Disclaimer: Eu não sou assassina. Não matei personagens maravilhosos, nem faço o Naruto ficar correndo que nem um bocó atrás do Sasuke, e penso SIM em romance para o Shikamaru. Eu não sou dona de Naruto (:
N/A: Oi, eu estou de volta... (cricri*), enfim eu estou (finalmente) postando a bendita fic. Foi praticamente uma epopéia fazer este capítulo. Adoro Asuma/Kurenai, mas é um BIIIIG desafio escrever sobre os dois, porque eles são tããão reservados. Fora que esse capítulo é mais pra introdução da história, então ele ta meio paradinho. Além de ser possível isto estar um grande OOC, mas acabou ficando aceitável (eu nunca gosto muito do final das minhas fics, fazer oque u__u). Eu estava tentando fazer uma comédia, mas eu definitivamente não nasci pra fazer comédia. (¬¬) Ah, aquilo de sempre. Ignorem os errinhos de português, e divirtam-se. Isso é o mais importante. Nos falamos lá embaixo. Boa leitura.
Lá Vem a Noiva.
Três palavras. Um pedido. Aquilo não podia ser tão difícil...
Eles já estavam juntos há alguns meses, fora os anos em que toda aquela "admiração" ficara nas entrelinhas. Essa era uma situação mais do que previsível! Além do mais, casamento é o sonho de qualquer mulher. Sim, de acordo com Ino, 80 por cento da população feminina, querendo admitir ou não, sonhava em juntar os trapinhos com um homem que gostasse e confiasse, não era? Sim, ele estava confiante...
Mas toda sua falsa segurança fora por água baixo ao observá-la atravessar a porta do restaurante vestida em um vestido vermelho sangue do mesmo tom de seus olhos, contrastando magicamente com os cabelos negros e a pele clara. A única palavra que podia defini-la naquele momento era: Perfeita.
Enquanto ela era escoltada até a mesa pelo garçom, ele viu com orgulho a atenção de homens e mulheres se virarem para a Yuuhi, que mantinha os olhos fixos em sua direção, lançando exclusivamente para ele aquele sorriso que parecia ofuscar tudo á sua volta.
- Boa Noite. – Disse sua voz discreta enquanto o garçom puxava a cadeira para que se sentasse.
- Boa Noite.
- Desculpe o atraso, tive que terminar os relatórios da última missão...
- Valeu a pena esperar. – Ele disse com os olhos fixos no rosto da bela kunoichi á sua frente, que assumiu tons rosados diante sua declaração.
- É um lugar legal... – Ela virou a cabeça olhando ao redor.
- Achei que iria gostar. É refinado e elegante... E a melhor parte é que não corremos riscos de sermos interrompidos, já que poucos shinobis vêm até aqui. – Falou enquanto recebia das mãos do garçom um cardápio.
O jantar correu agradável. A comida era boa, mesmo ele não tendo certeza do que era a coisa gosmenta - que o garçom explicara como 'quitute francês muito apreciado' - que comera.
Enfim, ela parecia estar satisfeita, e isso bastava. Havia algum tempo em que ambos não conseguiam desfrutar de um momento a sós. Quando não estava em missões, estavam treinando seus aprendizes, e nas duas últimas vezes que ele tentara levá-la para um lanche no fim do expediente sempre aparecera terceiros para atrapalhá-los. Mas agora era o momento. Lá estava ele no restaurante mais romântico de toda Konoha, prestes a fazer uma escolha que mudaria sua vida completamente. Uma mudança definitiva, e sem volta.
- Você está bem? – Perguntou a voz suave da morena pondo sua mão sobre a dele, despertando-o de seu devaneio.
- Sim. – Disse. Fitando seus olhos rubros, ele sentiu o nó no estômago que lhe acompanhava o dia todo apertar.
Será que ele estava indo rápido demais? Era isso realmente que queria?
