~Belo Adormecido – Um conto de fadas ao estilo Gundam~

Avisos:- Paródia, deturpação de um conto-de-fada, fic em terceira pessoa, humor descarado *beirando o bizarro ^.^"*, lime e fluffy.

Casais:-1x2x1

Spoilers:- Nem unzinho sequer ^.^", a não ser que você considere o uso de Gundams como um spoiler...

Disclaimer:- Ontem,eu tive um sonho no qual eu via o Wall Disney dentro de um esquife de gelo. Eu lia minha história diante do bloco gelado e de repente ele acordava gritando que iria me processar por danos morais...portanto, por mais que eu queira, eu ainda não sou dona dos direitos de "A Bela Adormecida" e nem dos Garotos Gundam ou outros personagens relacionados a série. Isso aqui é um trabalho de ficção sem fins lucrativos (infelizmente T_T)

Quanto ao fic:- Por favor, ao ler esse fic mantenha em mente o tempo todo que trata-se de uma paródia ok? Ou seja, coisas supostamente "fora do lugar" são para ser assim mesmo ^.^". Este fic é minha primeira tentativa na narrativa em terceira pessoa , e vai ser consideravelmente mais curto que todos os meus outros fics, por ser mais simples também. Ah, e por favor, não peçam um lemon deste fic, por que deste não vai sair! Isso iria estragar o final do conto-de-fadas e...ah, eu já fiz coisas o suficiente com ele. Mas eu lhes darei belos limes e cenas fluffys para compensar tá bem? ^.^"

***Agradecimentos a Lien Li por ser uma beta na velocidade da luz e pelos ótimos comentários***

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Em uma terra distante e desconhecida, a muito tempo atrás existia um grande e próspero reino: o Reino de Oz. Essa terra fértil e coberta por campos verdes, lagos, e grandes florestas habitadas pelos mais raros e belos animais, era governada por um rei muito justo e honesto, e sua igualmente justa e honesta rainha.

Vossas Majestades, o Rei Treize e a Rainha Une, eram pessoas extremamente adoráveis, e eram venerados pelo povo do Reino. Sendo assim, não foi uma surpresa verificar que todo o país entrou em estado completo de euforia quando as notícias reportando a gravidez da rainha se espalharam como folhas sopradas ao vento.

Após uma longa espera de nove meses de duração, o bebê nasceu, e era um lindo garoto.

Ele possuía os cabelos castanho claro como os de sua mãe, e quanto ao pai...bem...por hora ainda não haviam grandes semelhanças visíveis entre os dois. Mas muito em breve ele, provavelmente, tornaria-se muito parecido com o rei, assim como acontecia com a rainha.

Certamente, o nascimento do primeiro príncipe do Reino era um acontecimento a ser celebrado com toda pompa. E assim sendo, pelo período de alguns dias seguidos, haviam preparativos sendo feitos para a futura festa, em praticamente todos os cantos do castelo, e todos os detalhes foram devidamente assistidos para que nenhum imprevisto viesse a ocorrer durante as comemorações. Convites foram enviados para cada um dos cidadãos da cidade, porque todos deveriam ter sua chance de poder ver o príncipe recém-nascido.

Chegado o grande dia, a festa iniciou-se durante as primeiras horas da noite, e diversas figuras importantes de terras próximas, e não tão próximas, compareceram as festividades. Duas dessas pessoas eram o Rei Zechs e a Rainha Noin, das terras vizinhas, o reinado de Peacecraft. Zechs e Treize eram muito amigos, e durante muitos e muitos anos haviam tentado juntar os dois reinos em um. Agora, eles tinham a oportunidade perfeita em mãos, e tudo o que era necessário fazer, seria arranjar um casamento entre seus dois filhos.

O pequeno Heero, de apenas dois anos de idade, e futuro príncipe das terras de Peacecraft, dormia tranqüilamente nos braços de sua mãe, embalado pelo calor, e sem qualquer idéia sobre o que seu pai havia decidido naquele exato momento a respeito de seu futuro.

