Dsiclaimer: Naruto não me pertence e esse é o meu primeiro ItaSai.

PRESENTE DE ANIVERSÁRIO PARA YEAHREBECCA. Quando dois velejadores profissionais resolvem ir até o outro lado do mundo num barco de velas, só há um ao outro de companhia. Então se não quiserem enlouquecer, eles devem virar amigos... Ou mais que isso. Yaoi, ItaSai.

Expedição é uma tentativa de presente de aniversário atrasado. Por favor, ninguém jogue facas em cima de mim.


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Expedição

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Capitulo 1: Okinawa.

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Uma musica brega de fundo foi ao ar. De imediato, quando a propaganda acabou, mas uma outra veio ao ar. Mas esta musica era diferente da outra sim. Era uma música em compasso quatro por quatro, sempre cheias de colcheias e semínimas musicalmente falando, sempre repetida, além de usar decididamente instrumentos um pouco mais refinados, como um violino, alguns sax e quem sabe flautas, umas poucas guitarras e um violãozinho básico, tudo perfeitamente editado por algum computador eficiente. . .Sim, o noticiário noturno voltara ao ar mais uma vez, após os malditos intervalos comerciais. E isso apenas se confirmou quando as inicias N.N entraram ao ar, com as suas persistentes letrinhas brancas e vermelhas, em homenagem ao Japão. Estava mais uma vez no ar o 'Noticiário Noturno, o seu informativo diário às noites. '.

Duas figuras apareceram, com semblantes descontraídos, sentadas numa mesa extensa de escritório. Um homem e uma mulher, respectivamente. Ele com um terno cinza de riscas de giz, cabelos completamente brancos, longos, espetados e presos. Ela, com um tailleur marrom-escuro, com um decote exageradamente grande, detido por uma blusa brancas cheia de babados, que sobressaíam-se na vestimenta. Ela tinha uma maquiagem leve e seus cabelos louros estavam presos num elegante coque alto.

- E num momento em que a economia do país se recupera da perigosa crise financeira que nos deixou em recessão, dois jovens aventureiros decidiram realizar uma aventura de aproximadamente vinte mil quilômetros em puro mar aberto, saindo do Japão e indo parar no Chile, América do Sul! Grande aventura, não é Tsunade? – Começou o homem de meia-idade, encarando experientemente as câmeras.

- Pois é, Jiraiya. – A mulher que parecia ser bem mais jovem que o colega de trabalho logo concordou. – A aventura que dos sonhos de qualquer criança agora parece ganhar grandes dimensões e logo se tornará realidade. – Ela disse, sorrindo. – Uma dupla jovem de aventureiros aquáticos decidiu embarcar numa viagem de pura aventura. São mais de vinte mil quilômetros até quase o outro lado do mundo. A aventura que já foi apresentada na expedição passada do Noticiário Noturno tomou destino essa tarde, partindo de uma tranqüila praia de Okinawa. Quem conta essa história é Yuuhi Kurenai, que esteve presente na hora da partida, mais cedo.

Um cenário diferente se passou na TV. Agora, se mostrava um barco simples, à vela, branco e em formato parecido com de um grão de arroz em cada lado, pois tinha dois compartimentos principais. Ligando as duas partes que estavam um pouco distantes, uma base plana e horizontal, que dava apóio a vela. O barco estava cheio de grandes adesivos com os nomes de algumas grandes marcas, obviamente seus patrocinadores: Mitsubishi, NHK, Semp Toshiba e Red Bull.

A TV exibiu a imagem do barco e de tal cenário por alguns instantes, até que mudou para o lado, mostrando o rosto de uma mulher perfeitamente maquiada, com olhos de um tom avermelhado e cabelos negros como a noite. Uma plaquinha apareceu embaixo da tela, com os dizeres:

YUUHI KURENAI.

Okinawa, Japão.

- E a nossa dupla de aventureiros começa a sua aventura logo de hoje cedo. Eles estavam ali, no barco, fazendo o check-up final antes da sua partida de mais de vinte mil quilômetros até a costa chilena. Eles estão aqui em terra conosco, e quem fala é agora o mais velho e experiente, Uchiha Itachi, que esteve em várias expedições como esta, no passado, e em outras partes do mundo.

