Capítulo 001 – Nas Masmorras

Noite da morte de Albus Dumbledore

Os membros da Ordem lutavam contra os comensais que ainda estavam no castelo.

- Onde está Severus? – gritou McGonagall. – Por que ele não está ajudando?

- Snape fugiu com os outros. – disse Harry correndo ao encontro da diretora.

- O que?

- Ele matou Dumbledore.

- O que você falando, Harry? - estranhou Lupin.

- Snape matou Dumbledore! Eu vi! E eu não pude impedir! – gritava o menino.

E todos correram para fora, até onde estava o corpo do Diretor.

Silêncio. Entrecortado apenas pelos soluços de choros e lamentos.

- Vamos nos certificar de que não tem mais nenhum comensal dentro do castelo e... fecharemos as portas de Hogwarts. – murmurou McGonagall.

Os alunos a olharam, mas ninguém disse uma palavra. Ela era a diretora agora, e Hogwarts sem Dumbledore não seria a mesma coisa.

Os membros da Ordem se separaram em duplas e foram checar o castelo.

Remus e Tonks foram verificar as masmorras.

- Como pode... Snape ter matado Dumbledore? É... absurdo. – murmurou Tonks.

- Mas Harry diz ter visto... e não há motivos para ele ter fugido com os comensais.

Eles entraram na sala de Poções. Remus seguiu para os aposentos privativos de Snape, onde ele encontrou a pessoa que ele queria ver há muito tempo, mas temia encontrar naquela situação. Ele se ajoelhou ao lado dela, que estava desmaiada.

- Não... o que você está fazendo aqui? – perguntou baixinho, pegando-a nos braços, medo tomando conta de si. Não tinha como escondê-la de Tonks.

- Encontrou alguém, Remus? – perguntou a auror entrando no quarto de Snape e parando à porta ao ver o namorado com uma mulher nos braços. – Quem é ela? Não me parece ser comensal... – ela se aproximou verificando se a mulher tinha a Marca Negra. – Não. Definitivamente ela não é uma comensal. O que estaria uma mulher tão nova e bonita fazendo nos aposentos do Snape? - ela perguntou às paredes. Lupin estava nervoso. Ela notou. - O que há, Remus? Você... sabe quem é ela?

Remus levou a mulher até a cama, a deitando ali.

- Vamos levá-la para a sede da Ordem ela deve estar precisando de cuidados. – continuava a falar Tonks, percebendo o medo do namorado.

- Não. Não acho que devemos levá-la para a sede da Ordem.

- Mas... – ela se aproximou de Remus. – Você sabe quem é ela?

- Sim. – ele respirou fundo, passando a mão no rosto da mulher desacordada. – Eu a conheço.

- Uma ex-namorada? – tentou Tonks, ciúmes na voz.

- Não. – ele sorriu, triste. – Minha irmã.

- Sua... irmã? Por que você nunca me contou que tem uma irmã?

- Porque... ela fugiu, desapareceu, há uns 9 anos, logo depois de terminar Hogwarts. Você não lembra dela?

Tonks fitou a mulher na cama.

- Não.

- Mas você lembra do fato de ter havido um relacionamento entre um certo professor e uma sonserina na época que você estudava aqui?

- Claro! No meu quarto ano havia boatos que a monitora de poções estava... – Tonks olhou para Remus, sem acreditar. – Era sua irmã quem teve um relacionamento com Snape? – ela quase gritou, chocada.

- Sim. – ele respirou fundo. – É por isso que não acho seguro levar ela para a sede da Ordem. McGonagall irá reconhecê-la e... podem querer usá-la como isca.

- Mas por que ela está aqui? Desacordada nos aposentos do Snape?

- Não sei. Ela havia desaparecido e eu não a via desde então. Não sei nada sobre o que aconteceu com ela nos últimos anos. – ele verificou a mulher sobre a cama. – Não parece que está ferida...

E um barulhinho chamou a atenção deles.

Havia um berço num canto do quarto e era dele que viera o barulho.

Tonks se aproximou do berço, a varinha em punho. Mas seu semblante aliviando e abrindo-se em um sorriso no momento em que ela viu o que havia dentro do berço.

- Por Circe, mas que coisa mais linda.

- O que tem ai, Dora? - perguntou Lupin pegando a irmã no colo.

- Sua sobrinha, acredito eu. - respondeu ela, pegando a criança adormecida no colo. - Vamos indo?

- Eu não posso... estarei arriscando-as, Tonks... e se McGonagall quiser usar a criança?

- Ninguém vai arriscar a vida de uma criança, Remus! Mesmo ela sendo filha do Snape! - Tonks observou o receio nos olhos do namorado. - Temos que levá-las, Remus. Ela é sua irmã, elas fazem parte da sua família, e... elas tem uma ligação com Snape e ele matou Dumbledore... elas são uma peça importante...

- Eu sei. – ele admitiu. – Vamos levá-las.

