Nome do autor: DarkAngel
Título: Cold Water
Capa: http : / / i161 . photobucket . com / albums / t233 / DarkAngelSly / cold (underline) water 2 . jpg
Ship: Lavander Brown\Parvati Patil
Gênero: Angst
Classificação: K
Observação: Pós-Hogwarts
N.A: Seguinte, eu estou partindo do princípio de que Lavander morreu no ataque do Greyback. So... É. Ela morreu. X)
Esta fic foi feita para o II Chall Relâmpago do 6V, então, muito obrigada a B. Wendy por me dar a idéia, mesmo que não intencionalmente. X)
Cold Water
Ouço a batida ritmada da água que escorre pelas vidraças.
Pelo chão.
E pela sua pele.
Como água.
Dissolve e segue, evapora e cai.
Como tempos e compassos entre notas que ninguém dança por serem simples demais.
Ordinárias.
A dança das gotas que escorrem pela vidraça.
Seus olhos e você.
A chuva e sua música.
Cai a primeira gota: forte, pesada, grande. Mancha o chão com sua queda.
Apresso o passo. Aumenta o ritmo, aumenta o compasso e acelera o tempo.
E você dançava.
Ao ritmo das gotas que caíam no chão.
Apresso o passo para não vê-la dançar.
A chuva cai para não ver as lágrimas.
A dança pára porque não há mais ninguém para dançar.
E a água ainda escorre, porque ela é simples e sem significado e apenas continua.
Uma gota e outra.
Dezenas juntas, ritmando os passos apressados dos sobretudos e guarda-chuvas.
A água segue.
Você não.
Chego ao meu destino e as vidraças estão fechadas com as mesmas cortinas brancas nas janelas.
Escorre a água pelo vidro, segue o ritmo da sua dança e você não está lá.
Fecho os olhos porque o ritmo lembra a música e a água lembra seu toque.
As cortinas brancas, a chuva forte e a precisão dos passos. Seu sorriso.
Sua queda.
E a água.
Que não estava lá quando você partiu, mas está aqui agora e esteve em cada passo que deu com suas sapatilhas. Em cada nota da sua música particular que havia na sua chuva entre olhares fúteis e palavras bobas.
Cai a chuva e eu olho o nada que você deixou na sala de janelas fechadas e chuva nas vidraças.
Posso vê-la rodopiar em cada gota que cai, sentir seus dedos frios em cada pingo que toca meu rosto. Seu sorriso no vento, sua leveza nas folhas que agora dançam seu ritmo esquecido que morrerá em breve, porque já não estarei aqui para vê-la dançar.
Você já não dança e apenas a chuva continua.
E juro, naquele minuto que me detenho com os olhos ainda fechados vendo-a dançar, que a lembrarei a cada chuva. Cada gota é um tributo. Cada trovão, sua memória. Cada raio um palco onde agora vai dançar até a eternidade.
Abro os olhos e a chuva cai.
Ouço a batida ritmada da água que escorre pelas vidraças.
Pelo chão.
E pela sua pele.
Como água.
Dissolve e segue, evapora e cai.
Como tempos e compassos entre notas que ninguém dança por serem simples demais.
Ordinárias.
A dança das gotas que escorrem pela vidraça.
Seus olhos e você.
A chuva e sua música.
Cai a última gota e o sol se insinua entre as nuvens, mensageiro de que o espetáculo chegou ao fim.
Dou as costas para sua vidraça e sigo meu caminho, qualquer que ele seja.
Sinto sua falta, mas sinto mais a falta de quem eu era com você.
E juro me tornar aquela pessoa a cada gota de chuva que cair, porque de alguma forma você seguirá, eterna, como a água.
Dissolve e segue, evapora e cai.
Como tempos e compassos entre notas que ninguém dança por serem simples demais.
E ninguém os entende, apenas você.
Mas você já não está aqui.
Seus olhos e você.
A chuva e sua música.
Eternas.
Fim.
Sejam amores e
R E V I E W !
