Qual o motivo da morte de Sherlock Holmes?

Breve Observação da autora: Olá leitores! Apresento-lhes uma das 512 histórias de Sherlock Holmes, aqui no Primeiramente, qual o motivo de um conto sobre o Sherlock Holmes? Simples, pois o autor, já falecido, não pode me processar por direitos autorais. Ou seja, posso usar qualquer personagem dele, que ele não voltará à vida para me decapitar. Interessante, não acham?

Bem, não só pode ser a justificativa anterior, mas também por gostar bastante do personagem.Dos contos lidos, digo-lhes francamente que os casos são fracos demais para o grande ícone das histórias. Claro, não posso me esquecer de seu querido amigo e companheiro de jornada Watson, quem sempre relata sobre os seus casos.Também não podemos nos esquecer da mulher de Watson, pois eu vou com a cara dela ¬¬ ".

Sem mais delongas, espero que gostem de minha narração. Se não gostarem, pois bem, tem mais 511 histórias de Sherlock Holmes as quais o leitor pode desfrutar, considerando a minha inútil. Não sou nenhuma escritora profissional ou jornalista requintada, para os meus textos serem perfeitos na gramática textual ou em regras bobas da língua portuguesa.

Boa Leitura (Isso foi breve? ¬¬") .

Obs: Alguns fatos eu inventei, outros foram pesquisados.Não é necessário acreditarem em tudo ;p.

Qual o motivo da morte de Sherlock Holmes?

(Não sei porquê repeti o título)

Capítulo 1

Inglaterra, Southsea: Maio de 1893.

A cidade britânica não era a de costume. Os ventos fortes uivavam desesperadamente como se fossem lobos famintos, mas não caia nenhuma gota de chuva. O calor sufocava as mulheres que andavam na rua, trajadas com longos vestidos da época.Na rua, via-se apenas pequenos grupos de pessoas, certas de chegarem em casa.

Em um casarão, porém, sentado em uma cadeira de madeira posicionada para a janela, um homem aparentava preocupado. Ás vezes, batia levianamente a cabeça na mesa, mas sem respostas para o que procurava.A sua frente, posicionada, havia uma máquina de escrever de ótima qualidade, pronta para um texto ser redigido.O problema era o homem, que ainda não tinha escrito nenhuma letra no papel da máquina.

O homem ouviu a campainha da porta. Levantou-se de sua cadeira desconfortável e abriu àquele que tinha soado a agoniante campainha. Era o carteiro, querendo entregar a carta ao remetente.

- Sir Arthur Conan Doyle, telegrama para o senhor.

- Obrigado Rapaz.

- Senhor, cara, eu amo você! Sherlock está ai?

Arthur não agüentava mais a mesma pergunta feita por todos os moradores da cidade.Todo dia, toda hora, era a mesma bendita pergunta.Mesmo com uma extrema vontade de mandá-lo ao raio que o parta, respondeu-o passivamente:

- Não, está em um de seus casos. Por que você não vê se ele já chegou na casa dele?

- Sim, Sir! - Disse o jovem carteiro, não menos que com seus vinte e cinco anos de idade. Seus olhos cintilaram, abrindo um largo sorriso em seu rosto.O garoto saiu rapidamente da porta de Arthur, feliz com tal acontecimento.

Conan Doyle, já acostumado com tal cena, fechou já enfurecido a porta e pôs a sentar-se novamente em sua cadeira desconfortável.Para surgir tal criatividade que necessitava, Arthur seguia uma rígida superstição de sentar na mesma cadeira que usara para escrever "Um estudo em Vermelho", a primeira história de Sherlock Holmes. A cadeira, grande companheira de suas aventuras, não estava ajudando-o no momento.

Impossibilitado de criar outro conto do queridável personagem, Arthur levantou-se de sua cadeira novamente rumo a sua cama. Pegou o telegrama que recebera e abriu, sem observar antes a origem da tal carta. A letra, datilografada com uma cor extremamente chamativa, apresentava-se da seguinte forma:

"Senhor Arthur Conan Doyle

Percebemos que o senhor não atualizou como devia as histórias do amado Sherlock. Com todo o respeito, pronunciamos que o senhor é um burro, capadócio e desprovido de boas línguas. Se não recebermos a tal história dessa semana, iremos decapitar-te, incendiar sua casa e estrangular o seu cachorro. Pedimos sérias desculpas se algum dos tais fatos ditos anteriormente tenha te ofendido ou te invalidado de escrever.

Com todo o carinho, os Sherlockianos."

- Meu Deus! – Foram as únicas palavras dificilmente soadas pelo escritor, após tantas acusações em um pequeno parágrafo. Olhando a parte posterior do envelope, leu a origem da carta:

"Fã Clube-Eu Amooooo Sherlockzinho!".

Arthur não acreditava mais em tudo que estava acontecendo em seu mundo obscuro. Subitamente, algo em sua cabeça se desenvolveu, controlando-o por inteiro: livrar-se para sempre de Sherlock Holmes.Desde 1891, já pensara a respeito da morte de seu personagem, alegando que o mesmo afastava-o de coisas mais sérias. Mas agora, a idéia que antes era apenas voltado a si, seria compartilhada por todos os leitores assíduos de Sherlock.

- Isso! Morra Sherlock Holmes! – Dizia freneticamente Arthur, repetindo a toda hora. Sentou-se novamente na desconfortável cadeira, que seria testemunha da morte precisa do personagem, começando a escrever o conto decisivo. "Que fim faremos a ti, Sherlock?" Refletiu Arthur. Logo, decidiu o palco para o encontro fatal entre Holmes e o Professor Moriarty, seu maior rival: as cataratas Reichenbach, na Suíça.

Após horas escrevendo o grande fim, Arthur terminou a história.A morte foi redigida.

- Ele morreu! Que peso saiu de meus ombros! – Disse Arthur, vitorioso, como se houvesse ganho uma longa batalha com Sherlock Holmes.

Após grande empolgação, Arthur tirou o papel da máquina e deixou ao lado. Depois, tornou a se arrumar para tirar um belo cochilo, sossegadamente. O assassinato de Sherlock Holmes foi um plano perfeito. Ninguém mais ouviria o nome do personagem na vida.

Horas após o trágico acontecimento, as luzes das ruas foram apagadas. Já passara da meia noite, segundo os grandes relógios de parede da casa de Arthur. Todos da cidade agora repousavam em suas camas, após um dia de trabalho. O que dificilmente poderia ser considerado como anormal era a luz que reluzia pelas folhas do tal conto redigido. Algo estranho aconteceria àquele dia.