Um homem aparentemente alto, de pele bronzeada, cabelos negros e longos, presos em um rabo de cavalo, possuindo cicatrizes abaixo dos olhos apareceu. Era muito bonito, digno de gritinhos frenéticos de fãs e o título de bi-shounen¹.

UCHIHA ITACHI.

Velejador profissional.

- E então, Itachi-san, como se sente antes da partida?

- Ancioso. – Ele respondeu simpaticamente.

- Oh, sim, claro. E pode nos explicar mais uma vez o curso?

- Sim, claro. Nós saímos daqui de Okinawa e vamos até a Austrália. Vamos fazer uma parada de uma semana lá para um descanso. Depois seguiremos para o Taiti, vamos esperar mais uma semana. Depois vamos à Ilha de Páscoa, parando por um tempo mais longo, já que a recuperação vai exigir mais tempo, porque nesta altura, já vamos ter passado meses no oceano. E logo após, vamos direto para o Chile, onde acaba a expedição.

- Oh, sim. Vai ser bem cansativo, não acha?

- Creio que sim, mas sempre vale o esforço. – Ele repetiu a dose de simpatia.

- Muito obrigada pelas informações, Itachi-san. E agora, vamos falar com aqui, o mais novo mais também experiente velejador, Sai-san. Inicialmente, você já velejou alguma vez a mais com Itachi-san.?

Um rapaz de aparente estatura mediana apareceu diante da TV. Tinha a pele estranhamente pálida, cabelos negros num corte curto e tradicional, orbes de mesma cor e certo charme. Também poderia levar o titulo de bi-shounen, mas provavelmente levaria comentários mais restritivos por conta da palidez doentia da pele.

- Não, não. Esta será a primeira vez. – Ele disse, exibindo um sorriso estranho.

- Nenhum treino juntos? – A repórter perguntou.

- Infelizmente. É que eu estive no Havaí durante algum tempo, e quando retornei, não tivemos chance de irmos navegar juntos.

- Então não se conheciam antes?

- Não.

- Oh, interessante. Agora é a hora da partida de vocês, não é?

A câmera focou os dois e a repórter ao mesmo tempo.

- Sim.

- Então boa sorte na viagem pra vocês! E que tudo dê certo!

- Arigato. – Os dois disseram ao mesmo tempo.

O jornal exibiu mais algumas besteiras sobre os dois, histórias de infância e uma série de bobagens, até que por fim, mostrou-se a imagem do barco indo em direção ao horizonte.

- E nossos heróis é que filmarão o resto desta fascinante viagem, até que a nossa correspondente os encontre na Austrália. Agora, nas quintas-feiras, você confere o boletim semanal das aventuras desses dois.

A reportagem terminou.

Os apresentadores reapareceram na tela.

- Que grande aventura, hein, Jiraiya?

- Pois é, Tsunade. O Noticiário Noturno termina agora. A programação segue com a novela Sempre Amor e logo após o filme Pequena Miss Sunshine. Tenha boa noite.

- Boa noite.

Outra vez, a musica de encerramento do noticiário foi ao ar, e antes mesmo de conseguir chegar no fim, o aparelho de televisão foi desligado.

- Aquele idiota. – Sasuke disse, em tom de lamento. – Não sei o que vai acontecer quando otou-san descobrir que ele realmente foi embora nessa idiotice.

- Não fale assim do seu irmão, Sasuke. – Mikoto lhe respondeu. – Seu irmão fez as escolhas que achou que eram melhores para ele. Não pode falar assim dele...

- Mesmo assim. Foram três anos de laureado de administração de empresas pra nada. – Ele falou mal-humorado.

- Seu irmão não quis tocar a loja, Sasu-chan. Aceite. – A mulher disse, lhe dando um sorriso. – Você fala isso porque tem inveja dele...- Ela falou em tom brincalhão.

- Claro que não! – O filho lhe retrucou, com as bochechas coradas.

- Ah, sei. Vou fazer um chá. Me espere aqui.

- Hmpf. – Sasuke resmungou-se, já quando a mãe estava na cozinha. – Aquele imbecil…Tomara que congele estando no meio do nada.

- Não diga isso! – A mãe berrou da conzinha. – Você só está assim chateado por que ele tirou primeiro lugar geral e você tirou o terceiro no vestibular, não é? – Ela questionou, em tom inofensivo. – Eu já temia que era um trauma...mas faz tanto tempo que você entrou na faculdade, sempre achei que tinha superado.

