1: Fairy Tail não é de minha autoria.

2: Todos os personagens fora do universo de Fairy Tail são de minha autoria.

3: As imagens usadas nesta fanfic não me pertencem e podem ser visualizadas no meu blog de fics, Fãnime (cujo link está na página do meu perfil), no Nyah! Fanfiction e no Spirit Rede Social.

4: Palavras em negrito (letras escuras) são para enfatizar algo no diálogo. Palavras em itálico (letras inclinadas) diferenciam nomes de origem estrangeira. Palavras maiúsculas (A-B-C) servem como grito para os personagens. Palavras entre aspas (") representam uma leitura, conversa por telefone, um pensamento ou referências a coisas já mencionadas. Palavras entre parênteses [( )] são acréscimos para a história, como comentários meus sendo narradora/personagem ou informações relevantes.

5: Esta é a segunda história da série de fanfics de Fairy Tail, Believe.

6: Aconselho assistirem ao anime ou acompanharem o mangá, ou as duas coisas, pois alguns fatos da série serão retratados nesta fanfic.

7: Esta fanfic só está disponível para tradução em outras línguas. Sua publicação em outras áreas sem os direitos autorais é um caso de plágio.


O Dia do Abraço é comemorado no Brasil no dia 22 de maio. Então, agora que você já sabe, celebre!


Algumas regiões de Magnólia e fora dela são apresentadas nesta fic, sendo que os nomes originais de algumas foram preservados. Para todos os meus queridos leitores poderem conferir a sequência, vou deixar novamente aqui, no final da página, a lista de fanfics da minha série de Fairy Tail. Lembrando: a lista inclui fanfics que ainda não foram publicadas, e aquelas que foram estão sujeitas a alteração, mas a leitura da série deve ser feita nessa ordem. Bom, divirtam-se!


Cap. 1

Pode Ser...

O melhor lugar do mundo

É dentro de um abraço

Pro mais velho

Ou pro mais novo

Pra alguém apaixonado

Alguém medroso

O melhor lugar do mundo

É dentro de um abraço

Pro solitário ou pro carente

Dentro de um abraço é sempre quente

...

- Pai, pode me emprestar dinheiro para comprar uma roupa nova?

- Claro, filho. – Macao responde, pegando a sua carteira do bolso da calça e dando uma nota a Romeo sem tirar os olhos do jornal sobre a mesa – Mas por que você precisa de roupas novas? Não comprou algumas há pouco tempo?

- Ah é, mas eu quero ficar legal pra sair com a Wendy. – de repente o clima calmo fica tenso, e desde Wakaba, sentado de frente pra seu mais velho amigo, até Gildarts e a filha Cana, numa competição de bebida perto do balcão da guilda, param o que faziam.

- COMO É? – o pai do jovem berra – Como, isso...! Desde quando vocês...?

- Que drama todo é este, pai? Nós só vamos ter um encontro hoje à noite.

- Oh, sério? – Mirajane surge do nada ao lado do adolescente e se debruça, para os dois ficarem da mesma altura – E por que quis convidar a Wendy, Romeo?

- Como sabe que fui eu, Mira-nee? – a maga Take Over sorri amplamente.

- Ora, porque hoje de manhã Wendy parecia bastante nervosa, então foi bem fácil supor a razão. – todos olham maliciosamente para o corado garoto – Onde vai leva-la?

- A gente só vai ao cinema, vocês não podem saber dos detalhes e o senhor nem se convide para ir junto, pai! Tchau! – ele sai do local antes de qualquer intervenção.

- Ah, eles crescem tão rápido. – Macao suspira e começa a chorar, fazendo muitos sorrirem, então, de repente, Natsu entra rolando pelo chão enquanto Happy grita o seu nome em socorro, seguido de Gajeel parado na porta, com um martelo gigante de ferro.

- Ahá, eu acertei! Gajeel Redfox marca um placar perfeito!

- Seu imbecil, eu vou te quebrar inteiro! – o Salamandra voa para cima do rival, e logo chegam Lucy e Levy por trás deles, ambas de braços cruzados e fazendo careta.

