Era tudo igual, todos os dias exatamente iguais na 8ª divisão, Ise Nanao havia levantado cedo como de costume e fora para o escritório trabalhar, sim, ela era a mais responsável na 8ª divisão, não que os outros não tivessem responsabilidade alguma, mas e

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Minha Primeira Fic NanaoxShunsui! Por favor, não usem suas Bankais em mim! u.ú

Disclaimer: Bleach pertence a Tite Kubo, E não a mim, realmente uma pena! çç

Capitulo 1: Substância Gelada.

Era tudo igual, todos os dias exatamente iguais na 8ª divisão, Ise Nanao havia levantado cedo como de costume e fora para o escritório trabalhar, sim, ela era a mais responsável na 8ª divisão, não que os outros não tivessem responsabilidade alguma, mas ela era a que organizava tudo por lá, nem seu taichou duvidava disso. Ela era mesmo excepcional, sempre com aquele jeito séria de ser, aqueles cabelos presos de forma peculiar, o inseparável livro, que por oras usava como escudo contra as investidas de seu taichou e todas aquelas frases prontas, porque sim, ela tinha resposta para quase tudo. Eu disse quase, pois apenas para uma pergunta ela não tinha a resposta, a incomoda pergunta que seu taichou fazia todos os dias. "Você me ama Nanao-chan?". Ela não sabia o que responder nessas horas. E se ela era esse poço de seriedade e responsabilidade, Kyouraku taichou era exatamente o oposto de Ise, sempre descontraído, e pouco irresponsável, ele era sempre o ultimo a chegar na 8ª divisão, sempre com aquele sorriso no rosto, sempre com brincadeiras tolas, sempre olhando indevidamente para as mulheres. E a principal em sua lista era aquela que ele mais queria. Ise Nanao. Mesmo tendo toda essa fama que levaria qualquer taichou a ser convidado a ser retirar da Sereitei, ele era no mínimo respeitado, era um homem de caráter forte, decidido, firme e era uns dois mais temidos pelos os outros, dado o simples fato de que ele e Ukitake foram treinados pelo próprio Yamamoto soutaichou, e eram os preferidos do mesmo.

Kyouraku Shunsui adentrou seu escritório com seu chapéu em mãos e uma engraçada cara de sono, Ise lhe lançou um olhar reprovador, afinal o taichou era o que deveria chegar mais cedo, para inspirar os subordinados. Ela não se demorou muito na figura máscula logo voltando a se preocupar com os papeis que estava organizando. Kyouraku ainda na porta se espreguiçou demoradamente, abrindo os braços fazendo com que mais de seu peitoral fosse mostrado. Os orbes da pobre Ise não puderam resistir e vislumbraram aquele peitoral viril, porém algo ali não fazia parte de sua anatomia, algo que fez o sangue de Nanao ferver.

- Bom dia Nanao-chan! – disse fechando a porta atrás de si.

Ela meramente o ignorou, ele havia passado mais uma noite vadiando pela sereitei, e aquela marca era prova disso. Kyouraku aproximou-se da mesa e espalmou suas mãos sobre a mesma fazendo demasiado barulho que assustou a jovem, fazendo-a soltar um grito e espalhar todos os documentos que já havia organizado.

- Eu disse: Bom dia Nanao-chan! – falou entre sorrisos irritantes.

- Para você! – retrucou sem encará-lo.

Como se não bastasse não cumprir com suas obrigações de taichou, ele também a atrapalhava em fazê-lo. Ise arrumava os papeis que havia espalhado no susto, por vez ou outra o lançava um de seus olhares reprovadores.

- Estressada Nanao-chan?

Ela o encarou de canto de olho, separava os papeis por ordem de urgência e tinha separado também uma pilha de no mínimo uns trinta centímetros que Kyouraku deveria assinar. Cansado de ficar de pé, ele sentou-se de frente para a jovem e pôs a observar Nanao realizar todo aquele trabalhoso e tediante processo, não demorou muito perdeu o interesse e foi rabiscar algo em um dos blocos de anotações que por lá estavam. E ainda assim, por vez ou outra parava para olhar para Ise como se buscasse algo nele e voltava a rabiscar. Nanao foi surpreendida por mais uma das perguntas que não sabia responder de seu taichou quando ele a olhou ternamente e perguntou:

- Nanao-chan, posso beijar o seu pescoço?

As maças do rosto de Nanao ficaram vermelhas e ela respondeu com um olhar mortal que lançou a ele no mesmo instante. Minutos depois ele dormia preguiçosamente sobre a mesa. O que pareceu-me meia hora depois Nanao depositou uma resma de papeis ao lado de seu taichou fazendo barulho, a resma que antes tinham singelos trinta centímetros ganhara mais uns vinte. Kyouraku que dormia sobre seus rabiscos abriu os olhos e viu Nanao de pé.

- Assine! – disse ajeitando seus óculos.

- Cruel Nanao-chan, logo depois de eu ter escrito um verso para você?

Ele arrancou o papel do bloco e entregou a Ise que estava irritadiça, ela revirou os olhos e começou a ler aquele papel que continha a letra de Kyouraku.

"Sua beleza me enaltece, me sinto o dono do mundo ao lhe admirar

Poderias ser minha, e eu aceitaria sem reclamar,

Daria-lhe uma flor, porém esta perderia o glamour perto de tão admirável ser

Gostaria de passar uma noite inteira com você!"

E esta era a idéia de Kyouraku taichou de poemas, ela depositou o papel sobre a mesa, este ainda continha esboços de Nanao e Shunsui se beijando e alguns corações sobrevoando os dois.

- O que achou minha Nanao-chan?

- Nada de mais... – disse corada. – Assine!