Claro que sim, ele não tinha dúvidas. Ela era linda, inteligente, e o fazia se sentir daquela maneira engraçada que só ela conseguia fazê-lo sentir. Mas a questão era: Será que ela compartilhava sua vontade? Quer dizer, ela era uma ninja forte e autônoma, que nunca dependeu de ninguém para nada. E se ela fizesse parte das 20 por cento de mulheres que rejeitavam a idéia do matrimônio? E se ela recusasse? Como seu relacionamento ficaria? Ele tinha certeza que nada continuaria a ser igual... E se isso em vez de aproximá-lo o afastasse dela?
- Posso mandar servirem a sobremesa, senhor? – Disse o garçom chegando junto á sua mesa novamente, dando uma piscadela de cumplicidade para ele.
- Er...
- Claro. – Disse Kurenai, sem realmente fazer idéia do quanto existia por detrás do 'servir a sobremesa'.
- Você tem certeza de que quer sobremesa? – Disse inseguro.
- Sim, porque não?
- Bem talvez você queira apenas comer um docinho na padaria...
- Qual é, Asuma! Você está meio estranho hoje... – Desabafou oque estava sentindo desde que ele lhe dissera aonde iriam jantar. Asuma não era do tipo de homem que gosta de ambientes fechados, cheios de pessoas arrumadas e todas essas frescuras que qualquer um chamaria de "chique". E principalmente um lugar aonde não poderia fumar seu típico cigarro sem deixar a mesa.
Mas lá estavam eles. No restaurante mais fino, ou melhor dizendo, o mais caro, de toda Konoha.
- Eu? Estranho?
- Sim, você está tão calado, tão pensativo desde que eu cheguei... Como se estivesse me escondendo alguma coisa... – Disse fazendo uma cara intrigada.
Sarutobi deixou escapar uma risada sarcástica, que saiu mais como um riso nervoso, antes de responder cruzando os braços enquanto se recostava na cadeira.
- Eu não... – Pigarreou. – Não estou escondendo nada de você, Kurenai.
Mas ela não parecia convencida. Com o cenho enrugado, e os olhos estreitos, ela analisou-o com uma postura inquisitiva.
- Você está querendo terminar comigo, não é? – Disse estreitando os olhos, enquanto inclinava o corpo sobre a mesa.
- OQUE!????
- Porque se for é melhor você falar logo, Asuma Sarutobi! E não ficar me enrolando comprando comida e vinho bacana pra mim só porque está se sentindo culpado! – Disse ela mais alto do que pretendia.
- Kurenai, eu não estou...
- NÃO TEM NENHUMA COMIDA NORMAL! OQUE VOCÊ ESPERA...? – A voz aguda chamou a atenção tanto dele quanto da kunoichi. Olhando por trás dos ombros, ele pode ver no outro lado do restaurante três semblantes muito familiares, tentando em vão se camuflar atrás de cardápios usados como muros.
Percebendo que haviam sido descobertos, os três aprendizes ergueram suas cabeças com um sorriso amarelo. Menos Shikamaru. Ele continuava com aquela expressão tediosa de sempre.
Olhando novamente para Kurenai ele pode ver o quanto aquilo havia lhe decepcionado. Não que ela não gostasse de seus pupilos. Mas ele sabia o quanto ela havia ansiado esse momento a sós entre eles, que estavam sendo cada vez mais raros ultimamente, e fazia idéia do quanto ela devia estar desapontada.
- Eu não sabia que eles...
- Não, tudo bem. – Disse ela fingindo prestar atenção nas unhas. – Acho que devia ir lá, falar com eles.
- Isso não era para acontecer... – Começou antes de ser interrompido pela mesma voz esganiçada de antes.
- ASUMA-SENSEEEI! NOSSAAAAA! MAS QUE COINCIDÊÊÊÊÊÊNCIA! – Continuou de uma maneira teatral.
- Eu não demoro. – Disse ele antes de se levantar e atravessar o restaurante na direção de seus alunos.
- Oque vocês estão fazendo aqui? – Disse sem muita simpatia mirando os três através de suas íris escuras. Percebendo seu humor hostil, eles, com olhares temerosos começaram a se cutucar entre si, como se estivessem jogando uma espécie de "batata-quente", para decidir quem daria as explicações.
- Chouji estava com fome! – Começou a loira, ao perceber a falta de iniciativa dos outros dois.
- Eu?