- Bem... Talvez nem todos cresçam. – Mira dá de ombros e vai cumprimentar suas amigas – Oi meninas. Então, como foram na missão?

- Acho que aquilo responde a sua pergunta, Mira. – a maga das runas resmunga.

- Esses dois só não brigam mais do que Natsu e Gray. Na verdade, em qualquer comparação o Natsu, provavelmente, estará metido no meio... Nossos únicos instantes de tranquilidade foram mesmo quando estávamos dentro do trem, ida e volta.

- Ora Lucy, não pode ter sido tão ruim. – Pantherlily balança a cabeça.

- Não, foi sim. Quando eles ficavam enjoados é que todo mundo tinha a chance de dormir, e foi difícil, já que ficamos ao relento durante dois dias.

- Ué, e vocês não iam passar a missão hospedados no hotel que foram ajudar?

- Íamos, disse bem! – a loira prossegue – Esses idiotas inventaram de competir pra ver quem conseguia acertar mais azeitonas nos garçons da sala de jantar, e quando nós vimos, havia uma pilha de louça quebrada pelo chão! Adivinha quem pagou?!

- Oh... Sinto muito por isto. Puxa vida, e eu pensando que a relação de vocês tinha melhorado desde o encontro com aquela fada... Qual era o nome mesmo? Ah, Vitalina!

- Não tem relação alguma além de amizade. Heim, Lucy?!

- Claro! – a mais velha encara as outras com uma sobrancelha erguida e um braço sobre o outro, sorrindo maliciosamente e logo dando de ombros.

- Sim, estou vendo. Bem, eu vou dar baixa na missão. Boa sorte separando eles.

- É... – a maga estelar balbucia, observando o Dragneel jogar uma bola de fogo – Nós terminamos aqui. Podíamos deixar eles aí se matando e ir pra casa tomar um banho.

- Sim, podíamos. – a McGarden suspira ao ver o Redfox correndo, com a calça em chamas – Parece bem mais tentador.

- Mas a gente não vai... Não é? – as duas trocam um olhar e correm para separar a dupla, só dando jeito quando Lucy convida o filho de Igneel a atacar todo o seu estoque de carne em um jantar na sua casa, e o casal vai embora junto de Happy.

Chegando ao apartamento, enquanto seus amigos se acomodam, ela vai pro quarto e deixa sua mala num canto, se preparando para retirar as roupas e pensando em tomar o merecido longo banho de espuma que desejava, mas só chega a desabotoar a jaqueta. A jovem vê um papel na mesa onde costuma escrever seus romances e cartas para a mãe, e se aproxima para averiguar. É um envelope endereçado no verso a ela.

Na frente, apenas o símbolo da guilda impresso sobre cera animal lacra a ponta. Com receio e curiosidade, a loira faz menção de abrir, porém, os resmungos de Natsu a retém. A moça pega um short limpo e guarda o papel dentro, dirigindo-se a cozinha pra saciar a fome do rapaz e do gato antes de banhar-se. Após as vontades de todos serem satisfeitas, os dois a perturbam até convencerem-na a jogar algo com eles.

Algumas horas mais tarde, perto do pôr do sol, Levy convida as suas amigas mais próximas para irem ao seu quarto na Fairy Hills, anunciando ter notícias, no mínimo, intrigantes. Mesmo temendo o pior, a Heartfilia deixa o Salamandra tomando o espaço sobre vigilância e vai se encontrar com as outras. Quando ela chega, vê todas no chão, reunidas em um círculo, e senta entre a dona do aposento e Juvia, de frente para Erza.

- Então Levy, o que quer nos contar? – a ruiva indaga e a pequena retira de baixo dos lençóis o mesmo tipo de envelope branco entregue a maga estelar.

- Isto chegou pra mim hoje de manhã, mas como só voltei na hora do almoço com a Lu-chan e os outros, eu não pude receber. A Eve me deu há pouco tempo.

- Então você também ganhou um? – Lucy puxa do bolso do short o seu papel.

