Alguém para Amar
Nota Importante: CCS não me pertence! Pertence ao grupo CLAMP!!
Syaoran: Ahh, você tem certeza?? ;-)
Eu: Kyaaaa XD~~~
---
Cap 1 – Proposta Inesperada
Quinze criados, usando a tradicional libré azul e prata da casa dos Kinomoto, saíram de Tomoeda na mesma madrugada. Todos carregavam mensagens idênticas e urgentes que o tio de Sakura, Sr. Fujitaka Kinomoto, os incumbira de entregar em quinze diferentes residências por todo o Japão.
Todos os destinatários das mensagens tinham apenas uma coisa em comum: haviam, certa vez, pedido a mão de Lady Sakura em casamento.
Os quinze cavalheiros, depois de ler a mensagem, reagiram a seu conteúdo. Uns ficaram incrédulos, outros desconfiados, e outros ainda, cruelmente satisfeitos. Doze deles enviaram respostas imediatas, rejeitando a oferta ultrajante de Fujitaka Kinomoto, e depois correram à procura de amigos com quem pudessem compartilhar a saborosa, inesperada e incrível proposta.
Três destinatários tiveram reações bem diferentes.
###
Lord Yukito Tsukishiro acabara de retornar da caçada, sua atividade diária favorita, quando o criado de Tomoeda chegou à sua casa e um lacaio lhe entregou a carta.
- Com mil demônios – ele murmurou enquanto lia.
A mensagem afirmava que o senhor Fujitaka Kinomoto estava desejoso de ver a sobrinha, Lady Sakura Kinomoto, imediata e convenientemente casada. Por essa razão, o senhor Kinomoto dizia estar agora disposto a reconsiderar o pedido de Yukito, previamente rejeitado, e conceder a mão de Sakura em casamento. Reconhecendo o fato de que um ano e meio se passara, desde a última vez que Yukito e Sakura se encontraram, Fujitaka Kinomoto se dispunha a mandar a sobrinha, devidamente acompanhada por uma dama, para passar uma semana na casa de Yukito, a fim de que pudessem "renovar os laços de amizade".
Incapaz de acreditar no que estava lendo, Lord Yukito Tsukishiro andava de um lado para o outro, enquanto lia a carta mais duas vezes.
- Com mil demônios – repetiu.
Passando a mão pelo cabelo loiro, lançou um olhar distraído para a parede à sua frente, completamente forrada com seus mais adorados tesouros: cabeças empalhadas de animais que havia caçado por toda a Europa e Ásia. Um alce o encarou de volta.
A visão encantadora de Sakura Kinomoto dançava diante de seus olhos – um rosto incrivelmente adorável, com olhos verdes, pele sedosa e lábios brilhantes, sorridentes. Um ano e meio atrás, ao conhecê-la, ele a considerava a jovem mais bela que jamais havia visto. E, depois de encontrá-la somente duas vezes, o encanto de seus dezessete anos o conquistara de tal forma que ele se apressara em escrever ao irmão dela, pedindo-a em casamento, apenas para ser friamente rejeitado.
Mas era evidente que o tio de Sakura, agora seu guardião, tinha diferentes padrões de julgamento.
Talvez a própria adorável Sakura estivesse por trás dessa decisão, pensou. Talvez os dois encontros que tiveram no parque significassem tanto para ela quanto haviam significado para ele.
Yukito foi até a outra parede, recoberta por uma variedade de varas de pesca. Pensativo, escolheu uma delas. Os peixes hoje deveriam estar mordendo, considerou enquanto pensava nos cabelos cor-de-mel de Sakura.
Pousou a vara de pescar no chão. Iria elogiar os cabelos de Sakura assim que a visse, decidiu, aceitando a proposta de Fujitaka e esperando que ela viesse à sua casa no mês seguinte.