- Okaa-san, eu realmente não me importo com isso porque sei que eu vou fazer melhor da minha vida do que aquele idiota fez da dele.

- Sasuke, respeite o seu irmão. Ele não quis viver assim viajando? Deixe ele. E ele até que vem nos visitar de vez em quando, e não fica mais te irritando. Não está bom desse jeito?

- Não. – Ele resmungou impacientemente, se deitando no sofá.

"O que será que ele está fazendo agora?" – Pensou-se Sasuke.

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- Tome. - O mais novo disse gentilmente, com um sorriso um pouco...diferente do da maioria das pessoas no rosto. Talvez fosse melhor que eles tivessem realmente passado mais tempo juntos antes.

- Obrigada. – O mais velho disse, simpaticamente. Fingir simpatia e conquistar pessoas facilmente era uma de suas maiores e melhores habilidades.

O outro sorriu de volta.

- Então, Itachi-kun, há quanto tempo veleja? – Ele perguntou se sentando. Vestia apenas uma calça e uma camisa preta. Levou a sua garrafa térmica com café à boca.

- Seis anos. – O outro respondeu simplesmente, tomando um gole do líquido amargo que o outro velejador lhe dera.

- Por que começou?

- Bem...é uma longa história.

- Pode contar, acho que temos muito tempo. – Sai constatou, encostando as costas bem no mastro da vela.

A noite era assustadoramente escura no oceano. Não se via mais nada ali, e só podia-se ouvir o barulho das ondas, que batiam umas nas outras com calmaria, pois a maré estava calma. Só se podia enxergar as coisas por conta da luz que o lampião elétrico transmitia.

O Uchiha sorriu.

- Ahm, eu fui estudante de administração, sempre o laureado, primeiro de turma, sempre pensei que iria administrar a loja dos meus pais. Um dia, na viajem que fiz depois da formatura, um amigo me chamou para velejar, e assim as coisas começaram.

- Não é uma estória muito longa.

- Fiz um resumo, se não iria ser cansativo demais escutar. Duvido muito que um jovenzinho como você vá querer escutar as lamúrias de um velho como eu. – Ele respondeu sarcástico.

- A diferença de nossas idades é apenas de 8 anos. Não acho que seja muita coisa. – O mais jovem disse, em tom falsamente amigável.

- Não se engane. Oito anos é tempo o bastante para muitas coisas. – Ele disse, tomando mais um gole de café. – Um desses problemas dos jovenzinhos como você é achar que a vida e a juventude são eternas.

- Você realmente é uma pessoa arrogante. Se passa por alguém amigável e confiável para conseguir a aprovação das pessoas. – O mais jovem sentenciou, olhando-o sem piscar os olhos. – Mas na verdade não é nada disso.

Itachi arqueou uma sobrancelha e pareceu curioso com o comentário.

- Te ofendi? – O rapaz perguntou com mais um de seus sorrisos estranhos.

- Sinceramente, não, já que tudo é mais ou menos verdade. Mas realmente fico surpreso por você dizer uma coisa como essa tão simplesmente, a maioria das pessoas não faria isso. – Ele disse dando um sorriso misterioso. – E você ainda por cima não parece se ofender. E olha que falou logo de cara.

- Os livros de auto-ajuda sempre dizem que devemos ser honestos quando queremos nos tornar amigos de alguém.

- Você quer ser meu amigo?

- Como vamos passar meses com a companhia apenas um do outro, acho que será mais agradável desse jeito.

- Tem razão. Mas foi um começo um pouco turbulento, então porque não começar de novo? – Itachi perguntou.

- Hã? – Sai questionou de volta, não entendendo muito bem.

- Eu começo. Sou Uchiha Itachi, tenho vinte e oito anos, sou velejador profissional. É uma honra conhece-lo. – Ele disse, oferecendo à Sai a sua mão. O mais jovem notou um ar de sarcasmo na voz do mais velho mais uma vez.

O moreno ficou encarando a mão direita que lhe havia sido oferecida, um pouco duvidoso. Era um garoto excêntrico de fato, pensava-se Itachi.

