Capítulo 1
Nas escadas do templo de Capricórnio, uma jovem de 19 anos está sentada e, ao seu lado, jaz a urna de Serpentário. Ela observa o pôr do sol com seus olhos dourados, apoiando a cabeça com os braços sobre as pernas. Pensativa, não percebe que alguém se aproxima por trás.
-Yuri.
-Ah, Cid! Que susto meu amigo. – sorri se virando na direção do rapaz de cabelos negros.
-Perdão, não queria assustá-la. – retribui o sorriso – Vim lhe trazer um copo d'água. – diz, estendendo o copo a ela.
-Obrigada.
-Você não gosta mesmo de ter que usar essa máscara não é? – El Cid pergunta apontando para uma máscara que está no colo da moça.
-Não mesmo. Incomoda. Mas não se preocupe, só tiro a máscara pra você – o provoca com um sorriso malicioso.
El Cid dá uma gargalhada e faz um cafuné em Yuri dizendo:
-Que sorte a minha, então. – a moça cora - Mas me diz uma coisa, no que estava pensando? – pergunta, sentando-se ao lado dela.
-Nessa guerra santa. – responde séria, voltando o olhar para o pôr do sol.
El Cid fica calado. Ele sabe o quanto ela está sofrendo com a guerra e pensa num jeito de alegrá-la.
-Ei. – a chama.
-Hum?
-Já viu o jardim que tem no Templo de Virgem? – pergunta a observando pelo canto do olho.
-Jardim? Tem um jardim lá? – de repente ela o fita com os olhos dourados brilhando. El Cid sabe que ela adora tanto as flores que chega a passar horas só admirando-as.
-Imenso...e belo.
-Vamos lá Cid! – coloca a máscara - Quero veeeeer! – se levanta o puxando pelo braço.
-Sim senhora. – vai na onda dela achando graça no comportamento da moça.
Os dois seguem descendo as escadas em direção ao templo de virgem. Ela fazendo mil perguntas a respeito de quais flores se encontram no jardim. Ele só rindo e respondendo "Como você é curiosa! Se acalma. Já já você vai ver!".
No templo de virgem:
Asmita está preparando um chá, todo cuidadoso para não colocar açúcar demais.
Muito concentrado, dosando os grãos de açúcar aos pouquinhos e verificando o sabor... pois assim como é tudo que o pertence, seu chá também deve ser perfeito: nem muito doce, nem muito amargo.
-Asmitaaaaaaaaaaaaa! – chega uma Yuri entusiasmada abrindo a porta da cozinha com tudo e assustando o pobre do cavaleiro de virgem, fazendo-o derrubar todo o pote de açúcar na xícara e esta transbordar e sujar sua bata branca decorada por fios dourados.
-Por Buda! Nem em minha própria casa consigo ter um pouco de tranqüilidade? – resmunga tentando limpar a vestimenta suja e a mesa. – O que querem?
-Credo que mau humor é esse? Que foi que eu fiz? – pergunta a garota arrumando os longos e ondulados cabelos negros.
-Ignore-a Asmita. Nós só queríamos saber se você nos permite visitar o jardim das Twin Sal. – Cid tenta segurar o riso ao ver a cena.
-Permito. Mas não demorem. – diz a contragosto, se dirigindo ao seu quarto.
-Onde fica Cid?
-Me siga.
Vão em direção a uma porta decorada por uma flor gigante num lado da sala do templo.
-Ele fica aqui. – abre a porta, revelando um extenso e rico jardim, iluminado pelo pôr do sol.
-Uau! – exclama entrando no jardim.
Yuri retira a máscara e cheira um ramo de flores laranja que estava ao lado dela. El Cid a observa maravilhado pela visão a qual está tendo: a bela garota, com seus longos cabelos negros dançando ao vento, brinca entre uma variedade de flores, sorrindo para ele. "Ela é linda..." pensa.
– É muito lindo Cid! Como foi que você soube da existência desse jardim?
-Uma vez Sísifo adoeceu e o mestre Sage me enviou aqui para buscar umas ervas medicinais. Asmita não gostou muito disso, como sempre. – sorri.
-Obrigada Cid. – se aproxima do cavaleiro e pára bem próxima a ele, o fitando. – Você sabe mesmo como me alegrar não é? – o abraça.
El Cid cora violentamente, mas tem sorte que ela não possa ver por causa do ângulo que seu rosto está. Ele instintivamente a envolve em seus braços e a puxa mais para si. Ela nem pensa em romper o contato, muito pelo contrário, repousa sua cabeça no peito dele e assim ficam abraçados por um tempo, ambos calados com receio de quebrar o clima.
-"Ele é tão quentinho..." – pensa. - Cid. – o chama, mas sem romper o contato.
-Sim?
-Promete tomar cuidado nessa guerra? – fita os olhos negros dele.
-Prometo. E prometo mais uma coisa. – responde, acariciando delicadamente o rosto dela.
-O que? – Cora levemente.
-Que sempre estarei ao seu lado. – a abraça novamente e assim ficam ambos até o fim do pôr do sol, sob o frescor agradável das flores.
Ok, tá tosco. Mas essa é a minha primeira fanfic, aí com o tempo eu pego o jeito ;D
A história se passa durante a guerra santa, na época de Dohko e Shion.
Logo logo vai aparecer um gato no pedaço para disputar com o espanhol o coraçãozinho da amazona de Serpentário hehehe... quem será? Quem será? AGUARDEM!