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Sir Takuma Nuboriko, o décimo quarto destinatário da mensagem de Fujitaka Kinomoto, leu-a sentado em seu quarto, envolto num kimono de cetim, enquanto sua amante o esperava, deitada nua na cama do outro lado do cômodo.
- Takuma, querido – ela ronronou, arranhando o lençol de cetim com as longas unhas. – O que há de tão importante nesta carta para que fique aí, em vez de estar aqui comigo?
Ele ergueu os olhos e franziu a testa, ouvindo o ruído que as unhas dela produziam.
- Não estrague os lençóis, amor – disse. – Custaram os olhos da cara.
- Se você gostasse de mim – retrucou ela, tentando não dar a impressão de queixar-se -, não iria se importar com o preço. – Takuma Nuboriko era tão avarento que, às vezes, Nanaka imaginava que, se fosse casada com ele, não ganharia mais do que um ou dois vestidos por ano.
- E se você gostasse de mim – ele disse suavemente, - seria mais cuidadosa com o meu dinheiro.
Aos quarenta e cinco anos, Takuma Nuboriko ainda não se casara, mas companhia feminina era o que não lhe faltava. Adorava imensamente as mulheres – seus corpos, seus rostos, seus corpos...
Agora, no entanto, precisava gerar um herdeiro legítimo e, para isso, precisava de uma esposa. Durante o ano anterior, havia calculado seriamente os rígidos requisitos que exigiria da afortunada jovem que, eventualmente, escolhesse. Queria uma esposa moça, bonita e dona de seu próprio dinheiro, para não precisar esbanjar o dele.
Desviando a atenção da carta de Fujitaka, lançou um olhar ávido aos seios de Nanaka e acrescentou mentalmente um novo requisito para a futura esposa: ela deveria ser compreensiva em relação ao seu apetite sexual e sua necessidade de um 'menu' variado. De nada adiantaria irritar-se toda, simplesmente por que ele se envolver num caso trivial com outra mulher de vez em quando. Com quarenta e cinco anos, Sir Takuma não tinha a intenção de ser moldado por alguma pirralha zelosa, com idéias de moral e fidelidade.
A imagem de Sakura Kinomoto se sobrepôs à de sua amante. Que beleza luxuriante ela possuía, quando ele lhe propusera casamento, cerca de dois anos atrás. Os seios, como frutas maduras, cintura fina, o rosto... inesquecível. A fortuna... adequada. Desde então, surgiram rumores de que ela estava praticamente na miséria, depois do misterioso desaparecimento do irmão, mas Fujitaka Kinomoto indicava que ela viria com um dote razoável, demonstrando que, como sempre, os rumores não tinham fundamento.
- Takuma!
Ele se levantou, encaminhou-se até a cama e sentou-se ao lado de nanaka. Pousou uma das mãos em seu quadril, carinhosamente, ao mesmo tempo em que com a outra tocava a sineta.
- Espere só um minuto, querida – disse quanto um criado entrou apressado no quarto. Entregou-lhe a carta e instruiu: - Dia ao meu secretário para mandar uma resposta afirmativa.
###
A última carta foi levada para a residência de Syaoran Li, em Hong Kong, onde acabou juntando-se a uma pilha de correspondência, de convites sociais a cartas de negócios, esperando pelo momento de sua atenção.
Syaoran abriu a carta de Fujitaka Kinomoto quando estava no meio de um rápido ditado ao seu novo secretário, e não demorou nem a metade do tempo que Lord Yukito e Sir Takuma levaram para tomar uma decisão.
Olhou para a carta com absoluta incredulidade, enquanto Yamasaki, o secretário que estava a seus serviços havia apenas duas semanas, murmurava uma silenciosa prece de agradecimento pela pausa e continuava escrevendo o mais depressa que podia, tentando acompanhar o ritmo do patrão.
- Isto aqui – disse Syaoran, brevemente – foi enviado ou por engano ou por brincadeira. Em qualquer caso, é de um mau gosto enorme.
