Segundas Oportunidades
Shipper: Edward/Bella (...)
Categoria: Pós-Eclipse
Gênero: Comédia romântica
Classificação: Deixarei isso por sua conta (quando sentir que não pode mais, desista! haha)
Resumo: Edward tem uma velha amiga há muito tempo esquecida... Quando ela resolve fazer uma "visitinha" Bella se sente um pouco insegura, afinal aquela mulher conhece Edward desde pequeno e ela é a perfeição em pessoa. E para piorar Jacob parece estar "impressionado" com ela. Todos parecem ama-la!!
Prólogo:
Eu havia prometido a mim mesma: Divirta-se! Mas sendo a única pessoa acordada no ônibus enquanto todas dormiam era meio entediante. Mas ai você diz: Não se preocupe, logo o sono chega. Ai eu vou rir um pouco e depois te responder: eu já não durmo de verdade faz décadas. Você provavelmente vai achar que eu exagerei e eu vou te dizer: querida, eu sou uma vampira!
Depois de uns gritos de horror e descrença você vai parar e me perguntar: se você é uma vampira, o que está fazendo em um ônibus cheio de humanos? E eu vou te contar que minha melhor amiga (humana) resolveu "comemorar" o fim do ano viajando pelos EUA. Com a curiosidade maior do que o medo, você me perguntará: por que não viajou de avião? Suspiro antes de te responder: Jeny quer ver a "paisagem". Você vai perguntar por que eu não dei minha opinião... bom, duvido que você consiga completar a pergunta; provavelmente eu vou ter te matado antes por estar enchendo meu saco com tantas perguntas!
Respirei fundo. Calma Elena, só mais algumas horinhas... Eu pensei seriamente em pular a janela dar uma voltinha, sabe como é, esticar as pernas e voltar antes mesmo de alguém notar minha falta. Mas o motorista poderia querer dar uma olhadinha e notando a minha falta (pode acreditar que ele vai) faria a maior confusão.
Não sou prepotente na verdade estou longe de ser metida, mas falando sério, eu era uma gata. Eu percebia os olhares das pessoas, eu sabia que se eu sorrisse para um homem ele ficaria paradinho no lugar sem respirar o resto do dia. Era uma coisa inevitável. Havia nascido comigo... se bem que nascido não era a palavra certa... havia se "criado" comigo.
Entendam. Apesar de ter cruzado com poucos vampiros na minha vida, eu sabia que eles eram perfeitos e tudo mais. Mas eu era mais do que isso, eu era... poderosa. Eu sabia que alguns tinham dons especiais, bem eu também tinha. Quanto mais eu andava com os humanos, quanto mais eu me envolvia com as pessoas, mais eu me "tornava" humana.
Com o tempo, meu "poder" crescia cada vez mais. Eu conseguia controlar minha sede, a alguns meses atrás eu até senti fome de comida, mas foi só um lampejo de desejo nada demais. Eu já havia deixado de brilhar ao sol há uns anos atrás, claro que eu podia brilhar na hora que eu quisesse, mas vivo em uma cidade ensolarada e sinceramente não quero causar nenhum acidente de transito. Eu podia controlar o corpo de qualquer pessoa (humana ou não), fisicamente é claro.
Eu seria uma excelente cirurgiã plástica, mas como eu ia explicar uma lipo sem cortes ou dores? Então eu me contentei em estudar Moda. Jeny havia passado em direito, então meio que essa viagem era uma despedida, ela iria se mudar. Eu não podia dizer não para uma amiga que iria se mudar, não é mesmo?
-Lena? - ouvi um sussurro e olhei para uma Jeny meia adormecida.
-Oi! Por que acordou tão cedo? - eram cinco da manhã, ela havia pegado no sono há umas horinhas atrás. Humanos costumavam dormir mais...
-Frio... - e só agora percebi que ela estava tremendo – Como é que você consegue ficar com uma blusa fininha quando eu estou aqui praticamente congelada... - ela batia o queixo.
-Estou acostumada com o frio... - peguei meu casaco super-grosso e joguei para ela – Veste isso ai, não quero que você tenha um ataque ou algo parecido.
-Va-valeu... - ela tremia o queixo. Se eu me concentrasse, eu podia imitar o estado físico dela. Mas eu realmente não queria sentir frio. - E ai, onde é que estamos?
-Há uns minutos atrás passamos por Port Angeles. Devemos estar perto de Forks.
-Ô lugarzinho para fazer frio – Jeny estava um pouco chata pelo clima. Mas vá tirar alguém de um lugar ensolarado como LA e a coloque em uma cidade-geladeira como Forks para ver se ela não pira.
-Foi você que quis vim de ônibus, agora não reclama... Se fôssemos de avião...
