Chapter 1 Misteriosa Jackie

Jackie Morgan acordou com um mal humor e uma ressaca de matar qualquer um que tentasse cruzar seu caminho. Olhou ao redor, já que não se lembrava ao certo de onde estava, parecia uma ilha deserta. Caminhou alguns poucos quilômetros, mas não encontrou nada além de areia sobre areia. E só então, depois de perceber que uma tempestade estava se aproximando, sentou-se em baixo de algumas árvores, arrumando um lugar que a protegesse.

Enquanto toda aquela chuva caia, Jackie ficava tentando reorganizar seus pensamentos, mas isto parecia impossível. Certamente não se lembrava de nada de sua vida. Procurou algo em si, ou em seu vestido, que talvez pudesse lhe dizer algo. Foi então, que encontrou um pequeno pergaminho preso em seu colete. O vestido não era caro, podia ser de uma mulher de classe media, porém estava sujo e um pouco rasgado. O pergaminho não estava diferente. Com dificuldade Jackie conseguiu ler as palavras: "meus dolorosos agradecimentos" e "tenha um bom proveito dessa belíssima estadia". Ficou pensando no que aquilo poderia lhe dizer. Talvez alguém a teria deixado propositalmente na ilha, com certeza era o que mais parecia ter acontecido. Prestando um pouco de mais atenção no pergaminho Jackie viu um pequeno símbolo, como a assinatura de alguém.

- Press-presster plague...

Aquele nome não era estranho pra ela, mas mais uma vez ela não o recordava.

Cansada de tanto pensar, Jackie observou o mar. O admirou e concluiu que, com certeza, era a coisa mais linda que ela já vira. Ninguém nunca poderia prendê-lo, ou domá-lo, e, era isso que mais fascinava aquela jovem mulher.

Mas aquele momento não durou muito, quando, dentre as ondas revoltas que a tempestade formava, um navio foi à superfície. Estava longe da terra o suficiente para não ancorar naquela ilha, o que fez a garota tomar uma decisão precipitada.

Nadando bravamente contra as enormes ondas que se formavam, Jackie chegava cada vez mais perto do navio. Observando, em quanto podia, percebeu que não tinha cores, mas era enorme e veloz.

Enfim, conseguiu subir em alguns pedaços de madeiras e foi lentamente até a proa. Colocou apenas a cabeça para cima, a fim de poder enxergar a tripulação. Foi aí que arrependeu-se profundamente de ter nadado até lá. Porém já não era mais possível voltar.