- Eu também. – a mulher chuva pega do casaco outro envelope e as três encaram a surpresa titânia com ansiedade.

- E eu. – ela puxa o seu de dentro da armadura – Estão todos endereçados a nós?

- Sim. – a maga das runas comprova quando mostram os versos ao mesmo tempo, vendo igual caligrafia artística – Cada uma de nós recebeu uma carta da mesma pessoa.

- Vocês acham que foi a...? – a maga estelar se interrompe e todas se entreolham.

- Por que ela iria nos escrever depois de mais de um mês? – a maga da água olha desconfiada para o símbolo da guilda estampado.

- Não sei, mas da outra vez ela quis que nós quatro, mais os rapazes, fôssemos vê-la pessoalmente. – a anfitriã pondera – Talvez as cartas contenham o mesmo conteúdo, e ele traga o mesmo pedido anterior.

- Se for, pelo menos fico aliviada dela não ter feito algo assustador como antes só pra nos chamar. – a loira suspira – Nunca mais quero acordar sem minha marca na mão!

- Isto vale para todas. – Erza sorri, logo voltando à seriedade – Só vamos saber as intenções quando abrirmos. Vamos fazer isto, juntas. – o grupo concorda e rasga os seus envelopes ao mesmo tempo, lendo o conteúdo – Estão vendo o mesmo que eu?

- Talvez. – Levy se prontifica a ler em voz alta a sua carta – "Olá querida. Como o seu humor está agora? Se estiver bom, pode se dignar a ler a carta inteira, pois eu tenho novidades. Sua fada preferida acaba de descobrir uma maneira de 'incentivar' o avanço da guilda para chegarem à magia suprema. Lembra-se dela? Pois é, a forma mais pura do amor. Para isto, você e suas preciosas amigas devem fazer quatro missões específicas com seus parceiros, e, se correr tudo bem, outro nível será avançado primorosamente. Vocês serão as minhas cobaias neste primeiro experimento, mas não fiquem chateadas, porque, em breve, me agradecerão por seus testes. Aliás, todas devem realizar as tarefas que eu encaminhei, uma para cada cópia desta carta, pois se ao menos uma das fadinhas não quiser aceitar a missão designada, em dois minutos, faço Magnólia entrar numa era glacial como nunca viram igual! Então, beijinhos e boa sorte".

- É a mesma mensagem então... – Lucy dá um sorriso diabólico, amassando o seu papel – Aquela Vitalina desgraçada! Ela admite na cara dura que quer nos usar para os experimentos dela e ainda nos ameaça!

- O que vamos fazer? Não podemos recusar, mas Juvia também não gosta da ideia de ser usada. – Juvia faz uma careta.

- Bem... – a titânia lê a outra folha dentro do seu envelope recebido – Pode ser que as missões sejam uma boa coisa para nós também.

- Por que diz isto, Erza? – a loira questiona e todas se aproximam da ruiva.

- Vejam isto: minha missão diz que um grupo de crianças foi sequestrado e o povo de Kunugi quer resgatá-las, mas eles precisam de ajuda.

- A minha pede que faça o catálogo dos livros em Book Land, mas não sei por que eu precisaria levar o Gajeel comigo para isto. E você, Juvia?

- A missão diz que Juvia deve fazer chover em Onibasu, onde o sol agora reina.

- Seria mais interessante se nevasse lá, heim?! – a maga estelar sorri com malícia.

- Ah, Juvia vai trabalhar com o Gray-sama! – os olhos da moça cintilam, fazendo as suas amigas rirem e suspirarem em seguida.

- Bom, pelo menos as suas tarefas são interessantes. A minha é ridícula!

- E o que é, Lucy? Não pode ser tão mal assim. – Erza se prontifica a ler a missão e começa a rir, seguida pelas outras quando repetem a ação – Uma peça de teatro?

- Você é a princesa e o Natsu o dragão? – a maga das runas tira sarro.

- A barriga da Juvia vai explodir! – elas desatam a gargalhar de novo.