Fogos de artifício anunciaram o momento crucial, no qual a população de Oz, finalmente conheceria a face de seu jovem futuro príncipe: Duo Maxwell Kushrenada. O nome Maxwell havia sido dado ao bebê em homenagem ao pai de Treize, o governante anterior do Reino, responsável pela derrota contra os soldados de Romefeller, em uma guerra que havia durado diversos anos, e exterminado quase todos os cidadãos de Oz e de Romefeller. Treize sentia-se orgulhoso por colocar o nome de seu pai em um bebê que viveria, e ajudaria a manter, uma nova era de paz, nos anos que estavam por vir.

Três dos mais importantes convidados da festa, eram as três boas fadas da floresta: Trowa, Quatre e Wufei. Eles eram conhecidos por serem garotos honestos, justos e extremamente fortes. Eram conhecidos, também, por terem sido os responsáveis por construir e pilotar alguns tipos de máquinas mágicas, que haviam sido cruciais para Oz na derrota à Romefeller. Todas as pessoas admiravam-nos e os respeitavam. Eles eram tão jovens e mesmo assim haviam feito tanto em prol de todos.

Infelizmente, para suas imagens, eles usavam vestidos. Um deles insistia em refutar essa afirmação, dizendo que eram túnicas, mas ninguém acreditava nisso.

O fato de que eles não envelheciam e possuíam a imagem de garotos desde que se tinha notícia, o que também não colaborava. Um deles vivia a argumentar que eles possuíam mais de cem anos, mas ninguém acreditava nisso também.

De qualquer forma, na noite de hoje, os três garotos-fadas não haviam comparecido para lutar ou justificar suas aparências e vestidos. Eles estavam no castelo para abençoar o recém-nascido, e com isso, cada um deles daria a Duo um presente mágico.

Mais uma vez, todos pararam para observar a cena, além do mais, todos estavam extremamente curiosos para descobrir exatamente o que cada uma das fadas daria como presente para o pequeno príncipe. Os três aproximaram-se do berço dourado que continha a criança, e entreolharam-se, com expressões alegres e satisfeitas.

Fada Trowa foi o primeiro. Ele vestia uma roupa verde escura, mais longa do que as de seus outros dois companheiros, já que suas pernas eram também as mais compridas. Ele usava a franja de uma maneira misteriosa , que cobria quase a metade de seu rosto. Coisas de fada, provavelmente.

Trowa retirou da manga de suas vestes uma longa varinha mágica, e apontou-a para o topo da cabeça do bebê. Ele simplesmente fez alguns leves movimentos circulares com o objeto e pronunciou algumas poucas palavras. Logo haviam pequenas centelhas de brilho verde voando diretamente da ponta de sua varinha para a criança, que tentava alegremente agarrar o brilho com suas pequenas mãos.

'Duo, você será muito inteligente'

As pessoas esperavam que ele dissesse mais alguma coisa, mas o garoto simplesmente beijou a testa do bebê, e em seguida olhou na direção de Wufei, com seu olho visível, indicando que agora seria sua vez de entregar seu presente.

Wufei possuía roupas muito semelhantes as de Trowa, com a diferença de que as suas eram de um tom de vermelho vivo. Ele aproximou-se do berço, e limpou a garganta com um breve som, antes de começar a falar, dirigindo-se a ninguém em particular.

'Este é o nosso futuro rei...' – o garoto de traços chineses olhou nos pequenos olhos violetas de Duo, e este sorriu em sua direção – 'eu espero que ele cresça para tornar-se um homem honrado, seguindo o exemplo do Rei Maxwell, que trouxe a paz, e acima de tudo, a justiça para o povo e...'

Quatre e Trowa já estavam preparando-se para tomar providências e calar Wufei, antes que ele disparasse em um discurso sem fim a respeito das guerras e das conquistas do rei, entre outras coisas, mas bebê Duo foi mais rápido, e puxou o garoto-fada por seu rabo-de-cavalo.

'Ai! O que você esta fazendo criança?', ele rugiu para o príncipe, e o bebê riu.