- Sim, você estava. – Disse lançando um olhar perigoso para o outro depois voltando a fitar o sensei que continuava a olhá-los daquela maneira severa. – E então Shikamaru... – Disse ela buscando apoio do companheiro de equipe, mas ele continuava debruçado sobre a mesa, com a cabeça deitada. Resmungando alguma coisa como: "Problemáticos..."
- Não foi minha culpa! Eles me obrigaram! – Disse apontando os outros dois.
- OQUE?
- Isto mesmo. Chouji e Shikamaru estavam curiosos...
- Ino, sua...
- Eu disse que não devíamos, mas ninguém nunca me ouve... – Disse a loira manipuladora.
- Isto é mentira, Asuma-sensei. A idéia foi dela! – Retrucou o Akimichi.
- Minha?
- Sim, foi você quem disse que deveríamos apoiar e ajudar Asuma-sensei a pedir pra Kurenai-sensei...
- Shhhhhh! Quietos, Quietos! – Disse ele balançando as mãos para que os dois se calassem.
No mesmo momento ele se perguntou no que estava pensando quando havia resolvido contar seus planos para esses três.
- Shikamaru, você pode começar a explicar. – Ino tentou protestar, mas foi impedida por sua mão erguida.
- Yare, yare... – Disse erguendo a cabeça e se recostando na cadeira. – Ino falou que deveríamos vir e garantir que você não fizesse nenhuma besteira para estragar esse momento.
O olhar do sensei se fixou na Yamanaka, que tinha a cabeça baixa e se mantinha olhando para o próprio colo.
- Vou ter que pedir por uma explicação?
- Ora, Asuma-sensei, fiz isso para ajudá-lo! Queria me certificar que não ia dar para trás, e de que não iria fazer nenhuma besteira. – Disse dando de ombros.
- Ino... Entendo que suas intenções tenham sido boas... – Disse suspirando, buscando uma paciência já ausente. – Mas eu não sou nenhuma criança. Eu sei cuidar dos meus relacionamentos.
- Eu duvido muito. – Ela cruzou os braços empinando o nariz.
O sensei respirou fundo, não tendo idéia do olhar mortal que Kurenai lançava por suas costas.
"Isto era oque faltava.", pensou a kunoichi. Ali estava ela, na noite que supostamente deveria ser exclusivamente sua e de Asuma. A noite romântica que havia idealizado havia sido transformada em uma reunião para amigos, em que ela havia sido abertamente excluída. Os olhares lançados a ela antes de admiração haviam se transformado em olhares solidários pela "Moça Deixada de Lado"
- Eu estou sendo muito precipitado. – Desabafou Asuma, puxando uma cadeira para se sentar-se à mesa.
- Do que você está falando, Asuma-sensei?! Você demorou dois anos só pra admitir que gostava dela para si mesmo! – Disse ela lhe dando palmadinhas nas costas.
- Bem, isto é diferente, Ino. É algo que vai mudar a minha vida! Vai mudar a vida dela! Não posso exigir tanto assim dela.
- Asuma-sensei, lembra do que conversamos esta tarde? Toda mulher quer viver perto com um homem que a respeite e admire.
- Hum hum. – Chouji soltou, parecendo querer chamar sua atenção.
- Que seja gentil...
- Hum Hum.
- Que a compreenda...
- HUM HUM! - A reflexão da loira foi interrompida pelo pigarrear constante do Akimichi ao seu lado. Rolando os olhos, ela se virou sem paciência para Chouji que se aprumou todo ao ser notado pelos olhos de safira de Ino.
- Você está precisando de um xarope, Chouji? – Disse ela mal humorada.
O garoto pareceu desapontado, e se afundou na cadeira cruzando os braços.
- De qualquer jeito, Asuma-sensei, tenho certeza que Kurenai-sensei vai aceitar se casar com você, porque como todos nós sabemos ela realmente ama você
- Poxa, Ino. Você acha mesmo?
- Claro que sim! – Disse sorridente. – Pode acreditar, já que eu não vejo outro motivo bom o bastante para ela conviver com esse seu cheiro de cigarro horrível, suas roupas amassadas, sem contar esse seu cabelo todo picotado...