Por fim ele apertou a mão e disse:

- É um prazer conhecê-lo, Itachi-kun. Meu nome é Sai, e eu tenho vinte anos e também sou velejador profissional. – Seus olhos voltaram-se para o outro, quando ele fez a seguinte pergunta:

- Seu café é muito bom, Sai. Eu realmente não sei como você conseguiu esquenta-lo estando aqui no meio do nada quando estamos sem eletricidade.

- Ah, tem um forno que funciona com uma bateria que recarrega com luz solar, ali dentro.

- Bateria recarregável com luz solar, hein? Oh, céus. Eu nem sabia que tínhamos algo como isso a bordo.

- Perdoe-me se for grosseiro, não é a intenção, mas, tem certeza que você leu a lista de materiais do barco?

- Na verdade, li bem rapidamente, chequei mais a parte de materiais de emergência. Se o barco virar, pelo menos sei o que podemos usar pra não morrer. – O Uchiha afirmou. – Ei, aquela coisa ali também é recarregável com luz solar?

- O lampião? Sim. Ah, quanto às situações de emergência, não se preocupe, se o barco virar, ele volta ao normal depois. Tem contra pesos que servem pra isso.

- Bem, mas é melhor prevenir, ainda há navios cargueiros navegando por aí. E eles com certeza nos fariam picadinho...e também há tempestades, mastros atraem raios facilmente. Ah, é, já checou o GPS?

- Já, estamos na rota certa.

- Ótimo. Ah, e viu o radar? Há navios por perto?

- O mais próximo está há uns vinte quilômetros ao oeste, Itachi-kun.

- Pra você é só Itachi. – O mais velho mencionou, até que viu a expressão confusa na cara do mais jovem. – Você mesmo disse que será mais fácil se formos amigos. Geralmente eu não me aproximo muito de pessoas como você, mas como vamos passar meses no oceano, é melhor que sejamos mais próximos se não quisermos matar um ao outro.

- Entendo. – Sai disse, com um de seus sorrisos falsos.

- Uhm...Bem, então também vamos fazer regras de convívio. Primeira, em caso de enjôo, nunca vomitar no barco, sempre no mar, segunda, cada um toma conta do turno da noite dia sim e dia não, terceira, evitar comer quando estivermos chegando à zonas costeiras para evitar ataques de gaivotas, quarta, necessidades sempre no mar, quinta, se um cair do barco, o outro deve sempre jogar a bóia mesmo que estejamos tentando matar um ao outro, sexta, Nada de sorrisos falsos nem estanhos como este que você está dando agora.

- Hum...Já que você mencionou a sexta regra, eu menciono a sétima: nada de sarcasmo.

- Então acho melhor deixarmos a sexta para lá, e assim a sétima também, Sai.

- Boa ideia, Itachi. – Sai disse, sorrindo de novo.

Itachi o olhou de relance, enquanto as ondas bateram e molharam um pouco seu braço. Como faria para conviver com uma criatura daquelas?

- Vou ficar com o turno da noite. – O Uchiha disse, devolvendo à ele a garrafa térmica com café. – Amanhã trocamos.

- Se for assim, oyasuminasai. – Ele disse, se levantando com cuidado para não cair.

Ele assistiu enquanto o outro entrava em sua barraquinha feita com lona impermeável e se deitava lá dentro.

- Pessoas são complicadas. – Itachi resmungou para si entre os dentes. Seriam longas semanas.

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Uchiha Fugaku definitivamente não merecia isso. Ah, não merecia.

Ele não pôde deixar de acidentalmente permitir que o macarrão que tinha entre os lábios caísse de sua boca. As pupilas dilataram e o coração acelerou. Mikoto só preocupou-se mais ainda e Sasuke sacudiu a cabeça para os lados com receio.

- Vocês...estão brincando, não estão? – O pai de família perguntou, enquanto um dos hashis com o qual comia o jantar caiu por entre seus dedos. – Ele vai até a América do Sul num barquinho movido a vento com um estranho?!

- Querido, por que não respeitamos a opção de Itachi? – A esposa perguntou tentando amenizar a situação. – Ele já cresceu, até saiu de casa! Por que não respeitamos as suas opiniões?

- Não. Filho meu não faz uma besteira dessas. – O pai disse. – Sasuke, me explique o que vão fazer, qual vai ser a próxima parada deles.