A lembrança de Sakura Kinomoto relampejou diante de seus olhos – a jovem namoradeira, mercenária e fria, dona de um rosto e um corpo que lhe preenchiam a mente. Estava noiva de um visconde, quando a conhecera. Claro que não se casara – sem dúvida o desprezara em favor de alguém com melhores perspectivas. A nobreza japonesa, como Syaoran bem sabia, casava-se apenas por prestígio e dinheiro, e depois ia procurar a realização sexual em outros lugares. Era evidente que os parentes de Sakura Kinomoto a estavam colocando de volta no páreo dos casamentos e, se assim fosse, deveriam estar desesperados para desencalhá-la, chegando ao ponto de renunciar a um título em favor do dinheiro.
Porém, esta linha de conjectura lhe pareceu tão improvável que Syaoran a descartou. Era óbvio que a carta de tratava de alguma brincadeira estúpida, certamente enviada por alguém que se lembrava dos rumores que eclodiram durante a festa daquele final de semana distante... Alguém imaginara que ele pudesse achar graça na mensagem.
Afastando tanto o remetente como Sakura dos pensamentos,Syaoran voltou-se para o atordoado secretário, que continuava escrevendo com frenético empenho.
- Não é necessário responder a esta aqui – disse, atirando a carta sobre a escrivaninha, na direção do rapaz.
Entretanto, a folha de papel deslizou na superfície polida da mesa de carvalho e flutuou para o chão. Com u mergulho desajeitado, Yamasaki tentou apanhá-la no ar, mas, ao inclinar-se para o lado, levou consigo todas as outras cartas, que se esparramaram em seu colo e no chão.
- E-eu sinto muito, senhor – ele gaguejou, ajoelhando-se e tentando juntar as dezenas de folhas espalhadas no tapete. – Sinto muito mesmo, senhor Li – acrescentou, amontoando com gestos nervosos os contratos, convites e cartas, numa única pilha desordenada.
Mas seu patrão nem parecia ouvi-lo. Já disparava mais instruções enquanto lhe passava, por cima da mesa, o restante da correspondência aberta.
- Recuse os três primeiros convites – Syaoran dizia -, aceite o quarto, decline o quinto. Envie minhas condolências a este aqui. Para este outro, explique que vou estar no Sul do Japão e mande um convite para que me encontre lá, juntamente com instruções para chegar ao chalé.
Agarrando a papelada contra o peito, Yamasaki esticou a cabeça no outro lado da mesa.
- Sim, senhor Li! – disse, esforçando-se para demonstrar confiança. Mas era difícil ser confiante quando se estava de joelhos, e ainda pior quando não se tinha muita certeza de quais das instruções daquela manhã deveriam seguir com quais convites, ou como respostas a que cartas.
Syaoran Li ficou o resto da tarde fechado com Yamasaki, enchendo com mais ditados o já sobrecarregado secretário.
Depois passou parte da noite em companhia do conde de Nakatomi, seu futuro sogro, discutindo o contrato de seu noivado com a filha do conde, que estava em negociações.
Yamasaki, por sua vez, passou aquela mesma noite tentando descobrir, com a ajuda do mordomo, quais os convites que seu patrão provavelmente iria aceitar ou rejeitar.
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Olá pessoas!! É a primeira vez que eu publico alguma coisa que eu escrevi ou adaptei. Este fic é uma adaptação de um livro chamado "Almost Heaven". Espero que estejam, pelo menos, achando interessante. Eu gostei bastante dessa história por que é diferente de tudo que eu já li ^_^v
No próximo capítulo quem aparece é a fofinha Tomoyo ^^ E não se preocupem, com o passar do tempo os capítulos ficam maiores :D
Bem, espero colocar um capítulo por semana (sonho de consumo de todo escritor de fanfic), mas QUERER nem sempre é PODER (e ter tempo :-P). De qualquer forma, revisem por favor _ E até!