- Obrigada pela colaboração. Eu sei que estou condenada, ainda por cima porque a peça precisa ser representada com um bando de crianças pra todos da escola delas! Serei muito humilhada, com certeza! Por que eu tenho o azar de pegar essas missões idiotas?

- Ora Lucy, desculpe por rir, mas mesmo que a missão pareça boba, você precisa ir em frente e realiza-la com muita bravura e determinação! Assim as coisas saem bem!

- Esta é uma resposta tipicamente Erza. Sabia que diria algo assim.

- Mas a Erza tem razão, Lu-chan. Você pode se surpreender quando chegar lá e acabar gostando. Além disto, aposto que o Natsu vai concordar em ir.

- É claro que vai; ele é o mais crianção de todos! – Lucy suspira – Bem, essa peça começa daqui a cinco dias, numa escola aqui perto. Tenho este tempo para ensaiar.

- Certo. Se nós terminarmos nossas missões antes disto, vamos lá ver a sua peça.

- Ah sim, por favor, compareçam! E tragam toda a guilda! – elas riem.

- Mas como nós vamos alcançar a magia suprema com essas missões?

- Quem sabe, Juvia. Da última vez, Vita nos pediu pra tentarmos reproduzir numa semana aquelas lições de gentileza. – Levy torce o nariz, recordando-se da briga com o Dragon Slayer do ferro – Agora pode ser que queira nos obrigar a praticá-las.

- Seja como for, é melhor fazermos isso logo antes que ela resolva dar ao povo de Magnólia o gostinho de virar picolé. Eu vou chamar o Natsu.

...

- MIRA! – a maga Take Over deixa as bebidas de Jet e Droy sobre a mesa onde os dois estão e anda calmamente até Makarov, sentado sobre o balcão.

- Sim, mestre? – ela sorri ao depositar a bandeja ao lado dele.

- Onde estão Natsu e os outros? Ainda não vi muitos dos jovens por aqui.

- Bem, acho que o senhor não os verá por pelo menos uns cinco dias.

- Por que não? Todos resolveram sair em missões por acaso?

- Na verdade sim, mas não juntos. Sei que Natsu e Lucy foram numa missão com Happy, e a Charle se ofereceu para acompanha-los. Ela disse que Wendy precisa de um tempo com Romeo, pois começaram a namorar há pouco.

- Sim, disto eu sei. Macao andou chorando pela guilda desde ontem, emocionado por ter uma possível futura nora Dragon Slayer na família! – ela ri.

- Eu tentei confortá-lo com um abraço, mas Wakaba afirmou que ele só precisava "dar um tempo e beber um pouco". – a jovem pende a cabeça para o lado, pensativa.

- Com certeza ele só queria afastar o Macao de perto de você. – Laxus aparece ao seu lado, cruzando os braços e sorrindo com o bico constrangido de Mira.

- Oi pessoal! – Mavis também se aproxima e os cumprimenta, sentando sobre um banco – Que lindo dia, não?! Os outros fizeram bem em aproveitar para sair hoje.

- Então você sabe para aonde eles se foram, Primeira? – o mestre questiona.

- Heim? – ela começa a balançar os pés – Ah, bem, sim. Os nossos membros mais agitados da guilda saíram juntos bem cedo. Erza me disse que iria salvar umas crianças numa cidade vizinha com o Jellal. Gray e Juvia também pegaram um trem pra ir a outro lugar, dar apoio aos cidadãos que estavam morrendo de sede, mas nem todos foram para a Estação de Magnólia. Gajeel, Levy e Lily foram catalogar uns livros em Book Land, e Natsu, Lucy, Happy e Charle aceitaram ajudar numa peça de teatro da Escola Primária.

- São tarefas estranhas para os que ficaram na cidade. Espere aí: então Natsu está em uma escola cheia de crianças agora? Pelo Criador, ele vai tocar fogo em tudo!

- Mestre, acalme-se! – Mirajane o impede de saltar da bancada, pondo as mãos em seus ombros – Tudo deve estar em ordem. De fato, quem mandou as missões foi a Vita.

- Aquela? A guardiã da terceira geração da Fairy Tail? – os olhos dele arregalam.