Ino era realmente uma garota surpreendente. E ele tinha certeza que por detrás de seus comentários superficiais haviam boas intenções. E mesmo que não parecesse, isso ajudou muito.
- Obrigada, eu acho... – Asuma completou enquanto se levantava da cadeira, respirando como se estivesse se preparando para um mergulho. Um mergulho muito fundo.
Os alunos observavam o sensei voltar para a própria mesa, quando Ino notou algo no assento em que Asuma havia se sentado há segundos antes.
- Kuso... - Murmurou para si mesma, enquanto examinava o pequeno pedaço de papel.
- Hum? – Perguntaram os dois garotos ao mesmo tempo.
- Acho que Asuma-sensei pode estar com problemas. – Disse ela mordendo o lábio inferior, voltando o olhar para a mesa aonde o sensei se acabara de se sentar de frente para a companheira.
-x-
- Desculpe. – Disse ele enquanto se sentava. – Eles não vão mais interromper, já estão indo embora.
Kurenai meneou positivamente a cabeça, enquanto remexia a sobremesa que o garçom já havia trazido.
As mãos de Asuma suavam, com o suspense. Seus olhos acompanhavam cada movimento que o pequeno garfo de prata fazia sobre a massa do bolo. Kurenai estava prestes de dar uma garfada no bolo de chocolate, quando largou o talher de lado, e olhou para ele.
- Oque está acontecendo, Asuma?
- Eu... Kurenai... Porque não conversamos outra hora?
- Porque você está fugindo? Porque não podemos conversar?!
- Eu não estou fugindo de nada... Só acho que você devia comer sua sobremesa antes, e...
- Eu não quero mais droga de sobremesa nenhuma! – Disse ela exaltada. – Sempre fugindo! "Não Agora", "Quem sabe mais tarde" – Disse em uma imitação de sua voz - Porque você não...
- Hã... Asuma-sensei? – Disse uma voz atrás do jonnin cutucando seu ombro.
Kurenai soltou um barulho sarcástico com a garganta, balançando a cabeça. "Inacreditável."
- Não é uma boa hora, Chouji. – Disse entre os dentes para que se retirasse.
- Mas Asuma-sensei, é urgente... Ino disse que precisamos conversar agora. – Respondeu ele, enquanto o sensei franzia a sobrancelha tentando imaginar oque diabos eles queriam agora. E oque Chouji queria dizer com o "urgente".
- Quer saber, eu cansei. – Disse simplesmente se levantando da mesa – Você pode conversar com seus alunos, mas não comigo. Vá conversar com eles, então. Eu estou indo embora! – Kurenai pegou a bolsa, e caminhou em direção a porta com passos largos. Chouji remexia em um dos bolsos da jaqueta, parecendo procurar alguma coisa, mas Asuma não esperou por ele. Levantou-se com pressa seguindo a namorada por entre as mesas, chamando seu nome ás suas costas, mas ela continuava ignorando ele. Quando conseguiu alcançá-la, já estavam na entrada do restaurante.
- Espera. – Disse ele segurando seu braço.
- Oque? Agora você quer conversar? – Disse ela com a voz ressentida.
- Kurenai, eu não estou escondendo nada. Não da maneira que você está pensando.
- Então, você vai me contar tudo agora? – Empinou o queixo e cruzou os braços como se o desafiasse.
Asuma abaixou a cabeça reunindo a pouca coragem que lhe restava. Coragem... Era engraçado como isso nunca havia faltado nele. Ele era um dos grandes shinobis de Konoha, um dos doze ninjas guardiões do grande senhor feudal do majestoso país do fogo. Já havia enfrentado dezenas de homens sem hesitar, e agora lá estava ele, tremendo nas bases por causa de uma mulher. Um pedido. Três palavras...
- Oh, acho que já entendi. – Disse ela apontando o indicador no seu rosto. - Você quer mesmo terminar comigo, não é?
- NÃÃO! Eu não quero terminar com você! Oque eu estou tentando te dizer à noite toda é que... Eu...eu...
- Oh Meu Deus, tem alguma coisa muito errada acontecendo. – Recomeçou com os olhos arregalados e a boca entreaberta.