'Olha que gracinha, você fez o príncipe rir!', Quatre falou, sorrindo sobre o berço.

'Eu não sou um palhaço!', a fada de vermelho começou a reclamar.

'O que tem de errado em ser um palhaço?', Trowa perguntou casualmente.

'Vamos lá rapazes, é só uma criança, ele nem sequer tem consciência do que esta fazendo, não é mesmo pequeno Duo?', Quatre falou, sorrindo e sacudindo levemente seus dedos como uma distração na frente do pequeno. 'Agora, vá logo e entregue seu presente a ele, do contrário, eu vou fazer você usar o chapéu!'

'Não, não o chapéu!', Wufei respondeu em choque, 'Não é justo e...', antes que ele pudesse continuar, ele viu o rosto de Quatre, uma das sobrancelhas do garoto levantada indicando uma certa perversidade em seu olhar, e então calou-se.

'Certo, eu vou lhe dar seu presente'. O garoto suspirou, e então retirou sua varinha de dentro de uma das mangas das longas vestes, apontando o objeto para o berço, mais especificamente para o sorridente pedaço de gente contido nele.

'Duo, você será um dos homens mais corajosos de todo o reino. Você será extremamente forte e lutará pelo que é certo.'

Satisfeito com suas palavras, Wufei beijou a testa da pequena criança, e afastou-se, dando espaço para a próxima fada.

O garoto loiro aproximou-se do berço, com sua roupa de um azul praticamente brilhante, mas antes que pudesse fazer suas considerações ao bebê, ele não pode deixar de notar que o Rei Kushrenada estava olhando em sua direção com uma expressão levemente curiosa.

'Há algo errado majestade?', a fada perguntou.

'Eu estava apenas pensando', Treize fechou seus olhos em pensamento, e então abriu-os novamente, 'Por que vocês garotos-fada tem de usar esses uniformes?'

Todos na festa, incluindo a rainha Une, acharam a pergunta fora de hora.[1] Porém, antes que Quatre pudesse explicar para o rei a razão pela qual todos eles usavam o mesmo modelo de roupa, em cores diferentes, o lugar todo escureceu, e uma nuvem rosa-choque explodiu no meio do gigantesco salão.

A rainha instintivamente aproximou-se do berço e agarrou seu filho próximo a si, enquanto observava a grande nuvem que lentamente dissipava-se, revelando em seu interior uma garota loira e de trancinhas. E como se tal visual já não fosse estranho o suficiente, ela tinha ainda um corvo amarelo pousado em seu ombro direito, e a ave possuía sobrancelhas extremamente estranhas.

'Oh não, é Relena!', Quatre exclamou, em um tom assustado, para os outros dois garotos, olhando primeiro para Trowa e depois para Wufei, perguntando silenciosamente o que eles deveriam fazer. Imediatamente após essa pequena interação, os três formaram uma barreira em volta da rainha, e da criança que ela carregava.

'Rei Treize, Rainha Une. Mas que prazer poder ver a ambos', a bruxa falou, curvando-se em frente a eles, sorrindo sarcasticamente durante todo o tempo. 'Vejo que vocês estão sediando a comemoração do século. Obviamente, uma vez que o nascimento do primeiro príncipe do reino de Oz naturalmente não poderia ter sido tratado de forma diferente. Eu apenas não consigo deixar de imaginar a razão pelo qual eu não fui convidada...você não esta se fazendo esta mesma pergunta também, Dorothy?', a garota perguntou, dirigindo-se ao horrível animal, enquanto acariciava a cabeça da ave com as pontas dos dedos.

'Você não é bem-vinda aqui mulher!', Wufei gritou à aberração rosa.