- Ela mesma, a fada Vitalina! – Mavis exclama, sorrindo abertamente – E pode ser que ela tenha grandes planos para nós. Estou empolgada!

- Acho que a Primeira anda passando muito tempo com o Natsu. – ri o dragão dos raios – Isto tem algo a ver com o "treinamento" ao qual ela submeteu os outros antes?

- Não sei. Mesmo assim, seria fascinante se atingíssemos a "magia suprema" da qual ela tanto falava! Dentre todos os membros da guilda, acho que apenas Alzack e a Bisca entendem desta força mencionada pela fada, não acham?!

- Acho que não é bem assim. – a maga Take Over responde com um meio sorriso à confusa fundadora – Acredito que Vita não estivesse se referindo ao amor como magia física e sim uma emoção de fato, do tipo capaz de nos fazer mais corajosos para lutar. E isto, ao ver dela, é importante para combatermos Zeref. – ao ouvir o conhecido nome ser proferido, a mestra inicial baixa a cabeça, atiçando a curiosidade de Laxus.

- Primeira, a Lucy não disse que aquela fada mandou perguntarmos a você sobre o mago negro? A sua resposta foi muito limitada, e, se me permite dizer, parece ter mais coisa sobre o assunto e você não está querendo nos contar. – Mavis fica quieta por um tempo, e quando Makarov abre a boca, pronto pra repreender o neto pelo inconveniente assunto, ela ergue a cabeça com um olhar sério.

- Muito bem... Acho que já está na hora de vocês saberem do meu segredo.

...

Primeira lição: seja gentil em seus deveres.

{Natsu e Lucy}

Manhã de sol, céu quase sem nuvens. Natsu e Lucy chegam à Escola Primária de Magnólia, acompanhados de Happy e Charle, e são recebidos pela bela e, nas palavras do gato azul, "peituda" professora loira de teatro. Ela mostra a sala onde sua turma está tendo aula com outro professor, um ruivo alto e robusto de óculos, e leva o grupo para o auditório onde a peça programada será realizada. O salão permanece vazio.

- Nada foi preparado ainda; francamente nem sabíamos se o evento iria acontecer de fato. A verba atual da escola não nos favorece.

- Quer dizer que as aulas de teatro podem acabar? – a maga questiona com dó.

- Infelizmente. – a jovem mulher responde triste – Eu esperava mostrar a todos do colégio, e também aos pais de meus alunos, com esta peça, que as aulas de teatro são de grande importância! As crianças gostam delas, mas se os pais não quiserem investir, nós teremos que cortar as despesas adicionais, usadas nas roupas e em outras coisas.

- Não se preocupe. – o mago responde com um de seus calorosos sorrisos – Nós já estamos aqui e vamos ajudar com o que for necessário para nada ser tirado das crianças!

- Oh, obrigada! Devia haver mais gente no mundo como vocês!

- Ah, também não é para tanto! – Lucy responde com um sorriso de canto.

- É claro que sim! Não é todo dia que alguém se voluntaria gentilmente para dar o seu apoio a um grupo de estranhos. E eu pensava que nenhuma alma bondosa apareceria hoje também, como acontecia desde a solicitação do serviço comunitário, mas vocês me fizeram ter fé na humanidade outra vez! – o quarteto da Fairy Tail se entreolha confuso, embora sorrindo – Bem, já que estou restaurada, melhor falar com as crianças. Fiquem à vontade para se servirem dos aperitivos na mesa dos bastidores, eu já volto.

- Certo... – a moça concorda e espera a outra loira sair antes de se voltar ao quieto parceiro e os exceeds – "Serviço comunitário"?

- É o que eu ia perguntar, Lucy. – Natsu ergue uma sobrancelha – Você não disse que tinha uma missão para a gente?

- Sim, mas... – ela retira o papel do bolso do short – Aqui não diz algo sobre isso! Mas pensando bem, também não diz algo sobre um pagamento.

- De onde você tirou esse papel? Pegou no nosso quadro de missões?

