Jornada Espiritual

a Legend of Zelda: Spirit Tracks short-fanfiction

[Sinopse] Algumas palavras desconexas, dos pensamentos e sentimentos de Link, durante a sequência de abertura do game Spirit Tracks.

[Disclaimer] A franquia The Legend of Zelda pertence à Nintendo, e ao seu criador, Miyamoto-sensei. A capa é uma fanart do artista Kenny Uchiha, do DeviantArt:

[Notas Iniciais] 1. É bem provével que esta doideira que você talvez esteja prestes a ler não se encaixe em nenhuma categoria. 2. Não tenho dinheiro para comprar um Nintendo 3DS, nem inteligência para os paranauês que a instalação de um emulador deste console, com todos os plugins e requesitos, necessita. 3. Devido às consequências de 2, ainda não joguei Spirit Tracks, o mais kawaii de todos os Zeldas, então no meio dessas lágrimas açucaradas, pode ter algo de OOC ou que não se pareça muito com o universo deste jogo em específico. Por favor, me perdoe! 4. Para não perder tempo chupando o dedo pelas consequências de 3, escrevi esta fic! Boa leitura! ;3

Surge uma luz no fim do túnel.

Uma luz branca, radiante e poderosa, que se aproxima cada vez mais.

O trem ultrapassa a saída e somos banhados pela luz, a luz do sol, que descortina um cenário maravilhoso à nossa volta.

Árvores frondosas, muito altas, verdes e antigas, fundem-se às montanhas, cercas naturais paralelas a este vale interminável.

Quem diria que existiam trilhos neste lugar tão isolado e solitário?

Enquanto o caminho até a próxima Torre Espiritual me intriga, você permanece tranquilamente sentada no teto da locomotiva, como se nada fosse mais importante que admirar a paisagem.

Eu daria minha alma para que esta fosse a realidade.

Mas a sua existência neste mundo tomou apenas a forma tênue de um espírito. Nada além de um fino "cordão de prata", que pode ser partir a qualquer instante, retém a sua vida neste lugar.

E mesmo assim você me presenteia com o seu riso doce, após todas as minhas tentativas infrutíferas de apressar esta máquina, como se me ver coberto de fuligem fosse a coisa mais divertida do Universo.

É a primeira vez que você me acompanha numa jornada. A forma etérea deixa a sua beleza ainda mais estonteante, e a sua voz mais adorável e suave do que eu seria capaz de lembrar. Mas você se desvanece, pouco a pouco, em centelhas peroladas que flutuam ao vento, misturadas à nuvem cinzenta que marca o rastro da locomotiva.

É a primeira vez que você me acompanha numa jornada. Posso te ver, posso te ouvir, dias e noites a fio. Desfruto do prazer egoísta de ter a sua companhia só para mim. Nunca estive tão perto de você... Não posso te tocar, não posso te confortar, não posso de proteger. Por milhas e milhas a fio, até ao infinito... Nunca estive tão longe de você.

Mas juro que enfrentarei tempo, espaço, espíritos, monstros, a própria Morte, o que quer que apareça, nem que seja apenas para ver o seu sorriso doce uma última vez.

Apenas por você.

Minha adorada Zelda.