso?"
E essas eram as sábias palavras dela. Enquanto isso, picava, lavava, tirava a casca, ou seja, fazia o almoço ou a janta deles, isso sem errar no tempero ou deixar queimar a comida. Não sabia como realizar todas aquelas 'previsões'. Primeiro, não gostava muito de atuar. Segundo, ele só tocava para passar o tempo e não se considerava tão bom assim. E terceiro, era tímido e sempre tentava ao máximo trabalhar nos fundos do local, para não ser assediado pelas pretendentes. O que não dava muito certo.
Tendo terminado de eliminar as folhas defeituosas, recolocou as rosas na vitrine, molhando-as em seguida. Nesse exato momento, o sino de prata que ficava sobre a porta emitiu seu som, anunciando a chegada de um cliente. Olhou para o lado e se surpriendeu com tal figura...
Era um homem ruivo, devia estar na casa dos vinte ainda, que exibia cintilantes olhos verdes, quase esmeraldas. Sua pele era tão pálida que, comparado a sua, ganhava em termos de pureza. Ele tinha uma pele branca, que causava inveja a qualquer fantasma, mas o do outro... Ofuscava a vista de tão brilhante. Em contraste, usava um sobretudo preto e uma corrente prateada. Não usava uma única peça branca, até a camisa era negra. O mais novo recolheu seu regador e se foi para o fundo. Tinha trabalho a fazer, e não podia ficar admirando um consumidor. O adulto de rubros fios de cabelo se aproximou lentamente, e de forma felina, da balconista. Esta, ainda estava com os olhos pregados nele e com a boca aberta.
- Com licença senhorita... Eu gostaria de saber se rosas vermelhas e gladíolos brancos se encontram a venda.
- E-e-e-eu já irei conferir, senhor... Espere um instante. - Sentindo o ambiente quente, a humana de poucos anos mais velha que o loiro, foi atrás do mesmo.
- Orpheu! Orpheu! Venha aqui, rápido!
- Sim, Madelaine. O que foi?
- Tem gladíolos brancos e rosas vermelhas?
- Sim, eles já se desabrocharam...
- Ótimo, então, vai atender o cliente!
- Mas eu ainda não acabei de...
- Deixa que eu faço, mas vai logo! - E empurrando o mais jovem para a porta, se virou, indo fazer alguma coisa...
- Hum... Bem, bom dia senhor. Me informaram que gostaria de rosas vermelhas e gladíolos brancos. Temos ambos. - Orpheu se aproximou do balcão, encarando o ser muito interessante para outros, como se fosse uma pessoa normal. Aliás, isso era anormal, porque ao redor, muitos dos funcionários tinham parado de se moverem e estavam observando os dois.
- Ah, que ótimo! - Dando um leve sorriso, se debruçou sobre a madeira lisa e escura, entrelaçando seus dedos enluvados, se apoiando nos cotovelos. - Então, gostaria de pedir um buque. Entregue nesse endereço, às duas da tarde, sim? - Passou um cartão com o seu nome, endereço e telefone.
- Sim, senhor. - Mexeu no computador e tirou a nota fiscal, entregando para o comprador com outra sob a mesma. - Por favor, assine aqui, sim? E o preço é de vinte e um dólares, senhor.
- Mas que coincidência... - Deslizou a caneta no papel amarelado, entregando-a. - É a minha idade. - Terminando de dizer aquilo, entregou as notas ao atendente e se elevou, para a infelicidade de seus admiradores de última hora. O misterioso homem ficava muito sexy naquela posição...
Não eram somente as funcionarias que o olhavam. As fãs do músico também observavam o estranho de preto, quase babando, desmaiando, gritando, etc. Algumas não conseguiam pegar o celular direito, para tirar uma foto; ora deixavam o objeto cair, ou estava sem bateria. Mas todas pensavam na mesma coisa: Aqueles dois juntos formavam uma bela dupla... Orpheu, por sua simplicidade e serenidade, e o outro, por exercer uma atração fortíssima nas pessoas e o mistério exalado dele. No momento seguinte, duas moças se seguraram para não cairem no chão e uma funcionária deixou alguns saquinhos, com sementes, escaparem de sua mão.
- O senhor é bem jovem. - O loiro sorriu, enquanto calculava o troco. O pálido fez o mesmo gesto, mas não para retribuir o sorriso do loiro. Pensou consigo mesmo que isso era irônico... Alguém como ele, jovem...
- Me diga, quantos anos tem?
- Dezenove. Acabei de fazer ontem...