- Não, Kurenai não tem nada de errado...
- Na verdade tem sim! – Disse ela apontando através dele, para dentro do restaurante, especificamente na mesa onde estavam sentados há alguns instantes atrás, aonde um Chouji se debatia com o rosto quase tão roxo como uma berinjela.
- Ah Deus... – Disse correndo para dentro do restaurante, atravessando a multidão que já se acumulava em torno do chunnin que se debatia no chão com a boca suja do que possivelmente havia sido a sobremesa de Kurenai.
Com dificuldade levantou o corpo de Chouji, abraçando seu estomago pelas costas, e aplicando o máximo de pressão que conseguia uma, duas, três... Neste momento, um pequeno objeto dourado saía voando da garganta do Akimichi, caindo em algum lugar próximo deles.
Professor e Aluno desabaram no chão, Asuma quase tão esbaforido quanto o Akimichi.
- Chouji! – Gritou uma voz feminina atravessando a multidão, se ajoelhando ao lado do companheiro de equipe e o sensei. – Você está bem?
- Ino... Você estava preocupada comigo? – Disse ele esperançoso com um meio sorriso.
- Não. – Disse simplesmente. – Só quero me certificar que esteja bem vivo quando EU for matar você! – Mostrou o punho bem perto das bochechas do amigo de maneira ameaçadora, deixando-o em choque.
Asuma desviou o olhar procurando pelo par de olhos vermelhos, que haviam o acompanhado de volta para dentro do restaurante. E a encontrou.
Kurenai estava há poucos metros de distância, segurando entre os dedos o objeto culpado por obstruir garganta de Chouji: Um anel de ouro delicado, enfeitado por uma pedra de rubi rodeada por outras dezenas de outras de ônix menores.
Assim que ele havia visto na joalheria sabia que havia sido feito para ela. Não só pelas cores que coincidiam com seus traços, mas porque todas as pedras faziam o formato perfeito de uma flor. E ele sabia muito bem a paixão da mestra dos genjutsus por flores.
Seus olhos se desviaram do objeto entre seus dedos para se encontrarem com os seus. Ela mantinha os olhos arregalados, começando a assimilar todas as ações duvidosas dele naquela noite, todo seu nervosismo...
As peças pareciam se encaixar, perfeitamente. Deixando tudo mais claro do que água. Como ela podia ter sido tão cega a ponto de não enxergar aquilo que estava na cara o tempo inteiro? Se questionou a Yuuhi, que mantinha o olhar fixo em Asuma, que acabava de se levantar.
Depois do tremendo esforço que tivera que fazer para sair debaixo de Chouji, Asuma endireitou os ombros, se preparando para aquilo que havia temido a noite inteira. Estava prestes a começar a falar, quando sentiu alguém cutucando sua canela esquerda, e virando-se para trás, viu Chouji estendendo um pequeno pedaço de papel entre os dedos para ele.
Asuma reconheceu a "cola" que havia escrito com Ino, caso ficasse nervoso o bastante e não soubesse oque dizer na hora de fazer o pedido. Eram metáforas e frases poéticas, que como Ino havia dito, soariam legal, e Kurenai gostaria de ouvir.
- Eu fiquei horas estudando isso em casa, para que fosse um momento perfeito – Disse em um meio sorriso, abanando a cabeça. – Já que isto está longe de ser perfeito, acho que não preciso mais dele. – Amassou a nota e jogando no chão.
- Asuma...
- Eu te amo, Kurenai. Eu te amo muito. – Disse ele de uma vez só. – Era isso que eu queria dizer a noite inteira. Posso ter complicado um pouco, mas você sabe como eu sou. Eu sou o cara de roupas amassadas, que tem cheiro de cigarro...
- Não se esqueça do cabelo picotado. – Disse Chouji segundos antes de Ino lhe lançar um olhar mortal para que se calasse.
- Sim. Eu sou esse cara. Posso não ser um homem refinado como você sonhou. Posso não gostar desses restaurantes com comidas de nomes esquisitos, nem me vestir como um cavalheiro, mas eu quero realmente te fazer feliz. Porque só ao seu lado eu vou ter uma chance de ser feliz.