E eles aparataram para a sede da Ordem, que era no Largo Grimmauld, sendo que Sirius ainda estava vivo.


Mansão Black.

Remus apareceu na sala com a irmã nos braços e Tonks com a pequena criança. Molly e Sirius correram para ajudá-los.

- Mas quem é essa mulher? – perguntou Molly. - E essa criança?

- Não... – murmurou Sirius, reconhecendo a mulher nos braços do amigo. – Mas é... – ele olhou para Lupin, buscando confirmação. – Florence?

- Sim. Eu a encontrei nos aposentos de Snape. Desacordada e sem varinha. - disse Remus.

Sirius olhou de volta para a mulher, como se não acreditasse que era ela.

- Vocês a conhecem? – perguntou Molly, pegando a criança dos braços de Tonks e ninando-a.

- Sim... esta é Florence Amy Lupin. Minha irmã. E esta no seu colo, Molly, deve ser minha sobrinha.

- Sua... irmã? – estranhou Molly, olhando para a criança que se mexia, como se fosse acordar. – Eu não sabia que você tinha uma irmã. - sussurrou ela.

- Poucos sabem, Molly. - Lupin também baixou o tom de voz, para não acordar a sobrinha.

McGonagall e outros membros da Ordem entraram na sala, ouvindo um "shh" massivo e percebendo a menina adormecida nos braços de Molly.

- Daonde saiu essa criança? - perguntou McGonagall, mas logo dizendo: - Não importa, no momento! Eu vou voltar ao castelo, tenho que encaminhar os alunos para casa e temos que providenciar um enterro decente para Albus. – e os olhos da diretora caíram sobre a mulher desacordada. - Mas o que ela está fazendo aqui?

- Eu a encontrei desacordada nos aposentos de Snape. - disse Remus.

- Vocês não deviam tê-la trazido! Ela é... Remus, você não sabe o que aconteceu com sua irmã?

- Não! - disse ele. - Eu não a via há anos e nunca ouvi nada sobre ela!

- Ela se casou com Snape! – quase gritou a diretora. – É um risco termos ela aqui!

Molly levou a pequena que acordava para a cozinha.

- O que? – exclamou Lupin, chocado. – Eu... eu sabia que isso poderia ter acontecido, pois eu imaginei que havia sido por isso que ela sumiu. - ele percebeu, agora, o anel grosso de ouro na mão esquerda da irmã. - Nossos pais eram contra ela se casar com um ex-comensal... mas eu pensei que... por que Severus nunca me falou nada? Eu sempre quis saber da minha irmã!

- Isso não importa! – exclamou Sirius. – Temos duas armas contra eles, não vêem? Se Florence realmente se casou com Snape, nos a temos como refém, agora, e temos a filha dele aqui também! E ela está sem varinha, indefesa.

- Sirius, você não lembra de como Florence era, não é? Ela nunca precisou de uma varinha pra vencer qualquer um em um duelo. E nunca teve nada de indefesa.

- E Snape deve tê-la treinado. – acrescentou Tonks.

- E eu não vou usar uma criança indefesa como uma moeda de troca! - exclamou McGonagall. - Mesmo ela sendo filha do desgraçado do Snape!

- Só o que eu ainda não entendo é por que ele não a levou junto? Por que ele a deixou para trás, desacordada? Até parece que ele queria que nós a encontrássemos. – disse Tonks.

- O menino que cuidei como meu filho virou um monstro. - murmurou Pomfrey. - Se ele realmente matou Dumbledore... por que não se livraria da esposa?

Remus olhou para a irmã, ele se culpava por não ter procurado por ela. Mas ele vivia os próprios pesadelos, não tinha como pensar em sair pelo mundo em busca dela. E agora ele a encontrara, desacordada, com uma filha, casada com Snape, o assassino de Dumbledore.

- Não importa os meios que a trouxeram aqui. - disse Lupin. - Antes de ser casada com Snape, Florence é minha irmã e eu vou cuidar dela e da minha sobrinha. Elas são a minha família e ninguém vai usá-las como arma. - terminou ele, olhando para Sirius.

Ouviu-se um choro alto vindo da cozinha. Molly chegou correndo na sala com a menina que chorava.

- Ela acordou e está assustada. O nome dela é Ísis e...

- Mamãe! - exclamou a menina ao ver Florence nos braços de Lupin. Ela soltou da mão de Molly e correu até Florence. - O que ela tem?

- Ela está desacordada. - murmurou Lupin, encarando os olhos muito verdes da menina com dificuldade. A pequena lembrara ele quando Florence era criança. - Vamos subir e arrumar um quarto pra vocês... me ajude, Tonks?

- Consegue subir as escadas? - Tonks perguntou à menina.

- Você acha que eu sou o que? - retrucou a criança. - É claro que eu subo escadas!

- Eu acho que você é mesmo filha do seu pai. - riu Tonks.

E eles subiram.


Nota da autora: nova fic, eu estou adorando ela, espero que gostem também.

Beijos!

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