Nota Importante: CCS não me pertence! Pertence ao grupo CLAMP!!
Syaoran: Ahh, você tem certeza?? ;-)
Eu: Kyaaaa XD~~~
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Cap 1 – Proposta Inesperada
Quinze criados, usando a tradicional libré azul e prata da casa dos Kinomoto, saíram de Tomoeda na mesma madrugada. Todos carregavam mensagens idênticas e urgentes que o tio de Sakura, Sr. Fujitaka Kinomoto, os incumbira de entregar em quinze diferentes residências por todo o Japão.
Todos os destinatários das mensagens tinham apenas uma coisa em comum: haviam, certa vez, pedido a mão de Lady Sakura em casamento.
Os quinze cavalheiros, depois de ler a mensagem, reagiram a seu conteúdo. Uns ficaram incrédulos, outros desconfiados, e outros ainda, cruelmente satisfeitos. Doze deles enviaram respostas imediatas, rejeitando a oferta ultrajante de Fujitaka Kinomoto, e depois correram à procura de amigos com quem pudessem compartilhar a saborosa, inesperada e incrível proposta.
Três destinatários tiveram reações bem diferentes.
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Lord Yukito Tsukishiro acabara de retornar da caçada, sua atividade diária favorita, quando o criado de Tomoeda chegou à sua casa e um lacaio lhe entregou a carta.
- Com mil demônios – ele murmurou enquanto lia.
A mensagem afirmava que o senhor Fujitaka Kinomoto estava desejoso de ver a sobrinha, Lady Sakura Kinomoto, imediata e convenientemente casada. Por essa razão, o senhor Kinomoto dizia estar agora disposto a reconsiderar o pedido de Yukito, previamente rejeitado, e conceder a mão de Sakura em casamento. Reconhecendo o fato de que um ano e meio se passara, desde a última vez que Yukito e Sakura se encontraram, Fujitaka Kinomoto se dispunha a mandar a sobrinha, devidamente acompanhada por uma dama, para passar uma semana na casa de Yukito, a fim de que pudessem "renovar os laços de amizade".
Incapaz de acreditar no que estava lendo, Lord Yukito Tsukishiro andava de um lado para o outro, enquanto lia a carta mais duas vezes.
- Com mil demônios – repetiu.
Passando a mão pelo cabelo loiro, lançou um olhar distraído para a parede à sua frente, completamente forrada com seus mais adorados tesouros: cabeças empalhadas de animais que havia caçado por toda a Europa e Ásia. Um alce o encarou de volta.
A visão encantadora de Sakura Kinomoto dançava diante de seus olhos – um rosto incrivelmente adorável, com olhos verdes, pele sedosa e lábios brilhantes, sorridentes. Um ano e meio atrás, ao conhecê-la, ele a considerava a jovem mais bela que jamais havia visto. E, depois de encontrá-la somente duas vezes, o encanto de seus dezessete anos o conquistara de tal forma que ele se apressara em escrever ao irmão dela, pedindo-a em casamento, apenas para ser friamente rejeitado.
Mas era evidente que o tio de Sakura, agora seu guardião, tinha diferentes padrões de julgamento.
Talvez a própria adorável Sakura estivesse por trás dessa decisão, pensou. Talvez os dois encontros que tiveram no parque significassem tanto para ela quanto haviam significado para ele.
Yukito foi até a outra parede, recoberta por uma variedade de varas de pesca. Pensativo, escolheu uma delas. Os peixes hoje deveriam estar mordendo, considerou enquanto pensava nos cabelos cor-de-mel de Sakura.
Pousou a vara de pescar no chão. Iria elogiar os cabelos de Sakura assim que a visse, decidiu, aceitando a proposta de Fujitaka e esperando que ela viesse à sua casa no mês seguinte.