- Você tem certeza? – Ela perguntou com a voz embargada.
- Absoluta. Eu quero viver com você cada dia da minha vida. Até o resto dela. – Sorriu para ela, que continuava a pressionar os lábios trêmulos, tentando conter o choro. – Então Kurenai Yuuhi, você quer...
- Se ajoelhe! – Exclamou Ino, disfarçando entre tossidinhas forçadas. Asuma riu, mas aceitou a dica.
- Quer se casar comigo? – Enfim as três palavras saíram em meio a um sorriso que poucas vezes fora visto no rosto do jonnin.
As lágrimas já caíam dos olhos vermelhos, ao mesmo tempo em que balançava afirmativamente a cabeça.
- É Claro que sim. – Disse sorrindo.
Asuma se ergueu, os braços envolveram o pescoço da noiva, enquanto ela abraçava sua cintura, apoiando a cabeça em seu ombro. Com delicadeza beijinhos foram plantados em sua boca, ao mesmo tempo em que todas as outras pessoas presentes no restaurante, que estiveram assistindo a cena do casal soltavam em coro "OOOOUN..."
- Isso aí, Asuma-sensei! – Comemorou Chouji.
- Cala a boca, seu gor... Não pense que eu já esqueci oque você fez. Vamos ter uma boa conversa, sobre não meter o nariz, ou melhor dizendo, a boca, aonde você não foi chamado.
- Você pode relaxar, Ino? Acabou. Asuma-sensei vai se casar, mas você não para de reclamar nem por um minuto.
- Perfeito? HÁ. Esse foi o pedido de casamento menos perfeito que eu já vi. Pra começar de quem foi a idéia de colocar o anel dentro de um doce? Isto é tão cafona...
- Foi perfeito. Pra mim. – Disse Kurenai ainda abraçada a Asuma.
- Viu, Asuma-sensei. Eu disse que ela iria gostar. – Disse o Akimichi erguendo o polegar.
- Pera aí. Foi você quem sugeriu o anel dentro do bolo. E você mesmo comeu o bolo?
- Er... Eu devo ter esquecido, Ino-chan. – Disse ele com as mãos atrás da cabeça.
- Problemáticos...- Resmungou o Nara, que estivera o tempo todo assistindo a cena como os demais. Metendo as mãos nos bolsos e saindo dalí. Ino meneou a cabeça de maneira desaprovadora para Chouji, com o olhar ainda faiscando, quando também foi em direção a saída.
- Esperem por mim! – Gritou o terceiro, correndo atrás dos demais.
Asuma retirou o anel das mãos de Kurenai e estava prestes a enfiá-lo em seu anelar direito, quando ela falou:
- Acho melhor lavar antes de fazer isso. – Disse rindo, e ele riu também. – É sério.
Asuma Sarutobi guardou o anel em um dos bolsos do colete jonnin, e passou os braços envolta dos ombros de sua futura mulher. Tudo agora parecia tão perfeito que apagava o desastre que havia sido o resto da noite.
- Vamos pagar a conta e sair logo daqui. Depois de tudo isso, eu mereço mais do que nunca um cigarro.
N/A: E aí, que tal? *-* Eu particularmente não gostei do final. Mas eu já estava cansada de apagar e refazer, apagar e refazer, sendo que no final das contas ficava tudo a mesma coisa. Então eu joguei a toalha T_T.
Continuando, eu pretendia, e ainda pretendo fazer de "Lá Vem a Noiva", uma longfic, com multi-casais, e os caramba, mas sei lá, vai depender de você, leitor absoluto (puxa saco*), e da sua opinião sobre o meu modesto e humilde capítulo piloto. O casal central é Asuma/Kurenai, lógico. Mas eu quero muito escrever sobre os outros casais e personagens (Basicamente os casais que estão no meu perfil, e mais uns surpresas \o).
Agora só depende de você, Contribua para a continuação da fic, me faça feliz... Tudo isso, apenas dando um click no atraente botão verde aqui embaixo e dando seu depoimento. Agradeço pela atenção e paciência, eu sei como sou chata :D.
