Ela fitava o copo de vidro, sua visão embaçada pelas lágrimas.
Suspirou.
Por que as coisas tinham de ser tão difíceis?
Olhou em volta e viu-se sozinha.
Voltou a atenção para seu copo e percebeu que já era o terceiro copo do Scotch e estava pela metade.
- Acho que já chega. – falou o barmen fitando-a.
Ela ergueu o olhara para o homem e consentiu, pegou a chave de seu carro, mas o homem segurou a mão dela.
- Não, você não vai sair daqui dirigindo. – ele falou, soltou a mão dela, pegou algo no outro balcão e entregou a detetive. – Peça para alguém vir lhe buscar.
A loira consentiu, pegou o aparelho, fitou a tela, hesitou, então discou um número conhecido.
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Ele revirou-se na cama, o barulho incômodo do telefone tocando era insistente. E, por sinal, não pararia tão cedo.
Ele sentou na cama e atendeu.
- Goren.
- Bobby?
- Eames? – ele fitou o relógio, passavam das 12hs e 30mins – Alex, o que houve?
- Bobby, eu sei que está tarde, desculpa, mas eu não sei para quem ligar. – ela soluçou.
Ele engoliu.
- Onde você está?
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Ela fitava o copo de vidro, quieta.
Sua mente vagando.
Quando sentiu uma amigável mão em seu ombro, virou e o viu.
- Hey, Bobby. – falou.
- Hey, Alex. – ele respondeu com um sorriso fraco, então fitou o barman. – Quanto ela deve?
- Bobby, não.
- Alex, está tudo bem. – ele tirou uma quantia da carteira e pôs sobre o balcão. – Vem, eu vou te levar para casa.
Ela desceu do banco e, sem resistia, acompanhou o parceiro para fora do bar.
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O percurso foi feito por ela em silêncio, enquanto Goren dirigia. Ao pararem num sinal, ele a fitou, ela fitava a paisagem pela janela.
- Você não me disse nada. – ele murmurou.
- Não tem nada que dizer. – respondeu ela.
- Alex, sua irmã e a família dela sofreram um trágico acidente, é claro que isso afeta você. – ele pontuou.
- Isso não é da sua conta! – ela exclamou, virando para ele com lágrimas nos olhos e um aperto no peito. Então, voltou-se para a janela. – Só me leva para casa. – murmurou.
- Alex,...
- Por favor, Bobby.
Ele calou-se e voltou a dirigir.
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- Thank you. – ela murmurou de pé na porta de sua casa, encarava o chão.
- Não se preocupe, é o que parceiros fazem. – ele disse.
- Não era sua obrigação.
- Alex. – ela o fitou – Está tudo bem.
Ele virou para ir.
- Bobby. – ela o impediu.
O detetive a fitou.
- Desculpa por aquilo no carro, eu só... – ela tentou
- Eu entendo, Alex.
Ela consentiu.
- Fica aqui essa noite? – ela pediu, esfregando uma mão na outra, hesitante, nervosa. – Eu não quero ter pesadelos com a minha irmã.
Robert a fitou, hesitou, porém aceitou.
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Ele dormia no sofá, quieto, sem nem roncar.
Os passos dela eram silenciosos, enquanto Eames seguia pelo corredor para o sofá envolta por seu lençol branco.
Deitou-se no sofá ao lado dele, em busca de proteção.
Bobby, acordou, ligeiramente, nada disse, apenas a observou e usou um braço para mantê-la perto.
Uma promessa de proteção.
