Jardim de pátio interno, fonte de bambu batendo mansamente. Aizen e Hinamori diante de um canteiro novo.

- De que cor devem sair os botões, taichou?
- Você vai ver quando for o tempo certo chegar, não seja ansiosa. Mas posso mostrar o que eu quero passar com elas, quer ver?

Ela assentiu. Ele envolve suas mãos, quentes, macias, em torno do seu pescoço e aperta. Pra deixar com pouco ar. Firmes, carinhosas e imperiais, as mãos a sufocam. Perto de perder os sentidos, afrouxa o toque e solta uma das mãos, movida para os cabelos presos no coque arrumado. Despenteia e entrelaça os dedos, agarrando com vontade de morte. Com completo domínio, o beijo, superficial, mas doce como qualquer outro garotinho apaixonado jamais havia conseguido fazer.

- Trouxe essas rosas de uma visita à América, tempos atrás. Um cultivar chamado Príncipe Negro. Espero que elas se abram até agosto, mas não sei do regime da espécie... - Aizen disse com amargura calculada, ainda com a cabeça de Hinamori sob seu completo controle.

Com efeito, as rosas, violentamente vermelhas, como o seu sangue que escorreu pelas paredes, se abriram por volta de agosto, mas ninguém as viu desabrochar, e murchar.