- Estão em mar aberto, e não vai dar pra tirá-los de lá agora. – O Uchiha mais jovem disse suspirando. – Mas ele chega na Austrália na semana que vem, aí sim, podemos pegá-lo.

- Podemos? – O pai perguntou mais uma vez, tentando confirmar.

- Podemos. – O filho disse, concentrado em olhar a sua travessa de macarrão para evitar as ameaças visuais que a sua mãe lhe faria.

- Você tem passaporte, meu filho? Não, né?

- Não.

- Então, Mikoto, junte os documentos do Sasuke para tirarmos o passaporte ainda amanhã. A gente aproveita que ele ta de férias e leva ele junto, assim a chantagem emocional contra o Itachi é maior.

- Hai... – Ela respondeu em um tom um pouco tristonho.

- Ótimo. – Resmungou ele, se levantando da mesa.

- Pra onde é que cê vai? – O filho caçula perguntou-lhe curioso.

- Acho que a agência de viagens ainda está aberta. Vou ligar e comprar as passagens e tenho um amigo que trabalha na embaixada australiana, vou pedir que ele mexa uns pauzinhos para os vistos saírem rápido. – Disse, se dirigindo às escadas.

Ambos mãe e filho escutaram o ranger das escadas, indicando que o pai subia. A cozinha estava silenciosa, e Mikoto suspirou:

- Céus, não devia ter contado a ele. Ah, não devia.

- Melhor ter contado, okaa-san. Se ele soubesse mais tarde e ainda descobrisse que você sabia, quem ia se ferrar era você.

- Eu sei! Mas agora seu pai var arrastar seu filho de volta pra cá, e Itachi sempre quis fazer isso, apesar de ser loucura.

- Bem, se eu bem conheço Itachi, nem um furacão e nem uma Tsunami vão conseguir pará-lo. Quando mais otou-san?

- Isso é verdade. Oh, Buda! Me dá forças que é hoje que essa casa cai! – Pediu a dona de casa, olhando para o teto como se através dele visse o céu, chacoalhando os braços pra cima.

- Mas okaa-san, você deixou porque quis. Eu sei bem que se a senhora quisesse, tinha feito a cabeça de otou-san pra ele não ir.

- O quê?! Você viu os olhos dele? Estavam tão furiosos que secariam até uma pimenteira! – Ela disse se levantando, e pegando os pratos sujos par lavar, sujando sua blusinha rosa-bebê acidentalmente com molho shoyu. – Ah, não, isso vai demorar pra sair... – Ela constatou, passando o dedo sobre a mancha.

- Mentira, mãe. Se você quisesse, otou-san já tinha desistido. – O filho resmungou.

- Meu filho...Entenda, a sua mãe sempre quis ver cangurus e opalas de verdade. – A mulher disse, pegando uma bucha para lavar os pratos. - E você estimulou seu pai à isso, mocinho. Pensa que eu não reparei?

- Claro que não! – Sasuke falou orgulhoso, se levantando da cadeira. – Você sabe que é só pelo prazer de ver o Itachi se ferrar.

- Sabe, quando você era criança, tinha aquela obsessão por crocodilos australianos, Sasu-chan! Eu sei que você ainda quer ver um de verdade à sua frente.

- Okaa-san, eu não sou tão infantil. – Ele resmungou entre os dentes, levando o prato para ela lavar.

"Mikoto, onde é que está a certidão de nascimento do Sasuke?!" – A voz vinda do grito de Fugaku chegou abafada à cozinha.

- Na pasta azul! – A mãe berrou de volta, enquanto passava a bucha de limpeza por cima da louça branca.

- De qualquer forma, mãe, temos que admitir que só deixamos o otou-san desse jeito para ir à esta viagem.

- É verdade, meu filho.

- Somos muito interesseiros... – O filho disse brincando.

- É. – A mãe concordou rindo.


Meu primeiro ItaSai!

Espero que você goste do seu presente, Rebecca. Ah, e sabe aquela estória do meu tio velejar em Alagoas e me convidar pra assistir? Era mentira. Eu tenho um tio que veleja, e ele nunca me chamou pra ver as competições. Eu só perguntei pra ver se você ia gostar da história.

Que esteja boa! E que seja um presente à sua altura. Ah, e perdoe os erros ortográficos, não tive quem betasse pra mim à tempo.

Mei.

Obs: depois postarei os próximos capítulos, serão quatro no total.