Lucy Heartfilia era uma jovem de alta classe que estava para se casar com um homem proposto por seu pai. Acha isso um absurdo? Para Lucy, e para muitas meninas daquela época, isso era algo comum e tinham de conviver com essa obrigação imposta a elas. Seu futuro marido porém, estava morando em uma fazenda em um lugar distante de onde vivia, com uma pequena cidade portuária e de maioria territorial desconhecida, onde era "habitada por selvagens", segundo sua fiel dama de companhia. Entretanto a loira teve de viajar para tal continente.
Quando chegou ao local, desceu na cidade de Magnólia, única existente por ali, pelo menos que fosse civilizada. Pegou um carro de sua espera e em algum tempo, chegou a uma fazenda solitária cujo o nome era "Fairy Tail".
"Imagine só, olhe o estado deste lugar! E no meio do nada!", pensou a loira ao descer do veículo e se deparar com uma casa aos pedaços, empoeirada e desarrumada, ao menos por fora. O que parecia ser o pasto, estava seco, sem grama e também sem gado assim como a parte em torno da fazenda, o que lhe intrigava mais. Resolveu ignorar e finalmente caminhou até a varanda que dava para a entrada da casa. Foi recebida por uma bela mulher. Cabelos brancos, apesar da aparência um tanto jovem, olhos claros e um vestido longo com vários desenhos tribais e exóticos. "Deve ser típico da região" concluiu mentalmente.
_ Seja bem vinda a fazenda Fairy Tail. - Respondeu a mulher com um sorriso doce e gracioso, porém com uma feição receosa e preocupada. O que não passou despercebido por Lucy.
_ Obrigada, estou encantada em conhecê-la...? - Incentivou para que a moça se apresentasse.
_ Mirajane, sou a governanta da casa. - Respondeu-a mais uma vez com um sorriso.
_ Aconteceu algo errado, Mira-san? - Lucy perguntou receosa com a resposta.
_ S-Sim. Seu... Seu noivo, Loke. Ele morreu. Sinto muito senhora Heartfilia. - Terminou com uma feição de preocupação e certa tristeza, parecia que o antigo patrão era alguém bem querido.
Lucy ficou chocada. Não estava triste, em termos. Afinal, mal conhecia o homem. Porém, nem por isso lhe desejava a morte, e como havia percebido, era alguém querido para outras pessoas e isso sim era algo realmente triste, além de um tanto desesperador. O que o pai dela faria agora? O que ELA faria agora? Não sabia o que fazer. No final das contas, após o dia inteiro escutando o ocorrido e o que tinha chegado a mídia local que era uma suspeita de envenenamento, enfim, decidiu passar uma semana lá, para então ir embora.
Já era quinta-feira e a loira sempre ia para a varanda da casa observar a paisagem de fora, que na verdade não tinha nada belo ou interessante. O que intrigava a senhorita era exatamente a falta de pastagem e principalmente, do gado, já que aquela fazenda era criadora deste.
No tempo que havia passado na tal fazenda, conheceu o senhor Makarov, um velhinho de baixa estatura cabelos brancos e um rosto muito simpático e divertido, chegava a ser acolhedor. Era considerado o mestre da casa, cuidava praticamente de tudo naquele lugar, na verdade botava ordem, apesar de Mirajane ser a governanta. Conheceu também Elfman, quem cuidava dos trabalhos pesados da casa, era irmão de Mirajane, e como ela, tinha cabelos brancos porém um porte forte e robusto. Bisca, quem cuidava dos cavalos que ainda tinham na fazenda. Cabelos verdades e longos e uma roupa típica de cowboy, o que a caracterizava ainda mais com o seu trabalho, que também era de domar os novos potros. Havia também outros trabalhadores como cozinheiras, faxineiras e simplesmente algumas mulheres e crianças de tribos próximas, que moravam no local como abrigo contra o ataque de soldados. Porém ficavam em pequenas casas do lado de fora da fazenda. Isso tudo a fazia pensar o quão maravilhoso iria ser seu noivo, o que a entristeceu novamente, como alguém tão jovem pode morrer tão cedo?
A dama ficou na cadeira de balanço por mais alguns minutos até escutar sons de galope, vários. Mugidos, relinchos e gritos. Ficou curiosa e se levantou, indo até o portão da frente e, ao longe, avistando uma massa de poeira que em pouco tempo, se transformou e um pequeno grupo de bois somado a três cavaleiros, quem não pode distinguir a tal distância.