- Então, meus parabéns atrasados. - E, numa ação inesperada, ajeitou algumas mechas douradas dele, colocando-as mais para o lado, mais precisamente, atrás da orelha. - Devia cuidar mais da aparência...
- Ah... Obrigado, senhor. - Como se aquilo fosse muito normal, tirou um fio rosado da roupa cor de Ébano.
- Pode me chamar de Alberich, garoto. - Pegando o troco, se virou e deu um aceno com a mão. - Adeus Orpheu.
- Ah... Thau! - Ficou confuso. Assim como todos, acompanhou com seus olhos a figura. Como ele poderia saber seu nome, se não usava um cracha e nem dissera seu nome?
- Orpheuuu! Você conhece ele?
- Feuuu! Vocês são amigos? Me passa o número dele?
- E então? Deu tudo certo?
- Bolas! Perdi a melhor foto da minha vida! Será que ele volta aqui?
- Ele TEM que voltar! ELE TEM!
As vozes femininas invadiram o local. Se esquivando delas, deixou o posto, porque a balconista tinha reaparecido. Suspirou, indo falar com o office-boy chamado Seiya. O garoto era muito desastroso para cuidar de plantas, mas habilidoso para entregá-las intactas nas casas dos clientes. Encontrou-o na rua, acabando de voltar de mais uma entrega.
- Seiya! Tem um minuto?
- Sim Orpheu! Chega aí!
- Bem, você tem uma entrega para amanhã... Por acaso você conhece a Rua Luisiano?
- Claro, fica a caminho de minha casa!
- Ótimo. Tome, o cliente deu o cartão. - Depositou nas mãos mais morenas o papel, mas isso talvez tivesse sido um erro...
- Nossa!!! Não acredito!!! Ele! É ELE! Não, isso tem que ser uma pegadinha!
- Calma! O que foi?
- Orpheu, você por acaso sabe quem é Alberich XVIII Megrez?
- Claro. O cliente que eu atendi... - Notando o arregalar dos olhos castanhos, teve certeza que o tal homem era 'algo mais do que um simples cara'.
- Meu! Ele é o dono da mais tradicional empresa de eletrônicos do mundo! A melhor, a incrível... Megrez Company!!! - Sua emoção era tamanha que, quase caiu da moto.
- Cuidado Seiya!
- Tá, tô bem... Tô bem... Mas fala! Isso não é brincadeira, né?
- Não.
- Então, o que deu no cara para comprar aqui? Quer dizer... Ele poderia ir para uma dessas floriculturas mais frescurentas e talz, mas... Veio aqui.
- Hum... - Deixou o amigo sem resposta, enquanto viajava em pensamentos. A rua, onde se encontrava a morada dele, era paralela a sua. "Então, aquela mansão enorme e brilhante deve ser do Alberich", pensou.
- WOW! Estou super ansioso para fazer essa entrega! Mas bolas, é só amanhã! Estou super nervoso também! Vou conhecer o dono da Megrez Company! E... Ahhhh!
- Seiya! - Não houve tempo. O moreno pretendia sair de cima de sua moto, mas, ao fazer isso, tropeçou nos próprios pés e caiu de mal jeito no asfalto. - Seiya, você está bem?
- C-claro! Eu estou... Bem sim. - Não era bom em mentir. Dava para perceber pelo tom de sua voz, e pela expressão do rosto. Orpheu o fez sentar e se ajoelhou, tocando algumas partes da perna do menor. - O'rpheu! Eu tô legal cara! Só foi um tombinhoooaaaahhhhh!
- Sei, sei... - Mal relou no tornozelo e o outro já gritava. Tirou o tênis com calma, assim com o a meia também e confirmou o que receiava. Seiya tinha torcido o tornozelo. - Droga!
- Ei cara, não foi nada... É só tacar água fria que passa!
- Seiya, você não pode entregar nada com esse machucado!
- Mas Orpheu...
- Mas nada! Vamos, se apoie em mim, vou te levar para o hostipal!
- E o trabalho?
- Irei falar com a Susy. Ela irá explicar tudo ao chefe. - Passou, impacientemente, o braço do outro ao redor de seu pescoço, o levou para a moto e ajudou-o a se sentar. Colocou o tênis e a meia dentro do local onde as flores ficavam e montou-a, girando a chave. Logo, estavam na estrada...
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- ... E foi isso o que aconteceu, Susy. Por favor, poderia explicar tudo ao chefe? Ah, muito obrigado. Até. - Desligou o celular do amigo. Ajeitou o capacete que ele estava usando antes no colo e voltou sua atenção a ele.
- Então, como ia dizendo, Seiya precisa ficar em repousou pelo menos um mês...