- Porque eu? Assine você, a letra de minha Nanao-chan é bem mais bonita. – disse segurando uma das mãos dela.

- É para conter a SUA assinatura taichou! – disse brava retirando sua mão das dele.

- O que? Ainda não aprendeu a falsificar? – perguntou-a.

Era mesmo um árduo trabalho servir ao Kyouraku taichou, ele parecia uma criança teimosa que queria comer a sobremesa antes do jantar, e Nanao estava perdendo a paciência com ele.

- Se não assinar vai receber mais uma notificação de Yamamoto soutaichou! – disse ela em tom repreensivo.

Shunsui deu de ombros e pegou uma caneta para assinar os papais, afinal, Yamamoto lhe disse que não mais toleraria atrasos. Nanao resolveu deixar o escritório para que seu taichou não se detraísse e arrumasse alguma desculpa para não assinar os inúmeros papeis. Nanao tinha algumas pendências para resolver na 8ª divisão, e também daria uma volta pela gotei 13, só para distrair-se um pouco. Quando por fim retornou ao escritório o sol já começava a se por e quando abriu as portas deu de cara com seu taichou dormindo sobre toda aquela papelada desorganizada. Ela respirou fundo e o acordou. Quando ele levantou-se um dos papeis que deveria conter sua assinatura estava colado no rosto dele.

- Minha Nanao-chan, senti sua falta! – disse retirando o papel do rosto. – E antes que brigue comigo, assinei todos eles!

E era mesmo verdade, todos os documentos tinham sido assinados até alguns papeis em branco continham a assinatura do taichou. Nanao recostou-se a mesa ao lado de Shunsui para reorganizar mais uma vez toda aquela papelada.

- Francamente taichou, custava ter arrumado novamente? – disse sem olhá-lo.

Shunsui reclinou a cadeira para traz e ficou fitando os quadris de Ise, os olhos do taichou mexiam-se no mesmo ritmo que os quadris da fukutaichou e quando ele não pode mais se segurar levou a mão para apalpá-los, Nanao lhe deu uma livrada na mão boba.

- Cruel Nanao-chan, muito cruel! – disse alisando a mão. – Só ia retirar um cisco que estava no seu impecável uniforme.

Se Nanao desse bola para o taichou estaria perdida, era cada uma que ele inventava, cada desculpa esfarrapada, o pior era ainda quando ele dizia claramente o que queria fazer, e era nessas horas que Nanao lhe dava mais uns tapas.

- Agora é só entregar ao Yamamoto soutaichou! – disse Nanao dando uma ultima batida de papeis a mesa para alinhá-los.

- Eu entrego para a minha Nanao-chan... – disse Shunsui levantando-se da cadeira. – Se a minha Nanao-chan prometer sair comigo para tomar um sorvete!

Nanao conhecia muito bem o seu taichou e sabia que se negasse ele a perturbaria o resto da semana. Ela entregou a papelada a Shunsui dando de ombros, o taichou pegou e ao ir dar um beijo em Nanao encontrou com a mão da fukutaichou em seu rosto espalmada e ardidamente em um tapa.

Era fato! Shunsui cantava Nanao no mínimo oito vezes por dia e também era fato de que em quadro destas oito vezes ela lhe revirava o rosto com tapas e nas outras ela sempre usava de sua criatividade para afastar-lhe.

Ise estava esperando o taichou, com cara de desagrado, não queria passear com ele pela Sereitei. Já era noite, e pontilhavam o céu, quando a cintura de Nanao foi arrebatada pelas mãos safadas de seu taichou que apoiava o queixo em seu ombro sorrindo como sempre.

- O que o senhor pensa que está fazendo? – perguntou dando uma cotovelada nas costelas de Shunsui.

- Relaxa minha Nanao-chan, estava apenas medindo! – disse aninhando as costelas atingidas. – Pronta para se divertir?

O que a pobre Ise poderia fazer? Apenas deu de ombros, Shunsui não perdeu tempo em pegar a mão dela e guia-la pela Sereitei levando-a para onde ele dizia ter um ótimo sorvete de morango. Haviam poucas pessoas no estabelecimento, e em sua grande maioria eram de casais, o que deixou Nanao irritada. Kyouraku puxou uma cadeira para que ela sentasse e depois sentou-se a seu lado.

- O que desejam? – perguntou alegremente o garçom.

O mal uso de palavras! O que desejariam duas pessoas em uma sorveteria? Remédios? Nanao não entendia o que era tão difícil que impedia as pessoas de usarem corretamente as palavras?

- Sorvetes não é óbvio? – retrucou com a cara fechada.

- Um de morango para mim e um de chocolate para a minha Nanao-chan! – disse o sorridente Shunsui com o indicador levantado.

O garçom saiu e Nanao virou-se para Shunsui com a sobrancelha arqueada.

- Sua Nanao? O que acha que vai pensar o garçom?

- Que você é minha! – respondeu sorridente e a piscar um olho para Nanao.

- Definitivamente taichou, eu não sou sua!

O garçom lhes entregou os sorvetes e saiu, realmente aquela era um bom sorvete, e isso Ise tinha que aceitar, depois de tomarem o sorvete, Shunsui pagou a conta e Nanao agradeceu mentalmente que aquele martírio tinha se acabado, mas para Kyouraku, estava apenas começando a noite com Nanao.

- Nanao-chan, vamos passear pela Sereitei? – perguntou ele lhe dando um beijo no rosto e recebendo um tapa.

- Não! – disse ela fechando os olhos e começando a andar.

- Para onde vamos? – ele a perguntou ao alcançá-la.

- Para onde o senhor vai, eu não sei, Eu vou para a minha casa! – disse apertando o passo inutilmente.