- Não. Na verdade, as meninas e eu recebemos missões junto das cartas que a Vita nos mandou ontem, pela manhã. – a maga bufa – Com certeza só pode ser coisa dela!

- Quem é Vita? – a jovem e os gatos olham pasmos para o Salamandra – Que foi?

- Natsu, você não se lembra daquela fada que tirou as marcas da guilda da Lucy e das outras? – Happy questiona e de repente um lampejo da lembrança o faz recordar.

- Ah, aquela! Eu não lembrava mais do nome dela.

- Puxa... – a maga estelar suspira, com uma mão na testa franzida – Sua memória é bastante limitada mesmo. Fico imaginando quem seria importante o bastante pra você decorar o nome, mesmo só tendo ouvido uma vez. – o Dragon Slayer sorri.

- Ué, eu decorei o seu no mesmo dia, não foi, Lucy?!

- Decorou? Você me chamou de "Luigi" por uns três dias.

- Ah, era só para te irritar mesmo. Você é estranha, mas legal.

- Eu sei. Você já me disse isto antes. – a loira faz um bico aborrecido, mesmo que esteja corada, e o felino azul sorri com malícia, mas se vê obrigado a tapar a boca com as patas pela ameaça silenciosa da jovem apontando em sua direção.

- É... Muito bem então, vamos começar a ensaiar. Ah, e bem na hora! As crianças estão chegando, portanto, faça o favor de se comportar Nat...! Ué, cadê ele?

- Ali. – a gata branca aponta para o rapaz, já brincando com alguns pequenos entre a roda perto do palco – Ele gosta de crianças. Talvez possa ser responsável, afinal.

- Ah claro. É só que, às vezes, não parece. – a maga ironiza, vendo os professores andando na sua direção, então os cumprimenta – O senhor é professor deles também?

- Sou sim, professor de história. – o ruivo aperta sua mão e acena para os exceeds – Eu leciono há um bom tempo nesta escola, nós dois na verdade. – ele olha a amiga de trabalho, e vendo as bochechas rosadas da mulher, a moça nota que ela está apaixonada – Aquele seu namorado é bem enérgico! – Happy segura uma risada novamente.

- Heim?! Não, ele não é meu namorado! – a jovem abana a mão frente ao rosto.

- Oh, me perdoe. É que vocês me pareceram confortáveis juntos.

- Um pouco... – Lucy tosse – Vocês estão trabalhando juntos nessa peça?

- Sim. – o homem volta a responder – Eu estou dando aula da época medieval pra nossa turma agora, e acho que eles podem assimilar mais facilmente a história atuando, por isto nós nos unimos. A peça se chama "A Princesa e o Dragão", mas, infelizmente...

- Vocês estavam sem a princesa e o dragão. – a maga ri – Não se preocupem. Eu prometo que tentarei dar o meu melhor pra ajudar, e o Natsu, sem dúvida, será o melhor dragão que vocês poderiam desejar! – todos fitam o Dragneel, soltando fogo pela boca ao girar um casal de crianças nos braços – E talvez se arrependam de ter desejado...

- Aí Lucy, entra na roda! – o seu parceiro chama, e quando ela se recusa a ir, ele a joga sobre o ombro para leva-la até o local da bagunça, enquanto os outros riem.

Continua...


Ordem das Histórias:

1. Beijo Doce

2. Dentro de um Abraço

3. Competição Amistosa

4. Desejo me Chama

5. O Halloween das Fadas

6. Meus Dias Com Você - *5 Meses Entre o Dia das Bruxas e a Páscoa

7. Meu Namorado é um Gato

8. Despedida de Casamento - *Flash Back de Dez Anos Atrás Contado Por Mavis Para os Filhos dos Protagonistas

9. Lembre de Mim - *Dois Anos Depois do Casamento Duplo de Lucy e Levy

10. Tal Pai, Tal Filho - *As Crianças Têm Entre 5 e 13 Anos de Idade

11. Contos de Fadas da Fairy Tail

12. Meu Pai Herói - *As Crianças Têm Entre 6 e 18 Anos de Idade

13. Foi Sem Querer

14. Diário de Homenagens