- UM MÊS SHIRYU?! Não, não fala isso! Olha, não tem nenhuma cirurgia que eu possa fazer para eu ficar bom para ontem?!
- Não, Seiya. - O chinês de longos cabelos negros suspirou. - É em aproximadamente um mês... Isso se você não forçar.
- Um mês... um mês... Oh...! - Colocou as mãos no rosto e no cabelo, totalmente triste.
- Mas afinal, porque você está tão eufórico assim?
- Bem, eu posso explicar. - Se intrometeu Orpheu. - A floricultura recebeu um pedido de entrega em domicílio, que por acaso, foi um dono de uma empresa famosa que fez. E o Seiya gostaria muito de conhecê-lo, mas com esse acontecimento inesperado...
- Sim, entendo. - Shiryu sorriu para o amigo, colocando sua mão no ombro dele. - Não fique assim. Quem sabe ele fará outro pedido, quando você já estiver em condições de andar?
- Droga! Bolas! Tudo por causa de uma dorzinha, eu não posso ir... - E continuou a dizer coisas ainda mais bonitas, sussurando, claro.
- Agora, você me surpriendeu Orpheu...
- Hã?
- Não sabia que você andava de moto.
- Bem, às vezes eu uso a moto de meu tio, para ir comprar alguma coisa no supermercado.
- Entendo. Bem, agora quero saber como Seiya voltará para casa. - O lindo e jovem médico, com avental impecávelmente branco e óculos, olhou para o relógio.
- Eu vou levá-lo de moto.
- Aos seus cuidados, confio até minha vida.
Ambos riram, somente o moleque e paciênte ainda estava com a cara emburrada, resmungando sem parar. Seiya e ele logo estavam novamente nas ruas da cidade, andando naquela moto barata e resistente, de coloração azul, e então, depois de alguns minutos chegaram no apartamento do garoto. Depois de se certificar que o amigo estava são e salvo, no sofá da sala, é que o loiro foi embora a pé. Passando ao lado de uma loja de eletrônicos, olhou o horário. Hora de se recolher. Apertou o passo, sabendo que sua tia a essa hora já devia estar morta de fome. Sorte a sua que sempre deixava a chave da casa em seu bolso do jeans.
- Oi Orpheu. Me diga, o que vamos ter para o jantar? - A mulher delgada e muito bela se sentou na cadeira da cozinha, cruzando as pernas. - Estou morta de fome. - Ele suspirou. Estava cansado...
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- E então? Já descobriram alguma coisa sobre ele?
- Sim senhor. Está tudo aqui... - Entregou para seu patrão uma pasta azul-marinho.
- Ótimo. Pode se retirar, Oscar. - Seus dedos ansiosos percorreram os papéis, lendo-os a uma velocidade incrivel, depois que o criado saiu. - Hum... Os pais morreram num acidente de carro... Mora com a tia, solteira... Tem muitos amigos mas nenhuma amiga. - Deu um meio-sorriso, continuando. - É, esse é um rapaz interessante.
Cruzou as pernas, ao mesmo tempo que colocava um pouco de vinho branco na sua taça. Tinha gostado daquela criança, tão jovem e inocente naquele mundo, seu prato preferido. Tomou um gole, logo, imaginando qual gosto teria o líquido do seu mais novo 'alvo'. A vontade foi tanta, que sem perceber tinha chamado seus caninos. Os dentes afiados e maiores do que os de um humano normal, se mostravam fortes e cheios de desejo para serem cravados numa pele macia. Engoliu mais um pouco o vinho, tentando se acalmar. Fazia tanto tempo que não se sentia assim, tão cheio de 'vida'... Sim, tinha achado um alimento bem raro. E logo, teria-o em suas mãos...
---CHibi-Chibi-Chibi-Chibi-Chibi-----
- Athim!
- Está resfriado?
- Não... - Foi ao banheiro para assoar o nariz. - Que estranho...
- Devem estar falando bem de você, querido. Quem sabe uma garota linda e rica?
- Ahá! Talvez... - Voltou para a mesa. Mal sabia ele que sua tia tinha acertado em um ponto, e que sua vida, dali em diante, iria dar uma volta completa.
---Chibi-Chibi-Chibi-Chibi-Chibi
Chibi- É minha genteee! Mais uma fic em capítulos e de Saint Seiya! Não é legal, paredes? E ainda com personagens originais!
Bem, é isso... Espero interpretar direito o Albe, porque não sou muito capaz de fazê-lo direito, sabe, malvadão, sádico, rei do SM... - Aponta para a outra fic que fez: " Brincadeirinha".
Well... Mandem reviewrs se gostaram e se não gostaram. Bye! :D
