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Aquela situação inteira era ridícula.
Que raios de mundo era aquele quando você descobria que seu amante te traia com a sua mulher? Ou que sua mulher te traia com seu amante?
Ou, o pior de tudo: que sua mulher tinha dois amantes, e um deles era o seu próprio amante.
Ginevra Potter estava descendo ao nível da vadiagem – um dia com um loiro, outro com um negro, e para todos os efeitos, a esposa perfeita de Harry Potter.
Quanto a Draco, bem, nunca esperara muito diferente dele. O enchia de ódio, claro, mas sabia que ele era uma cobra na qual não se devia confiar.
Quando contou tudo a Dean, descobriu que não era o único a sentir-se traído. Soube que Ginny sempre soubera que ele tinha algo com Draco e que usara isso com motivo para voltar aos braços do ex-namorado, que acreditava ser o único a ter relações com ela – que Harry apenas mantinha as aparências, que nada mais acontecia entre eles.
O que, claro, não era verdade. Não fazer sexo é uma péssima maneira de se esconder um adultério.
Além disso, Draco não deixava que Harry entrasse nele, e aquela vontade tinha que ser direcionada para algum lugar – para Ginny.
O álcool faz efeito mais rápido no meio da indignação e da raiva.
Harry nunca soube como a conversa descambou para a sacanagem, ou como a sacanagem virou fazer algo, ou como acabaram estando semi-nus e suando um contra o outro no banheiro de um pub.
Só sabia que sentir o negro em si era melhor que sentir Draco. Que a forma como o outro gemia loucamente na sua frente não poderia jamais ser eficiente com Ginny. Que aquela química era muito maior do que qualquer coisa que tinham tido com os outros.
Que Draco e Ginny que se fodessem, Harry preferia Dean.