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Sir Takuma Nuboriko, o décimo quarto destinatário da mensagem de Fujitaka Kinomoto, leu-a sentado em seu quarto, envolto num kimono de cetim, enquanto sua amante o esperava, deitada nua na cama do outro lado do cômodo.
- Takuma, querido – ela ronronou, arranhando o lençol de cetim com as longas unhas. – O que há de tão importante nesta carta para que fique aí, em vez de estar aqui comigo?
Ele ergueu os olhos e franziu a testa, ouvindo o ruído que as unhas dela produziam.
- Não estrague os lençóis, amor – disse. – Custaram os olhos da cara.
- Se você gostasse de mim – retrucou ela, tentando não dar a impressão de queixar-se -, não iria se importar com o preço. – Takuma Nuboriko era tão avarento que, às vezes, Nanaka imaginava que, se fosse casada com ele, não ganharia mais do que um ou dois vestidos por ano.
- E se você gostasse de mim – ele disse suavemente, - seria mais cuidadosa com o meu dinheiro.
Aos quarenta e cinco anos, Takuma Nuboriko ainda não se casara, mas companhia feminina era o que não lhe faltava. Adorava imensamente as mulheres – seus corpos, seus rostos, seus corpos...
Agora, no entanto, precisava gerar um herdeiro legítimo e, para isso, precisava de uma esposa. Durante o ano anterior, havia calculado seriamente os rígidos requisitos que exigiria da afortunada jovem que, eventualmente, escolhesse. Queria uma esposa moça, bonita e dona de seu próprio dinheiro, para não precisar esbanjar o dele.
Desviando a atenção da carta de Fujitaka, lançou um olhar ávido aos seios de Nanaka e acrescentou mentalmente um novo requisito para a futura esposa: ela deveria ser compreensiva em relação ao seu apetite sexual e sua necessidade de um 'menu' variado. De nada adiantaria irritar-se toda, simplesmente por que ele se envolver num caso trivial com outra mulher de vez em quando. Com quarenta e cinco anos, Sir Takuma não tinha a intenção de ser moldado por alguma pirralha zelosa, com idéias de moral e fidelidade.
A imagem de Sakura Kinomoto se sobrepôs à de sua amante. Que beleza luxuriante ela possuía, quando ele lhe propusera casamento, cerca de dois anos atrás. Os seios, como frutas maduras, cintura fina, o rosto... inesquecível. A fortuna... adequada. Desde então, surgiram rumores de que ela estava praticamente na miséria, depois do misterioso desaparecimento do irmão, mas Fujitaka Kinomoto indicava que ela viria com um dote razoável, demonstrando que, como sempre, os rumores não tinham fundamento.
- Takuma!
Ele se levantou, encaminhou-se até a cama e sentou-se ao lado de nanaka. Pousou uma das mãos em seu quadril, carinhosamente, ao mesmo tempo em que com a outra tocava a sineta.
- Espere só um minuto, querida – disse quanto um criado entrou apressado no quarto. Entregou-lhe a carta e instruiu: - Dia ao meu secretário para mandar uma resposta afirmativa.
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A última carta foi levada para a residência de Syaoran Li, em Hong Kong, onde acabou juntando-se a uma pilha de correspondência, de convites sociais a cartas de negócios, esperando pelo momento de sua atenção.
Syaoran abriu a carta de Fujitaka Kinomoto quando estava no meio de um rápido ditado ao seu novo secretário, e não demorou nem a metade do tempo que Lord Yukito e Sir Takuma levaram para tomar uma decisão.
Olhou para a carta com absoluta incredulidade, enquanto Yamasaki, o secretário que estava a seus serviços havia apenas duas semanas, murmurava uma silenciosa prece de agradecimento pela pausa e continuava escrevendo o mais depressa que podia, tentando acompanhar o ritmo do patrão.
- Isto aqui – disse Syaoran, brevemente – foi enviado ou por engano ou por brincadeira. Em qualquer caso, é de um mau gosto enorme.