-Ok, chega! Vou dormir que é o melhor que eu faço! - ela se aconchegou na cadeira e murmurou já com os olhos fechados – Você parece que não dorme.
Dei uma risadinha e olhei para a janela. Chovia e eu li claramente a placa que dizia "Bem vindo a Forks". Estranho. Era para passarmos por Forks, mas não entrar na cidade. Logo o ônibus respondeu minha pergunta não feita. Ele parou em um posto de gasolina, precisava abastecer, é claro.
-Ô senhorita, onde pensa que está indo? - o motorista falou em voz baixa mas autoritária quando eu me dirigi a porta.
-Eu estou saindo do ônibus... - achei que isso ficou meio óbvio, mas bem que alguns humanos podiam ser lentinhos...
-Eu percebi, mas a senhorita não pode!
-E por que não?
-Primeiro, está chovendo e a senhorita não está com roupa suficiente para não morrer congelada. Segundo eu só vou colocar gasolina e já vou partir, não vai ter tempo pra nada. Então te aconselho a ficar. - ele vestia as luvas e colocava um gorrinho ridículo enquanto falava.
-E eu te aconselho a abrir a porta! - ele me olhou carrancudo – Escuta, eu realmente preciso esticar as pernas um pouquinho. - minha voz era calma e sedutora – vai ser rápido, eu prometo! - sorri para completar meu charme.
Ele ficou me encarando uns segundos de boca aberta, depois ficou vermelho e respirava com certa dificuldade.
-Ahn... tudo bem... - e ele apertou o botão que fez a portinha se abrir imediatamente – Dez minutos... - Ele completou se recuperando um pouco do meu sorriso.
Forks até que era boitinha. Tinha seu charme... O posto ficava isolado em uma pista enorme e vazia, ao redor só tinha árvores cheia de musgos. A única pessoa que eu senti por perto era um frentista que estava em uma cabine se aquecendo do frio. Eu deveria ter colocado um casaco, sabe como é, pra disfarçar. Mas agora já era tarde.
Olhei ao redor para ver se o motorista me vigiava enquanto enchia o tanque do ônibus, mas ele estava concentrado nessa tarefa. Os passageiros dormindo feito bebês e o frentista tinha entrado em um banheiro. Enfim, só. Eu ia dar uma "corridinha" pela cidade, olhar a paisagem e em menos de 10 minutos eu estaria de volta.
Andei ou melhor corri pela cidade totalmente livre. As pessoas estavam dormindo afinal. Entrei em uma rua e passei por uma casa branca antiga. Congelei no lugar. O cheiro... era tão estranho. Não era cheiro de humano... era de vampiro! A trilha estava lá, provavelmente fora feita a um dia atrás eu não tinha certeza. Meu olfato estava um pouco perturbado pelos meus poderes. Cheguei mais perto e senti que o cheiro seguia para uma janela.
Não sei quanto tempo eu fiquei olhando para essa janela e decidindo o que fazer. Mas eu ouvi o som de uma voz feminina e fiquei alerta. Alguém já estava acordada... Olhei para o céu e a nuvem de chuva estava se afastando. Ops... Acho que era hora de voltar.
Quando cheguei minha roupa já estava seca, só meus cabelo um pouco úmido pela chuva. Havia um grupinho de pessoas falando em voz alta. Quando Jeny me avistou soltou um grito e veio correndo em minha direção.
-Oh, Elena!! - ela atirou os braços em volta de meu pescoço – fiquei tão preocupada! Você é louca ou o que? Como pensa em sair para caminhar com o temporal que estava?
-Já parou de chover Jeny... - eu lembrei.
-Mas quando você saiu estava chovendo! - ela parecia mais minha mãe, do que minha melhor amiga me repreendendo – Agora vamos, senão eu vou entrar em choque com esse maldito clima... - ela parou um minuto – Oh, é isso. Você está em choque...- Rá, até parece – Calma amiga, respire fundo. Vamos entrar no ônibus quentinho, eu vou te devolver seu casaco quentinho...
-Pode ficar com ele – eu estava meio divertida pelas loucuras dela.
-Nada disso. Depois vamos beber um café quentinho. Você vai tirar uma sonequinha...
E ela continuou com os diminuitivos até eu estar "dormindo"... Isso é o que ela achava; Segui o resto da viagem sendo tratada como débil-mental. Quem sairia em uma chuva torrencial se não fosse meio louca? Bem, eu saia!
De uma coisa eu tinha certeza. Assim que essa viagem acabasse eu voltaria para Forks e se os vampiros ainda estivessem por aqui eu passaria para dizer um "Oi". Eu precisava tirar umas férias de humanos...
