AVISO IMPORTANTE!
Queria avisar, antes de vocês começarem a ler, que essa história não foi originalmente produzida para InuYasha. É uma história que eu estou escrevendo com personagens que eu criei. Eu queria uma opinião sobre ela, e, como eu costumava frequentar o site e confio no gosto de vocês, pensei em postar aqui para que vocês pudessem me dar essa opinião.
Eu troquei alguns nomes das minhas personagens pelos nomes das personagens de InuYasha, mas infelizmente não mudei as características físicas, então vocês devem estranhar ao lerem. Sinto muito por isso, de verdade.
Boa leitura! Espero que gostem!
Capítulo 1
Capturada
Ela ouviu o farfalhar das folhas. Desviou a atenção das frutas que comia para perceber melhor os ruidos ao redor. Um animal grande se aproximava. Não, um grupo. Levantou-se e caminhou sorrateira na direção do som. Os corpo esguio se movia com destreza, desviando de um galho aqui e outro ali, quase não fazia barulho para não atrair a atenção de predadores. Adaptara-se a vida nas matas, ela não mais se lembrava do local onde nascera e passara os primeiros anos de sua vida, sua única lembrança daquele tempo era do dia em que fizera da floresta o seu lar.
Não demorou para alcançar o grupo cujos ruidos chamaram sua atenção. Os olhos negros arregalaram-se. Não eram animais, eram humanos. Humanos como ela. Não, não como ela. Eram como aqueles homens...
...
A mãe puxava sua mão e corria para dentro da floresta, cada vez mais adentrando aquela escuridão. A menina corria desajeitada, tropeçando em várias raízes de árvores. A mãe olhava sempre pra trás procurando sem sucesso por algo. Estava escuro. A camisola branca arrastava no chão, prendendo-se em pequenos galhos e rasgando-se. A mulher, sempre tão vaidosa, não parecia perceber.
- Seu vestido, mamãe! - a criança alertara - Está rasgando!
A outra continuava a correr sem rumo, ignorando a filha. Correu por muito tempo até se sentir segura para parar. Os olhos percorreram habilmente o local, parando em um pequeno buraco entre as raízes de uma árvore.
- Kagome, venha, rápido!
Com essas palavras empurrara a pequena para dentro do buraco. Era apertado e desconfortável, mas pouco visível. Sua filha estaria segura.
- Eu quero que você me ouça, Kagome, e faça exatamente o que eu disser...
...
- Olhem! Olhem! Tem uma garota ali!
Fora vista. Distraíra-se com suas lembranças e fora vista por aqueles homens. Virou rapidamente o corpo e tentou fugir, mas já era tarde. Mãos fortes apertaram um de seus pulsos. Teria que lutar se quisesse sair dali. Agarrou um galho caido com a mão livre e acertou a cabeça de seu oponente que, surpreso, afrouxou o aperto o suficiente para que a menina se libertasse. Os companheiros já haviam se aproximado e cercavam-na. Os olhos moviam-se rápidos e a mente buscava uma maneira de escapar da situação, ao mesmo tempo em que brandia o galho na direção dos atacantes, impedindo-os de se aproximarem mais, contudo, um galho não era suficiente. Os homens se aproximaram, um deles arrancou o galho das mãos da garota, lançando-o longe. Tentaram segurá-la. Ela resistiu fortemente. Chutava, arranhava, mordia. Lutava com garras e dentes, como um animal luta por sua vida, mas seus esforços não foram suficientes. Em pouco tempo estava imobilizada. Os homens amarraram seus pés e braços e prenderam-na a uma árvore, onde ficara a observar com os olhos raivosos os movimentos de seus captores.
- E agora, o que vamos fazer com essa dai?
- Até que é bonitinha hein...
- Vai lá, Hiten, mas cuidado que ela morde!
- Ah, mas não me morde! Você que não é homem pra ela, Houjo.
- O que está acontecendo aqui? - bradou uma voz ao longe.
A garota desviou sua atenção para o recém chegado. Parecia diferente dos outros. Mais altivo, apesar de mais novo.
- Kouga - chamou, ao se aproximar do grupo, mexendo preguiçosamente nos curtos cabelos loiros e espiando a garota amarrada com o canto dos olhos.
- Sim, senhor - respondeu um homem alto e robusto, de pele morena e feições rudes, aproximando-se do novato.
- Quem é? - apontou a menina com a cabeça - Não me lembro de ter deixado mulher nenhuma com vocês mais cedo.
- Manten viu-a nos espiando do meio das árvores e...
- É, meu senhor! Ela tava espiando, e me atacou com um pedaço de pau! A menina só pode ser espiã inimiga, só pode! - interrompeu aquele que a garota reconheceu ser o que primeiro segurara seu pulso. Permaneceu calada e atenta a tudo o que diziam.
- Hum... - o loiro voltou o olhar para a direção da garota. Observou-a atentamente, seu vestido imundo e tão rasgado que praticamente não cobria seu corpo, os cabelos negros desgrenhados que cobriam-lhe as costas, a pele clara cheia de pequenas cicatrizes, o rosto delicado e os olhos negros que encaravam-no sem desviar, ainda ostentando o mesmo brilho raivoso de antes. Ela não se parecia com nada que houvesse visto antes. Sentiu uma onda de curiosidade percorrer seu corpo.
- Não, eu não acho que seja ela uma espiã, Manten - o jovem aproximou-se da cativa e estendeu a mão para tocar seu rosto, recebendo como resposta um som semelhante a um rosnado e uma tentativa de mordida. Recuou a mão, assustado - Ei, ei... calma ai, garota! Não vou te machucar, juro. Pode confiar - sorriu para a menina, sem conseguir acalmar a raiva em seu olhar. Suspirou - Tá bom, eu não vou encostar em você. Você tem um nome? - esperou inutilmente uma resposta. Outro suspiro - Não precisa ficar me olhando assim, toda desconfiada. Eu sou Inu...
- Meu senhor! Não deve fazer isso, é muito perigoso! - interrompeu seu subordinado com preocupação, ao que o jovem respondeu com um novo sorriso.
- Não se preocupe, Kouga. Ela não é inimiga. Certo? - acrescentou a pergunta olhando para a prisioneira novamente, que nada disse - Não quero chamá-la de garota. Meu nome é Inuyasha. Inuyasha Taishou. E você? Qual seu nome?
Seu nome. Quando fora a última vez que alguém a chamara pelo nome? As lembranças voltaram a invadir sua mente e atrapalhar seus pensamentos.
...
- Eu quero que você me ouça, Kagome, e faça exatamente o que eu disser, não importa o que aconteça! Está me ouvindo? Isso é muito importante!
...
- Kagome... - respondeu com voz fraca. Inuyasha voltou a sorrir.
- É um belo nome. Sabe de uma coisa, Kagome? Eu vou te levar para a minha casa.
A desconfiança voltou imediatamente para o olhar da menina. O jovem mantinha o sorriso em seu rosto. Os homens trocavam olhares preocupados. O que poderiam fazer? Conheciam-no. Sabiam que seu senhor faria o que quisesse não importando as consequências.
Obrigada por lerem!
Sintam-se a vontade para fazer qualquer comentário, elogio ou crítica sobre o meu trabalho.