A lembrança de Sakura Kinomoto relampejou diante de seus olhos – a jovem namoradeira, mercenária e fria, dona de um rosto e um corpo que lhe preenchiam a mente. Estava noiva de um visconde, quando a conhecera. Claro que não se casara – sem dúvida o desprezara em favor de alguém com melhores perspectivas. A nobreza japonesa, como Syaoran bem sabia, casava-se apenas por prestígio e dinheiro, e depois ia procurar a realização sexual em outros lugares. Era evidente que os parentes de Sakura Kinomoto a estavam colocando de volta no páreo dos casamentos e, se assim fosse, deveriam estar desesperados para desencalhá-la, chegando ao ponto de renunciar a um título em favor do dinheiro.
Porém, esta linha de conjectura lhe pareceu tão improvável que Syaoran a descartou. Era óbvio que a carta de tratava de alguma brincadeira estúpida, certamente enviada por alguém que se lembrava dos rumores que eclodiram durante a festa daquele final de semana distante... Alguém imaginara que ele pudesse achar graça na mensagem.
Afastando tanto o remetente como Sakura dos pensamentos,Syaoran voltou-se para o atordoado secretário, que continuava escrevendo com frenético empenho.
- Não é necessário responder a esta aqui – disse, atirando a carta sobre a escrivaninha, na direção do rapaz.
Entretanto, a folha de papel deslizou na superfície polida da mesa de carvalho e flutuou para o chão. Com u mergulho desajeitado, Yamasaki tentou apanhá-la no ar, mas, ao inclinar-se para o lado, levou consigo todas as outras cartas, que se esparramaram em seu colo e no chão.
- E-eu sinto muito, senhor – ele gaguejou, ajoelhando-se e tentando juntar as dezenas de folhas espalhadas no tapete. – Sinto muito mesmo, senhor Li – acrescentou, amontoando com gestos nervosos os contratos, convites e cartas, numa única pilha desordenada.
Mas seu patrão nem parecia ouvi-lo. Já disparava mais instruções enquanto lhe passava, por cima da mesa, o restante da correspondência aberta.
- Recuse os três primeiros convites – Syaoran dizia -, aceite o quarto, decline o quinto. Envie minhas condolências a este aqui. Para este outro, explique que vou estar no Sul do Japão e mande um convite para que me encontre lá, juntamente com instruções para chegar ao chalé.
Agarrando a papelada contra o peito, Yamasaki esticou a cabeça no outro lado da mesa.
- Sim, senhor Li! – disse, esforçando-se para demonstrar confiança. Mas era difícil ser confiante quando se estava de joelhos, e ainda pior quando não se tinha muita certeza de quais das instruções daquela manhã deveriam seguir com quais convites, ou como respostas a que cartas.
Syaoran Li ficou o resto da tarde fechado com Yamasaki, enchendo com mais ditados o já sobrecarregado secretário.
Depois passou parte da noite em companhia do conde de Nakatomi, seu futuro sogro, discutindo o contrato de seu noivado com a filha do conde, que estava em negociações.
Yamasaki, por sua vez, passou aquela mesma noite tentando descobrir, com a ajuda do mordomo, quais os convites que seu patrão provavelmente iria aceitar ou rejeitar.
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Olá pessoas!! É a primeira vez que eu publico alguma coisa que eu escrevi ou adaptei. Este fic é uma adaptação de um livro chamado "Almost Heaven". Espero que estejam, pelo menos, achando interessante. Eu gostei bastante dessa história por que é diferente de tudo que eu já li ^_^v
No próximo capítulo quem aparece é a fofinha Tomoyo ^^ E não se preocupem, com o passar do tempo os capítulos ficam maiores :D
Bem, espero colocar um capítulo por semana (sonho de consumo de todo escritor de fanfic), mas QUERER nem sempre é PODER (e ter tempo :-P). De qualquer forma, revisem por favor _ E até!