'Eu? Não sou bem-vinda? Não consigo compreender o por quê de você estar dizendo uma coisa como essa, garoto-fada...você consegue Dorothy?' – o pássaro gralhou em um tom estridente, muito semelhante a voz da bruxa, em resposta – 'Claro, eu sei que eu não pago meus impostos regularmente, uso esse tom absolutamente irritante de rosa, praticamente o tempo todo, e no topo de tudo isso, sou uma bruxa malvada, mas não acho que qualquer uma dessas coisas seja ruim o suficiente para justificar a minha EXCLUSÃO DESSA FESTA!!!', ela concluiu, em um tom de voz consideravelmente mais alto.

Relena suspirou, e continuou. 'Mas não tem problema.'

'Quer dizer que...você não esta ofendida?', Rainha Une perguntou, com certa insegurança.

'Ofendida? Não, de forma alguma. Na verdade, eu também vou dar ao príncipe o meu próprio presente mágico.'

A bruxa percorreu alguns poucos passos na direção da criança debaixo dos olhares apavorados de todos. Ela olhou rapidamente para o bebê, que mexia-se inquietamente no colo da rainha, e então começou falar.

'Sim, Príncipe Duo, você será inteligente, corajoso e muito forte, e todos irão lhe amar intensamente pela aura de pura felicidade que estará sempre a sua volta'. Relena então começou a gritar, jogando seus braços para o alto em movimentos bruscos e criando uma segunda nuvem em volta de seu corpo.

'Mas, antes do dia em que você completar dezesseis anos, você encontrará um secador de cabelos, e no momento em que o ar quente do aparelho alcançar as mexas de seu lindo cabelo, você vai morrer!!! Há há há há há há há há há !!!', a bruxa riu em um tom que beirava a loucura, e com um brilho de puro ódio em seus olhos, desapareceu junto com o pássaro, dentro da nuvem rosa, da mesma forma em que haviam surgido, deixando para trás dois pais desesperados e uma fada vermelha completamente irritada.

'Oh não! Isso é terrível! Absolutamente terrível! Nós desejamos uma criança por tanto tempo, e agora...agora...'. Treize abraçou sua esposa, que já estava em prantos e abraçando o pequeno Duo em seus braços, de forma quase desesperada, antes que esta pudesse terminar a terrível afirmação que agora assombrava suas mentes

'Não se preocupe majestade, Quatre ainda tem seu presente para dar.' Trowa falou calmamente, e Quatre assentiu com a cabeça.

'Você pode desfazer a maldição?', a rainha perguntou em um tom de voz cheio de esperança, enquanto ainda agarrava-se ao bebê como se ele representasse sua própria vida.

'Infelizmente, não posso fazer isso', o garoto respondeu com tristeza, 'A magia de Relena é muito poderosa para ser desfeita. O que eu posso fazer, é isto.'

Quatre aproximou-se de Une, e sorriu na direção da criança.

'Príncipe Duo, se algum dia você encontrar um secador, e o ar quente chegar a tocar seus lindos cabelos, você não morrera. Você apenas cairá em um sono profundo. Você irá dormir e sonhar pacificamente até o dia em que será acordado por um beijo do seu verdadeiro amor, e com isso, será liberto desta maldição para todo sempre, e viverá feliz ao lado desta pessoa.'

Enquanto dizia as palavras, ele balançava levemente sua varinha sobre a cabeça do príncipe, e mais uma vez, pequenas centelhas de luz azul fizeram o caminho até seu alvo.

'Pronto. Isto é tudo que eu posso fazer por ele.' Quatre falou, curvando-se novamente diante da Rainha.

'Muito obrigada.' , ela agradeceu, sorrindo genuinamente em sua direção.

Mas o rei Kushrenada não estava tão certo quanto a situação toda.

Ele ordenou imediatamente que todos os secadores, por todas as partes do reino fossem sumariamente queimados, e com efeito, ainda naquela mesma noite, todo o palácio assistiu enquanto os aparelhos elétricos eram consumidos pelas chamas, e nenhuma pessoa do reino nunca mais poderia alisar ou secar seus cabelos.

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Fim do capitulo I

[1] Esse é o clássico "momento gota". Não tem como descrever isso com a exatidão necessária em palavras mas...vocês não conseguiram praticamente *ver* as gotas na cabeça de todo mundo? ^.^"